Digestivo nº 298 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
53754 visitas/dia
2,0 milhão/mês
Mais Recentes
>>> Água de Vintém no Sesc 24 de Maio
>>> Wanderléa canta choros no Sesc 24 de Maio
>>> Vitor Lopes e convidados no Sesc 24 de Maio
>>> Nilze Carvalho no Sesc 24 de Maio
>>> Choro Interior no Sesc 24 de Maio
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Garganta profunda_Dusty Springfield
>>> Susan Sontag em carne e osso
>>> Todas as artes: Jardel Dias Cavalcanti
>>> Soco no saco
>>> Xingando semáforos inocentes
>>> Os autômatos de Agnaldo Pinho
>>> Esporte de risco
>>> Tito Leite atravessa o deserto com poesia
>>> Sim, Thomas Bernhard
>>> The Nothingness Club e a mente noir de um poeta
Colunistas
Últimos Posts
>>> Folha:'Censura promovida por Moraes tem de acabar'
>>> Pondé sobre o crime de opinião no Brasil de hoje
>>> Uma nova forma de Macarthismo?
>>> Metallica homenageando Elton John
>>> Fernando Schüler sobre a liberdade de expressão
>>> Confissões de uma jovem leitora
>>> Ray Kurzweil sobre a singularidade (2024)
>>> O robô da Figure e da OpenAI
>>> Felipe Miranda e Luiz Parreiras (2024)
>>> Caminhos para a sabedoria
Últimos Posts
>>> Mestres do ar, a esperança nos céus da II Guerra
>>> O Mal necessário
>>> Guerra. Estupidez e desvario.
>>> Calourada
>>> Apagão
>>> Napoleão, de Ridley de Scott: nem todo poder basta
>>> Sem noção
>>> Ícaro e Satã
>>> Ser ou parecer
>>> O laticínio do demônio
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Sobre Jobs e Da Vinci
>>> Bom Bril: de volta na sua TV
>>> O Presépio e o Artesanato Figureiro de Taubaté
>>> De volta às férias I
>>> 21º de Mozart: Pollini e Muti
>>> O blog que ninguém lê…
>>> Ganha-pão
>>> O batom
>>> A máquina de poder que aprisiona o espírito
>>> Magnopyrol
Mais Recentes
>>> Livro História do Brasil Belènzinho 1910 Retrato de uma época de Jacob Penteado pela Martins (2024)
>>> O Que Eu Creio de Lindolfo Weingartner pela Sinodal (1989)
>>> Quando a marca fraca se torna forte secondary meaning de Viviane Beyruth pela Lumen Juris (2011)
>>> O Sucesso É Ser Feliz de Roberto Shinyashiki pela Gente (1997)
>>> O Xango‚ De Baker Street de Jo‚ Soares pela Companhia Das Letras (1998)
>>> Livro Literatura Brasileira A Casa do Rio Vermelho de Zélia Gattai pela Record (1999)
>>> O Homem Que Matou Getulio Vargas: Biografia De Um Anarquista de Jo‚ Soares pela Companhia Das Letras (1998)
>>> Capesius, o Farmacêutico de Auschwitz de Dieter Schlesak pela Bertrand Brasil (2015)
>>> Educação e Psicanalise de Rinaldo Voltolini pela Zagodoni (2018)
>>> Orgulho e Preconceito de Jane Austen pela Martin Claret (2019)
>>> Quem Me Roubou De Mim? de Pe. Fabio De Melo pela Planeta Do Brasil - Grupo Planeta (2013)
>>> Onde Encontrar A Sabedoria? de Harold Bloom pela Objetiva (2005)
>>> Livro Biografias Città Di Roma de Zélia Gattai pela Record (2000)
>>> O Motorista E O Milionário de Ellen Singer, Joachim Posada pela Sextante (2010)
>>> 20 Minutos De Ferias de Judith Sachs pela Nova Cultural (2001)
>>> Concerto Para Corpo E Alma de Rubem Alvez pela Papirus (1998)
>>> Livro Literatura Estrangeira A Pérola de John Stenbeck pela Record (2000)
>>> Atlas De Anatomia Humana de Frank H. Netter pela Martin Claret (2019)
>>> Cínthia Holmes e Watson e suas Incríveis Descobertas de Christiane Gribel pela Salamandra (2009)
>>> Desespero de Stephen King pela Ponto De Leitura (2011)
>>> Livro Literatura Estrangeira Mares do Sul de Herman Melville pela Clube do livro (1984)
>>> Fernando Dutra Pinto: Você Acredita Em Mim? de Elias M. Awad pela Novo Século (2002)
>>> A Receita da Felicidade de Danielle Noce pela Melhoramentos (2015)
>>> Livro Esoterismo A Grande Pirâmide de Tom Valentine pela Nova Fronteira (1976)
>>> Mafalda 2 e 3 de Quino pela Martins Fontes (2015)
DIGESTIVOS

