Colocando o preto no branco das câmeras digitais | Vicente Escudero | Digestivo Cultural

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Quinta-feira, 12/8/2010
Colocando o preto no branco das câmeras digitais
Vicente Escudero
+ de 10100 Acessos
+ 3 Comentário(s)


Ilustra: o urso azul

As pessoas realmente acreditam na história de vendedor sobre a quantidade de megapixels ser o fator determinante da qualidade de uma câmera fotográfica digital. Por mais absurda que essa afirmação possa parecer para qualquer um que conheça um pouco sobre fotografia, o crescimento do apelo comercial sobre as vendas de câmeras que registram uma quantidade cada vez maior de pixels em seus sensores tem sido eficaz e não colabora para que o consumidor saia satisfeito, mas apenas para que o sujeito gaste seu suado dinheiro em uma câmera com uma aparência muito melhor do que sua foto mais decente.

Não é difícil encontrar uma loja onde o vendedor diga maravilhas sobre aquele último modelo de câmera compacta, cheia de estilo, mas com lentes e sensores minúsculos, além de flash sofrível. Enquanto o sujeito acredita estar comprando uma câmera cheia de recursos, capaz de tirar boas fotos em diversos ambientes, na verdade estará desperdiçando o dinheiro em um modelo capaz apenas de fotografar razoavelmente a festa dos filhos no final de semana, sem os famigerados olhos vermelhos. Os preços praticados no mercado para as câmeras digitais compactas variam bastante, desde R$ 300,00 até R$ 2.000,00, entre modelos que, acredite, entregam a mesma quantidade de recursos e qualidade fotográfica. Você compraria um carro que possui os mesmos recursos de outro seis vezes mais barato?


Henri Cartier-Bresson

Se a sua intenção é apenas ter uma máquina para tirar fotos com os amigos ou guardar as recordações em um álbum, você provavelmente está atrás de uma câmera digital compacta que caiba no bolso da camisa e possa ser carregada sem nenhuma dificuldade. Qualquer câmera que capte entre 10 e 14 megapixels, possua auto-foco, modos de cena automáticos, flash embutido e zoom óptico é indicada para você. Entretanto, se o que você procura é uma câmera com mais recursos, que permita a fotografia de objetos em movimento, paisagens detalhadas e situações de pouca luz, existem muito mais opções. E elas também são bastante caras.

Se você não sabe absolutamente nada de fotografia digital, mas é um entusiasta e tem interesse em se tornar um amador sério, daqueles que saem atrás de boas fotos como o sujeito que não perde a pelada todos os domingos, primeiro você precisará de boas referências sobre o assunto. Uma delas está disponível na internet, o site Digital Photography Review que, apesar de ser todo em inglês, é a maior referência na internet sobre o assunto. Ele dispõe de análises exaustivas de câmeras, lentes e softwares, guias de compras, dicionário de termos técnicos e fóruns de discussão, além de concursos semanais de fotografias sobre os mais diversos temas. Acostume-se ao jargão da fotografia digital, baseado quase todo na língua do bardo, inclusive nos equipamentos que você pretende adquirir. No final das contas, esta universalização facilita bastante em vez de atrapalhar.


Frank Capa

A segunda referência é em papel, o Guia Completo de Fotografia da National Geographic, uma pequena joia que servirá para você compreender todos os aspectos técnicos da fotografia digital de forma bastante direta, simples e prazerosa, recheado de exemplos e dicas de fotógrafos experientes sobre a fotografia em todos os tipos de cenário, dicas para utilização de equipamentos (até para as câmeras de telefones celulares) e softwares. Se você já conhece a tradição do belo trabalho fotográfico da National Geographic, não ficará decepcionado com o conteúdo do guia.

As câmeras digitais e equipamentos disponíveis para os fotógrafos amadores estão distribuídas entre diversas categorias, muitas delas experimentais. Basicamente, as categorias de câmeras digitais se dividem em compactas (point-and-shoot), câmera com lentes intercambiáveis e DSLR. As compactas você já conhece, são aquelas que cabem no seu bolso, com poucos recursos; as câmeras com lentes intercambiáveis são aquelas que permitem a troca das lentes mas não possuem o sistema tradicional de lentes, espelho e prisma das DSLR. Estas últimas mantêm seu desenho há mais de um século, atualizadas apenas pelo sistema digital, e tem o nome (DSLR ― Digital Single Lens Reflex) relacionado ao espelho articulado, que reflete a luz enviada através das lentes para enquadrar a imagem e retorna para sua posição original quando o obturador é disparado, permitindo que a luz atinja o sensor e capture a imagem.


