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Terça-feira, 4/3/2008
Blog
Redação
 
Um brilhante guitarrista

De todos os shows a que assisti na vida, nunca, mas nunca o artista faleceu, até hoje...

O brilhante guitarrista canadense Jeff Healey faleceu em 3 de março de 2008, aos 41 anos de idade, de um câncer que o acompanhava há pelo menos 40 anos. A doença o cegou quando ainda era criança, mas isso não o impediu de aprender a tocar guitarra e se tornar uma sumidade no assunto.

Eu era uma garota de 17 anos quando presenciei seu show em 1997 e fiquei impressionada com aquele jovem cego tocando sentado e com a guitarra no colo, um jeito único de fazer música que ele teve que desenvolver devido à sua deficiência visual. Era um bluseiro brilhante que fará falta para a família e para o mundo da música, que apesar de não saber — pois ele era pouco conhecido — ficou mais triste após sua partida.

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Postado por Tatiana Cavalcanti
4/3/2008 às 15h42

 
Ócio criticativo

Nunca pensei em alimentar um blog com as minhas mazelas diárias. Também nunca imaginei que ficar sem fazer nada fosse tão entediante... Afinal posso acordar e ir dormir a hora que bem entender, ir ao shopping quando quiser, me dar ao luxo de passear com o totó as quatro da tarde.... Como a realidade é impiedosa, logo me vi sem companhia para estas saídas. (A não ser a do cachorro, que por sinal adora...)

Além da preguiça, meu pecado moral mais valorizado parece ser a língua ferina. Eu nego veementemente, acredito sinceramente que exponho apenas uma faceta da realidade que as pessoas não querem ver, ao menos não assim de frente... Sabe como é? Até porque rude ou não, estatisticamente sou incontestável. Quando eu falo que vai dar merda... Pode esperar. Era nisso que eu queria chegar. Não que eu sou o ícone pop do egocentrismo, mas que tenho um talento que está sendo subaproveitado para crítica. Ué, evidenciar onde mora o problema das coisas pode ser um dom, por quê não?

Dani Maria, no que se dani..., que eu acabei de descobrir.

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Postado por Julio Daio Borges
4/3/2008 à 00h09

 
Escrever: voltar-se pra dentro

O escritor é uma pessoa que passa anos tentando descobrir com paciência um segundo ser dentro de si, e o mundo que o faz ser quem é: quando falo de escrever, o que primeiro me vem à mente não é um romance, um poema ou a tradição literária, mas uma pessoa que fecha a porta, senta-se diante da mesa e, sozinha, volta-se para dentro; cercada pelas suas sombras, constrói um mundo novo com as palavras. Esse homem — ou essa mulher — pode usar uma máquina de escrever, aproveitar as facilidades de um computador ou escrever com caneta no papel, como venho fazendo há trinta anos. Enquanto escreve, pode tomar chá ou café, ou fumar. De vez em quando, pode se levantar e olhar pela janela as crianças que brincam na rua e, se tiver sorte, contemplar algumas árvores e uma bela vista, ou apenas topar com uma parede escura. Pode escrever poemas, peças de teatro ou romances, como eu. Mas todas essas particularidades só vêm depois da decisão crucial de sentar-se diante da mesa e, pacientemente, voltar-se para dentro. Escrever é transformar em palavras esse olhar para dentro, estudar o mundo para o qual a pessoa se transporta quando se recolhe em si mesma — com paciência, obstinação e alegria. Enquanto passo os dias, os meses, os anos sentado à minha mesa, acrescentando pouco a pouco novas palavras à página em branco, sinto-me como se criasse um mundo novo, como se trouxesse à vida aquela outra pessoa que existe dentro de mim, da mesma forma como alguém poderia construir uma ponte ou uma ábóboda, pedra por pedra. As pedras que usamos, nós os escritores, são as palavras. Quando as colhemos com as mãos — tentando intuir a maneira como cada uma se conecta às outras, contemplando-as às vezes de longe, às vezes quase chegando a acariciá-las com os dedos e a ponta da caneta, sopesando-as, virando-as de um lado e de outro, ano após ano, sempre com paciência e esperança —, criamos novos mundos.

Orhan Pamuk, em A maleta do meu pai, um livrinho poderoso.