Sexta-feira, 29/9/2006
Digestivo nº 298
Julio Daio Borges
+ de 2100 Acessos




Internet >>> It’s All About the Books
O professor olha para a sala de aula e adverte, cansado: “Eu não quero mais ninguém aqui respondendo às minhas perguntas com: ‘De acordo com o Google...’”. É um cartoon, mas poderia ser verdade. No ano passado, alguém, num ensaio sobre educação, perguntou por que as crianças continuavam carregando pesados livros todos os dias... Não era mais fácil o professor disponibilizar on-line só o material de cada aula – e imprimir um pouco cada vez? Alguém também disse que, com a oferta de informação disponível, a escola perde bastante o sentido: todo mundo aprende o que quer, quando quer – e na ordem em que quiser. Por que o professor (ou a mídia) sabe qual é a “melhor ordem” pra mim e pra você? Com idéias desse tipo, Josh Kaufman, um gerente júnior da Procter & Gamble, criou o Personal MBA. A deixa partiu de Seth Godin, o marqueteiro-mor da internet, quando, consolando candidatos não-aceitos nos MBAs da moda, ele deixou escapar que eles tinham é sorte de não gastar mais de 100 mil dólares na brincadeira, ficando ainda dois anos fora do mercado... Sendo que, para Seth, bastava ler bons livros e pronto! Ele não revelava quais livros eram esses, mas Kaufman foi lá e citou alguns dos quais podia se lembrar. Seth retribuiu no seu blog; outros foram lá e citaram também. Quando Kaufman percebeu, a lista completa tinha mais de 150 títulos. Hoje, o Personal MBA, ou PMBA, ganhou site próprio, teve suas indicações de leitura organizadas por assunto e se transformou numa comunidade em que se discute cada volume. O pessoal do MBA tradicional já está dizendo que não é a mesma coisa, que não se compara, etc. e tal. Mas parece que não faz muito sentido mesmo a comparação – nem, aliás, a disputa. A lista de obras é bastante interessante; a lista de discussão pode ser um antídoto contra a solidão. Que mal pode haver, portanto? Josh Kaufman talvez não devesse ter incluído a sigla "MBA" no nome da empreitada – mas se não o tivesse feito, será que estaríamos falando dele agora? Mentiras sinceras nos interessam; e não só a Seth Godin... [Comente esta Nota]
>>> The Personal MBA
 



Música >>> Até o amor virar poeira
Mudamos de século, a internet revirou tudo, mas musicalmente falando continuam as mesmas duas opções estéticas de antes: explodir ou não com a forma? Na música pop, para usar um exemplo mais pedestre, a disputa é pelo fim ou pelo renascimento da forma-canção. No pop rock, digamos assim, a escolha fica entre o Radiohead (e as incursões solo de Thom Yorke) e, aqui, o Skank. A canção está tão imbricada na história da música nacional que compositores brasileiros eruditos se ressentem dela – e compositores populares cansam da experimentação (quando se arriscam) e, alegremente, retornam a ela. A guinada do Skank, para discos sonoramente “mais redondos”, portanto, é uma ilusão. E como toda ilusão, às vezes, prazenteira – como Cosmotron (2003). Era um álbum tão perfeito, naquele momento, que acabamos confundindo com uma obra-prima. Precisou sair, agora, Carrossel, para percebermos que não – que não é, talvez, por aí... Carrossel parece Cosmotron reloaded. É a mesma sonoridade sessentista e setentista, mais que assimilada, que igualmente assombra o rock pop internacional. Samuel Rosa – perguntado sobre, na MTV Brasil – “não diz nem sim nem não (faz que não entende e disfarça)”. Carrossel é aprazível; não resta dúvida. Ainda mais nos anos 2000 – em que: quem conhece música, perdeu o contato com a canção; e quem domina a forma-canção, não entende nada de música. Entre enciclopédias musicais que não emplacam nenhum hit e reis do hit parade que não sabem nem falar português, vamos deixar... a vida nos levar? E um Skank desce justo, redondo, de vez em quando. Não é uma completa novidade pop (historicamente falando), mas tem uma levada boa, não agride os tímpanos, e proporciona achados de letra & música como “Antitelejornal”. Cosmotron não foi exatamente um estouro de vendas (pegou a morte do CD); nem o Skank quer fazer ponte de safena (gravar Acústico) – então, o que será do futuro? Cosmotron reloaded deve, ao menos, segurar a maré de shows. Mas... e depois? [Comente esta Nota]
>>> Carrossel
 



