Dos amores possíveis | Marcelo Maroldi | Digestivo Cultural

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Segunda-feira, 20/3/2006
Dos amores possíveis
Marcelo Maroldi
+ de 30400 Acessos
+ 17 Comentário(s)

Amor possível: 1. É dito daquele encontro sincero entre dois seres humanos que desejam construir algo de verdadeiro juntos, em regime de cumplicidade. 2. Utopia. 3. O mesmo que fantasia. (Pequeno dicionário Maroldi do amor)

No filme Buena Vista Social Club, Compay Segundo, ao falar de amor e de sua admiração pelas mulheres, diz que a coisa mais bonita que existe no mundo é o amor e que "uma noite de romanticismo não tem preço". No começo eu discordava dele, cubano maluco!, depois passei a entendê-lo e, agora, quase concordo com aquele cantor boêmio. No meu estágio atual de maturidade, acredito que uma boa história de amor é o que realmente interessa nessa nossa vida. E não é preciso ser muito esperto para reparar que boa parte dos filmes que assistimos, dos livros que lemos, das lendas, das novelas, etc., são histórias de amor, simples e cafonas, recheadas com outras histórias menores, satélites, para que possam prender a nossa atenção. E prendem. Na realidade, não conseguimos fugir do rótulo de animais sentimentais, não nos despimos jamais da necessidade de encontrarmos o amor..., um amor possível. E essa não é uma busca simples.

O amor possível é aquele amor que hoje está em desuso, ultrapassado, gasto como o coração dos que nele acreditam. É buscar por algo cada vez mais raro, menos recorrente, menos encontrado, mas sempre buscado. Um santo Graal praticamente. Ora, se o desejo de todo ser humano é viver um amor de verdade, um amor possível, por que isso está cada vez mais distante? Por que o número de casamentos aumenta em todo o mundo e o de separações também, em proporções até maiores? Por que não é mais um fiasco um matrimônio qualquer durar 2 ou 3 anos? Por que cada vez mais se busca um amor possível e cada vez menos se encontra?

Sim, você deve estar pensando: se eu casar e não der certo, vou buscar um novo amor, um possível, não vou ficar confinado em uma relação infeliz. É verdade, é verdade... Mas, quantas vezes temos que errar até dizer "é esse"! O blogueiro (e poeta) José de Morais pergunta: "por que amar se a perda é tão dolorosa?" Ele dá como certo a perda. E não deve existir ninguém que goste de separações, afinal, quase sempre elas deixam marcas profundas, às vezes cicatrizes para toda uma vida. Ainda mais quando você pensava ter encontrado um amor possível...

Entretanto, pior que perder um amor possível é nunca tê-lo encontrado e desconfiar timidamente que estes só existem mesmo nos filmes ou na televisão. E, então, se você por acaso ficar de cara com ele, é lutar bravamente contra isso, agarrando-se ferozmente a qualquer coisa que possa fazê-lo desistir de embarcar nessa aventura napoleônica. É, porque amar é se aventurar, não há dúvidas (Amar/ é mergulhar de cabeça/ sem saber nada/ sem saber de nada/ ao seu encalço/ numa piscina/ como um camicase/ pulando do último/ do mais alto trampolim/ de mim/ sem asa delta/ salva-vidas, pára-quedas/ sem perguntar/ sem sequer pensar/ se lá embaixo/ vou encontrar água/ ou o ladrilho do vazio?, Armando Freitas Filho). E "se se morre de amor", como versejou Gonçalves Dias, bom, o jovem Werther morreu, como tantos outros, não concordando com aquele poeta.

Meses atrás recebi uma encomenda de um amigo meu, um que não morreu de amor, mas quase viu a luz definhar no final do túnel interminável. Eu deveria escrever um texto chamado "receita para se esquecer um grande amor". Algo bem simples, trivial, quase infantil,... tão infantil que ele ainda não recebeu nada e continua me cobrando a encomenda (mas que vai sair). Outro amigo (só tenho amigo sentimental!, uma benção), mais experiente, com uma relação estável e verdadeira, possível, disse-me certa vez que ainda amava cada uma de suas ex-namoradas. Não deu certo, paciência, mas ele as tinha no coração. Não é que ele as amava como mulher, como sua atual mulher (que, segundo Martinho da Vila, é sempre a mais importante, claro!), não é isso! Acho que ele quis dizer que se apaixonou por elas, aprendeu com elas, mas não deu certo, sem mágoa, sem pranto, sem nada, só mais uma série na escola da sua vida. E ele segue em frente, feliz por ter amado. Eu pensei 2 dias inteiros nessa declaração dele... achei-a bela como nada que alguém jamais tivesse me dito até então e me achei um fracassado por não pensar como ele e nem permitir que quem esteja comigo pense assim.

