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Quinta-feira,
20/5/2010
O mundo pós-PC: uma visão de Steve Jobs, segundo Charlie Stross
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 463 >>>
A "computação na nuvem" não aconteceu direito no Brasil, porque o País ainda passa pela revolução do PC e, com novo impulso do governo, da chamada "inclusão digital". Mas, nos Estados Unidos, já se fala em uma era "pós-PC". Desde o advento da internet, na verdade. Acontece que o notebook não foi o substituto do desktop, nem o netbook será. Mas o iPad, o iPhone e seus concorrentes ameaçam ser. Segundo Charlie Stross — um escritor inglês que vive na Escócia — vamos, num prazo de 5 anos (enquanto o Wi-Fi evolui em capacidade, e o 4G), trocar nossas conexões via cabo, como trocamos nossas conexões via modem, pela internet que chega pelo ar, direto no tablet, esteja o usuário onde estiver. Nossos dados não vão mais ficar armazenados localmente — nos nossos HDs —, mas na chamada "nuvem", com back-ups automáticos e updates de software — "in the background" —, sem vírus (se o ecossistema da Apple, e do Mac, prevalecer). Ainda segundo Stross, Steve Jobs assiste, preocupado, ao fim da era do PC, que está se transformando em commodity: todo mundo que poderia ter, já tem; os preços vêm caindo vertiginosamente, assim como as margens; e as vendas para o Terceiro Mundo — leia-se: para nós — não vão compensar essas perdas. Stross também reconhece que a Apple é a Mercedes Benz, a Porsche ou a Ferrari dos computadores, mas Jobs não acredita que essa situação vá se sustentar no longo prazo e prefere apostar na noção de "software como serviço" (tradução: iTunes, iBooks e futuras derivações). A Apple vai se tornar a Microsoft? Charlie Stross relaciona a recente má vontade de Jobs com o Flash (ele não quer nenhum "intermediário" entre a Apple e seus consumidores), o anúncio de que o Slate, o tablet da HP, não rodará Windows 7, e a compra da Palm, pela mesma HP. Isso se não considerarmos, ainda, os esforços do rei da internet, o Google, com sua plataforma Android (para celulares), e o desenvolvimento de um tablet próprio. A Apple tem valor de mercado de 200 bilhões de dólares e o Macintosh passou dos 25 anos, Steve Jobs não quer esse legado virando pó em 2015. Contudo — segundo, mais uma vez, Stross —, a concorrência já sentiu que na floresta há fogo...
>>> The real reason why Steve Jobs hates Flash
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Julio Daio Borges
Editor
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