Digestivo nº 316 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
68515 visitas/dia
2,1 milhões/mês
Mais Recentes
>>> Nouveau Monde
>>> Agosto começa com música boa e grandes atrações no Bar Brahma Granja Viana
>>> “Carvão”, novo espetáculo da Cia. Sansacroma, chega a Diadema
>>> 1º GatoFest traz para o Brasil o inédito ‘CatVideoFest’
>>> Movimento TUDO QUE AQUECE faz evento para arrecadar agasalhos no RJ
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Two roads diverged in a yellow wood
>>> A dobra do sentido, a poesia de Montserrat Rodés
>>> Literatura e caricatura promovendo encontros
>>> Stalking monetizado
>>> A eutanásia do sentido, a poesia de Ronald Polito
>>> Folia de Reis
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
Colunistas
Últimos Posts
>>> As Sete Vidas de Ozzy Osbourne
>>> 100 anos de Flannery O'Connor
>>> O coach de Sam Altman, da OpenAI
>>> Andrej Karpathy na AI Startup School (2025)
>>> Uma história da OpenAI (2025)
>>> Sallouti e a história do BTG (2025)
>>> Ilya Sutskever na Universidade de Toronto
>>> Vibe Coding, um guia da Y Combinator
>>> Microsoft Build 2025
>>> Claude Code by Boris Cherny
Últimos Posts
>>> Política, soft power e jazz
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Dying to Live
>>> Não contem com o fim do livro, uma conversa com Umberto Eco
>>> Sem música, a existência seria um erro
>>> Realeza
>>> Claude Code by Boris Cherny
>>> A felicidade, segundo Freud
>>> As deliciosas mulheres de Gustave Courbet
>>> A arte contemporânea refém da insensatez
>>> O turista imobiliário
>>> O assassinato e outras histórias, de Anton Tchekhov
Mais Recentes
>>> Crimes Perfeitos - Funouhan Vol. 2 de Carlo Zen pela Panini Brasil (2019)
>>> Crimes Perfeitos - Funouhan Vol.1 de Carlo Zen pela Panini Brasil (2019)
>>> Fort of Apocalypse vol. 03 de Kazu Inabe pela Editora JBC (2017)
>>> Paper Girls - Volumes de Brian K. Vaughan; Cliff Chiang pela Devir (2020)
>>> Fort of Apocalypse vol. 02 de Kazu Inabe pela Editora JBC (2017)
>>> Something Is Killing The Children - Alguma Coisa Está Matando As Crianças: Vol. 1 de James Tynion Iv pela Devir Livraria (2021)
>>> Fort of Apocalypse vol. 01 de Kazu Inabe, Yu Kuraishi pela Editora JBC (2017)
>>> The Guinness Book of Yachting Facts and Feats de Peter johnson pela Guinness superlatives (1975)
>>> Ultramarine Magmell - 1 de Di Nianmiao pela Panini Brasil (2019)
>>> Vision de la Poesia brasilena de Thiago de mello pela Red international del libro (1996)
>>> Bakemonogatari Vol. 1 de Nisioisin pela Panini Brasil (2019)
>>> A Metamorfose de Franz Kafka pela Principis (2019)
>>> Quimica geral de Willie bueno/ julien F C Boodts pela Mc Graw hill (1978)
>>> Quando A Noite Cai de Carina Rissi pela Verus (2022)
>>> Noites Brancas de Fiódor Dostoiévski pela Principis (2019)
>>> As Cores Da Escravidão de Ieda De Oliveira pela FTD (2013)
>>> Fafhrd e Gatuno Omnibus de Mike Mignola; Walter Simonson;Dennis O'Neil pela Mythos (2025)
>>> O Símbolo Perdido de Dan Brown pela Arqueiro (2010)
>>> O Poder Dos Quietos de Susan Cain pela Agir (2012)
>>> Dom Quixote De La Mancha de Miguel De Cervantes (tradução e adptação de Ferreira Gullar) pela Revan (2011)
>>> Médico De Homens E De Almas de Taylor Caldwell pela Record (2008)
>>> Aquaman - Ano dos Vilões 4 Volumes de Kelly Sue Deconnick; Daniel Henriques pela Panini Comics (2019)
>>> A Hora da Estrela de Clarice Lispector pela Rocco (1998)
>>> A Viagem De Uma Alma de Peter Richelieu pela Pensamento (2006)
>>> Discover Costa Rica (full Color Country Travel Guide) de Matthew Firestone pela Lonely Planet (2010)
DIGESTIVOS

