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BLOG

Terça-feira, 30/6/2009
Blog
Redação
 
Como um bólido, Susan Boyle...

Querem fazer da cantora Susan Boyle um monumento de beleza, quando ela se rompe em mil pedaços diante da derrota no Britain's Got Talent, programa televisivo que a revelou meteoricamente ao mundo. Não mais a primeira Susan, voluntária de igreja vivendo com o gato Pebbles num vilarejo no interior da Escócia, mas a tinta amarronzada recobrindo a até então intocada cabeleira prateada, a loja que se fecha para compras em privacidade, logo após sair de uma internação numa clínica psiquiátrica. No entanto, Susan apareceu ao mundo como veio ao mundo, em vestido cor de pele, sem medo de gritar seu sonho miserável. Como um bólido Susan Boyle passou, revelou-se, cantou com força o ar redondo e coeso de sua pequena boca, encantou uma plateia desacreditada de sua feiura, foi esperança na descrença, do contrário seria apenas uma anônima de volta à casa, enquanto agora, decaída de sua pureza inventada, em seu pescoço protuberante vaza a glória. De certa forma, quando vejo a foto de Susan Boyle, já mais esguia, enviando um beijo aos fãs no aeroporto, revejo seu rosto de poodle provocador, em sua primeira aparição na tevê, rebolando para os jurados, mostrando seu corpo, sua voz e nada mais, Susan Boyle ainda vive, tal como foi, nas caricaturas dos humoristas, pois não mais Boyle está aqui, e sim a representação de sua figura, desta vez apresentável aos padrões da televisão, da sociedade de consumo, assim é Susan, apetecível, degustável, leve blush corando as bochechas.

[2 Comentário(s)]

Postado por Elisa Andrade Buzzo
30/6/2009 à 00h21

 
Entrevista a Juliana Dias

Olá! Sou aluna de Jornalismo da Cásper Líbero/SP e para o meu trabalho da disciplina Jornalismo Especializado escolhi o site Digestivo. A atividade consiste na elaboração de um texto analítico, e entro em contato para que possamos conversar um pouco mais sobre a publicação. Vi que vocês já possuem muuuitas informações no site, então gostaria de saber coisas mais informais, como por exemplo: ambiente na redação, relacionamento, escolha, e um pouco de informações mais específicas (como escolhem as pautas, como se dão as reuniões com os correspondentes de outros estados)...

1. Antes de lançar o Digestivo, você fez outro site. Poderia falar um pouco sobre ele (se era na mesma linha de cultura, possuía funcionários?)

Era um site pessoal, mas na linha das "homepages" de antes, ainda esta' no ar (dentro do proprio Digestivo).

Não era jornalistico como o Digestivo é. Eu estava descobrindo a publicação na internet (através de newsletters). Então era mais para distribuir meus textos e armazená-los. Durou de 1999 a 2000 (quando comecei o Digestivo).

2. Quais foram as maiores mudanças quando surgiu o Digestivo?

O Digestivo sempre quis ser uma revista, com mais vozes, além da minha. O Digestivo tinha a ambição de ser um veículo, enquanto meu site era apenas um espaço pessoal mesmo.

3. De onde veio o nome da publicação?

Eu sempre gostei muito de cultura e queria que as pessoas se interessassem mais pelo assunto. Logo, quis fazer da cultura um tema mais "digerível", digamos assim, mais "digestivo" mesmo. Daí o nome. No começo eram apenas as minhas notas, então o Digestivo era uma forma de a pessoa se atualizar, sobre o que estava acontecendo culturalmente, e se aprofundar se quisesse (através dos links).

4. E de onde vieram os colaboradores para o Digestivo?

No início, eram pessoas que eu conhecia e que escreviam como eu, sem ter onde publicar livremente (o Digestivo surgiu antes dos blogs e das ferramentas de autopublicação). As dez pessoas iniciais foram chamando outras e o proprio site foi atraindo novos colaboradores ao longo dos anos. Hoje os colaboradores atuais quase não têm mais relação com aquelas dez pessoas do início...

5. Como é a redação do Digestivo?

É virtual, porque as pessoas se relacionam através do e-mail. Aqui, no escritório, fico apenas eu (o Editor). Nem meu Editor-assistente fica aqui mais. Já tive um Editor-assistente aqui e uma estagiária, mas conseguimos automatizar os processos a ponto de fazer praticamente tudo pelo e-mail agora. E pelo site, é claro.

