Digestivo nº 286 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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DIGESTIVOS

Sexta-feira, 7/7/2006
Digestivo nº 286
Julio Daio Borges
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Literatura >>> Invenções do Interior
A Flip, em 2006, vem se apresentando de modo mais low-profile – o que é saudável, depois da confusão dos ingressos em 2005 e da atitude top secret da organização nos outros anos. Afinal, conforme exortou Daniel Galera à Festa Literária Internacional de Parati: “que ela se concentre mais nos escritores, nos livros e nos leitores” – que é o que realmente importa. Em 2006, portanto, a Flip, para começar, adiou seu calendário para não coincidir com o evento da Copa do Mundo, e, agora, anuncia todas as mesas e atrações com uma semana de antecedência em relação à venda de ingressos. Nesse quesito, passa a vender também na rede Saraiva (e não só na Fnac); e, pela internet, através da Ticketmaster (em lugar da Americanas.com). Quanto à programação de 2006, chama a atenção um certo pendor para o jornalismo, com nomes como Lilian Ross – filha do fundador e herdeira do legado da revista New Yorker – e Christopher Hitchens – atualmente um dos maiores polemistas da imprensa mundial. Jornalistas-autores, brasileiros, também comparecem, como Carlos Heitor Cony e Miguel Sanches Neto. Entre escritores propriamente ditos, o destaque fica para Ferreira Gullar, representando o Brasil, e Mário de Carvalho, representando Portugal. Edmund White ainda pode despertar interesse, depois de sua alentadora biografia de Genet; e Jonathan Safran Foer garantiria, como todos os anos, a presença dos novos nomes, ao lado de sua esposa, Nicole Krauss. A graça da Flip, contudo, está nas surpresas que se revelam, pois, às vezes, os favoritos não necessariamente oferecem uma melhor performance. Então, de repente, Antonio Risério (na homenagem a Jorge Amado), Luiz Antonio de Assis Brasil, Ignácio de Loyola Brandão, Toni Morrisson, Lourenço Mutarelli, Fernando Gabeira, Adélia Prado e Ricardo Piglia têm as mesas chances de levantar a platéia. Maria Bethânia, na abertura, certamente o fará, bem como Marcos Valle e Yamandú Costa, ambos no Café Paraty. A oficina literária, em 2006, fica por conta de Silvio Ferraz, em parceria com a revista Piauí; e o grande lançamento será, possivelmente, o Poema Sujo, em versão CD, comemorando seus 30 anos. [Comente esta Nota]
>>> Flip
 



Internet >>> It's the links, stupid
Talvez por conta do oba-oba em torno da chamada Web 2.0, e do novo boom (quase um consenso até no mainstream), a internet tem, novamente, sido levada a sério em termos comerciais. Prova disso, são os números trombeteados do comércio eletrônico brasileiro no primeiro trimestre (aproximadamente 150 milhões de reais em faturamento para o Submarino e 300 milhões para a Americanas.com) – fora o desejo, anunciado com força, da Fnac em disputar esse bolo. Se na área de resultados estamos bastante bem servidos, na área de projeções, tendências e mesmo idéias, a Aprisco e a AUI (Associação Universitária Internacional), com patrocínio da CLM Software e da ServNet, vieram promover um seminário com o que há de mais recente em matéria de “webmétricas”, webmarketing e usabilidade na Web – tirando o Brasil da ignorância 1.0 (ou mesmo 0.0). Jonathan Oh, direto da Webtrends, campeã em métricas virtuais, mostrou que já se pode direcionar a visitação para resultados (vide o conceito de conversion funnel); Shane Atchison, da ZAAZ – que presta consultoria até a Bill Gates – apresentou o case da Converse e deixou os webmasters tupiniquins de queixo caído; já Risoletta “Rizzo” Miranda, falando português (e até português “axim”), demonstrou porque os adolescentes conectados não são mentalmente lesados (como se pensa), e porque quem ignorar blogs e redes sociais vai virar dinossauro. É verdade que, enquanto lá fora esse mundo em erupção está derretendo tudo como lava de vulcão, aqui continuamos na mentalidade da pedra lascada (nem na polida conseguimos chegar...). A importância de seminários como esse não é apenas revelar aos índios que eles não precisam passar a vida à base de espelhinhos, mas também provocar um "choque de realidade" em quem acha que a World Wide Web não descobriu a América ainda e, sim, continua chegando na Índia. [Comente esta Nota]
>>> Webmétricas Webmarketing Ciência & Arte
 