Sexta-feira, 16/2/2007
Digestivo nº 316
Julio Daio Borges
+ de 3200 Acessos
+ 1 Comentário(s)




Além do Mais >>> O Jardim Abandonado
Tom Jobim morreu em outro tempo (1994): o CD experimentara seu apogeu (1992); o player, o CD-ROM, era caro em computador; ninguém sonhava em “copiar” disco laser em casa; não havia a pirataria ainda; nem a troca de arquivos (o Napster só seria inventado cinco anos depois, em 1999). Nos 80 anos de Tom Jobim (2007), as majors “ameaçam” liberar toda a música na internet, em MP3 (Steve Jobs corrobora...?); desistindo de vez do CD, desistindo até das receitas do iTunes (e agora, Jobs?) – então a homenagem ao compositor da “Garota de Ipanema” chega alternativamente DVD, uma mídia que já sofre com a pirataria mas que, no Brasil, ainda sobrevive. Foi a estratégia da gravadora Biscoito Fino, agora com a caixa de três DVDs, Maestro Soberano, quando a própria família Jobim prefere editar livros, pela Jobim Music, ou então participar de CDs mais low-profile. A mesma BF já colocou no mercado três CDs do (ou sobre o) Maestro, desde a sua fundação, mas, neste momento, prefere o DVD. E, realmente, em termos de programação visual, de embalagem, a caixa Maestro Soberano impressiona: fotos especialíssimas de Tom Jobim, que poderiam perfeitamente compor um álbum para fãs. Musicalmente, contudo, as novidades são poucas – ou nenhuma. Na salada de direitos que devem rondar o autor mundialmente mais executado do Brasil, no século XX, só foi possível reunir shows do Tom com a Banda Nova, aquela do disco Passarim (1987) em diante, embora ele, evidentemente, cante seus sucessos desde a bossa nova. Acontece que a Banda Nova está muito recente, na memória do público: estão todos cansados de vê-la na televisão. Tirando esses shows, de 1985 pra cá, sobra algum material efetivamente valioso – mas, provavelmente, não 100% inédito – na caixa de três DVDs. Melhores momentos: o depoimento de Nelson Motta (nos “extras”), a gravação para a TV Globo com Edu Lobo (“Luiza” e “Vento Bravo”), e o eterno clipe de “Águas de Março”, com Elis Regina (que já está até no YouTube...). Pecado grave: reproduzir imagens do vexaminoso show do réveillon de 1995-1996, na praia de Copacabana – em que a MPB teve abaladas suas estruturas. Como profetizou Dori Caymmi, a sucessão tumultuada parece que não protegeu completamente o legado do Tom. [Comente esta Nota]
>>> Maestro Soberano
 



Internet >>> Relationships Matter
Até há pouco tempo, quando a televisão dava as cartas, acreditava-se que as crianças pulavam da fase dos desenhos animados da Hanna-Barbera, ou do Cartoon Network, direto para a época da MTV e do consumo de música. Hoje na internet, mesmo com a erosão do consumo de mídia(s), surge uma analogia nova nos EUA: se aos 20 anos, o jovem quer fazer amigos, combinar programas e sustentar comunidades virtuais como o Orkut, o MySpace e o Facebook, aos 30, o jovem adulto está a procura de contatos para “alavancar” sua carreira – então surge o LinkedIn. Site ou comunidade para quem quer travar contatos estritamente profissionais, o LinkedIn está experimentando um crescimento significativo na internet dos Estados Unidos. Em pouco mais de 10 anos de Web comercial, será mesmo a reação daquela massa que antes tinha 20 e que agora tem 30? Alguns dos grandes investidores que fizeram o sucesso da internet recente, algo a ver com a Web 2.0, colocaram suas fichas no LinkedIn e projetam 100 milhões de dólares de faturamento anual, logo mais ali. No Brasil, onde o contato físico para fechar um negócio é imprescindível, o LinkedIn está presente, mas não muito – nunca tanto quanto o Orkut, com seus milhões de usuários, suas brigas com o Ministério Público e seus arranjos com a Polícia Federal. No LinkedIn, você se cadastra, procura alguém que deseja contatar; e o site traça, para você, a “seqüência” de contatos para chegar até aquela pessoa. Você explica brevemente por que quer contatá-la, sua mensagem vai sendo encaminhada, contato a contato, até a aprovação final e o contato direto com quem você procurava. Numa sociedade em que as pessoas são sempre as mesmas – a sociedade brasileira –, talvez ninguém precise de mais do que alguns telefonemas (ou e-mails) para chegar aonde quer. O Orkut, assim, se explicaria como um vagar sem direção, de perfil em perfil, em busca da balada perfeita. Será? Convém, no entanto, prestar atenção no LinkedIn – e comprar suas ações quando elas saírem na bolsa. [Comente esta Nota]
>>> LinkedIn
 