Cada colaborador cadastra suas matérias diretamente. O Editor-assistente revisa e agenda a publicação. O site se atualiza sozinho: quando muda a data, ele muda a capa automaticamente. Também, assim, seguem as newsletters, as atualizações dos feeds e, ainda, do Twitter. Conversamos praticamente todos os dias por e-mail. E temos grupos, tambem de e-mail, de acordo com o interesse (para distribuir os releases que chegam das assessorias de imprensa): literatura, musica, cinema etc.

6. Que características você aponta como mais importantes dos textos do site?

Um registro entre o jornalismo tradicional e a linguagem mais solta dos blogs. Digo que nos inspiramos nas publicações impressas de antes da internet mas que os blogs nos revelaram novos formatos e novas maneiras de trabalhar. Pessoalmente, acho que a sustentação, dos veículos do futuro, vai passar pelas experiências que os blogueiros estão fazendo hoje...

7. Já recebeu muitos textos que não foram publicados?

Já, claro. Na verdade, a seleção é mais da pessoa do que do texto. Lemos os textos primeiro, obviamente, mas, se a pessoa combina com o site (é publicada com frequência), acabamos dando-lhe um voto de confiança e ela pode publicar, livremente, o que quiser (vira Colunista).

8. E a nova ortografia? Como estão lidando com isso?

Estamos seguindo. O Rafael, nosso Editor-assistente, fez essa lição de casa melhor do que eu. Estudou as mudanças e vai revisando os textos dos Colaboradores, de acordo com as novas regras, e sugerindo alterações. Ele tambem me deu um dicionário (com a ortografia atualizada), de presente de aniversário; deixo-o aqui na minha frente. Consulto frequentemente e procuro absorver as mudanças.

9. Qual o perfil do leitor do Digestivo?

É um leitor jovem, mas não muito jovem, de nível universitário pra cima, porque tem de gostar de ler (os textos são longos para o "padrão" da internet). Há, tambem, uma geração acima da nossa, de meia-idade pra frente, mas que costuma se irritar quando lembramos que os meios físicos, que eles tanto prezam, vão acabar etc. Há, ainda, uma geração mais jovem que a de universitários, que chega através das discussões que travamos sobre o futuro da internet (Twitter etc.).

10. Como funcionam as reuniões de pauta para o site? E como é o contato com os colaboradores que moram em outros estados?

Não há reuniões de pauta. Uma vez que a pessoa se torna Colaboradora, ela é livre para enviar/cadastrar seus textos. Como eu disse, é mais uma questão de escolher a pessoa do que de escolher os textos. Confiamos muito nos nossos Colaboradores.

Também redistribuímos os releases que recebemos, como já contei, mas ninguem tem a obrigação de escrever textos a partir deles. Funcionam mais como uma sugestão. Se alguém quiser seguir, bem ― se não, continua valendo.

Talvez seja importante frisar que a nossa redação não é 100% de jornalistas, portanto existem pessoas, que publicam no Digestivo Cultural, que não estão acostumadas a seguir pautas (e que provavelmente nem querem ― como os blogueiros)...

A única pauta sugerida, por nós, é a dos Especiais, que acontecem mensalmente (mas são, novamente, sugestões, nunca são pautas obrigatórias...).

11. Por que mídia apenas on-line e não impressa?

Por "n" razões... Chegamos a estudar uma versão impressa (anos atrás) e até chegamos a fazer um encarte, com a FGV (dentro de uma revista deles). Mas as principais razões são (ou foram) os custos proibitivos dos impressos (que, com a queda da publicidade, e das vendas de exemplares, estão minando-os definitivamente). Fora que temos um alcance que seria impossível em papel. E, se tivéssemos começado em papel, provavelmente teríamos "entrado para a história", como tantas publicações culturais brasileiras...

12. Vi que você é engenheiro e rumou para a área digital, porém usando-a como base para a cultura. Você sempre teve interesse na área? E hoje ainda atua em Engenharia?

Sim, eu sempre tive interesse por cultura. Era leitor do Paulo Francis. Do Nélson Rodrigues. E do Rubem Fonseca. E escrevia desde a época do vestibular, fui redação nota dez da Fuvest.

Sempre tive interesse por tecnologia também. Ganhei meu primeiro computador aos 11 anos. Um Apple II+. E, com um livro de Basic, aprendi a programá-lo sozinho. A engenharia foi metade influência do meu pai (também engenheiro), metade desejo que continuar mexendo com tecnologia (fiz Engenharia de Computação).

Digamos que nunca exerci a Engenharia diretamente, embora tenha sempre trabalhado com tecnologia, e com programação. Trabalhei primeiro em bancos; com o pessoal da mesa de operações e, depois, com o pessoal da controladoria (que consolida os resultados). E, no Digestivo, sigo usando a "engenharia", digamos assim, porque toda a programação do site (que não acaba nunca) é minha...

