Grande Sertão: Veredas (uma aventura) | Paulo Polzonoff Jr | Digestivo Cultural

busca | avançada
55391 visitas/dia
1,7 milhão/mês
Mais Recentes
>>> ZÉLIO. Imagens e figuras imaginadas
>>> Galeria Provisória de Anderson Thives, chega ao Via Parque, na Barra da Tijuca
>>> Farol Santander convida o público a uma jornada sensorial pela natureza na mostra Floresta Utópica
>>> Projeto social busca apoio para manter acesso gratuito ao cinema nacional em regiões rurais de Minas
>>> Reinvenção após os 50 anos: nova obra de Ana Paula Couto explora maturidade feminina
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> A dobra do sentido, a poesia de Montserrat Rodés
>>> Literatura e caricatura promovendo encontros
>>> Stalking monetizado
>>> A eutanásia do sentido, a poesia de Ronald Polito
>>> Folia de Reis
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
Colunistas
Últimos Posts
>>> O coach de Sam Altman, da OpenAI
>>> Andrej Karpathy na AI Startup School (2025)
>>> Uma história da OpenAI (2025)
>>> Sallouti e a história do BTG (2025)
>>> Ilya Sutskever na Universidade de Toronto
>>> Vibe Coding, um guia da Y Combinator
>>> Microsoft Build 2025
>>> Claude Code by Boris Cherny
>>> Behind the Tech com Sam Altman (2019)
>>> Sergey Brin, do Google, no All-In
Últimos Posts
>>> Política, soft power e jazz
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Mozart, o gênio da música
>>> Os premiados da Mostra
>>> Jeff Jarvis sobre o WikiLeaks
>>> Folia de Reis
>>> Hamlet... e considerações sobre mercado editorial
>>> Pedro e Cora sobre inteligência artificial
>>> Fred Trajano sobre Revolução Digital na Verde Week
>>> Spyer sobre o povo de Deus
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
>>> O tempo e a água (série: sonetos)
Mais Recentes
>>> Salomao, O Homem Mais Rico Que Ja Existiu de Steven K. Scott pela Sextante (2008)
>>> O Menino Que Perdeu A Sombra de Jorge Fernando Dos Santos pela Positivo (2013)
>>> Visão Espírita da Bíblia de Herculano Pires pela Correio Fraterno (2000)
>>> Cantar Em Espirito e Verdade Orientaçao para Ministerio de Musica de João Carlos Almeida pela Loyola (1994)
>>> Themen Neu - Kursbuch 2 de Hartmut Aufderstrasse, Heiko Bock, M. Gerdes, H. Muller, J. Muller pela Hueber Max Verlag Gmbh & Co (2002)
>>> Era uma Voz de Gisele Gasparini, Renata Azevedo & Mara Behlau pela Thot (2006)
>>> Hiperatividade - Como Ajudar Seu Filho de Maggie Jones pela Plexus (2004)
>>> Programaçao Neurolinguistica Para Leigos de Romilla Ready pela Alta Books (2019)
>>> Touch And Feel - Dinosaur de Dk pela Dk Children (2012)
>>> Gibi Chico Bento n 316 Edição com Album Ploc É O Tchan! Total de Mauricio de Sousa pela Globo (1999)
>>> O Segredo da Pirâmide - Salve-se Quem Puder de Justin Somper pela Scipione (2012)
>>> Rompendo o Silêncio de Wilson Oliveira da Silva pela Do Autor
>>> Problema e Mistério de Joana D Arc de Jean Guitton pela Dominus (1963)
>>> Toda a Verdade Sobre os Discos Voadores de Ralph Blum] - Judy Blum pela Edibolso (1976)
>>> Como Conjugar Verbos Em Frances de Jorge De Souza pela Campus Editora Rj (2004)
>>> Nova York - Guia Visual da Folha de Ana Astiz pela Folha de São Paulo (1997)
>>> Papai Foi Morar Em Outro Lugar de Gergely Kiss pela Ciranda Cultural (2011)
>>> Bruxa Onilda Vai A Festa de E.larreula/r.capdevila pela Scipione (2001)
>>> Na Minha Casa Tem Um Lestronfo de Rosana Rios pela Elo (2022)
>>> Os Fofinhos - Woofits - Livro Ilustrado - Album - Completo de Os Fofinhos - Woofits - Multi Editorial pela Multi Editorial (1983)
>>> O Fantástico Mistério De Feiurinha de Pedro Bandeira pela Moderna (2014)
>>> Mansfield Park de Jane Austen pela Martin Claret (2012)
>>> Os Três Mosqueteiros - Coleção Clássicos Zahar de Alexandre Dumas pela Zahar (2011)
>>> Os Pensadores -Sócrates - Defesa de Socrates - Apologia de Sócrates de Sócrates pela Abril Cultural (1980)
>>> Garota, Interrompida de Susanna Kaysen pela Unica Editora (2013)
COLUNAS >>> Especial Guimarães Rosa

