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DIGESTIVOS

Quinta-feira, 15/7/2010
Digestivo nº 466
Julio Daio Borges
+ de 4800 Acessos




Além do Mais >>> A Economia das Crises, por Nouriel Roubini e Stephen Mihm
Nouriel Roubini, como pouquíssima gente, previu a crise de 2008, a maior desde a Grande Depressão. De repente, em setembro de 2008, todo mundo acessava seu site, o RGE Monitor, desde Paul Krugman, o futuro Nobel de economia, até a nossa professora Eliana Cardoso, aqui no Brasil. Roubini passara de um profeta do apocalipse para um guru, faturando alto, merecidamente, e rodando o mundo nos anos seguintes. Em A Economia das Crises, no entanto, Roubini tenta mostrar, humildemente talvez, que prever a crise de 2008 estava ao alcance de todos — era óbvio. Roubini muito provavelmente não conheceu Nélson Rodrigues, mas, para ele, o dramaturgo guardaria uma frase infalível: "Só os profetas enxergam o óbvio". Só os profetas, Roubini. O livro, pela editora Intrínseca, é, felizmente, muito mais do que esse argumento inicial. Além de confrontar a crise de 2008 com suas principais antecessoras — ressaltando seus pontos em comum —, A Economia das Crises refaz o passo a passo da chamada "crise do subprime", analisando seus desdobramentos e propondo medidas para conter outros terremotos de igual magnitude (no futuro). Roubini afirma que crises são inerentes ao capitalismo, mas que preparar o sistema financeiro para as próximas décadas é nossa obrigação hoje. Como Anna Schwartz e Charles R. Morris, Roubini alerta para a sensação enganadora de que "a crise já passou" — ou de que "não foi tão grave assim" —, os deficits orçamentários, que cresceram a fim de apagar o incêndio em 2008, podem provocar novos desastres desde a Grécia até a Europa, desde o Japão até os Estados Unidos. Quanto ao Brasil, Roubini elogia o País por ter feito sua "lição de casa" nos últimos governos, mas adverte que há mais por fazer, não se esquecendo, especialmente, da crise de 1998-1999. A Economia das Crises começa melhor do que termina (começa com uma menção ao Cisne Negro, de Taleb, e termina com muitos adendos, uma "conclusão", uma "perspectiva"), mas é leitura obrigatória. Afinal de contas, ainda que "óbvios", os profetas costumam acertar... mais que os economistas. [3 Comentário(s)]
>>> A Economia das Crises
 



Literatura >>> A Questão dos Livros, de Robert Darnton
Ao contrário dos jornais que passaram anos ignorando a questão da internet para depois se relançar como "do futuro", o mercado editorial brasileiro se comportou de forma mais madura, e depois do Kindle (e do iPad), resolveu encarar o assunto da digitalização. A Companhia das Letras saiu na liderança com, justamente, A Questão dos Livros, de Robert Darnton, ex-professor de Princeton e atual diretor da biblioteca da Universidade de Harvard. O volume foi considerado datado pela imprensa e, de fato, Darnton coligiu seu ensaios antes do iPad (a Amazon, por exemplo, surge mais como livraria do que como editora ou distribuidora de livros eletrônicos). Possivelmente redigido no auge do Google — antes da Apple ultrapassá-lo em valor de mercado —, o livro discute basicamente o avanço do gigante das buscas em direção ao acervo de bibliotecas públicas. Darnton escreve à maneira de um acadêmico francês com aversão ao capitalismo, mas seu argumento faz sentido (embora tenha perdido a força): o Google Book Search está se apoderando de um patrimônio comum, para veicular anúncios e "monetizá-lo", atropelando editores, autores e guarda-livros. O tom de A Questão dos Livros é apocalíptico, e alguém que o ler sem as últimas informações do iPad e do Kindle, vai se preparar para a débâcle da civilização. O fato é que, em matéria de livro eletrônico, a Amazon tomou a dianteira e a Apple lançou sua versão de leitor apenas neste ano. Outros fabricantes, como a HP, também devem consolidar seus aparelhos, mas a verdade é que o Google não se definiu em matéria de tablet (apesar dos rumores). Ninguém imaginava, ainda, que o iPhone (2007) fosse se consagrar como plataforma e, na sua esteira, o promissor iPad. Assim, os temores de Darnton se revelaram infundados, porque o Google Book Search não se tornou tão hegemônico. Mais um exemplo: Tim O'Reilly, o editor e visionário da Web 2.0, teme, hoje, muito mais a Apple do que o Google (em termos de monopólio). A digitalização dos livros é, definitivamente, um fato, mas A Questão dos Livros serve para nos mostrar que a discussão de ontem não é a de hoje, muito menos os vaticínios e os temores. [3 Comentário(s)]
>>> A Questão dos Livros
 