13. No seu Twitter você fala muito sobre mídias sociais. Qual a importância delas para você e para o seu trabalho?

As mídias sociais são a vedete do momento. Na verdade, se voce está na internet (e todo mundo vai estar, não tem jeito), você tem de estar por dentro do que está acontecendo. Não vamos mais ter uma mídia que dure um século sem quase nenhuma alteração (como os jornais). A internet é muito fluida e se você não acompanhar o que está acontecendo, fica para trás. Hoje, graças a essa atenção que dou às midias sociais, digamos assim, o Twitter já é a nossa terceira fonte visitação, depois do Google e depois da "visitação direta" (que vem espontaneamente). Felizmente, tenho prazer em acompanhar os avanços da internet, então quase não é trabalho para mim...!

Para ir além
"Histórico"

[2 Comentário(s)]

Postado por Julio Daio Borges
30/6/2009 à 00h05

 
Graaande Michael Jackson



Mini Michael Jackson, direto de NYC, via @dpadua.

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Postado por Julio Daio Borges
29/6/2009 às 14h29

 
Michael Jackson via Twitter

Billie Tweets, por @9Astronauts, via @jampa.

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Postado por Julio Daio Borges
29/6/2009 às 10h16

 
Comunicação & Tecnologia

Estão abertas as inscrições para o III Encontro Nacional sobre Hipertexto, que ocorrerá em Belo Horizonte, nos últimos dias de outubro. Boa oportunidade para trocar ideias, fazer uma imersão nos temas que envolvem tecnologia, comunicação, computação e educação, além de passear pela capital mineira e arredores. Valores de inscrições e outros detalhes estão no site do evento. Qualquer pessoa pode assistir às mesas-redondas, às conferências e aos minicursos. Basta fazer inscrição.

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Postado por Ana Elisa Ribeiro
26/6/2009 às 14h00

 
Internet e Monetização

@jdborges, @Alessandro_M, @anderssauro (em cima)... e @Cardoso (embaixo), em foto (partida!) de linealves, porque vocês já podem ouvir o áudio... #palavranatela



[1 Comentário(s)]

Postado por Julio Daio Borges
26/6/2009 às 11h15

 
Ribeirão Preto e a Literatura

Teve início, no dia 18 de junho, a Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto. Em sua nona edição, irá se estender por dez dias, reunindo milhares de livros e muitos convidados especiais, como promete o programa, disponível no site do evento e no folheto de sessenta e uma páginas, fartamente distribuído no local.

Shakespeare, na cena do balcão de Romeu e Julieta, põe em questão o problema do nome. A rosa ainda seria uma rosa, exalaria idêntico perfume, se, por qualquer acaso, ficasse escondida atrás de outro nome? A Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto nomeia-se uma feira de livros. Deve ficar registrado, porém, que é mais do que isso.


José Miguel Wisnik

O evento vai bem além, ao incluir na programação muitas apresentações musicais de diferentes gêneros, do erudito (como foi o concerto do dia 19, no Teatro Pedro II, em que a Sinfônica local acompanhou os cantores líricos Fernando Portari e Rosana Lamossa) ao folclórico (músicas e danças populares chilenas, interpretadas pelo conjunto Raices de Chile, no dia 21). No meio desses dois dias, na tarde ensolarada de sábado, dia 20, o público foi presenteado com uma apresentação musical de José Miguel Wisnik ― brilhante encontro de música e literatura ― para mais tarde deleitar-se com outro show encerrando a noite; desta vez, de Adriana Calcanhotto.

Reafirmando essa tendência multimídia, várias sessões diárias e gratuitas de cinema e de teatro. Na seleção de filmes, a preferência foi dada àqueles baseados em livros, sem limites de estilo: de Ensaio sobre a Cegueira a Marley e Eu. Nas peças teatrais, privilegiou-se o gênero infantil.

O livro é a peça central que articula essa ciranda de shows de música, canto e dança e de sessões de teatro e cinema. E quando se fala em livro está implícito falar-se de autores. Para aproximar os presentes a estes últimos, foram concebidos o Salão de Ideias, projetado para uma audiência maior, e o Café Filosófico, mais intimista. Intercalados, foram programados para ocorrer a cada espaço de hora, diariamente, a partir das 10 da manhã, com pausas para as apresentações musicais. Para os apaixonados pela literatura ou interessados no ofício de escrever, a impressão seria comparável a de um grande buffet. Com pratos para todos os gostos, do hit voltado para o público teen Thalita Rebouças (Fala sério, mãe, Fala sério, professor, Fala sério, amor, entre outros) ao bem humorado engenheiro cubano Tirso Sáenz, antigo Ministro de Desenvolvimento e Tecnologia de Cuba, discorrendo sobre seu livro O ministro Che Guevara.