Encontrar um amor possível é ganhar na loteria. É ter a certeza de que você recebeu um presente de um valor inestimável, o qual só poderá pagar tornando-se você mesmo um companheiro de verdade, sendo você também adepto — e praticante — do amor possível. É dividir o pouco que se tem e desejar ter mais apenas para dividir mais. É querer vivenciar em 2 todas as coisas desse mundo. É querer viver no outro, e com o outro dentro de si. É queimar no quintal todos os presentes das outras relações, é esquecer de todas as demais pessoas do mundo, pois somente uma única te interessa. É sair cedo já pensando em retornar, e abrir mão das suas coisas para viver as do casal. É acreditar que viverão juntos para sempre e que cada um fará sua parte para que isso aconteça. É querer ser feliz, ser um casal, amar.

Porém, se é tão bonito assim, por que nossos olhos vêem traições, nossos ouvidos escutam mentiras e nossos corações disparam sem razão no meio da tarde por insegurança, medo, decepção? Por que nosso mundo se tornou um lugar tão frio?, onde amar o outro com toda força da alma é sinal de fraqueza, de submissão, de tolice? Até quando vou presenciar meus amigos romperem casamentos de menos de 3 meses de duração?, ouvir histórias de adultério, ver tantas lágrimas nos olhos dos românticos sofredores, dos poetas e dos bêbados desesperados? Por que, hoje, ser um sonhador e acreditar no amor verdadeiro é se sentir cantando Los Hermanos: "eu preciso andar um caminho só" (bom, "só" não é, mas nessa estrada anda pouca gente, certamente)?

Nas novelas, quando estas estão próximas do fim, casamentos acontecem, filhos nascem e, evidente, os coitados sofredores arrumam bons partidos. Isso é certo!, final de novela até o figurante aparece de mão dada, sorrindo, exibindo seu amor possível. E, nas discotecas, por exemplo, às 3hs da madrugada, somente se observa gente feliz a se beijar, e o cheiro mesclado de tequila, hormônio e perfume (serve sabonete) a se misturar, a invadir o ambiente transformando-o num repositório de milhares de amores possíveis bem ali na sua frente, uma fantástica explosão de amores possíveis. Também quero.

E, andei pensando: por que os que cantam as nossas dores de amor vendem tanto e os que poetizam essas mesmas dores são menos conhecidos que a empregada doméstica do Ronaldinho? Eu, por exemplo, não faço distinção, não acho justo! Eu ouço músicas bregas, tristes, de suicidas, leio todos os poetas (os tristes), vejo os blogs dos desesperados, assisto os filmes onde o casal se separa, um deles morre no final, essas coisas, e, pasmem, ainda acredito no meu amor possível, sabe? Antes eu justificava dizendo que "a culpa era desse mundo agreste que me deu uma alma agreste", mas, depois que uma menina muito chatinha passou a me plagiar (ao Graciliano, na verdade, mas ela nem sabe), parei. E então, quando eu quero culpar o mundo por ele não me dar o que eu penso que mereço (o meu amor possível), aparece alguém para me puxar a orelha. Ou para me fazer apaixonado novamente, a escrever as minhas sentimentalidades quase juvenis. Se vale a pena seguir?, não o sei, mas é o único jeito de encontrar o que procuro, encontrar o que nem sei se existe, encontrar o meu amor possível.

* * *

"O Demolidor"

O amor não é um arquiteto.
Igual às térmites, destrói
a mais sólida construção
das paredes até o teto.

Dando razão à sem-razão,
o amor não respeita o intelecto.
Igual a um rato, surge e rói
o pão abstrato e o sol concreto.

O amor? Dois e dois não são quatro.
Caminho certo em concha errada,
coisa torta no chão reto,

Amor! Colinas sucessivas,
obelisco, língua que lambe,
pergunta feita ao Paracleto!

