Digestivo nº 298 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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Sexta-feira, 29/9/2006
Digestivo nº 298
Julio Daio Borges
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Internet >>> It’s All About the Books
O professor olha para a sala de aula e adverte, cansado: “Eu não quero mais ninguém aqui respondendo às minhas perguntas com: ‘De acordo com o Google...’”. É um cartoon, mas poderia ser verdade. No ano passado, alguém, num ensaio sobre educação, perguntou por que as crianças continuavam carregando pesados livros todos os dias... Não era mais fácil o professor disponibilizar on-line só o material de cada aula – e imprimir um pouco cada vez? Alguém também disse que, com a oferta de informação disponível, a escola perde bastante o sentido: todo mundo aprende o que quer, quando quer – e na ordem em que quiser. Por que o professor (ou a mídia) sabe qual é a “melhor ordem” pra mim e pra você? Com idéias desse tipo, Josh Kaufman, um gerente júnior da Procter & Gamble, criou o Personal MBA. A deixa partiu de Seth Godin, o marqueteiro-mor da internet, quando, consolando candidatos não-aceitos nos MBAs da moda, ele deixou escapar que eles tinham é sorte de não gastar mais de 100 mil dólares na brincadeira, ficando ainda dois anos fora do mercado... Sendo que, para Seth, bastava ler bons livros e pronto! Ele não revelava quais livros eram esses, mas Kaufman foi lá e citou alguns dos quais podia se lembrar. Seth retribuiu no seu blog; outros foram lá e citaram também. Quando Kaufman percebeu, a lista completa tinha mais de 150 títulos. Hoje, o Personal MBA, ou PMBA, ganhou site próprio, teve suas indicações de leitura organizadas por assunto e se transformou numa comunidade em que se discute cada volume. O pessoal do MBA tradicional já está dizendo que não é a mesma coisa, que não se compara, etc. e tal. Mas parece que não faz muito sentido mesmo a comparação – nem, aliás, a disputa. A lista de obras é bastante interessante; a lista de discussão pode ser um antídoto contra a solidão. Que mal pode haver, portanto? Josh Kaufman talvez não devesse ter incluído a sigla "MBA" no nome da empreitada – mas se não o tivesse feito, será que estaríamos falando dele agora? Mentiras sinceras nos interessam; e não só a Seth Godin... [Comente esta Nota]
>>> The Personal MBA
 



Música >>> Até o amor virar poeira
Mudamos de século, a internet revirou tudo, mas musicalmente falando continuam as mesmas duas opções estéticas de antes: explodir ou não com a forma? Na música pop, para usar um exemplo mais pedestre, a disputa é pelo fim ou pelo renascimento da forma-canção. No pop rock, digamos assim, a escolha fica entre o Radiohead (e as incursões solo de Thom Yorke) e, aqui, o Skank. A canção está tão imbricada na história da música nacional que compositores brasileiros eruditos se ressentem dela – e compositores populares cansam da experimentação (quando se arriscam) e, alegremente, retornam a ela. A guinada do Skank, para discos sonoramente “mais redondos”, portanto, é uma ilusão. E como toda ilusão, às vezes, prazenteira – como Cosmotron (2003). Era um álbum tão perfeito, naquele momento, que acabamos confundindo com uma obra-prima. Precisou sair, agora, Carrossel, para percebermos que não – que não é, talvez, por aí... Carrossel parece Cosmotron reloaded. É a mesma sonoridade sessentista e setentista, mais que assimilada, que igualmente assombra o rock pop internacional. Samuel Rosa – perguntado sobre, na MTV Brasil – “não diz nem sim nem não (faz que não entende e disfarça)”. Carrossel é aprazível; não resta dúvida. Ainda mais nos anos 2000 – em que: quem conhece música, perdeu o contato com a canção; e quem domina a forma-canção, não entende nada de música. Entre enciclopédias musicais que não emplacam nenhum hit e reis do hit parade que não sabem nem falar português, vamos deixar... a vida nos levar? E um Skank desce justo, redondo, de vez em quando. Não é uma completa novidade pop (historicamente falando), mas tem uma levada boa, não agride os tímpanos, e proporciona achados de letra & música como “Antitelejornal”. Cosmotron não foi exatamente um estouro de vendas (pegou a morte do CD); nem o Skank quer fazer ponte de safena (gravar Acústico) – então, o que será do futuro? Cosmotron reloaded deve, ao menos, segurar a maré de shows. Mas... e depois? [Comente esta Nota]
>>> Carrossel
 



Além do Mais >>> After Mozart
Gidon Kremer é um dos grandes violinistas contemporâneos que nos brinda com o privilégio da sua convivência de tempos em tempos. Kremer e sua Kremerata sempre chegam para nos ensinar alguma coisa. Neste ano, na Temporada 2006 do Mozarteum Brasileiro, instigando nossa curiosidade talvez com seu arranjo para “Smile”, de Chaplin, arrastou-nos até Beethoven, e esse seu redemoinho, que é o opus 133, a Grande Fuga. Depois, retomando sua periódica homenagem a Piazzolla, desta vez com “Celos” e “Libertango”, conduzindo-nos a Schumann, e a seu Concerto para violoncelo, op. 129, em lá menor. Gidon Kremer tem essa compreensão plena do público. Sabe que, no Brasil (e, talvez, no mundo), o cinema pode vir a ser uma “porta” para a música erudita – também pela inclusão no programa de Dunayevsky, e de sua trilha para Children of captain Grant –, mas não deixa de revisitar os mestres, e de acompanhar a audiência passo a passo. Como em todos os outros setores da cultura, em que existem intenções sérias por trás, a preocupação em, minimamente, educar as platéias é uma constante no universo da música. A encruzilhada da indústria fonográfica, no ramo da música clássica, é um problema ainda mais inquietante. Porque, além das vendas terem sofrido queda – como em todos os demais setores –, a empreitada do disco deixa de compensar a partir da gravação (muito mais dispendiosa, em termos orquestrais, do que a da música popular). Como Gidon Kremer, que mistura soundtrack com contraponto, vibrafone com movimento “religioso”, cada ator na música, cada músico, é, atualmente, responsável pela reinvenção da outrora naturalíssima relação entre expectador e intérprete. Os concertos que começaram com o virtuosismo, têm sua concepção elevada, em grau de importância, ao mesmo nível da performance. Fora o desempenho impecável, a orquestra e o solista devem hoje conquistar o público desde o libreto. Gidon Kremer, que com sua Kremerata faz até ação social, está, coincidentemente, na trilha certa – e nesse sentido nos ensinando sempre quando vem. [Comente esta Nota]
>>> Mozarteum Brasileiro
 
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(Qui., 05/10, 19h30, MP)
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Julio Daio Borges
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