Quinta-feira, 13/4/2006
Grande Sertão: Veredas (uma aventura)
Paulo Polzonoff Jr
+ de 17300 Acessos
+ 5 Comentário(s)

Há muito tempo eu venho querendo escrever sobre a experiência de ter lido Grande Sertão: Veredas. Mas eu nunca tinha um motivo suficientemente bom para isso. Agora li que o romance de Guimarães Rosa completa 50 anos. Não é, ainda, motivo o suficiente, mas mesmo assim me animei. E tome texto!

Meu contato com Guimarães Rosa nasceu precário, depois conseguiu piorar um pouco mais. Na verdade, é um pequeno milagre que eu tenha lido - e gostado de - Grande Sertão: Veredas. Tudo, absolutamente tudo, conspirava para que eu jamais chegasse a ler o romance que não é só uma obra-prima venerada por acadêmicos; Grande Sertão: Veredas é um destes livros que mudam a vida da gente. Pelo menos a minha ele mudou.

Mas convém descrever os pormenores desta relação conturbada, até para mostrar como o ensino de literatura no país é precário. Eu não estudei em colégio público. Tive, teoricamente, uma educação de elite, com professores teoricamente bem preparados. A teoria, como se sabe, é muito diferente da prática. Prova disso foi uma tola professora de segundo grau que, durante as aulas de literatura, se punha a ler em voz alta trechos de Grande Sertão: Veredas. Para o tédio e sono dos alunos, entre eles, eu.

Talvez eu pinte um quadro infernal, graças à minha imaginação. Fato é que me lembro destas aulas como uma tortura. Eu estudava pela manhã - e as manhãs em Curitiba são frias. Some-se a isso o fato de eu não ser, de modo algum, uma pessoa matutina. Impossível prestar um mínimo de atenção na leitura da professora que, além do mais, não tinha propósito pedagógico algum. Ou ela realmente achava que algum daqueles adolescentes ali se apaixonaria por Guimarães Rosa depois daquele suplício?

Tenho cá para mim que, passados mais de dez anos, fui o único daquela turma a me aventurar pelas páginas de Grande Sertão: Veredas. E isso depois de muito desestímulo, o que mostra que sou persistente ou teimoso - dá no mesmo. Sim, porque logo depois da sonolenta leitura de trechos pela professora mais do que tola, fui obrigado a ler Primeiras Estórias para o vestibular daquele ano.

A linguagem cifrada de Rosa me pareceu intransponível. Os contos não me interessaram. Eu não conseguia perceber beleza alguma naquilo. Para entender tanta repulsa, talvez seja necessário contextualizar: por esta época eu estava interessado nos romances de aventura e nos amores sofridos do romantismo. Não havia espaço para modernismo algum. Muito menos para experiências de linguagem. Li o livro, pois, por obrigação, e, naquele momento, tudo o que apreendi dele foi por meio de um grande resumo feito por um outro professor de literatura.

Neste momento você se pergunta: por que fui ler Guimarães Rosa? A resposta é simples: pretensão. Logo depois de passar no vestibular, entrei no que chamo de "fase pretensiosa". Meu objetivo, nada modesto, era ler as principais obras literárias, não importava quão repugnantes elas parecessem. Foi deste modo que li Camus e muito Sartre, toda a obra de Clarice Lispector, Machado de Assis, evidentemente, Thomas Mann, me aventurei por Joyce (que não consegui atravessar) - e Guimarães Rosa.

Para tanto, me utilizei do depoimento de um professor, aquele mesmo do resumão de Primeiras Estórias. Contou-me o professor que também ele teve dificuldades para ler Grande Sertão: Veredas. E não há como não ter. O romance contém aquela (deliciosa) linguagem cifrada de Rosa, numa história sem pausas. Para alguém como eu, que nasceu na época da total fragmentação narrativa, ler Grande Sertão: Veredas era como construir uma nave interestelar com um chicletes velho e um punhado de clipes. E o pior é que, no meu caso, deu muito certo.

Dizia o professor que também ele teve dificuldades para ler Grande Sertão: Veredas. "As primeiras 50 páginas são praticamente impossíveis, mas depois o romance flui que é uma beleza", disse. Quando peguei o livro na estante, tive isso em mente.

