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Sexta-feira, 24/9/2004
Remorsos, devaneios, cor do tempo
Julio Daio Borges
+ de 2400 Acessos




Digestivo nº 194 >>> Alguns autores, mesmo não sendo poetas, têm o talento de poetas para construir imagens. E assim é Proust. Sua “descrição” de um sentimento é tão hábil que praticamente pode ser “vista” pelo leitor. Como todo grande autor, confere sempre uma nova explicação para os mesmos fenômenos, aos quais antes nos achávamos tão acostumados... Proust redescobre o mesmo mundo que tão bem conhecemos, mas que, sob o embalo de suas palavras, nos parece outro – mais claro, mais nítido, mais verdadeiro. Desde os primeiros livros. É o que prova a coletânea “Os prazeres e os dias”, lançada pelo próprio em Paris, em 1896, e relançada este ano, aqui, pela editora Códex. E percebemos que Proust, já aos 25 anos, se consagra como um observador arguto da “mundanidade” e um estudioso dedicado do amor. Os textos ali reunidos não são obras-primas, como “Em busca do tempo perdido”, mas ensejam alguns temas e a promissora capacidade de estilo que se realizaria quase duas décadas depois. E, como não poderia deixar de ser, Proust até arrisca alguns poemas – apenas, talvez, para confirmar que o seu negócio não era mesmo ser poeta. E, sim, prosador. Outro aspecto são as citações, às quais se mostra tão apegado. Praticamente todo capítulo abre com uma delas; e quase todo subcapítulo, também. Talvez para indicar um universo respeitável de leituras, um percurso para quem quisesse entender, futuramente, de onde saiu Proust. Além das óbvias (Shakespeare, Platão,...), revela deliberadamente algumas preferências, como Emerson, e uma porção de franceses, como ele: de Victor Hugo a Anatole France (que assina o prefácio), passando por Racine e por Renan. Proust, inclusive, pega emprestados dois personagens de Flaubert e transporta-os para uma narrativa sua. O que reafirma uma verdade capital: um dos pais do modernismo na literatura arrastou consigo toda uma tradição e toda uma língua – e, sem elas, provavelmente não teria sido o que foi. Portanto, para mirar-se em Proust, é preciso, antes, passar por onde ele passou – e não ficar, simplesmente, emulando seu jeito de escrever em pleno século XXI. Talvez ele mandasse esse recado aos escrevinhadores pomposos que, por vezes, encontramos – embora fosse bastante tolerante, quase condescendente, com essa arte “menor”, a imitação...
>>> Os prazeres e os dias - Marcel Proust - 235 págs. - Codex
 
Julio Daio Borges
Editor
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