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DIGESTIVOS
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Sexta-feira,
7/2/2003
Os bons companheiros
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 120 >>>
Martin Scorsese é hoje um diretor cooptado pelo sistema. Ainda mais com o anunciado "Gangues de Nova York". A começar pelo elenco (mais famoso do que talentoso), encabeçado por Leonardo Di Caprio e Cameron Diaz. A tibieza da interpretação de ambos é reforçada pelos "coadjuvantes" Daniel Day Lewis e Liam Neeson. São esses e não aqueles que fazem o filme. Mas o cartaz é dos primeiros e os comentários também devem ser. Mais adiante, no que se refere ao argumento, é de se suspeitar que Scorsese tenha escolhido justamente esse tema (Nova York) depois do 11 de setembro. Tudo iria bem - poderíamos aceitar suas mentiras e negativas - não fossem os minutos finais de "Gangues". Embalados pelo refrão lacrimoso do U2 ("These are the hands/ That built America"), deixamos Di Caprio e Diaz lá no século XIX e acompanhamos a evolução do Manhattan Skyline até o século XXI - até as Torres Gêmeas. Sim, elas reaparecem. Num misto de patriotada e pieguice, mas reaparecem. De repente, todo entretenimento converge para essa mensagem subliminar. E o resto fica menor. O resto? Que "resto"? A história das gangues rivais, numa Nova York bárbara, acossada pela imigração irlandesa e ameaçada pela Guerra Civil. O clima é o da terceira classe do "Titanic" (1997), e por isso Leonardo Di Caprio está tão à vontade. Cameron Diaz, também. Ele é o órfão, filho do líder da gangue derrotada ("The Dead Rabbits"), que, crescido, vem vingar a morte do pai (Liam Neeson). Ela é uma beldade abandonada pela sorte, cometendo pequenos furtos para sobreviver. Ambos, cada um à sua maneira, se associam ao chefe da gangue dominante: obviamente, Daniel Day Lewis. Depois disso, não há muitas novidades. A ascensão e queda do garoto prodígio, até a derrubada da "ordem estabelecida". E Scorsese nisso tudo? Dá para sentir que ele se aperfeiçoou nas cenas de carnificina (já há alguns anos, suas preferidas). Basta dizer que o personagem de Lewis é apelidado de "The Butcher" ("O Açougueiro"). A lei é a do Velho Oeste ("Eu sou a lei aqui"), então é de se imaginar o que os "caubóis da máfia" reservam ao espectador. "Gangues de Nova York" começa e acaba com uma luta de todos contra todos - a ponto de, no fim do fim, ser impossível contabilizar sobreviventes, quanto mais vencedores. Nova York, afinal, ficou entregue aos arrivistas irlandeses? Ou impuseram-se os nativistas? Ninguém parece saber. Diante de um desfecho de violência apoteótica, e caótica, Scorsese preferiu concluir com um resplandecente World Trade Center, mais de cem anos depois. Uma imagem para desviar a atenção e calar a fome de sentido. Pena que tenha calado também suas ambições - e produzido apenas mais um filme grandiloqüente.
>>> Gangs of New York
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Julio Daio Borges
Editor
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