Intelectualidade e democracia | Luis Eduardo Matta | Digestivo Cultural

busca | avançada
53754 visitas/dia
2,0 milhão/mês
Mais Recentes
>>> Núcleo de Artes Cênicas (NAC) divulga temporada de estreia do espetáculo Ilhas Tropicais
>>> Sesc Belenzinho encerra a mostra Verso Livre com Bruna Lucchesi no show Berros e Poesia
>>> Estônia: programa de visto de startup facilita expansão de negócios na Europa
>>> Água de Vintém no Sesc 24 de Maio
>>> Wanderléa canta choros no Sesc 24 de Maio
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Garganta profunda_Dusty Springfield
>>> Susan Sontag em carne e osso
>>> Todas as artes: Jardel Dias Cavalcanti
>>> Soco no saco
>>> Xingando semáforos inocentes
>>> Os autômatos de Agnaldo Pinho
>>> Esporte de risco
>>> Tito Leite atravessa o deserto com poesia
>>> Sim, Thomas Bernhard
>>> The Nothingness Club e a mente noir de um poeta
Colunistas
Últimos Posts
>>> Folha:'Censura promovida por Moraes tem de acabar'
>>> Pondé sobre o crime de opinião no Brasil de hoje
>>> Uma nova forma de Macarthismo?
>>> Metallica homenageando Elton John
>>> Fernando Schüler sobre a liberdade de expressão
>>> Confissões de uma jovem leitora
>>> Ray Kurzweil sobre a singularidade (2024)
>>> O robô da Figure e da OpenAI
>>> Felipe Miranda e Luiz Parreiras (2024)
>>> Caminhos para a sabedoria
Últimos Posts
>>> Mestres do ar, a esperança nos céus da II Guerra
>>> O Mal necessário
>>> Guerra. Estupidez e desvario.
>>> Calourada
>>> Apagão
>>> Napoleão, de Ridley de Scott: nem todo poder basta
>>> Sem noção
>>> Ícaro e Satã
>>> Ser ou parecer
>>> O laticínio do demônio
Blogueiros
Mais Recentes
>>> O Presépio e o Artesanato Figureiro de Taubaté
>>> A evolução da nova democracia brasileira
>>> Sobre o preço dos livros 1/2
>>> Sobre Jobs e Da Vinci
>>> Bom Bril: de volta na sua TV
>>> O Presépio e o Artesanato Figureiro de Taubaté
>>> De volta às férias I
>>> 21º de Mozart: Pollini e Muti
>>> O blog que ninguém lê…
>>> Ganha-pão
Mais Recentes
>>> Web Design Responsivo - Páginas Adaptáveis para Todos os Dispositivos de Tarcio Zemel pela Casa do Código (2015)
>>> Livro 2020 - O Ano Que Não Começou de Américo Paim Antonio Martinelli e outros pela Reformátório (2021)
>>> C - Completo e Total de Herbert Schildt pela Makron (1996)
>>> Livro Mediunidade - Encontro com Divaldo de Divaldo P. Franco pela Mundo Maior (2004)
>>> Livro Comunicação Empresarial - Estratégia de Organizações Vencedoras de Paulo Nassar pela Aberje (2005)
>>> Livro Do Endosso - Revista, atualizada e ampliada contendo o endosso eletrônico e as Súmulas do STJ de Carlos Henrique Abraão pela Publicações Online (2012)
>>> Livro Propriedade Intelectual e Desenvolvimento no Brasil de Antônio Márcio BuainainRoney Fraga Souza pela Ideia (2019)
>>> Livro Guia - Estatuto do Torcedor de Carlos Adriano PachecoRoger Stiefelmann Leal pela Marco (2006)
>>> Livro Aprendendo Com A Vida de Ivo Pitanguy pela Best Seller (1993)
>>> Como Se Tornar Um Líder Servidor de James C. Hunter pela Sextante
>>> Os Ossos Do Mundo de Flávio De Carvalho pela Edit Da Unicamp (2014)
>>> Tutaméia (terceiras Estórias) de João Guimaraes Rosa pela Nova Fronteira - Grupo Ediouro (2009)
>>> Filosofia Medieval - Coleção Passo-a-passo Filosofia de Alfredo Carlos Storck pela Zahar (2003)
>>> Atlas De Alergologia. Fundamentos, Diagnóstico E Clínica de Gerhard Grevers; Martin Rocken pela Artmed (2001)
>>> Rodolfo Bernadelli.; Com A Colaboração De Alexandre Henrique Monteiro Guimaraes de Mariza Guimarãe Dias pela Museu Nacional De Belas Artes, Rio De Janeiro (2008)
>>> Antígona E A Etica Tragica Da Psicanalise de Ingrid Vorsatz pela Zahar (2013)
>>> Vespera de Carla Madeira pela Record (2022)
>>> Tudo é Rio de Carla Madeira pela Record (2022)
>>> A Natureza Da Mordida de Carla Madeira pela Edit Record (2023)
>>> A Liberdade da Simplicidade de Richard Foster pela Vida (2008)
>>> Um Caldeirão De Poemas de Tatiana Belinky pela Companhia Das Letrinhas (2012)
>>> Felicidade Genuina: Meditacao Como O Caminho Para A Realizacao de B. Alan Wallace pela Lucida Letra (2015)
>>> A Arte da Vida de Zygmunt Bauman pela Zahar (2009)
>>> As Sete Etapas da Inteligência Espiritual de Richard A. Bowell pela Qualitymark (2005)
>>> Os Lusiadas de Luis de Camões pela Instituto Camões (1992)
COLUNAS