Artes >>> Dias Felizes
São Francisco Xavier, como sua aura mágica, conseguiu reunir, além de uma natureza exuberante, uma atmosfera artística que paira desde a entrada da cidade, com a Oficina Vagalume, até seu outro extremo, a pousada A Rosa e O Rei. Tirando, no entanto, o fato de que é durante o ano inteiro interessante, SFX (como é conhecida na abreviatura) – um distrito de São José dos Campos a 150 quilômetros de São Paulo – realiza, anualmente, sua Mostra de Arte e Cultura em julho. Aproveitando, em 2006, as cinco semanas do mês, a Mostra está dividida em grandes temas, respectivamente: Música (de 30/6 a 2/7); Teatro (7 a 9/7); Dança e expressão corporal (14 a 16/7); Literatura (21 a 23/7); e Audiovisual (28 a 30/7). Em matéria de música, por exemplo, o destaque fica por conta de Braz da Viola, muito querido de SFX, que se apresenta no espaço Photozofia e que ministra uma oficina de viola na pousada São Francisco. Também sobressaem, musicalmente, os locais Fred, Humberto e Paulinho, durante todo o mês. No que se refere a teatro, brilha o grupo da própria São Francisco Xavier, na pousada Kolibri, e a comédia Curso de Porte e Postura. No reino da dança, promete a performance da companhia Pés no Chão, democraticamente na praça central. Na literatura, a Biblioteca Solidária de Sidnei Pereira Rosa recebe escritoras, jornalistas e poetas. E no universo do audiovisual, será criado um grande painel da Mostra 2006, na praça Cônego Antônio Manzi, no embalo do show de encerramento de Ceumar e Dante Ozzetti. Tudo isso fora exposições de artistas plásticas como Friederike Mundt e Christel B. São Francisco Xavier ou SFX, portanto, se confirma como uma verdadeira alternativa, neste inverno, para quem quer fugir da badalação. Que a Mostra cresça, e ganhe consistência, sem perder nunca sua essência. [Comente esta Nota]
>>> São Francisco Xavier
 



Música >>> Final do dia
Em meio a discussões bastante avançadas sobre o fim da forma-canção, reina ainda absoluta, no País, a música cantada. Aos músicos profissionais às vezes não resta outra alternativa senão acompanhar todo o tipo de cantores-compositores, desde astros de feiras rurais até medalhões da MPB, que, em princípio, dão mais abertura à imaginação, mas não é regra... Nesse panorama, é quase marginal a carreira de um músico instrumental no Brasil – seja por preconceito ou mesmo por descaso do público. Também é verdade que, embora raros, os álbuns de música instrumental, principalmente os de composição, seguem determinadas regras – que, de certa forma, espantam leigos e restringem a audição a um pequeno número de aficioniados (geralmente outros músicos). Felizmente, não é esse o caso de Impressões (2006), do Sergio Rossoni Grupo – que acaba sendo uma grande lição de como a “música sem letra” pode ser acessível e interessante, quando produzida aqui, a ponto de seduzir até ouvidos não-experimentados. Ainda que Patricia Palumbo tenha acertado ao afirmar que o Grupo de Rossoni é quase inconfundível, o ouvinte mais atento de jazz contemporâneo vai encontrar ecos de Pat Metheny (para muitos, um guitarrista mineiro disfarçado de americano), sobretudo a partir da terceira faixa, “Crianças”. Rossoni (guitarra também) – acompanhado de Leo Mitrulis (piano), Marcelo Mainieri (contrabaixo), Sergio Gomes (bateria) e José Penna (flauta) – dosa os ritmos brasileiros na medida. Impressões, por sorte, não é uma demonstração de suas habilidades como músico, nem de seu amplo repertório, mas, sim, uma deliciosa “trilha” para as fotos de Ricardo Burg (inspiração antes e depois). É – em resumo – um disco para se atravessar do começo ao fim, sem quase sentir. E se você está cansado de instrumentistas sempre se exibindo, Impressões é a sua pedida. [Comente esta Nota]
>>> Impressões - Sergio Rossoni Grupo - Rob Digital
 