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Postado por Julio Daio Borges
3/3/2008 à 00h55

 
Darwin, a biografia

Prepare-se. No próximo ano não se falará de outra coisa além do bicentenário do nascimento do naturalista britânico Charles Darwin, que veio ao mundo precisamente no dia 12 de fevereiro de 1809. Darwin é, ao lado de Marx e Freud, um dos estudiosos que mais impacto causou o curso da história recente, autor que foi da Origem das Espécies.

Procurei me adiantar ao fuzuê que em breve se seguirá, e saí atrás de uma biografia do homem. Soube que aquela que é considerada definitiva é Darwin: The life of a tormented evolucionist, de Adrian Desmond e James Moore, primeira e toscamente traduzida no Brasil em meados dos anos 90 pela Geração Editorial. Mais recentemente, a mesma editora colocou no mercado uma nova tradução do calhamaço, desta feita de autoria de Cynthia Azevedo e coordenada por Renato Sabbatini: Darwin: A vida de um evolucionista atormentado (Geração Editorial, 2007, 800 págs.).

Atormentado mesmo. Pois aquele homem de rosto cabeludo e expressão séria (que faria a alegria de chargistas-detratores) que acabou elaborando a, digamos assim, contra-teoria do criacionismo hegemônico era... um crente. Por isso, ao chegar à conclusão de que todos nós, do menor pé-rapado ao Santo Padre, somos descendentes diretos de moluscos hermafroditos acéfalos, informou: "É como confessar um crime".

Pode-se passar voando pelos primeiros capítulos de Darwin, que descrevem a pouco temperada infância e primeira juventude do biografado. Por suposto, os capítulos intermediários e finais são eletrizantes, à medida que Origem das Espécies vai sendo gerado e, por fim, vem à tona, gerando, como era de se esperar, uma quantidade absurda de ataques ao autor herege — o quê?!, o papa primo de um chimpanzé?

Cumpre ainda informar que o livro de Desmond e Moore não é uma mera descrição de fatos. Ao contrário, é um verdadeiro painel dos costumes, política, economia e religião de fins do século XVIII e de grande parte do XIX, o que, de resto, é absolutamente indispensável para compreendermos como e por que Charles Darwin evoluiu de um jovem com constantes problemas nos estudos (demorou muito a encontrar sua verdadeira vocação) para o cientista dilacerado entre suas crenças e suas descobertas que mudaria para sempre o modo como o homem vê a si mesmo e o mundo à sua volta. Muito mais dessa história, em 2009...

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Postado por Daniel Lopes
1/3/2008 às 11h36

 
Música Popular, não

Sabe lá o que é escrever durante trinta anos sobre música popular? E ouvir tudo o que se grava, do péssimo ao detestável, receber telefonemas às três da madrugada para resolver a aposta que um grupinho animado e desconhecido faz na mesa de bar: "Camisa Amarela" é de Ary Barroso ou Assis Valente? Ou um outro, da senhora grã-fina, recém-chegada de Paris, que precisa, urgentemente, da gravação de "Tem galinha no bonde", para a filha completar seus estudos na Sorbonne. É aturar 3 mil mocinhas sem talento ou formosura; é agüentar os trezentos filhinhos de nossos amigos, meninos de genialidade indiscutível; é levar pedrada na cabeça quando não se gosta da maneira de um instrumentista tocar; é passar dias e dias de sua vida na televisão para julgar um concurso de sambas em que só há mambos; é ouvir o mesmo disco de Elizeth que Ofélia repete 15 vezes até Eliana aprender; é fazer nove programas de rádio por semana; é receber medalhas e títulos ridículos e ainda agradecer com discurso; é ouvir durante vinte horas seguidas os sambas iguais que as "escolas" fazem todos os anos; é passar horas inúteis no Museu da Imagem e do Som; é ouvir diariamente a pergunta cretina "como vai a nossa música popular?"; é escrever para jornais, revistas, calendários, enciclopédias, sempre sobre o mesmo assunto, e ainda ser chamado de papa(...).

Lúcio Rangel, em Samba, Jazz... (isso porque ele não conhecia os escritores novos...).