Thalita Rebouças e uma fã

Thalita incorpora de modo natural a adolescente descolada que conseguiu chegar lá. Permitiu que a jovem assistência, delirante, nela se projetasse, dando certeza (ainda que momentânea) de que um dia chegarão lá. Marketing? Pode até ser. Comovente, porém, ouvir as vozezinhas da plateia, estalando de novas, agradecendo à escritora por ter escrito textos tão cheios de verdades, que as auxiliaram a entender melhor a si mesmas e ao mundo. Sucesso retumbante.

Sucesso parecido tiveram os bate-papos com Adriana Calcanhotto e José Miguel Wisnik, que, no dia seguinte às apresentações musicais, voltaram para conversar sobre suas obras. Calcanhotto discorreu sobre Saga Lusa (relato sobre o surto psicótico que se abateu sobre a cantora durante uma turnê por Portugal), enquanto Wisnik mostrou, de forma leve e incrivelmente acessível, sua cultura e inteligência, comentando seu livro mais recente, Veneno Remédio ― O futebol e o Brasil.

O interesse que os presentes demonstravam em todos esses encontros parece por em cheque a afirmação de Baudelaire, feita em seu Pequenos poemas em prosa, segundo a qual o poeta perdeu sua auréola: ainda há rastros de divindade em quem sabe contar bem uma boa história.

No quesito ofertas de livro, o evento não contou com stands das grandes editoras comerciais. As tendas montadas pelas livrarias locais ofereciam, além das obviedades das listas de mais vendidos, obras dos escritores convidados tanto para o Salão de Ideias como para o Café Filosófico. A quebra da rotina ficou por conta do comparecimento das editoras ligadas ao governo, cujos livros são difíceis de adquirir fora do local de edição. Foi o caso da tenda da Fundação Alexandre Gusmão, de Brasília, com obras de qualidade sobre temas ligados a Relações Internacionais; da Fundação Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, com seus volumes ilustrados e esmerados fac-símiles de obras de seu acervo; Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Editora Universidade de São Paulo (EDUSP) e da Editora da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP, a única a oferecer descontos significativos sobre preços já remarcados).

Já na bem vasta programação do evento, tendo como alvo a formação de novos leitores, foram incluídas atividades promovidas pela Fundação Palavra Mágica, organizadora de uma série de oficinas de escrita e de leitura, voltadas para crianças e adolescentes.

A Feira de Livros de Ribeirão Preto ― a segunda maior da espécie, a céu aberto, perdendo apenas para a feira de Porto Alegre ― pode, de alguma forma, ficar em dívida com as congêneres que lhe estão próximas no tempo: o Festival da Mantiqueira (Diálogos com a Literatura), que ocorreu, pelo segundo ano consecutivo, em São Francisco Xavier, no último fim-de-semana de maio, e a Festa Literária Internacional de Paraty, a famosa FLIP, aguardada para o início de julho. A Feira de Ribeirão, embora conte com uma lista expressiva de patrocinadores, não é nem tão sofisticada nem internacional como esta última. Por outro lado, o cenário em que acontece e o público que atrai não a deixa tão cozy como aquela primeira. Talvez seja, no entanto, a que mais chegue perto do real propósito desse tipo de realização: disseminar de modo inclusivo o hábito e o prazer da leitura.

Nota do Editor
Eugenia Zerbini, escritora, vencedora do Prêmio SESC Literatura com seu romance de estreia, As netas da Ema (Record, 2005). Tem contos publicados no jornal literário Rascunho, revista Cult e blog do caderno "Prosa e Verso", do jornal O Globo.

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Postado por Eugenia Zerbini
26/6/2009 às 11h09

 
Sobre Michael Jackson

"Michael Jackson: a lenda viva", "O enigma de Michael Jackson" e "Quem somos nós para julgar Michael Jackson?". #michaeljackson

[1 Comentário(s)]

Postado por Julio Daio Borges
26/6/2009 às 09h23

 
Internet e Videocasts

@jdborges @tdoria @cmerigo @renedepaula, em foto de prixel, porque vocês já podem ouvir o áudio... #palavranatela

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Postado por Julio Daio Borges
25/6/2009 às 10h06

 
De Sir Ney a Sai Ney

Continuando a campanha, através do forasarney.com.br, via @ramosdenise

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Postado por Julio Daio Borges
24/6/2009 às 16h09

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