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Quinta-feira, 17/7/2003
Betrachtungen
Julio Daio Borges
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Digestivo nº 139 >>> Pouca gente sabe, mas Thomas Mann, um dos maiores autores do século XX, teve mãe brasileira. Julia da Silva-Bruhns, nascida em Parati, mais tarde, Julia Mann, a Dodô. E mais importante do que o fato em si foi a influência que essa mulher teve sobre a obra do filho, eternamente um “Mischling” ou mestiço. É a tese de doutorado de Richard Miskolci, professor da Unesp, que agora sai em livro, pela Annablume editora. Quase um trabalho independente, não teve a repercussão que merecia. Miskolci, negando a tradição academicista de escrever difícil e de citar de maneira excessiva (algo que pode ter espantado a imprensa e os jornalistas), termina compondo uma das melhores introduções ao autor alemão em nossa língua. No primeiro capítulo, Richard traça eficientes paralelos entre a vida e a obra, passando pelos mais representativos trabalhos de Thomas Mann, analisando-os profundamente (sem, no entanto, cair no hermetismo e no didatismo) e justificando plenamente a sua opção – porque Julia Mann está efetivamente lá em cada um dos livros: do “Doutor Fausto” (1947) até o “Tonio Kröger” (1903); passando por “A montanha mágica” (1924), por “A morte em Veneza” (1913) e obviamente pelos “Buddenbrook” (1901). A morena exótica, com inclinação especial para a música, que causou furor nos círculos de Munique, deixou uma marca indelével num dos maiores artistas da língua de Goethe. O trabalho de Miskolci inevitavelmente (também) explora o tema do “desaburguesamento” (“Entbürgerlichnung”) de Mann – o descendente de hábeis comerciantes do norte da Alemanha que foi ser escritor –, e o dos conflitos para exercer uma vocação artística vivendo num mundo de aparências (a sociedade burguesa da época, que Mann abraçou através de um casamento por conveniência; o mesmo que o brindou com seis herdeiros). São graves as contradições do autor de “José e seus irmãos”, aquele que abafou seus impulsos homoeróticos (igualmente presentes em quase todas as suas obras), a ponto de Richard Miskolci terminar não tão bem quanto começou. “Thomas Mann, o artista mestiço”, apesar de um pouco embaralhado no final, é um feito admirável. De uma ambição exemplar, num pesquisador de pouco mais de 30 anos. A exemplo de Mann.
>>> Thomas Mann, o artista mestiço - Richard Miskolci - 163 págs. - Annablume
 
Julio Daio Borges
Editor
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