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Postado por Julio Daio Borges
29/2/2008 à 00h38

 
Jornalismo 2.0, o livro

"Este é um livro sobre pessoas, e não sobre tecnologia. Com certeza, há muita tecnologia nas páginas a seguir, mas na essência o que vamos encontrar aqui são pessoas tentando desenvolver suas habilidades dentro de um cenário novo e imprevisível. E são elas que importam, não o software mais recente ou o website. Se as pessoas conseguirem aprender como fazer a tecnologia trabalhar a seu favor, o resto é apenas detalhe.

"Como jornalistas, precisamos mudar nossas práticas para nos adaptarmos, mas não nossos valores. Somos como os marinheiros do provérbio inglês que escolhi para título desta introdução ('Um mar tranqüilo não faz um bom marinheiro'): nem o desejo de retornar a mares tranqüilos pode acalmar a água à nossa volta.

"Seguindo ainda a metáfora da navegação: é hora de navegar conforme o vento. É hora de reorientar nosso navio e deixar que o vento que sopra nesse novo mar trabalhe a nosso favor, e não contra nós.

"Vamos usar as melhores práticas desenvolvidas por outros jornalistas para sinalizar o caminho. Vamos tomar como ponto de partida o trabalho criativo e inovador desenvolvido pelos jornais, estações de rádio e televisão e websites (...). Podemos aprender bastante com todas essas experiências.

"E como Benjamim Franklin já dizia, 'quando você pára de promover mudanças, você está acabado'."

Mark Briggs, na introdução do seu Jornalismo 2.0 (de graça, em português, para quem não quer ficar parado...).

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Postado por Julio Daio Borges
28/2/2008 à 00h55

 
Iron Maiden no Brasil. De novo

Eu fico aqui me perguntando... O que faz uma banda com três guitarristas (isso mesmo, três) em sua formação? Tudo bem, a pergunta original não é essa. Então lá vai: por que ir ao show? Não há muitas razões para fazê-lo. Exceção feita, claro, aos mais fanáticos, que seguirão a banda onde ela estiver. Todos nós já sabemos sempre o que esperar do Iron Maiden: mais do mesmo. A sensação que dá é que eles atravessaram as últimas décadas tocando a mesma música ininterruptamente. Não que tudo o que eles fizeram seja ruim. Pelo contrário. Prova disso é o disco Piece of Mind. Porém, lá se vão 25 anos. E não chega a surpreender o fato de que o último lançamento relevante deles (Fear of the Dark) já tenha mais de quinze. De lá pra cá, o sexteto inglês se escorou na muleta dos anos 80 e viveu exclusivamente da venda de seus discos clássicos e dos zilhões de CDs e DVDs ao vivo, que vêm sempre recheados com os mesmos sucessos daqueles dias gloriosos.

O nome da turnê atual já entrega o ouro: Somewhere back in time. Para relembrar aqueles velhos e maravilhosos tempos de Powerslave. Quanta saudade. Naquela época vivíamos o ápice do New Wave of British Heavy Metal e o Iron Maiden reinava absoluto. Eles conseguiram criar uma imagem, uma atitude, uma marca peculiar e conquistaram fãs pelo mundo todo. Porém o tempo passou e a banda estagnou na primeira metade dos anos 80. Não buscaram renovar seu som. Preferiram não correr riscos, com medo de perder aqueles velhos fãs. Fãs que se tornaram tão xiitas quanto os do Kiss e fizeram de sua obsessão pelo Iron Maiden uma religião.

Outro dia eu assistia (de novo) ao filme Rock Star e em determinado momento a banda se reunia em estúdio para discutir o direcionamento musical para o próximo disco. Foi ali que o líder da banda resolveu colocar ordem na casa e dizer que eles não mudariam seu som. Continuariam dando aos fãs os que eles querem ouvir. Mesmo que o filme seja remotamente baseado no Judas Priest, essa cena me fez lembrar bastante do Iron Maiden. Uma banda que já foi grande um dia, mas que jamais ousou arriscar diferentes sonoridades, sempre se ateve à mesma fórmula e que hoje vive exclusivamente daquele passado longínquo, "somewhere back in time".