Lêdo Ivo

Marcelo Maroldi
São Carlos, 20/3/2006

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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
20/3/2006
06h14min
Não acho que amar romanticamente alguém seja o ideal de todos, e o melhor que o ser humano pode fazer... Deixando de fora os exemplos mais famosos disto (Jesus, Gautama Buddha, Erdos, Platão, etc.). Acho que uma das razões porque o romantismo ocupa posição central na nossa sociedade, em oposição até ao amor, é porque somos impregnados com este conceito na psique... Desde pequenos. Quando você descobre que pode ser feliz sozinho, sem necessidade de ter alguém por perto, acaba descobrindo também o que ter alguém por perto traz realmente de bom... Deixa de ser uma necessidade, para virar uma opção. Nossas fantasias amorosas poucas vezes incluem o que um músico cego disse hoje no rádio: escolher a pessoa pelo que ela aparenta, ao invés do que pelo que ela acrescenta... De qualquer forma, existem muitos amores possíveis. Até amar a leitura, amar ao espírito, amar conhecimento, a amar alguém... O que não podemos é sempre assinar uma lei sobre o que é "a coisa mais bonita no mundo".
[Leia outros Comentários de Ram]
20/3/2006
10h11min
Ao ler o texto, recordei de algumas palavras que li em algum lugar da net e que copiei, mas infelizmente eu não posso dar os créditos devidos, pois não recordo de onde tirei. Veja: "Comédias românticas são perigosas. Nos fazem acreditar em coisas que não existem. Corcordam? Discordam? Eu, que ando numa fase cínica a respeito do assunto, tomo emprestada uma citação de Bukowski: O amor só convém aos que não são capazes de suportar a pressão psíquica. Pois amar é nadar contra uma correnteza de mijo com dois barris cheios de merda amarrados nas costas". Acredito que é necessário desconstruir a imagem do romantismo dos filmes, pois o amor não nasce de uma troca de olhares, mas de um conjunto amplo de atitudes e renúncias (isso é tão difícil). Recomendo dois filmes sobre o assunto que, pela ausência de espaço, não tenho como explorar: "Antes do Amanhecer" e "Antes do por-do-sol".
[Leia outros Comentários de Marcelo Souza]
20/3/2006
10h54min
Caro Marcelo, como disse o Ram, há vários tipos de amor e várias formas de amar. Além disso, só não acredita no amor, quem nunca amou de verdade. Mas, não se pode esquecer que, para encontrar um amor de verdade, é preciso arriscar-se. Quem não quer se arriscar, provavelmente, vai ficar à deriva.
[Leia outros Comentários de Janethe Fontes]
20/3/2006
11h49min
Surpresa ao ler isto da primeira vez - mas as pessoas vivem nos surpreendendo. O que eu diria do amor romântico: só vale a pena se formos somar, ou multiplicar. De subtrair e dividir estamos todos fartos. E é preciso amar primeiro a própria companhia para que o amor não seja apenas uma fuga de si mesmo.
[Leia outros Comentários de Claire]
20/3/2006
14h23min
Tenho a sensação de que as pessoas só querem AMAR, mas não estão dispostas a tornar esse desejo POSSÍVEL. É muito mais romântico, utópico e fantasioso, o amor impossível. Não conheço nenhuma sinopse de filme ou um romance literário que abordam o AMOR POSSÍVEL. Afinal, quem está disposto a ler, ver e ouvir sobre o dia-a-dia de um casal, que encara um ao outro exatamente como o ser humano é, nu e cru?
[Leia outros Comentários de Ceila Santos]
21/3/2006
02h18min
Caro Marcelo, apesar de tantas indas e vindas, dos tombos e dos levantes, passei a encarar essas situaçoes com mais simplicidade, como vc as trata ao final do seu texto! É isso ai, é certo q uma hora a gente bate as botas, e nignuem sabe o q tem do lado de la', e a partir dai vejo q criamos muitas barreiras desnecessárias, superando isso de uma forma simplista, respeitando os outros e a sí, realmente o mundo esta cheio de possiveis amores!
[Leia outros Comentários de Carlos Campos]
29/3/2006
20h05min
Caro Marcelo, amar é sentir borboletas no estômago! É escutar a cor dos passarinhos! Tudo é lindo, mágico e perfeito. Por que quando se ama tememos perder esse amor? Por apego? Egoísmo? Talvez. Acredito que nós, seres humanos, nos apaixonamos muito mais do que nos é permitido, mas tem sido assim. Tudo é velocidade, explosão... Pergunto-me sinceramente se nossos avós permaneceriam casados por 40, 50 anos nos dias de hoje. Não creio. Creio que o amor possível é possível, SIM, desde que, ao tomarmos consciência de que ele chegou, o respeito ao próximo deva ser o quesito número 1. Assim, a felicidade se completará. Boa busca prá ti.
[Leia outros Comentários de Helena Pais]
31/3/2006
11h50min