Sports Illustrated

Câmeras DSLR fotografam imagens muito melhores e são muito mais versáteis, comparadas às câmeras compactas, pois disparam mais rápido, permitem ajustes precisos para qualquer situação e também a troca das lentes. Se você pretende levar seu amadorismo a sério, estas são suas câmeras ideais.

Existe uma categoria de câmeras digitais, híbrida, que permanece entre as compactas e as DSLR e ainda está em fase de desenvolvimento, mas que promete competir com essa categoria mais avançada em alguns anos: as mirrorless micro four thirds (sem espelho, micro três quartos). Esta categoria se divide basicamente em dois tipos de modelos, um deles tem o tamanho e o exterior bastante parecido com as câmeras compactas, com a tela de LCD e sem o visor presente nas DSLR, já a outra é bastante parecida com as DSLR e mantém o visor, além do LCD. A desvantagem para as DSLR é, muitas vezes, a baixa velocidade do obturador e a ausência de lentes intercambiáveis, talvez por se tratar ainda de uma categoria em desenvolvimento.


Steve McCurry

Escolha o seu equipamento sem pressa. Lembre-se de que os preços variam muito entre câmeras com os mesmos recursos e qualidade. Não deixe de analisar o desempenho e de ler no Flickr e no Digital Photography Review o material dos usuários das câmeras que você se interessou. Lembre-se de que não adianta nada você comprar o melhor equipamento se não tem o conhecimento da linguagem para regular todos os recursos de sua câmera. Recomendo algumas marcas como Canon e Nikon para as DSLR, Panasonic (Lumix), Canon e Olympus para as micro four thirds. Se o que você quer é uma digital compacta, fuja dos preços altos (Sony). Escolheu a sua câmera? Então, divirta-se! São as ocasiões e as fotos que fazem o fotógrafo, as câmeras só capturam as imagens. Você duvida deste clichê? Ora, nenhuma das fotos sensacionais desta coluna foi tirada com uma câmera digital. Se você quer ser um aspirante a Robert Capa, compre a sua DSLR e boa sorte... Só não se esqueça de olhar bem onde pisa!


Vicente Escudero
Campinas, 12/8/2010

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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
13/8/2010
09h58min
Eu tenho uma Nikonzinha de 4MP que acho uma maravilha até hoje. Ela já caiu no chão várias vezes, está toda arranhada, o flash já não funciona, mas ainda me permite fotografar a maioria das coisas. A qualidade de renderização (acho que é esse o termo, me refiro à transformação da luz e seus matizes em informação digital, que é feito pela própria máquina, produz cores e sombras ótimas) é muito boa, e dá de 10 a zero nas mais modernas Sonys equivalentes e de capacidade muito mais elevada (as áreas escuras das Sonys ficam com aqueles rastros horríveis). Até que ela pare definitivamente de bater fotos, fico com ela.
[Leia outros Comentários de Gustavo]
14/8/2010
17h40min
De fato, o explicativo sobre câmeras foi importante. A diferença entre uma boa qualidade de imagem e uma boa qualidade de arquivo digital tem que ser levada em conta para os diletantes (hobby). MegaPixel é qualidade de Arquivo e não de imagem, significando dizer que quanto mais megapixels tiver, melhor o arquivo, e quanto maior o tamanho da imagem x megapixels, melhor qualidade de REPRODUÇÃO ou apresentação Web. Então QUALIDADE de arquivo é TAMANHO X DPI. Acima disto, como as considerações desta matéria, tem razão, é para aficcionados da fotografia de qualidade, acima da qualidade de arquivo, sem dúvida para estes e os profissionais.
[Leia outros Comentários de Celito Medeiros]
24/8/2010
06h03min
Eu fui desistimulado a prestar atenção em fotografia por um fotógrafo de minha cidade que, quando via que você tirou boas fotos e devia levá-las para a revelação, dava um jeito de estragá-la dizendo que errou e colocou-as numa química errada. Vi-o estragar reportagens de casamento inteiro. E assim abandonei a ideia de olhar foto, ou de tirar foto. A fotografia passou a entrar na minha vida neste processo digital, mas nunca fui muito louco por isto. Coisa do mundo.
[Leia outros Comentários de Manoel Messias Perei]
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