Meu sábio pai, questionado sobre o futuro dos jornalistas e a rivalidade destes com os blogueiros, respondeu que tudo dependia da confiabilidade do escritor.
Na hora me caiu a ficha. A questão realmente importante, não é se teremos mais blogueiros do que jornalistas no futuro, mas sim a seriedade do escritor e a credibilidade das informações passadas.
Bem ou mal, jornais e revistas consagrados vendem informações "confiáveis", mesmo que distorcidas pelos seus editores. As pessoas querem afirmar em uma conversa, sem terem dúvidas, se o tópico abordado é verdadeiro ou não.
Nada como poder dizer em meio a uma discussão: "eu li no Estado", "eu vi na Veja", "o teste da Quatro Rodas confirmou". Da mesma forma vem acontecendo com os blogs.
Quando algum blog fica famoso por divulgar determinada área de conhecimento, ele vira referência. Se é referência, é sério, se é sério, é confiável, se é confiável, você pode citar em uma conversa de bar!
Até porque há um ponto em comum entre o blogueiro e o jornalista, um ponto que dá pesadelo em ambos: a fonte. De onde vem aquela informação? Quem passou sabe, ou inventou?
Passado o primeiro entrave, vamos à segunda parte do artigo, a questão da diversidade que, já adianto, tem tudo a ver com a primeira parte.
Acredito que haverá no futuro muito mais blogueiros do que jornalistas, no sentido que conhecemos hoje ― trabalhando em alguma mídia convencional. Porém, não seria qualquer propagador de informações uma espécie de jornalista?
Portanto, os formadores de opinião, de forma genérica, com certeza se multiplicarão e, considerando a facilidade de se criar um blog, este ramo de atividade aumentará e, naturalmente, se especializará.
Ou seja, teremos muitas opções de blog e eles versarão sobre tantos assuntos, que poucos se interessarão ou mesmo terão tempo de ler o Jornal. Os blogs serão mais profundos que o jornal e mais atualizados (em tempo real). Tanto isto é verdade que os grandes jornais já criaram seus blogs e investem pesado neles.
Isso também porque a informação não pára e as pessoas sugam-na rapidamente. Tempo é dinheiro, tempo é cultura, tempo é a necessidade de tomar decisões da forma mais rápida possível.
Ser ou não ser confiável é a questão essencial do futuro, onde todos estarão sendo jornalistas, de uma maneira ou de outra.
Concordo com o Daniel. Mesmo hoje já se duvida se o que a revista ou o jornal escreve é verdade... Vai chegar uma hora em que a única diferença entre o blog e a imprensa "oficial" será a dinamicidade com que se dará a notícia. Mas ainda acho que o jornal ou a revista fazem um trabalho diferente, dando um maior aprofundamento ao texto, mesmo porque quem lê pela internet, na maioria das vezes, quer apenas saber o que está acontecendo, não ler uma notícia com críticas, teorias conspiratórias e "otras cositas más"...
Assim como o Daniel, concordo que o futuro da informação será, inevitavelmente, a internet, pois até então este é o meio mais dinâmico de se divulgar informações. Conseqüentemente, haverá a necessidade de que blogs e outros tipos de sites se aprimorarem, tanto na facilidade de busca das informações, quanto no próprio conteúdo das mesmas... Parabéns Daniel! Ótimo artigo!
Quando recebi o meu site, fiquei alguns dias pensando como administrar o blog, uma vez que o webdesigner me orientou escrever no mesmo, todos os dias. Mas o que adicionar que possa interessar ao meu internauta? Escrever algo realmente bom e diversificado. O texto "Confiabilidade" explica algum viés para o futuro. Parabéns, Daniel!
Daniel trouxe uma questão atual e por vezes preocupante, pois, muitos escritores ou formadores de opinião que podem parecer confiáveis, na realidade não o são.