Comecei a ler Grande Sertão: Veredas, na praia, no final do ano de 1999. Aquele Ano Novo era especial, porque cercado de expectativas místicas, e eu queria estar lendo algo especial quando a transição acontecesse. Sei que é uma motivação tola, mas ainda assim é uma motivação. Foi na rede, pois, que li as primeiras 50 páginas do romance. Penei. Demorei uns bons cinco dias para passar por elas. Aos poucos fui me acostumando com o linguajar. As páginas começaram realmente a fluir. E, como num passe de mágica, o romance se abriu para mim.

A imagem é meio tola, bem sei, mas ela é exata. O romance se abriu para mim. De um momento para outro foi como se aquela linguagem impenetrável se revelasse. Há muitas teorias sobre isso. Alguns dizem que Guimarães Rosa trabalha sobre fonemas que, geneticamente, somos capazes de apreender. Outros dizem que inventamos os significados das palavras de acordo com nossa imaginação. Há ainda os que falam de inconsciente coletivo. Não sei se há mesmo uma explicação ou se tudo é bobagem (tendo pela segunda opção), mas o fato é que o livro realmente pareceu muito fácil depois de um tempo.

Fácil, ma non troppo. Porque nem toda a inventividade do mundo é capaz de vencer a vulgaridade. E foi exatamente isso que Grande Sertão: Veredas teve de fazer naquele Ano Novo de 1999-2000. Já contei esta história, mas não custa repetir porque ela é interessante.

Eu lia o livro confortavelmente quando chegaram os bárbaros. Em outras palavras, parentes que vinham passar o Ano Novo em nossa casa de praia. Estava concentrado na rede, quando eles começaram a escutar música sertaneja num volume muito, mas muito alto mesmo. Pedi uma, duas, dez vezes para abaixar o som. Nada. Os jacus não conhecem as leis básicas da civilização. Para resumir o desfecho da tragicomédia: fui até um dos carros, peguei o CD e joguei longe. Mais ou menos às 23 horas do dia 31 de dezembro de 1999, um comboio de imbecis saía de minha casa para passar o réveillon na estrada, de volta para o lugar de onde jamais deveriam ter saído: a capiaulândia.

Dispensável dizer que nunca mais tornaram a falar comigo. Não sinto a menor falta.

Depois deste incidente, continuei a ler o romance por alguns dias. Até que tudo travou novamente. Não por culpa do romance. Aliás, não sei por quê. A história de Grande Sertão: Veredas é bastante veloz. Já disse - e os puristas torcerão o nariz para isso - que o livro é um grande faroeste. Uma aventura divertida e, para usar uma palavra da moda, eletrizante. Mas, em algum momento, acho que perdi a conexão com a língua de Rosa. Encostei o livro e ele ficou parado por três longos meses.

Quando retomei a leitura, fui tomado por um êxtase. Guimarães Rosa é dono de uma prosa não só saborosíssima, como também elevada. Reduzir o livro a uma aventura no sertão é recurso meu para incentivar os incautos, mas a verdade é que o livro é muito mais do que isso. E é tanto que nem sei dizer. Fico aqui procurando um modo de descrever meu arrebatamento, sem sucesso. O livro é simplesmente genial - em que se pese toda a infelicidade do termo.

Claro que não é todo mundo que se sente envolvido pela mágica de Guimarães Rosa. Poucos são aqueles, aliás, que se interessam pela aventura de Riobaldo e Diadorim. Acrescente aí o fato de o livro ser motivo de várias especulações acadêmicas, o que afasta um bocado o leitor interessado. Colocado numa espécie de pedestal, o livro é muito comentado, mas pouco lido. Infelizmente.

Minha impressão quanto à maestria de Grande Sertão: Veredas não se dissolveu nestes anos todos. Pelo contrário, tenho a impressão de que o livro tem ganhado importância com o passar do tempo. As lembranças que tenho dele, as cenas de imensa poesia, a linguagem extremamente divertida, tudo isso resulta numa admiração que, embora tenha nascido da pretensão e de certo pedantismo, nada tem de pretensiosa e pedante. Grande Sertão: Veredas é um romance que se comunica perfeitamente com aqueles que estão dispostos a enfrentá-lo, não como objeto de estudo (longe disso), mas como obra de arte.

Muita gente não concorda. Não entro neste tipo de celeuma. Há quem ache que Rosa floreia demais uma narrativa que poderia ser direta e nem por isso perderia em beleza. Há quem coloque o livro no "balaio de gato" do romance regionalista e, assim, o reduza a uma história de cangaço. Há ainda quem tenta criar uma rivalidade entre Machado de Assis e Guimarães Rosa, ambos se digladiando pelo posto de "melhor escritor brasileiro de todos os tempos".

