Digestivo nº 316 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
75749 visitas/dia
2,4 milhões/mês
Mais Recentes
>>> Terreiros Nômades promove encontro entre Salloma Salomão, escolas municipais e comunidade
>>> Instrumental Sesc Brasil apresenta Filó Machado no Sesc Consolação em show gratuito
>>> Escritor e diplomata Ricardo Bernhard lança obra pela editora Reformatório
>>> Teatro Portátil chega a São Paulo gratuitamente com o espetáculo “Bichos do Brasil”
>>> Platore - Rede social para atores
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> O Big Brother e a legião de Trumans
>>> Garganta profunda_Dusty Springfield
>>> Susan Sontag em carne e osso
>>> Todas as artes: Jardel Dias Cavalcanti
>>> Soco no saco
>>> Xingando semáforos inocentes
>>> Os autômatos de Agnaldo Pinho
>>> Esporte de risco
>>> Tito Leite atravessa o deserto com poesia
>>> Sim, Thomas Bernhard
Colunistas
Últimos Posts
>>> The Piper's Call de David Gilmour (2024)
>>> Glenn Greenwald sobre a censura no Brasil de hoje
>>> Fernando Schüler sobre o crime de opinião
>>> Folha:'Censura promovida por Moraes tem de acabar'
>>> Pondé sobre o crime de opinião no Brasil de hoje
>>> Uma nova forma de Macarthismo?
>>> Metallica homenageando Elton John
>>> Fernando Schüler sobre a liberdade de expressão
>>> Confissões de uma jovem leitora
>>> Ray Kurzweil sobre a singularidade (2024)
Últimos Posts
>>> A insanidade tem regras
>>> Uma coisa não é a outra
>>> AUSÊNCIA
>>> Mestres do ar, a esperança nos céus da II Guerra
>>> O Mal necessário
>>> Guerra. Estupidez e desvario.
>>> Calourada
>>> Apagão
>>> Napoleão, de Ridley de Scott: nem todo poder basta
>>> Sem noção
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Mano Juan, de Marcos Rey
>>> Propostas discordantes no jornalismo
>>> Escritor: jovem, bonito, simpático...
>>> Dilúvio, de Gerald Thomas
>>> O assassinato e outras histórias, de Anton Tchekhov
>>> Educadores do Futuro
>>> Gerald Thomas: Cidadão do Mundo (parte III)
>>> Mondrian: a aventura espiritual da pintura
>>> A proposta libertária
>>> A recessão está chegando
Mais Recentes
>>> Um Trabalho para Zeca - As Aventuras de Joca e Zeca 2 de Rosa Rodriguez pela Vila Rica
>>> O Limpador de Chaminééééés ! - As Aventuras de Joca e Zeca 1 de Rosa Rodriguez pela Vila Rica
>>> Joca Vai oa Médico - As Aventuras de Joca e Zeca 3 de Rosa Rodriguez pela Vila Rica
>>> Joca e o Quadro Maravilhoso - As Aventuras de Joca e Zeca 5 de Rosa Rodriguez pela Vila Rica
>>> Joca e Zeca Levam Um Susto - As Aventuras de Joca e Zeca 11 de Rosa Rodriguez pela Vila Rica
>>> Bing-Bong, O Adivinho - As Aventuras de Joca e Zeca 4 de Rosa Rodriguez pela Vila Rica
>>> Joca Quer Ser Poeta - As Aventuras de Joca e Zeca 8 de Rosa Rodriguez pela Vila Rica
>>> Joca Vira Herói - As Aventuras de Joca e Zeca 10 de Rosa Rodriguez pela Vila Rica
>>> Um Maravilhoso Doutor - As Aventuras de Joca e Zeca 7 de Rosa Rodriguez pela Vila Rica
>>> Zeca Pega Uma Insolação - As Aventuras de Joca e Zeca 9 de Rosa Rodriguez pela Vila Rica
>>> O Mundo De Sofia de Jostein Gaarder pela Companhia das Letras
>>> Na Formação do Arte-Educador - uma visão contemporânea de Helio Rodrigues pela Scortecci (2023)
>>> Vanguardas da Poesia Brasileira no Século XX de Rogério Bessa pela Galo Branco (2006)
>>> Um Leão Chamado Christian de Anthony Bourke - John Rendall pela Nova Fronteira (2009)
>>> Bumtchá - O Menino Prodígio de Thoshio Katsurayama pela Telucazu (2022)
>>> O Ouro dos Dias de Roque Aloisio Weschenfelder pela do Autor (2011)
>>> O Menino que Sobreviveu de Rhiannon Navin pela Leya (2013)
>>> Mulheres do Brasil - a história não contada de Paulo Rezzutti pela Leya (2022)
>>> Garras De Grifo de Leandro Reis pela Idea (2012)
>>> Estigma de Vanessa Maranha pela Telucazu (2021)
>>> Os sentimentos - Amor, alegria, tristeza, medo ... de Malgorzata Strzalkowska pela Salvat (2011)
>>> Um Peixinho Diferente 2ª edição. de Irene de Albuquerque (ilustrações de C Barroso) pela Conquista (1989)
>>> O Peixinho que Morreu Afogado 2ª edição. de Terezinha Dias Cardoso (ilustrações Júlio Cézar P) pela Conquista (1989)
>>> Zoozona - Seguido de Marcas na noite de Mauro Gama pela A Girafa (2008)
>>> Livro Linguagem, Comunicação, ação - introdução à língua portuguesa. de Ronaldo de Oliveira Batista; Alexandre Huady pela Avercamp (2012)
DIGESTIVOS