Por isso o Iron Maiden soa hoje como uma banda que já encerrou as atividades, mas que resolveu aderir à onda revival do rock. Essa mesma onda em que grandes bandas do passado se reúnem em turnês milionárias, pejorativamente apelidadas de caça-níqueis. Quanta maldade. Mas há uma diferença. Enquanto clamamos desesperadamente por uma turnê do Led Zeppelin, não precisamos nos esforçar para ir atrás do Iron Maiden, que, ao lado do Deep Purple, se consolidou como o arroz-de-festa do rock. Cedo ou tarde, eles sempre vêm até nós. E sempre tocando as mesmas músicas. Não tenho certeza se Roberto Carlos fará o especial de fim de ano na Globo, mas sei que o Iron Maiden retornará ao Brasil daqui a dois ou três anos.

Nota do editor
Leia também: "O fundamentalismo headbanger".

[19 Comentário(s)]

Postado por Diogo Salles
27/2/2008 às 16h01

 
Daniel Piza na Imprensa

Eu gosto da Piauí porque é uma revista que preza pela qualidade do texto. Mas discordo de algumas coisas. Achava que fosse ser mais bonita. Piauí não me convida muito à leitura. Prefiro revistas mais brancas. Há um excesso de reportagens sobre personagens folclóricos e questões exóticas e um pouco de medo de falar dos grandes temas. Perdeu-se, ainda, uma grande oportunidade de abrir um espaço à crítica cultural. Na New Yorker, por exemplo, você encontra a grande reportagem, perfil, serviço, poemas, contos e, no final, uma seção de críticas e ensaios de alto nível. As revistas culturais brasileiras, em geral, estão todas muito ruins. A Entrelivros, que era uma revista interessante, está por acabar acabou. Não pega. A Cult é complicada. Ora é muito séria, ora perde a mão. A Bravo, que já foi ambiciosa e qualificada, foi piorando com o passar do tempo. Existe sempre a pressão por vender muito. E muita gente acha que vender muito é vender 50, 60 mil exemplares. Só que no Brasil, onde os livros vendem 2, 3 mil cópias, se uma revista vender 20 mil exemplares está bom. Existe também um negativismo muito grande nessa área. Entrei em 1991 no "Caderno2", trabalhei na "Ilustrada" e Gazeta Mercantil. E só ouvi coisas negativas, do tipo "o leitor não está interessado nisso", "revista de cultura não dá certo no Brasil", "jornalismo sofisticado não dá certo". Derramam um caminhão de negativismo na cabeça dos jovens que chegam às redações. Isso é um problema sério.

Daniel Piza, na revista Imprensa de janeiro (via Jornalismo Cultural PUC Minas, que linca pra nós).

[4 Comentário(s)]

Postado por Julio Daio Borges
27/2/2008 à 00h21

 
Que Colunista é essa?


Tente advinhar (nos Comentários) antes de clicar na foto, via Blog do Caron, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
26/2/2008 à 00h13

 
Tupiniquin

No meio desse turbilhão de lançamentos na mídia e nas rádios de novas bandas de rock e cantoras de MPB, é difícil encontrar algo que chame a atenção pela qualidade, originalidade e irreverência. Um dos lançamentos dessa semana me chamou a atenção justamente pela tentativa ― acredito que bem sucedida ― de misturar "mais-do-mesmo" com modernidade. O jovem compositor Jorge Sampaio, conhecido e auto-denominado como Tupiniquin, estréia no cenário musical hoje com seu álbum Made in São Paulo (lançado pela gravadora Curve Music) apostando em um som de qualidade que resulta num caldeirão cheio de boas referências.

O trabalho inteiramente autoral tem pitadas de rock à la Los Hermanos, samba, pop e muito suingue. As melodias de suas canções me lembraram muito as da banda Berimbrown, mas diferente da proposta dos mineiros, Tupiniquin não pretende levantar a bandeira do orgulho black: ele apenas levanta a bandeira do sincretismo musical, característica forte da música brasileira, que originou um pop descolado. As canções falam de amor, cotidiano e até de música. Estrangeirismos nas letras deixam à mostra uma grande influência do movimento tropicalista. Os arranjos são muito bons, bem variados e originais. Na interpretação, creio que ainda deixa a desejar um pouco, mas tendo em vista que o disco foi composto e produzido inteiramente pelo artista, já merece respeito.

[1 Comentário(s)]

Postado por Débora Costa e Silva
25/2/2008 às 14h53

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