Terça-feira, 20/1/2004
Intelectualidade e democracia
Luis Eduardo Matta
+ de 6300 Acessos
+ 5 Comentário(s)

Se existe uma coisa que me espanta profundamente no Brasil, é a facilidade com que uma expressiva parcela da nossa intelectualidade enche a boca para defender os valores democráticos ao mesmo tempo em que parece se recusar a exercê-los na prática. Não que isso seja uma novidade, muito pelo contrário. Trata-se de uma herança de um tempo em que o embate ideológico se dava num mundo bipolar sem espaço para a neutralidade; onde reinava uma divisão nítida, concreta entre direita e esquerda, capital e trabalho, conservadores e progressistas, burgueses e socialistas, defensores do imperialismo americano e do totalitarismo soviético. Foram anos movidos a esperança, em que o planeta vivia um momento delicado de transformações acentuadas e, conseqüentemente, conflitos decorrentes desse processo. O debate político não era mera retórica. Tomar partido era praticamente uma obrigação para os que exerciam publicamente o ato de pensar. Não existia meio termo e nem poderia. Aquele que optasse pela conciliação corria o risco de ficar marcado como um potencial inimigo por ambos os lados. Uma remota suspeita de traição poderia ser punida com rigores que fariam corar os mais devotados servidores do inferno.

Veio o ano de 1989, o muro de Berlim e a cortina de ferro foram abaixo, o regime socialista europeu mostrou-se um embuste, a repressão política na América Latina minguou e a economia de mercado rompeu a década de 90 ostentando uma falsa pátina de triunfo que deixava entrever todas as suas falhas, feridas e contradições. A reviravolta decorrente do fim da União Soviética e do delírio socialista fez nascer um mundo diferente, infinitamente mais complexo e nebuloso do que aquele em que boa parte da classe pensante em atividade se formou. No entanto, o debate ideológico continuou misteriosamente circunscrito ao modelo antigo, amparado na clássica divisão simplista entre direita e esquerda. Ainda hoje assistimos estarrecidos a senhores e senhoras de aparência séria, retórica afiada, olhares compenetrados e uma reputação construída nesse remoto passado bipolar, entregando-se apaixonados a discursos absurdamente anacrônicos, que bem poderiam ter sido redigidos em plena doutrina Eisenhower, não importa se por burocratas da CIA ou por revolucionários cubanos. E a impressão que passam, pelo menos para observadores isentos como este humilde colunista que vos escreve, é a de que, com raras exceções, a intelectualidade brasileira, pelo menos no que tange à política, não se modernizou, não importando a faixa etária dos seus membros. E permanece tão ridiculamente sectária e inflamada quanto no passado, como se o velho inimigo estivesse à espreita precisando ser derrotado a qualquer custo, numa luta desesperada de vida ou morte.

O que fazer diante de um quadro lastimável desses? Às margens do Rio Piedra, sentar e chorar? Aposentar à força a parte fossilizada da intelligentzia nacional e estimular a aparição de uma outra, sintonizada com as demandas da nossa época e sem os ranços ideológicos de um passado de lutas que pouco tem a nos dizer hoje? Ou, estimular o debate livre? É claro que as almas devotadas ao raciocínio ficarão com essa terceira hipótese, mas, se forem perspicazes, logo se darão conta de que se trata da de mais difícil realização, por uma razão simples: o intelectual brasileiro odeia a proximidade com seus adversários e abomina o confronto de idéias.