Sexta-feira, 16/2/2007
Digestivo nº 316
Julio Daio Borges
+ de 3000 Acessos
+ 1 Comentário(s)




Além do Mais >>> O Jardim Abandonado
Tom Jobim morreu em outro tempo (1994): o CD experimentara seu apogeu (1992); o player, o CD-ROM, era caro em computador; ninguém sonhava em “copiar” disco laser em casa; não havia a pirataria ainda; nem a troca de arquivos (o Napster só seria inventado cinco anos depois, em 1999). Nos 80 anos de Tom Jobim (2007), as majors “ameaçam” liberar toda a música na internet, em MP3 (Steve Jobs corrobora...?); desistindo de vez do CD, desistindo até das receitas do iTunes (e agora, Jobs?) – então a homenagem ao compositor da “Garota de Ipanema” chega alternativamente DVD, uma mídia que já sofre com a pirataria mas que, no Brasil, ainda sobrevive. Foi a estratégia da gravadora Biscoito Fino, agora com a caixa de três DVDs, Maestro Soberano, quando a própria família Jobim prefere editar livros, pela Jobim Music, ou então participar de CDs mais low-profile. A mesma BF já colocou no mercado três CDs do (ou sobre o) Maestro, desde a sua fundação, mas, neste momento, prefere o DVD. E, realmente, em termos de programação visual, de embalagem, a caixa Maestro Soberano impressiona: fotos especialíssimas de Tom Jobim, que poderiam perfeitamente compor um álbum para fãs. Musicalmente, contudo, as novidades são poucas – ou nenhuma. Na salada de direitos que devem rondar o autor mundialmente mais executado do Brasil, no século XX, só foi possível reunir shows do Tom com a Banda Nova, aquela do disco Passarim (1987) em diante, embora ele, evidentemente, cante seus sucessos desde a bossa nova. Acontece que a Banda Nova está muito recente, na memória do público: estão todos cansados de vê-la na televisão. Tirando esses shows, de 1985 pra cá, sobra algum material efetivamente valioso – mas, provavelmente, não 100% inédito – na caixa de três DVDs. Melhores momentos: o depoimento de Nelson Motta (nos “extras”), a gravação para a TV Globo com Edu Lobo (“Luiza” e “Vento Bravo”), e o eterno clipe de “Águas de Março”, com Elis Regina (que já está até no YouTube...). Pecado grave: reproduzir imagens do vexaminoso show do réveillon de 1995-1996, na praia de Copacabana – em que a MPB teve abaladas suas estruturas. Como profetizou Dori Caymmi, a sucessão tumultuada parece que não protegeu completamente o legado do Tom. [Comente esta Nota]
>>> Maestro Soberano
 



Internet >>> Relationships Matter
Até há pouco tempo, quando a televisão dava as cartas, acreditava-se que as crianças pulavam da fase dos desenhos animados da Hanna-Barbera, ou do Cartoon Network, direto para a época da MTV e do consumo de música. Hoje na internet, mesmo com a erosão do consumo de mídia(s), surge uma analogia nova nos EUA: se aos 20 anos, o jovem quer fazer amigos, combinar programas e sustentar comunidades virtuais como o Orkut, o MySpace e o Facebook, aos 30, o jovem adulto está a procura de contatos para “alavancar” sua carreira – então surge o LinkedIn. Site ou comunidade para quem quer travar contatos estritamente profissionais, o LinkedIn está experimentando um crescimento significativo na internet dos Estados Unidos. Em pouco mais de 10 anos de Web comercial, será mesmo a reação daquela massa que antes tinha 20 e que agora tem 30? Alguns dos grandes investidores que fizeram o sucesso da internet recente, algo a ver com a Web 2.0, colocaram suas fichas no LinkedIn e projetam 100 milhões de dólares de faturamento anual, logo mais ali. No Brasil, onde o contato físico para fechar um negócio é imprescindível, o LinkedIn está presente, mas não muito – nunca tanto quanto o Orkut, com seus milhões de usuários, suas brigas com o Ministério Público e seus arranjos com a Polícia Federal. No LinkedIn, você se cadastra, procura alguém que deseja contatar; e o site traça, para você, a “seqüência” de contatos para chegar até aquela pessoa. Você explica brevemente por que quer contatá-la, sua mensagem vai sendo encaminhada, contato a contato, até a aprovação final e o contato direto com quem você procurava. Numa sociedade em que as pessoas são sempre as mesmas – a sociedade brasileira –, talvez ninguém precise de mais do que alguns telefonemas (ou e-mails) para chegar aonde quer. O Orkut, assim, se explicaria como um vagar sem direção, de perfil em perfil, em busca da balada perfeita. Será? Convém, no entanto, prestar atenção no LinkedIn – e comprar suas ações quando elas saírem na bolsa. [Comente esta Nota]
>>> LinkedIn
 