Além do Mais >>> After Mozart
Gidon Kremer é um dos grandes violinistas contemporâneos que nos brinda com o privilégio da sua convivência de tempos em tempos. Kremer e sua Kremerata sempre chegam para nos ensinar alguma coisa. Neste ano, na Temporada 2006 do Mozarteum Brasileiro, instigando nossa curiosidade talvez com seu arranjo para “Smile”, de Chaplin, arrastou-nos até Beethoven, e esse seu redemoinho, que é o opus 133, a Grande Fuga. Depois, retomando sua periódica homenagem a Piazzolla, desta vez com “Celos” e “Libertango”, conduzindo-nos a Schumann, e a seu Concerto para violoncelo, op. 129, em lá menor. Gidon Kremer tem essa compreensão plena do público. Sabe que, no Brasil (e, talvez, no mundo), o cinema pode vir a ser uma “porta” para a música erudita – também pela inclusão no programa de Dunayevsky, e de sua trilha para Children of captain Grant –, mas não deixa de revisitar os mestres, e de acompanhar a audiência passo a passo. Como em todos os outros setores da cultura, em que existem intenções sérias por trás, a preocupação em, minimamente, educar as platéias é uma constante no universo da música. A encruzilhada da indústria fonográfica, no ramo da música clássica, é um problema ainda mais inquietante. Porque, além das vendas terem sofrido queda – como em todos os demais setores –, a empreitada do disco deixa de compensar a partir da gravação (muito mais dispendiosa, em termos orquestrais, do que a da música popular). Como Gidon Kremer, que mistura soundtrack com contraponto, vibrafone com movimento “religioso”, cada ator na música, cada músico, é, atualmente, responsável pela reinvenção da outrora naturalíssima relação entre expectador e intérprete. Os concertos que começaram com o virtuosismo, têm sua concepção elevada, em grau de importância, ao mesmo nível da performance. Fora o desempenho impecável, a orquestra e o solista devem hoje conquistar o público desde o libreto. Gidon Kremer, que com sua Kremerata faz até ação social, está, coincidentemente, na trilha certa – e nesse sentido nos ensinando sempre quando vem. [Comente esta Nota]
>>> Mozarteum Brasileiro
 
>>> EVENTOS QUE O DIGESTIVO RECOMENDA



>>> Palestras
* Apresentação do livro 'A mente plural'
Mauro Maldonato e Manuel da Costa Pinto
(Ter., 03/10, 19h00, CN)

>>> Autógrafos
* Do Corpo à Alma - Melvina Araújo
(Seg., 02/10, 18h30, CN)
* Gramática da Língua Portuguesa - Ingedore G. Villaça Koch e Mario Vilela
(Seg., 02/10, 19h30, VL)
* A Música Clássica da Índia - Alberto Marsicano
(Qua., 04/10, 18h30, CN)
* Van Dorth - A Saga dos Hereges Continua - Aydano Roriz
(Qui., 05/10, 19h00, CN)

>>> Shows
* Presságios - Eduardo Agni
(Qui., 05/10, 19h30, MP)
* Fats Waller - Traditional Jazz Band
(Sex., 06/10, 20h00, VL)

* Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos (VL): Av. Nações Unidas, nº 4777
** Livraria Cultura Conjunto Nacional (CN): Av. Paulista, nº 2073
*** Livraria Cultura Market Place Shopping Center (MP): Av. Chucri Zaidan, nº 902
**** a Livraria Cultura é parceira do Digestivo Cultural

 
Julio Daio Borges
Editor
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Saturns Children; a Space Opera
Charles Stross
Science Fiction Book Club
(2008)



Crônicas Mevitevendo
Artur da Tvola
Salamandra
(1977)



Enciclopédia 5 Anthropos - Homem
Ruggiero Romano
Nacional
(1985)



Rumo a Consciência Cósmica
Hunberto Rohdem
Alvorada



Um Psiquiatra fala do sexo no casamento
Donald Hastings
Manole
(1973)



Melhores Amigos Disney Pixar
Disney
Pi Kids



Mulher Morte Dinheiro na Sabedoria Popular
Martha Steinberg
Disal
(2005)



Segredos do Velho Mosteiro
Dauny Fritsch
Eme
(2005)



Atitude!: Não Siga Seus Sonhos.
Justin Herald
Fundamento
(2004)



Fala Serio Professor
Thalita Rebouças
Rocco
(2006)





busca | avançada
53754 visitas/dia
2,0 milhão/mês