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Sexta-feira, 7/8/2009
Digestivo nº 427
Julio Daio Borges
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Literatura >>> 1984, de George Orwell, com Fromm, Pimlott e Pynchon
Dentro da programação de relançamentos da obra de George Orwell, que a Companhia das Letras vem promovendo, acaba de sair 1984, com três posfácios que são um tesouro (além da obra em si). Este 1984, edição 2009, também inclui o apêndice dedicado à "novilíngua", que Alexandre Hubner e Heloisa Jahn traduziram por "novafala" (acreditando na proximidade maior com o original, "newspeak"). Se alguém hoje se pergunta se deve ler 1984, deveria começar pelos posfácios de Erich Fromm, Ben Pimlott e Thomas Pynchon, ainda na livraria. O primeiro, escrito em 1961, evoca a proximidade da Segunda Guerra Mundial, a ameaça nuclear premente e os horrores do stalinismo. O segundo, de 1989, respira o ar da queda do Muro de Berlim, o fim das utopias socialistas e a vitória controvertida do liberalismo. Já o terceiro, de 2003, na aurora do novo milênio é o menos suscetível aos eflúvios da política (apesar do 11 de Setembro) e o mais literário de todos, e o mais biográfico. Só pelas datas, simbólicas de momentos históricos bem diferentes, é possível inferir como 1984, publicado pouco antes da morte de Orwell (em 1949), continua fundamental, e um poço inesgotável de interpretações. Valem as inquietações de Fromm: "Será que o homem pode se esquecer, um dia, de que é humano?". Valem também as de Pimlott: "O heroísmo pode, de repente, se tornar vazio, porque não haverá mais ninguém para salvar". E, igualmente, as de Pynchon: "Esse medo de se acomodar, de se vender, deve ser uma preocupação própria dos escritores". A obsessão de Orwell com o poder - que, absoluto, corrompe absolutamente (Lord Acton) - produziu, quem diria, um livro poderoso. (Pena que os mandatários de hoje não leiam mais como os de ontem...) [Comente esta Nota]
>>> 1984
 



Cinema >>> Milk, por Sean Penn e Gus Van Sant
Do mesmo jeito que tomamos os direitos humanos, hoje, como direitos adquiridos, tomamos os direitos de negros, mulheres e homossexuais, igualmente, como algo consolidado há muito, quando, na verdade, não era assim há pouco. Para quem duvida, basta assistir a Milk, o belo filme dirigido por Gus Van Sant e estrelado por Sean Penn, vencedor de dois Oscars, agora em DVD. O longa conta a história do ativista gay Harvey Milk, que abandonou uma carreira de executivo em Nova York para viver abertamente em São Francisco, conclamando mais pessoas a viverem dignamente sua opção sexual, garantindo direitos, ameaçados há poucas décadas, a homossexuais. Se Milk foi vitorioso em sua luta, e em seu exemplo para aqueles que conferem esperança a uma comunidade, teve um fim de vida trágico, sendo assassinado pelo colega de trabalho Dan White, então representante da direita cristã, que vitimou, ainda, o prefeito de São Francisco, George Moscone. A ideia de filmar a saga de Harvey Milk não é nova, remonta ao início dos anos 90, quando Oliver Stone quis produzir (e não dirigir) um roteiro seu escrito especialmente. Pensou-se em Robin Williams para o papel principal; também em Richard Gere e Daniel Day-Lewis. E mesmo com a confirmação de Van Sant e Penn, cogitou-se Matt Damon para o papel de Dan White, mas, por problemas de agenda, assumiu Josh Brolin (que talvez até funcione melhor, por ser mais low-profile). Sean Penn foi criticado, por suas simpatias a Cuba (que persegue os homossexuais), mas está brilhante em Milk, captando, como disse Richard David Boyle, "o sorriso e a humanidade" do personagem. João Moreira Salles estava coberto de razão, ao conceder, ao longa, um espaço de destaque na sua revista, a Piauí. [Comente esta Nota]
>>> Milk
 



Imprensa >>> A Associated Press contra a internet
Depois de anos crescendo, enquanto seus associados encolhiam, a Associated Press, que se expandiu vendendo conteúdo para portais de internet, resolveu engrossar o coro dos jornais, contra o Google, mudando sua estratégia desastradamente. Influenciada pela lamúria da turma do papel, que vem minguando nos EUA, a AP prometeu construir um negócio milionário, em cima de manchetes on-line, evocando a bilionária "venda de palavras-chave" nos mecanismos de busca. O argumento retoma a velha suposição de que veículos impressos produziram o conteúdo da internet, enquanto o Google, na última década, empacotou e vendeu, como ninguém. Se a crise não tivesse chegado no ano passado, acelerando a extinção dos jornais no mundo desenvolvido, tudo continuaria como sempre esteve. Agora, a Associated Press quer controlar a distribuição do conteúdo produzido pela sua rede, na internet. A ideia é introduzir uma "marca", que detectaria quando um texto fosse espalhado por aí, obrigando o "infrator" a pagar pelo direito de uso. No limite, a AP quer controlar, inclusive, os links apontados para sua rede, na internet, contrariando a verdadeira gênese da World Wide Web. Se a WWW foi concebida por acadêmicos, para ajudar na disseminação do conhecimento, espalhando referências entre papers — hoje, a Associated Press acha que encontrou a solução, para o impasse dos jornais, obrigando todo mundo a pagar por uma simples referência. Felizmente o tempo não anda para trás, só para frente — enquanto mentalidades jurássicas, como essas, só servem para comprovar o porquê de tamanha extinção na mídia... [Comente esta Nota]
>>> How (and why) to replace the AP
 

 
Julio Daio Borges
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