Voltemos, então, ao início do presente artigo, quando mencionei a falta de apego da nossa intelectualidade ao exercício dos princípios democráticos. O que eu quis dizer com isso? Ora, a base de qualquer democracia é o trânsito irrestrito de idéias. Numa nação democrática, a palavra é inteiramente liberta. Por mais abominável, por mais hedionda e execrável que seja a sua opinião, você tem todo o direito de externá-la sem o risco de sofrer qualquer espécie de punição em resposta. E, quando estas opiniões são confrontadas e debatidas à exaustão pela minoria - sim, porque os pensadores com "p" maiúsculo são e sempre foram uma minoria em qualquer sociedade - com mais bagagem cultural para referendá-las e embasá-las, instala-se um saudável ambiente de liberdade, no qual o bom-senso tem grandes chances de sair vitorioso. O fato é que esse debate no Brasil nunca aconteceu; não, ao menos, nos moldes necessários para um país que tanto necessita encontrar um rumo. Talvez por este nunca haver sido o real objetivo de uma classe intelectual majoritariamente oportunista, cuja preocupação sempre foi muito mais a de se projetar, auferir fama e arregimentar adeptos e admiradores, do que a de construir um modelo de pensamento que de fato se dispusesse a refletir honestamente sobre a nossa triste realidade, propondo uma maneira de reformá-la, sem resvalar para delírios revolucionários, soluções milagrosas importadas, populismo barato e, em alguns setores, para uma irresistível atração por um conservadorismo oligárquico quase feudal.

Outro dia me flagrei imaginando como seria bom se existisse no Brasil uma publicação de alto nível que agregasse as melhores cabeças do país, adeptas das mais diferentes formas de pensamento, gente de direita, esquerda, religiosa, laica, filósofos e analistas políticos de todas as tendências, economistas liberais e ortodoxos, partidários dos movimentos civis de afirmação racial, sexual, social e - por que não? - seus mais fervorosos opositores. Essa publicação, que poderia ser um jornal ou revista, teria um comitê editorial neutro, essencialmente apartidário, que só interviria em última instância e, mesmo assim, atuando como um árbitro rigoroso, isento e justo. Sua função seria unicamente a de oferecer-se como suporte para um debate totalmente livre de qualquer espécie de censura. É duro admitir isso, mas o projeto dessa revista é irrealizável hoje, por uma série de razões, desde as mais óbvias - alcançaria um público muito restrito, teria poucos anunciantes por causa da pequena tiragem e do teor polêmico de muitos dos seus artigos; não teria dinheiro para pagar os articulistas mais reputados que, com raras exceções, não escreveriam de graça, etc. - até a mais inconfessável: poucos são os autoproclamados pensadores brasileiros que possuem estofo suficiente para enfrentar uma verdadeira arena de debates, onde os chavões ideológicos não têm vez e onde a ausência do manto protetor de uma linha editorial amiga e engajada, põe à prova qualquer teoria que não esteja milimetricamente endossada por uma sólida argumentação baseada numa profunda formação cultural, na ética e, sobretudo, no bom-senso.

Quantas vezes eu já me vi envolvido em discussões em que, sem querer, levava um inflamado interlocutor à beira de um ataque apoplético tentando ingenuamente mostrar que o antigo conceito de direita e esquerda não fazia mais sentido nos dias de hoje e precisava ser reavaliado com urgência? Que essa divisão não se havia extinguido como alguns setores mais conservadores gostam de apregoar, muito pelo contrário: que houve uma espécie de fragmentação dos velhos núcleos ideológicos, até então sólidos e indivisíveis, acompanhada de um remanejamento de idéias obedecendo às mudanças vertiginosas pelas quais o mundo vem passando. Ao querer provar que o problema essencial da desigualdade social persistia, mas que os instrumentos para combatê-la deveriam ser diversificados, sem necessariamente implicar num confronto direto com o status quo vigente, lembro-me de ter recebido como resposta uma enxurrada de bravatas temperadas com insultos pessoais os mais diversos que iam de fascista a comunista, passando por reacionário, estúpido, subversivo ridículo e louco. Imaginem, agora, como essa discussão seria diferente e mais elevada, caso acontecesse num veículo público de comunicação, com experts no assunto expondo seus pontos de vista para um público interessado em assimilá-los; uma discussão centrada nas idéias, com argumentos factíveis, sem populismo, ataques pessoais, patrulhamentos, frases feitas e intimidações.