Internet >>> Coders at Work, de Peter Seibel
Pode-se dizer que Founders at Work, de Jessica Livingston, marcou época. Reunindo empreendedores de internet, Livingston conseguiu extrair, de muitos deles, a "essência" das startups dos últimos anos. Conversando com fundadores desde o Yahoo até o Twitter, passando pelo Hotmail e pelo PayPal, Livingston, de alguma forma, registrou aquele momento de incrível solidão, entre o início de um empreendimento (que pode dar errado) e sua realização, às vezes sua consagração. Coders at Work, de Peter Seibel, parecia igualmente auspicioso. Afinal, para cada site de internet, deve existir um programador, um webmaster, que, muitas vezes, coincide com seu fundador. Ou não? Talvez Coders at Work não funcione da mesma forma que seu predecessor porque a maioria dos programadores no livro são, basicamente, executores. Visionários são os empreendedores. Claro que o criador da Javascript, o participante dos primórdios da Netscape e o autor de The Art of Computer Programming têm coisas interessantes a dizer. E um código — como o de Marc Andreessen, que começou no Mosaic, passou pelo Navigator e acabou no Explorer, no Firefox — pode mudar o mundo, mas o problema é que a maioria dos programadores exala certa frustração, por ter estado lá — tão perto —, mas por não ter, de repente, protagonizado a ação. Sem contar as montanhas de dinheiro, se avolumando, além do seu alcance. Reza a lenda que, na IPO da Apple, Steve Wozniak, sensibilizado, distribuiu suas ações entre os engenheiros da empresa. Enquanto Steve Jobs, anos depois, readquiriu o controle da Pixar de seus funcionários, depois de financiá-la inutilmente durante anos. Programação tem idade limite? E sucesso? Peter Seibel pergunta, ao observar, mui discretamente, que muitos grandes programadores terminaram como empregados obscuros do Google, da Apple, da Microsoft... Founders at Work dá vontade de empreender. Já Coders at Work, nem tanto ;-) [Comente esta Nota]
>>> Coders at Work
 



Televisão >>> House, 6ª Temporada
Se começou como uma das melhores temporadas de House — com Gregory no hospital psiquiátrico —, a Sexta terminou com uma das piores audiências desde a Primeira. Desde que perdeu a equipe que o consagrou, House vinha tentando reestruturá-la e as últimas temporadas foram basicamente sobre isso. Como ninguém mais aguentava seus processos de seleção — e as mortes, na equipe —, os roteiristas acharam por bem devolver-lhe Chase e Foreman, acrescidos de Taub e de "Thirteen". Cameron se afastaria (com o fim de seu casamento), Wilson perderia traumaticamente a namorada, ciceroneando House (no novo apartamento), enquanto Cuddy se amancebaria com Lucas... A Sexta temporada foi importante para, inicialmente, enfraquecer o personagem todo-poderoso de Hugh Laurie. Afinal, ao ceder à internação no hospital psiquiátrico, House estava admitindo que não conseguia mais lutar contra o vício em Vicodin. Estava admitindo uma fraqueza, uma derrota, e, mais adiante, estava se submetendo a um terapeuta que poderia discutir "de igual para igual" com ele (como até então ninguém havia feito). Nos derradeiros meta-episódios — presentes desde a Primeira temporada —, Cuddy também lhe falaria umas verdades, até porque ela estava noivando, Wilson retomando um casamento, e só ele, House, não conseguia avançar (move on), amadurecer: estava sozinho, estava condenado à solidão. Poderia ser um final demolidor mas um beijo selou uma promessa... para a Sétima temporada. A exemplo de Lost, os roteiristas de House estão ficando sem saída, ou então desistem de ser "coerentes", como os de 24 Horas. Assim como Jack Bauer — que House, às vezes, cita —, Gregory ou morre por bala (como já quase morreu), ou por vício, ou, finalmente, enlouquece de vez. A mensagem do seriado parece ser: não adianta você ser um gênio, se você não for também... um homem, um ser humano. É uma bonita mensagem, mas o melhor de House talvez sejam os diálogos — até porque Hugh Laurie nunca foi tão engraçado quanto... House. [Comente esta Nota]
>>> House, M.D.
 

 
Julio Daio Borges
Editor
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