Música >>> La Catedral
Alguém poderia fazer um levantamento acerca da revalorização do violão brasileiro nos últimos tempos. Se na década de 90, Guinga aparecia sozinho no horizonte — mais por causa do heroísmo da gravadora Velas —, nos anos 2000, Yamandú despontou, Leandro Carvalho com mais consistência (agora é maestro e diretor de orquestra no Mato Grosso), até Paulinho Nogueira foi redescoberto (pela Trama!), e até Baden Powell foi relançado (em caixa e em performance inédita). Isso tudo mais ou menos desemboca em João Rabello, que tem o universo "conspirando" a seu favor para ser o grande violonista da segunda metade da década de 2000. A começar pela linhagem, duplamente nobre. De um lado, o fato de ser sobrinho do lendário Raphael Rabello, o maior virtuose do instrumento até a data de sua morte, em 1995. E de outro, de outro ramo, o simples fato de ser filho de Paulinho da Viola e, por conseqüência, neto de Cesar Faria, do igualmente lendário conjunto Época de Ouro. Com duas (ou mais) referências tão fortes, o leitor deve estar se perguntando por qual delas João Rabello optou, neste seu primeiro CD, o irrepreensível Roendo as Unhas (VR6, 2006). O sobrenome já indica, o jogo de luz e sombra, as calças e camisas, até a cabeça baixa, o olhar concentrado, e as poses... É ouvir para confirmar: João, embora toque (com) Paulinho da Viola, quis seguir seu tio, Raphael Rabello — até onde isso nos é permitido afirmar. São dez faixas instrumentalmente poderosas em Roendo as Unhas, e os compositores — praticamente não há nada de MPB cantada — marcam inequivocamente uma opção: Radamés Gnattali, Agustin Barrios e Garoto. ("Leme" e "Rubro" são de João Rabello, o próprio.) Incrível constatar como o animado rapazola de Meu Tempo é Hoje, imerso em cultura popular, se transformou nesse herdeiro sólido do violão clássico brasileiro. Villa-Lobos, mais que os 80 anos de seu seguidor, comemoraria hoje o renascimento do violão no Brasil. [Comente esta Nota]
>>> João Rabello
 

 
Julio Daio Borges
Editor
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

ENVIAR POR E-MAIL
E-mail:
Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
16/2/2007
12h29min
Viva Tom! Viva Jobim!!! Tudo que vem do Tom é pura afinação. Suas músicas, suas poesias, seus arranjos e até o seu charuto exalava canção.
[Leia outros Comentários de Clovis Ribeiro]

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Livro Ensino de Idiomas The Monkeys Paw
W. W. Jacobs
Oxford
(2008)



Administração Teoria, Processo e Prática Plt 801
Idalberto Chiavenato
Manole
(2014)



Organização, Sistema e Método
Luiz César Gonçalve
Atlas
(2009)



Bruto e Apaixonado
Janice Diniz
Harlequin
(2018)



Livro Literatura Estrangeira Tigre de Papel
Oliver Rolin
Cosacnaify
(2006)



Novo Ciclo - As 12 Semanas do Despertar
José Roberto Marques
Ibc
(2019)



Afixos e Radicais Mais Comuns Em Terminologia Medica
Schering
Schering S. A
(1974)



O Primeiro Dia
Marc Levy
Suma De Letras
(2012)



Livro ¿El Futuro Es Feminista? Serie La Media Distancia
Florencia Angilletta
Florencia Angilletta
(2017)



Livro Infanto Juvenis Amizade de Verdade
Ciranda Cultural
Ciranda Cultural
(2018)





busca | avançada
75749 visitas/dia
2,4 milhões/mês