É o debate constante e irrestrito de idéias associado à livre expressão que constitui, junto ao direito ao voto, o pilar central de uma democracia. Infelizmente, a nossa sociedade não atingiu ainda um nível razoável de maturidade e discernimento para exercer tais prerrogativas civilizadamente. A elite pensante, que seria, em tese, a maior interessada na consolidação de um modelo democrático é a primeira a lhe fazer vista grossa, preferindo encastelar-se nas próprias convicções, boicotando, assim, qualquer possibilidade de aproximação com o pensamento dito "inimigo". Isso vale para os partidários de todas as ideologias, mas é certo que quanto mais baixo o cabedal cultural e mais visível a verborragia oportunista, menor é a disposição para o diálogo. Afinal, para que dialogar, quando é muito mais cômodo e seguro simplesmente "jogar para a platéia", repetindo discursos e teses requentados que uma rala massa crítica receberá sem sobressaltos? Para que criar uma revista de debates multifacetada, se já existem algumas com tendências editoriais definidas, onde se escreve para os "iguais" e onde as possibilidades de ser contestado seriamente são praticamente inexistentes?

Devemos sempre ter em conta que democracia é muito mais do que simplesmente votar. Ser democrata é, antes de tudo, tolerar e considerar a opinião dos que pensam diferente, permitir que ela seja enunciada para quem quiser ouvir e receber, de volta, o mesmo tratamento. Ser democrata é admitir que não existe um caminho único para nada, que a realidade é múltipla, que existem milhões de pessoas na Terra pensando cada qual de uma forma e é essa pluralidade que torna a existência rica, a sociedade viável e o mundo atraente e estimulante. Ser democrata é não reagir raivosamente quando uma voz contrária se levanta para contestá-lo, não almejar o consenso acima de tudo, apreciar o debate, respeitá-lo, incrementá-lo e procurar refletir sobre a sociedade, de uma maneira que atenda a todos, sem que os interesses de um único grupo prevaleça. Ser democrata é, sobretudo, estar permanentemente apto a mudar de opinião e não se envergonhar disso, pois seu compromisso maior é com a verdade.

Mas, por tudo o que tenho visto, a intelligentzia brasileira infelizmente, está longe de se aperceber disso. No fundo, ela ainda acredita que a democracia, na prática, é apenas uma mesura elegante, sem qualquer função no mundo insano dos slogans politizados. E, enquanto esse quadro não muda, a política nacional segue em sua desoladora e eterna agonia.


Luis Eduardo Matta
Rio de Janeiro, 20/1/2004

Quem leu este, também leu esse(s):
01. A idolatria do século XXI de Marcelo Barbão


Mais Luis Eduardo Matta
Mais Acessadas de Luis Eduardo Matta em 2004
01. Os desafios de publicar o primeiro livro - 23/3/2004
02. A difícil arte de viver em sociedade - 2/11/2004
03. Beirute: o renascimento da Paris do Oriente - 16/11/2004
04. A discreta crise criativa das novelas brasileiras - 17/2/2004
05. Deitado eternamente em divã esplêndido – Parte 1 - 13/7/2004


* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

ENVIAR POR E-MAIL
E-mail:
Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
20/1/2004
23h02min
Acabo de ler "Intelectualidade e Democracia". É um texto necessário e corajoso. A intelectualidade brasileira, e nisso ela não difere muito de outras "tribos", de fato parece temer o confronto de idéias. Não tenho elementos para fazer generalizações, mas me parece que pelo menos uma parcela é petulante e arrogante, como se essa atitude fosse a derradeira possibilidade de manter o "status", quando o "quo" já está bem comprometido. Evidentemente, o Estado brasileiro (pouco importando a definição que se dê a esse ente) conhece essa fraqueza da sua intelligentzia e concede, pelo menos às cabeças que são mais dóceis (conforme a sucessão das estações), o sedutor manto do subsídio. Assim, a petulância e a arrogância de parcela da intelectualidade se perpetua, sem colocar em cheque a petulância e a arrogância do próprio Estado. Parece-me que, além da revista que estás sugerindo, precisamos pensar numa campanha contra uma fome que é tão avassaladora quanto um estômago vazio: refiro-me, é claro, à fome de liberdade; não a liberdade que temos hoje, que é a de “reserva de feudos”, mas a uma liberdade predisposta a considerar as pretensões de verdade contidas no contraditório, de forma a alcançar sínteses que de fato estejam comprometidas com o combate a todas as fomes. Parabéns pelo texto contundente, que tem o mérito intransferível de permitir a reflexão. Abraços, Luís Carlos Carpein - Jornalista
[Leia outros Comentários de Luís Carlos Carpein]
22/1/2004
05h52min
Luis, certas utopias valem a pena sonhar. Imaginar uma publicação com quadro editorial sem tendências, e uma discussão baseada em idéias e não torcida são duas delas. Só acho que fica difícil quando a maioria das pessoas não esta interessada em discussões que levem a ações na prática. A bipolaridade anacrônica da discussão político-social-econômica representa o que a discussão representa para os intelectuais: um modo de perpetuar sua espécie e fama.
[Leia outros Comentários de Ram]
2/2/2004
20h08min
Lamento somente hoje estar lendo "Intelectualidade e Democracia". Adorei e embora não possua o dom de expressar minhas idéias e convicções, é exatamente isso que desejo para o nosso país. Talvez, ainda seja sonho a publicação citada, mas já é um começo, alguém já teve a coragem de expressar uma idéia, de querer. Acredito nesse projeto e anseio desde agora a sua concretização. Possivelmente 10% da população brasileira já desenvolveu uma consciência, senão ideal mas real e isto significa avanço. Parabéns por você expressar a opinião dos 10% de brasileiros conscientes e livres das hipocrisias e populismos desbotados.
[Leia outros Comentários de Mirthes Maria]
9/2/2004
02h08min
Prezado da Matta, Concordo com você na maioria dos pontos. A democracia é o embate saudável de idéias. Conceitos políticos ultrapassadas deviam ser urgentemente aposentados (e de certa maneira, já estão sendo). Mas não se esqueça que política é um dos espaços onde se fazem presentes forças brutais, como paixão, sexo, poder, amor. Contudo, tenho esperança (e quase certeza) de que o Brasil conseguirá amadurecer-se politicamente, democraticamente, e que estas revistas aparecerão. Talvez não neutras, mas diversas revistas com pontos-de-vista distintos, que criem um debate entre si. A internet terá um papel importante nisso. Abraço.
[Leia outros Comentários de Miguel do Rosário]
1/3/2004
22h09min
Achei esse ensaio brilhante. Dificil encontrar pessoas no Brasil hoje em dia com uma cabeça assim tão aberta e com uma argumentação tão equilibrada e realista.
[Leia outros Comentários de Marcelo C. da Costa]
COMENTE ESTE TEXTO
Nome:
E-mail:
Blog/Twitter:
* o Digestivo Cultural se reserva o direito de ignorar Comentários que se utilizem de linguagem chula, difamatória ou ilegal;

** mensagens com tamanho superior a 1000 toques, sem identificação ou postadas por e-mails inválidos serão igualmente descartadas;

*** tampouco serão admitidos os 10 tipos de Comentador de Forum.




Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Uma Historia Da Ciencia: Experiencia, Poder E Paix
John Lynch / Michael Mosley
Ed Zahar
(2010)



Más Notícias/Boas Notícias
Annie Bryant
Fundamento
(2008)



Ágape
Marcelo Rossi
Globo
(2010)



Disciplina, Limite na medida certa
Içami Tiba
Gente
(1996)



A Cidade E As Serras
Eça De Queirós
Martin Claret
(2011)



Livro Literatura Estrangeira Não se Iluda, Não
Isabela Freitas
Intriseca
(2015)



Livro Infanto Juvenis Esperando a Chuva
Veronique Vernette
Pulo do Gato
(2014)



The New Diet Does It
Gayelord Hauser
Faber and Faber
(1960)



Por Favor, Obrigado, Desculpe
Becky Bloom; Pascal Biet
Brinque Book
(2007)



Mistério no Castelo Toca - do - Lobo
Friedrich Scheck
Ática
(1997)





busca | avançada
53754 visitas/dia
2,0 milhão/mês