Digestivo nº 274 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
34956 visitas/dia
2,0 milhões/mês
Mais Recentes
>>> CCBB Educativo realiza oficinas que unem arte, tradição e festa popular
>>> Peça Dzi Croquettes Sem Censura estreia em São Paulo nesta quinta (12/6)
>>> Agenda: editora orlando estreia com livro de contos da premiada escritora Myriam Scotti
>>> Feira do Livro: Karina Galindo lança obra focada na temática do autoconhecimento
>>> “Inventário Parcial”
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Stalking monetizado
>>> A eutanásia do sentido, a poesia de Ronald Polito
>>> Folia de Reis
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
>>> Left Lovers, de Pedro Castilho: poesia-melancolia
Colunistas
Últimos Posts
>>> Ilya Sutskever na Universidade de Toronto
>>> Vibe Coding, um guia da Y Combinator
>>> Microsoft Build 2025
>>> Claude Code by Boris Cherny
>>> Behind the Tech com Sam Altman (2019)
>>> Sergey Brin, do Google, no All-In
>>> Claude 4 com Mike Krieger, do Instagram
>>> NotebookLM
>>> Jony Ive, designer do iPhone, se junta à OpenAI
>>> Luiz Schwarcz no Roda Viva
Últimos Posts
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
>>> Transforme histórias em experiências lucrativas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Autor não é narrador, poeta não é eu lírico
>>> Queridos amigos
>>> Agonia
>>> Sugerido para adultos?
>>> A literatura infanto-juvenil que vem de longe
>>> 2021, o ano da inveja
>>> O futuro político do Brasil
>>> David Foster Wallace e Infinite Jest
>>> Arquitetura de informação
>>> L’Empereur
Mais Recentes
>>> El Tatuador De Auschwitz de Heather Morris pela Espasa (2018)
>>> The Corporate Culture Survival Guide de Edgar H. Schein pela Jossey-bass (1999)
>>> Ground Zero de Alan Gratz pela Scholastic Press (2021)
>>> Poderosa de Sérgio Klein pela Fundamento (2018)
>>> Sir Robert de Nancy Alves pela In House (2011)
>>> Crepúsculo de Stephenie Meyer pela Intrínseca (2009)
>>> Menos E Mais: Um Guia Minimalista Para Organizar E Simplificar Sua Vida de Francine Jay pela Fontanar (2016)
>>> Normas Internacionais De Contabilidade. Ifrs de Marcelo Cavalcanti Almeida pela Atlas (2006)
>>> Entre A Glória E A Vergonha de Mario Rosa pela Geracao Editorial (2017)
>>> Matemática E Realidade - 7º Ano de Gelson Iezzi e outros pela Atual Didático (2018)
>>> Home Fun Booklet 4 de Jane Ritter pela Cambridge University Press (2016)
>>> Ao vencedor as batatas de Roberto Schwarz pela Livraria Duas Cidades (1977)
>>> Branca de Neve de Desconhcido pela Magic kids (2016)
>>> A Amazônia para os Negros Amaricanos de Nicia Vilela Luz pela Saga (1968)
>>> Paraíso de Toni Morrison pela Companhia Das Letras (1998)
>>> Pra vida toda valer a pena viver: Pequeno manual para envelhecer com alegria de Ana Claudia Quintana Arantes pela Sextante (2021)
>>> Os últimos anos da escravatura no Brasil de Robert Conrad pela Civilização Brasileira (1975)
>>> Panoramas Língua Portuguesa - 7º Ano de Cristina Hulle e Angelica prado pela Ftd Educação (2019)
>>> As Duas Faces Da Gloria de William Waack pela Planeta Do Brasil (2015)
>>> A Anatomia Da Esperança de Jerome Groopman pela Objetiva (2004)
>>> Matemática E Realidade de Varios Autores pela Atual Didáticos (2018)
>>> Resignificando de Richard Bandler pela Summus (1986)
>>> Sapos Em Principes: Programacao Neurolinguistica de Richard Bandler pela Summus (1982)
>>> Anita, A Abelha de Katia Canton pela Carochinha (2019)
>>> Brasil e o Mundo: Novas Visões de Clóvis Brigagão pela Francisco Alves (2002)
DIGESTIVOS

Sexta-feira, 14/4/2006
Digestivo nº 274
Julio Daio Borges
+ de 4400 Acessos
+ 5 Comentário(s)