Algumas semanas atrás ouvi alguém falando que não entendia a razão do "amor de um segundo" não ser louvado, descrito em poemas. Ele falava daqueles instantes em que você descobre, e é descoberto por alguém, em um ponto de ônibus, em um posto de saúde, e durante segundos, minutos, horas, há uma comunhão de alma, convergência, cumplicidade. Por instantes, você amou e foi amado, por alguem que você talvez nem tenha beijado, e nunca mais verá. Mas, naquele instante, ele fez parte de sua vida, porque você permitiu que ele estivesse na sua vida, a transitoriedade da situação, saber que provavelmente nunca mais você verá essa pessoa, fez com que você fosse verdadeiro, fosse leve, fosse você. Assim, temos menos medo da rejeição, menos medo do ridiculo. E estranhamos quando a pessoa continua a nos ouvir, continua ali ao nosso lado... é tão absurdo quando gostam de nós pelo o que somos. Por momentos, houve comunhão, porque nos permitimos que houvesse, porque mostramos a nossa cara.
[Leia outros Comentários de Camilla]
31/3/2006
15h29min
Sempre acesso o Digestivo pra ler os textos da Ana Elisa, mas o título do seu artigo me atraiu. Não, definitivamente, não me encaixo na definição "romântica", mas o seu texto ultrapassa muito essa concepção. Quer dizer, fala do que é romântico na sua origem, e não do romântico segundo a definição das novelas, embora você as utilize como exemplo. Os amores possíveis exigem aquela coisa antiga chamada compromisso, compromisso de construir-se com o parceiro, formar uma entidade com ele. Parabéns pelo texto, fluido e claro, apaixonado.
[Leia outros Comentários de Sandra Baldessin]
18/7/2006
13h16min
Concordo com a Janethe. Amar é mesmo arriscar-se. Só quem tá disposto a arriscar-se, ama. E o risco pode ser o de sofrer ou o de ser feliz. E, olha, tem é gente por aí com o maior medão de ser feliz... se tem!!!
[Leia outros Comentários de Ana Claudia]
14/1/2009
08h38min
Amores; prontos para recomeçar, a cada esquecimento da dor.
[Leia outros Comentários de Maitê]
6/4/2009
15h16min
Encontrar um amor de verdade é tão difícil quanto esquecer um amor de verdade.
[Leia outros Comentários de Ana Maria]
30/3/2010
08h52min
Amar sempre vale a pena. Aliás, não só a pena, mas a caneta, o lápis, a tecla... O que mais traria tanto sentido a uma bela história, seja contatada ou vivida, do que o amor?
[Leia outros Comentários de Eliana de Freitas]
18/4/2010
22h49min
Marcelo, li seu texto e vi que você possui uma inquietude e umas perguntas talvez sem respostas, como eu. Estou tentando esquecer um grande amor mas até agora não consegui. Vivo os dias assim, uns dias acordo melhor, outros em prantos. E assim vai. Espero que um dia isso passe. E, se amar de novo, sei que vou sofrer. É assim... Abraços,Cibele.
[Leia outros Comentários de cibele]
20/4/2010
14h32min
Marcelo, vejo os amores antigos exatamente como seu amigo. Não é porque não deu certo que aquela pessoa não tem importância qualquer em nossa vida presente. Querendo ou não, a gente sempre leva um pouco da pessoa e deixa um pouco da gente. "Foi bom enquanto durou"... rs. É sempre ruim quando acaba, mas se quando acaba é ruim é porque era bom antes de acabar. Enfim... às vezes a gente vive muitos "amores possíveis", mas não está pronto para que ele dure muito. Então, dá um jeito de sabotar a relação. O interessante é que mesmo isso pode nos ajudar a amadurecer e nos preparar para finalmente estarmos prontos para algum amor verdadeiro. E, acredite: amor não é coração acelerado, não é friozinho na barriga, não é sentir tesão em cada beijo e abraço. Amor é muito mais do que isso... e só quem descobre o que está além pode-se dizer pronto para o amor verdadeiro. Quem já passou por todas essas fases sabe o que estou dizendo. Boa sorte em sua busca! (Lindo texto).
[Leia outros Comentários de Débora Carvalho]
20/4/2010
23h00min
Caro Marcelo... bom, no modo mais simples que eu puder falar aqui sobre encontrar ou não o amor verdadeiro, eu te digo o seguinte: amor não se procura, acha-se!!! Infelizmente as pessoas confundem "amor" com "apego"... Quando acha-se o amor de verdade, Marcelo, não há sofrimento nem paranóias do tipo "será que vai dar certo?" Já no apego, ah... é sofrimento pra cá, insegurança pra lá, enfim, as pessoas no geral não aceitam ficar sós, e vão levando uma relação pra frente até chegar no seu limite de saturação... no amor "verdadeiro" isso não ocorre. O amor verdadeiro não morre, não satura... No amor verdadeiro, Marcelo, estamos sempre querendo acertar. O queremos para sempre pelo bem que ele nos faz. E viva o amor!!! beijos, Marcelo. Quer namorar comigo? rsrsrs...
[Leia outros Comentários de fernanda flores ]
20/5/2010
12h14min
Olha este seu texto também foi plagiado pelo blog que já citei! Quanto mais as pessoas se manifestarem sobre seus textos usurpados ou postados sem os devidos créditos, é melhor para nós, blogueiros e escritores. Abraço.
[Leia outros Comentários de DEBORAH SIMOES]
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