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Quinta-feira, 2/5/2002
Civilizado?
Juliano Maesano
+ de 4500 Acessos
+ 1 Comentário(s)

Quem aqui costuma jogar em seu computador, vai saber do que falo: da última versão da obra-prima de Sid Meier, Civilization III. Isso mesmo, muitos anos após a primeira versão do "joguinho" Civilization e de seus inúmeros clones como Warcraft, Settlers, Age of Empires e outros, temos em mãos a mais nova alegria queimada em CD que alguém poderia pedir a Deus...

Para jogar Civilization não é preciso ser nenhum nerd. Pode confiar em mim e jogar sem medo: se você não se pegar acordado, com o dia amanhecendo, aí, sim, você é anormal. Batata: não há ninguém que jogue "Civ" (para os íntimos) e não "vare a madruga" no processo. Parece até que o jogo é feito pra isso...

Eu explico: é que é tão viciante, e suas rodadas são tão demoradas, que você pode, com certeza, passar horas sentado no computador, quase sempre esperando a sua vez de jogar. E não pense que isso é chato, não... É de um suspense feroz! Sem esse componente não daria pra ir ao banheiro ou até à geladeira pegar aquela outra nova maravilhosa invenção (que veio atrasada): a Fanta Uva Light.

OK, OK, vou dar uma explicada geral para os leigos: o Civ é um jogo de estratégia que remonta à história dos povos desde a Idade da Pedra. Você escolhe sua "raça" entre várias como Americanos, Chineses, Japoneses, Russos, Franceses, Aztecas e começa seu império. Eu sempre escolho uma raça dessas, mas a renomeio inteira para "Brasileiros", claro. Também nomeio o líder de "Imperador Juliano Maesano" ou até de Lula ou Fernando Henrique Cardoso, dependendo do meu estado de espírito. Com certeza, algum maluco já deve ter jogado como "Osama Bin Laden"...

Ao criar a sua raça, você também pode fazer um mundo totalmente novo para jogar, escolhendo a característica da "Terra" que quiser: como mais ou menos ilhas, continentes, clima frio ou quente etc. Isso tudo influi no jogo, que é por demais complexo (e simples ao mesmo tempo, pra quem desejar...).

Depois de toda essa farra, você sai jogando, o que consiste em: criar cidades com seus exploradores, tomar outras cidades "na porrada" com seus exércitos (que começam com machadinhas e terminam com tanques, aviões e bombas atômicas, uns seis mil anos depois...), espionar inimigos, fazer alianças com outras raças, quebrar alianças covardemente, estabelecer rotas de comércio, tentar ser o Conselheiro Geral da ONU ou até criar uma base espacial, e uma espaçonave, para a sua civilização deixar o planeta que, a essa altura do jogo, deve estar sofrendo com o excesso de bombas atômicas... Não se engane, isso tudo, como eu disse antes, pode ser muito, muito divertido.

Não se iluda ao pensar que é muito simples. Em cada etapa você também lida com a ciência, para fazer descobrimentos como o ferro, a roda, a matemática, o vôo, a pólvora, a fissão nuclear etc. Só com esses "descobrimentos" é que você avança culturalmente (o que também vale muito) e pode criar novas unidades militares. Só com a roda é que se pode fazer uma carruagem de ataque (se você também tiver acesso a cavalos)... Só com a pólvora é que se pode fazer unidades munidas de mosquetões, para limpar a terra daqueles imundos e fracos inimigos (atrasados) que te enfrentam com lanças...

Essas descobertas também lhe proporcionam munir suas cidades com todo melhoramento, o que será crucial, como bancos, mercados, quartéis, muralhas, fábricas e centros de reciclagem, para combater a poluição que você causou anos antes (descobrindo, por exemplo, a usina a carvão)...

Pegou o espírito da coisa? Pra piorar, você também pode, com as descobertas e avanços, ser o criador de uma Maravilha do Mundo, uma construção única, da qual só a sua raça poderá usufruir, como as Pirâmides, os Jardins Suspensos, a Cura do Câncer e o Projeto Manhattan. São diversas Maravilhas dos "mundos" Antigo e Moderno...

E você ainda acha que dá para parar de jogar e dormir ou sair com seus amigos, logo quando você está a uma rodada de descobrir o conceito de Monarquia, por exemplo? Ou quando falta uma rodada para construir aquela tão sonhada Maravilha, que o ajudará a "virar" a sofrida guerra? Ou quando falta só uma cidade inimiga para acabar com, sei lá, os Franceses?

Então, esse é o problema: no Civ, cada rodada é assim, sempre faltam poucas coisas pra você manter sua esperança acesa de que agora sua civilização vai engrenar... E é aí que mora o perigo, afinal, a cada rodada você também sofre reveses, pois seus inimigos (e aliados) igualmente evoluem...

Sabe de outro sentimento muito importante no jogo? A vingança... Ah, como você sofre se for preciso, perdendo o sono e até horas de trabalho, só pra poder dar um "corretivo" na Grécia, por aquela quebra de "contrato" contra você... "Covardes, como podiam nos apunhalar pelas costas e virar a casaca bem na hora da guerra contra os Zulus? Eles não tardam por esperar, deixa só a minha civilização colocar a mão num submarino e um destróier... Eles vão ver!!!"

E ainda dizem que eu é que não sou civilizado...


Juliano Maesano
São Paulo, 2/5/2002

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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
3/5/2002
09h55min
Civilization é um jogo que faz parte das minhas intermináveis batalhas mentais entre a responsabilidade de estudar para uma prova, que se aproxima mais e mais, e a doce irresponsabilidade de passar horas a fio, com a bunda doendo ao cabo de uma madrugada, sentado em frente a uma tela de computador. E o prazer da vingança, como bem ressaltado, é tão forte, que me lembro até hoje das boas sovas que dei em franceses, romanos e persas - nesses últimos principalmente - após mais um acordo de cessar-fogo quebrado. Adeus, que tenho que ir para a aula...
[Leia outros Comentários de Homer]
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