Música >>> O Bêbado e o Equilibrista
É praticamente impossível ouvir, mesmo hoje, o Falso Brilhante, de Elis Regina, sem se questionar como aquilo aconteceu. Um momento cósmico, com todas as implicações esotéricas embutidas. (Ative, por um instante, please, o botão Suspension of Disbelief...) Elis tinha menos de trinta anos; a idade de Maria Rita. E tinha, além de todas as outras coisas – dela e das pessoas com ela –, uma dupla promissora de compositores: João Bosco e Aldir Blanc. Bosco – fast forward agora –, embora continue um bom músico, é constantemente associado ao seu jeito bem característico de cantar repetindo os fonemas. E, ultimamente, de importante, tem lançado o filho, igualmente compositor. Já Blanc parece que não escolheu o bright side of life. (Sem ofensa aqui.) Inclusive rompeu com João Bosco. Teve um disco, cheio de homenagens ilustres, por conta de seus 50 anos – e, de certa forma, vem sendo redescoberto e regravado. A exemplo, talvez, de Guinga (que se asilou na profissão de dentista – antes do advento da gravadora Velas, uma pré-Biscoito Fino, que, segundo consta, tinha, entre outras missões, ressuscitar seu violão.) Se João Bosco não saiu de circulação e manteve o sorriso altivo, Aldir Blanc aparentemente encarou o lado sombrio da existência (repetindo...). E se Bosco e Blanc, por suas trajetórias, pareciam irreconciliáveis, um dos grandes acontecimentos da MPB, desde o ano passado, é o CD Vida Noturna, de Aldir Blanc, pela Lua Music, onde toca João Bosco. E Guinga. E Hélio Delmiro (a guitarra jazzy de Elis&Tom). Entre outros. Não é easy listening, como adverte Heloísa Seixas no encarte. "É puro Aldir Blanc, sem gelo." O que faria Elis Regina com um repertório assim? Cabe a Mauro Dias mostrar à filha. Ou o Zuza. Ou o Nelsinho... [Comente esta Nota]
>>> Vida Noturna - Aldir Blanc - Lua Music
 



Imprensa >>> O túmulo do fanatismo
Voltaire (1694-1778) acaba sendo lembrado mais como polígrafo. Escreveu feito um condenado, e muitos contemporâneos seus atribuíam sua produção a um verdadeiro exército de escribas. Só de cartas foram mais de dezessete mil e, além de ser um feito inigualável antes e depois, poucos mortais enfrentaram toda essa produção epistolar. Voltaire não parava (a pena) para pensar e desovava uma obra atrás da outra. Sua vantagem era discutir filosofia, de uma maneira incrivelmente acessível, e, no momento seguinte, embarcar em querelas, ao abordar, através da imprensa, questões públicas. Misturava tudo com poemas e peças de teatro; talvez o Cândido seja sua obra-prima mais conhecida. A interlocução que manteve junto ao povo francês, e com a Europa de sua época, deve, naturalmente, tê-lo inspirado a escrever tanto e tão rápido. Foi, antes de qualquer coisa, um fenômeno. E, como em toda produção vasta e multifacetada, o grande Voltaire – que combateu a Igreja, preparando o caminho para Nietzsche – debruçou-se, também, sobre temas prosaicos como... o jornalismo(!). E, dentro do projeto Voltaire Vive, sob coordenação de Acrísio Tôrres, a editora Martins Fontes acaba de lançar o curioso Conselhos a um jornalista. Não é uma obra-prima, mas é um volume interessantíssimo para entender como se praticava o jornalismo da época e como Voltaire o via. Certamente, muito diferente de hoje. A erudição de Voltaire não deixa um parágrafo sem uma citação e a percepção histórica que ele exigia de um “jornalista”, atualmente, parece inatingível. Sua familiaridade com a antiguidade clássica é exasperante, porque, no século XXI, não se conhece direto nem mesmo a história do século passado. E suas peças sobre literatura são, para os resenhistas de hoje, uma tremenda humilhação. Voltaire é um desses gigantes que inviabilizam qualquer comparação. Legível, mais de três séculos depois. Que prossiga a coleção. [Comente esta Nota]
>>> Conselhos a um jornalista - Voltaire - 169 págs. - Martins Fontes
 



Além do Mais >>> A lei e o mando
Luiz Felipe D’Avila ainda é muito conhecido como o fundador da editora que leva seu nome, e que lançou duas revistas importantes no final dos anos 90, Bravo! e República. A primeira caminha para seu nono ano, sob a gestão agora da editora Abril – onde Luiz Felipe D’Avila é diretor do segmento Jovem&Cultura –, e a segunda foi, inicialmente, adquirida pelos irmãos Mendonça de Barros, mudou de nome para Primeira Leitura e, desde o ano passado, é 100% capitaneada por Reinaldo Azevedo e Rui Nogueira. Reza a lenda que Luiz Felipe D’Avila tinha, na verdade, ambições políticas e as publicações seriam, portanto, uma forma de inseri-lo no cenário nacional, como jornalista. Jornalistas às vezes viram políticos. Vide – para não falar, de novo, de Carlos Lacerda etc. –, mais recentemente, Antônio Britto e Hélio Costa. Logo, um curso de Luiz Felipe D’Avila, na Casa do Saber – onde é um dos sócios –, não poderia deixar de despertar interesse, ainda mais sobre um tema que lhe é tão caro – a política. Desde o final de março, D’Avila discorre sobre o que chama de “Virtuosos” (título de seu último livro, pela editora Girafa), os homens que lançaram as bases para que o Brasil efetivamente se tornasse uma república. O momento histórico, da virada do século XIX para o XX, é rico e D’Avila intercala suas falas com trechos do respectivo livro, que tem ritmo de romance policial, algumas opiniões e muitos fatos. Luiz Felipe é bastante articulado, com bom domínio sobre o assunto, mas não resiste em abordar o atual momento político, com foco na sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva. Sua teoria sobre a virtude é um pouco questionável, mas é instigante pensar que Geraldo Alckmin pode, de repente, ser o modelo de “virtuoso” hoje... Muitas emoções nos aguardam, porque o curso ainda não terminou; e porque a campanha, para as eleições, ainda mal começou. [Comente esta Nota]
>>> Os Virtuosos - Luiz Felipe D’Avila - Casa do Saber
 