Música >>> La Catedral
Alguém poderia fazer um levantamento acerca da revalorização do violão brasileiro nos últimos tempos. Se na década de 90, Guinga aparecia sozinho no horizonte — mais por causa do heroísmo da gravadora Velas —, nos anos 2000, Yamandú despontou, Leandro Carvalho com mais consistência (agora é maestro e diretor de orquestra no Mato Grosso), até Paulinho Nogueira foi redescoberto (pela Trama!), e até Baden Powell foi relançado (em caixa e em performance inédita). Isso tudo mais ou menos desemboca em João Rabello, que tem o universo "conspirando" a seu favor para ser o grande violonista da segunda metade da década de 2000. A começar pela linhagem, duplamente nobre. De um lado, o fato de ser sobrinho do lendário Raphael Rabello, o maior virtuose do instrumento até a data de sua morte, em 1995. E de outro, de outro ramo, o simples fato de ser filho de Paulinho da Viola e, por conseqüência, neto de Cesar Faria, do igualmente lendário conjunto Época de Ouro. Com duas (ou mais) referências tão fortes, o leitor deve estar se perguntando por qual delas João Rabello optou, neste seu primeiro CD, o irrepreensível Roendo as Unhas (VR6, 2006). O sobrenome já indica, o jogo de luz e sombra, as calças e camisas, até a cabeça baixa, o olhar concentrado, e as poses... É ouvir para confirmar: João, embora toque (com) Paulinho da Viola, quis seguir seu tio, Raphael Rabello — até onde isso nos é permitido afirmar. São dez faixas instrumentalmente poderosas em Roendo as Unhas, e os compositores — praticamente não há nada de MPB cantada — marcam inequivocamente uma opção: Radamés Gnattali, Agustin Barrios e Garoto. ("Leme" e "Rubro" são de João Rabello, o próprio.) Incrível constatar como o animado rapazola de Meu Tempo é Hoje, imerso em cultura popular, se transformou nesse herdeiro sólido do violão clássico brasileiro. Villa-Lobos, mais que os 80 anos de seu seguidor, comemoraria hoje o renascimento do violão no Brasil. [Comente esta Nota]
>>> João Rabello
 

 
Julio Daio Borges
Editor
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

ENVIAR POR E-MAIL
E-mail:
Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
16/2/2007
12h29min
Viva Tom! Viva Jobim!!! Tudo que vem do Tom é pura afinação. Suas músicas, suas poesias, seus arranjos e até o seu charuto exalava canção.
[Leia outros Comentários de Clovis Ribeiro]

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Rafael 539
Mestres da Pintura
Abril Cultural
(1977)



Cartas De Amor A Divina
Emiliano Di Cavalcanti
5ª Cor
(1987)



O apóstolo da não violência
Gandhi
Martin Claret
(1983)



Livro Infantil Zoic e o Futuro do Planeta Sem CD
Giordano Pagotti, Fernanda de Oliveira
Do Autor
(2013)



Véu do Passado pelo Esp/ Antônio Carlos
Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho
Lúmen
(1997)



Laços Inseparáveis
Emily Giffin
Novo Conceito
(2012)



Carter -confidential File 101
Frank Carr e Patrick Sutter
Anglehart Press
(2001)



O Céu na Terra
Stephen J. Nichols
Voxlitteris
(2011)



Contraponto
Aldous Huxley
Abril Cultural
(1972)



Curso de Direito Penal - Parte Geral Volume 1 - 17a Edicao
Rogério Greco
Impetus
(2015)





busca | avançada
68515 visitas/dia
2,1 milhões/mês