Reuters no UOL


Além do Mais >>> O Quarteto Fantástico
Como em 1998, todo mundo ficou sem entender. Mas diferente do que aconteceu em 1998, ninguém é mais tão ingênuo a ponto de acreditar que alguém (ou todos) tenha(m) simplesmente "amarelado" em campo por questões psicológicas. Repetindo o provérbio: o que acontece uma única vez pode nunca mais acontecer; mas o que acontece uma segunda, certamente, irá acontecer uma terceira. Até agora — ao contrário de 1998 —, poucas suspeitas foram levantadas em relação aos patrocinadores ou a um suposto esquema da organização para garantir que a Copa ficasse na Europa. Juca Kfouri — um dos últimos jornalistas corajosos — já havia alertado antes do circo se armar: "O Brasil não vai ganhar; vai haver manipulação". Mas é provável que nem ele imaginava que, para isso, a seleção brasileira (e seu técnico) fosse(m) entregar o jogo. E Pelé, antes da partida, havia "cantado" a derrota — para ser execrado (quando, na verdade, tinha razão). Como disse alguém sobre a Argentina (neste momento, são tantos falando), não era um time preparado para enfrentar grandes seleções, com tradição — avançou enquanto pôde, enquanto havia adversários sem traço de favoritismo; quando encarou um grupo com alguma consistência, ficou naturalmente pelo caminho. E como disse mais alguém (impossível lembrar quem foi), morreu, no Brasil, qualquer espírito de coletividade — prevaleceu o interesse individual, como se, num fashion week futebolístico, cada um apenas comparecesse para desfilar por sua marca... A melhor coisa desta derrota, afinal, é que caiu definitivamente a máscara de Parreira (um tetracampeão medíocre) e de jogadores como os Ronaldos, que nunca mereceram nem metade dos recordes e dos elogios. Quando falta um sentimento básico como o do amor à camisa, não há talento ou técnica que resolva. [Comente esta Nota]
>>> Blog do Juca
 
>>> EVENTOS QUE O DIGESTIVO RECOMENDA



>>> Palestras
* Sonda Cassini desvendando o sistema de Saturno
Dra. Silvia Maria Giuliatti Winter
(Ter., 11/07, 19h00, CN)

>>> Exposições
* Santos Dumont e os 100 anos da aviação
(de 04 a 21 de julho de 2006, das 10h00 às 22h00, VL)

>>> Shows
* Espaço Aberto – Adriana Peixoto
(Dom., 16/07, 18h00, VL)

* Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos (VL): Av. Nações Unidas, nº 4777
** Livraria Cultura Conjunto Nacional (CN): Av. Paulista, nº 2073
*** a Livraria Cultura é parceira do Digestivo Cultural

 
Julio Daio Borges
Editor
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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
5/7/2006
10h22min
Sem dúvida, é um cara corajoso e um jornalista inteligente. Mas tem essa tendência chata de falar mais de si mesmo e de suas aventuras do que dos fatos que comenta. Essa teoria da conspiração, que ele atiçou, não existiu, não existe. Da mesma forma como não houve conspiração na Copa de 98. Apenas a falta de estofo (como dizia meu avô) da seleção (jogadores e técnicos).
[Leia outros Comentários de Jose Bueno Franco]

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