>>> EVENTOS QUE O DIGESTIVO RECOMENDA



>>> Palestras
* Grid: o sucessor da internet - Sérgio F. Novaes e Eduardo de M. Gregores, do Instituto de Física Teórica - UNESP
(Ter., 18/04, 19h30, CN)

>>> Noites de Autógrafos
* Formação de Comissários de Vôo - Roseli Moreira Sousa e Silva (Org.)
(Ter., 18/04, 18h30, CN)
* Responsabilidade Social e Governança
Claudio Pinheiro Machado Filho
(Ter., 18/04, 18h30, VL)
* Fábulas de Esopo para executivos - Alexandre Rangel
(Qua., 19/04, 18h30, CN)
* Espaços Promocionais: Fernando Brandão - Fernando Serapião
(Qua., 19/04, 19h00, VL)

>>> Shows
* Concerto - Trio Retrato Brasileiro
(Seg., 17/04, 20h00, VL)
* Traditional Jazz Band – 40 anos - Traditional Jazz Band
(Sex., 21/04, 20h00, VL)

* Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos (VL): Av. Nações Unidas, nº 4777
** Livraria Cultura Conjunto Nacional (CN): Av. Paulista, nº 2073
*** a Livraria Cultura é parceira do Digestivo Cultural

 
Julio Daio Borges
Editor
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

ENVIAR POR E-MAIL
E-mail:
Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
6/4/2006
17h23min
É isso aí, Pepê!!! Gostei do que você escreveu sobre o DC e seu editor. Realmente, é muito bom poder acompanhar os avanços tecnológicos através do Digestivo. Estou sempre ligado nos assuntos culturais abordados pelos colunistas. Valeu, Julio, mais vale um DC no computador do que um cibernalta voando!!!
[Leia outros Comentários de Clovis Ribeiro]
7/4/2006
13h42min
Julio, acompanho seu site, gosto! Mas... sinto que nunca tenha me respondido, apesar de minha compreensão em relação ao seu tempo p/nos proporcionar leituras de tão bom gosto assim! Quero que vc continue cada vez mais me fazendo aprender contigo e fazendo muito sucesso. Meu senso diz que vc merece! bjs
[Leia outros Comentários de Míriam]
11/4/2006
13h26min
Porque, como disse Tutty Vasquez, na Nominimo, o debate entre caseiro e acupunturista pode decidir a sucessão presidencial.
[Leia outros Comentários de Fabio Cardoso]
14/4/2006
20h06min
Gostei de saber do lançamento do CD do nosso grande compositor Aldir Blanc. Acho até que Aldir merecia muito mais, pela sua importância para tantas vozes. Claro que a harmonia com João Bosco é uma história á parte. Sou fã do Aldir e tenho dito!
[Leia outros Comentários de Clovis Ribeiro]
17/4/2006
16h45min
Ótima definição para Voltaire, um nome sempre citado e quase sem identidade definida. Parabéns pelas palavras, Julio.
[Leia outros Comentários de Tais]

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Cotas Raciais na Universidade: um Debate
Carlos Alberto Steil - Organizador
Ufrgs
(2006)



Sri Guru Gita
Bhakti Marga Portugal
Book
(2015)



O Pequeno Vampiro no Vale das Lamentações
Angela Sommer-bodenburg
Martins Fontes
(1997)



52 Maneiras de Vencer Situações Difíceis
Clene Salles
Melhoramentos
(2010)



Programa de marketing e propaganda - desenvolvimento e planejamento
Rene castro berardi
Do autor



Centro-oeste: Terra de Conquistas
Paulo Roberto Moraes; Carlos Fioravante
Harbra
(1998)



Museu de História da Arte Viena
Enciclopédia dos Museus
Mirador
(1969)



O Sepulcro da Verdade: Análise de uma Pesquisa - Ano 2008
João Bosco de Castro
Lutador



Coleção Grandes Mestres Casa de Pensão
Aluisio Azevedo
Escala



Fugindo de Casa
Suzana Dias Beck
Moderna
(2002)





busca | avançada
34956 visitas/dia
2,0 milhões/mês