A quem interessar possa, eu acho isso tudo uma grande bobagem, mas, se me perguntarem numa mesa de bar, não hesito em dizer que Grande Sertão: Veredas, o maior romance brasileiro, não é regionalista (passa longe) e que, se não fosse escrito do modo como foi, certamente não perderia em força, mas perderia, sim, em beleza e inventividade.

Mas aqui já me alongo para muito além de minhas intenções. Queria apenas dar o testemunho de uma leitura que, apesar das dificuldades, recomendo com entusiasmo. Grande Sertão: Veredas é uma daquelas obras reveladoras. Simples assim.

Nota do Editor
Leia também "Riobaldo".


Paulo Polzonoff Jr
Rio de Janeiro, 13/4/2006

Quem leu este, também leu esse(s):
01. O segredo para não brigar por política de Luís Fernando Amâncio
02. Existe na cidade alguém, assim como você... de Elisa Andrade Buzzo
03. Por dentro do Joost: o suco da internet com a TV de Tati de Roterdã
04. Quixotes de Bukowski de Rafael Lima
05. De dentro do banheiro de Paulo Polzonoff Jr


Mais Paulo Polzonoff Jr
Mais Acessadas de Paulo Polzonoff Jr em 2006
01. Grande Sertão: Veredas (uma aventura) - 13/4/2006
02. As sementes de Flowerville, de Sérgio Rodrigues - 14/12/2006
03. Não existem autores novos - 8/5/2006
04. Orkut: terra de ninguém - 9/2/2006
05. Relativismos literários - 9/6/2006


Mais Especial Guimarães Rosa
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

ENVIAR POR E-MAIL
E-mail:
Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
31/3/2006
15h24min
Paulo, muito curiosa sua experiência, diria que passei por um processo semelhante (motivação pedante+estratégia "paginal") para ler o Grande Sertão. Mas li e farei também um texto para o Digestivo que, saiba de antemão, citará o seu :-) Abraço, Marcelo.
[Leia outros Comentários de Marcelo Spalding]
13/4/2006
23h46min
Paulo: Muito interessante seu relato. Sua professora deve ter sido odiosa, prá ler Rosa para adolescentes. Eu tive mais sorte. Fui ler na Faculdade de Letras, não para analisar, mas para saborear. Porque Guimarães Rosa é assim. Não para ser lido, mas sentido. Parabéns pelo texto-depoimento. Vou linkar seu texto para que outros professores não cometam mais sacrilégios...
[Leia outros Comentários de Fátima Franco]
17/4/2006
08h06min
Humildemente declaro que foi o melhor livro que eu li, junto com "A morte de Virgílio" do Broch.
[Leia outros Comentários de Paulo Souza]
6/6/2007
12h10min
Parabéns pela sua reportagem, você disse tudo sobre Rosa, ele simplesmente fez arte com a linguagem do sertão.
[Leia outros Comentários de Michelle]
28/8/2007
20h08min
Que máximo! Ainda bem que você resolveu comentar sua experiência com a leitura de Guimarães Rosa. Você conseguiu expressar o sentimento que estou vivendo. Muito Legal! Espetáculo!
[Leia outros Comentários de Fabiana]
COMENTE ESTE TEXTO
Nome:
E-mail:
Blog/Twitter:
* o Digestivo Cultural se reserva o direito de ignorar Comentários que se utilizem de linguagem chula, difamatória ou ilegal;

** mensagens com tamanho superior a 1000 toques, sem identificação ou postadas por e-mails inválidos serão igualmente descartadas;

*** tampouco serão admitidos os 10 tipos de Comentador de Forum.




Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Minha 1ª Biblioteca - Larousse Dicionário de Inglês - Volume 13
Vivian Nunes (tradução)
Larousse Junior
(2007)



Aldir Geometria da Cor
Alberto Beutenmuller
Sem



Românul Brâncusi
Maria Bozan e Outros
Thausib
(1996)



Phrasal Verb Organiser - With Mini-dictionary
John Flower
LTP Language
(1993)



Das Kunstwerk
Sinclair Lewis
Deutsche Buch-Gemeinschaft
(1950)



Livro Infanto Juvenis Empurrem A Baleia De Volta Para O Mar!
Sophie Shoenwald
Callis
(2021)



Batman Gata Esperta
Michael Anthony
Biblioteca Nacional
(2008)



Escola De Fotografia. O Guia Da Técnica
José Antonio
Alta Books
(2017)



Despertar das Bruxas
Júlia Maya
Madras
(1998)



Boletim do Museu Nacional de Belas Artes - Ano 7 - Nº 19/20/21
Mnba - Museu Nacional de Belas Artes
Mnba
(1988)





busca | avançada
55391 visitas/dia
1,7 milhão/mês