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Quarta-feira, 22/10/2014
Como detectar MAVs (e bloquear)
Julio Daio Borges
+ de 44200 Acessos

Como detectar MAVs (e bloquear antes que seja tarde...):

MAV é a sigla para Militância em Ambiente Virtual. E MAVs, com "s", é uma sigla associada aos *militantes* (às "pessoas"). Todo mundo conhece essa gente. Eles infestam as caixas de comentários em portais, sites, blogs e no Facebook. Também as "timelines" do Twitter. Isso quando não fazem spam, via e-mail, ou enviam SMS "não solicitado".

Todo mundo conhece a ideologia dos MAVs. Não preciso nem dizer para qual partido eles trabalham.

"Por que então um 'manual' para detectar MAVs?", você pode me perguntar. Porque talvez um internauta mais desavisado tome um MAV por uma pessoa normal, e resolva "conversar" com ele...

Meu conselho é detectar e bloquear logo. Abaixo, enumero minhas razões para tal:

* "MAVs não são pessoas": Por isso coloquei "pessoas", entre aspas, no primeiro parágrafo. Já visitou o "perfil" de um MAV? Só tem as informações básicas - porque o perfil acaba de ser criado. MAVs se aproveitam do anonimato que grassa na internet, a fim de promover ataques "apócrifos". Você olha a foto do MAV e se sente atacado por uma pessoa. A foto é, justamente, para fazer você se sentir mal - só que não há uma pessoa "de verdade" por trás. Bloqueie. E não se sinta mal.

* "Por não serem humanos, MAVs não vão te respeitar": Sabe aquela história de respeito, que te ensinaram em casa? Então: não vale para MAVs. Eles vão invadir sua casa - sua página, seu post, sua timeline - e vão te atacar sem cerimônia. Eles não são como um "convidado trapalhão" do qual você acha graça. No mínimo, no mínimo, eles vão rir da sua cara logo na entrada. Tentarão te desqualificar. Se puderem soar ofensivos, *vão* soar. Trabalham com terapia de choque. Para, quando você for se lembrar do que publicou, ficar com um gosto amargo na boca. Não fique. Bloqueie o MAV.

* "MAVs não tem sentimentos": Imagine um atendente de telemarketing acessando uma longa lista de telefones e discando o primeiro número. Qual a relação do atendente com a pessoa para a qual ele telefona? Nenhuma. Para o atendente, aquela pessoa é apenas um número de telefone. Mesma coisa os MAVs. É como se cada MAV recebesse uma lista de links para visitar - e pichar ("pichar" no sentido de pichador; e, não, no de grafiteiro, antes que me ataquem...). A analogia com a pichação é boa. A lógica do MAV é a seguinte: "Como é que eu posso arruinar aquele post, aquela timeline - de modo que fique imprestável?". Entendeu? Então bloqueie logo.

* "MAVs são à prova de argumentos": Você já sofreu algum assalto? Você, que já foi assaltado, acha que dá para discutir com o assaltante? Dá para argumentar com ele? Mesmo você que nunca foi assaltado, pense... Não dá, né? O assaltante não vai querer ouvir você. Ele não quer saber das *suas* razões. Você simplesmente deu azar de cruzar com ele. E ele vai te agredir e passar para o próximo, sem ressentimentos. A imagem do assaltante pode parecer um pouco forte, mas muitos MAVs, se pudessem, te deletavam (para usar uma metáfora light). Você, que já discutiu com MAV: é ou não é verdade? É ou não é para bloquear?

* "MAVs são autômatos": MAVs trabalham com palavras-chave. Pense no corretor ortográfico. Agora pense no corretor ortográfico do seu celular, cujo teclado é menor e as letras são mais apertadas: para digitar uma palavra errada e ele te sugerir outra mais errada ainda é um pulinho, ou uma escorregadela. A "inteligência" dos MAVs é mais ou menos como a desses corretores ortográficos: para uma determinada palavra-chave, eles vêm com outra pronta, "pressetada". Assim como os atendentes de telemarketing (coitados), trabalham com um "roteiro" pré-fabricado. Você pode até achar que está "argumentando" com eles, mas não está. A "aparência" humana só serve para te atordoar, trata-se de um robô, no duro. Bloqueie com a mesma sem-cerimônia com que você desliga na cara de um operador de telemarketing (coitado; mas quem mandou trabalhar com telemarketing?).

* "MAVs são mercenários": Não adianta apelar para os "bons sentimentos" dos MAVs. Eles não têm alma. Eu falei de ideologia (no segundo parágrafo), mas nem ideologia eles têm. Seus ataques são orquestrados. Como grandes coreografias em estádios olímpicos. Sabe aquele ponto, naquela "formação" que você admirou? Aquele pontinho colorido - aquela pessoa - quase nunca é o autor da coreografia. Ele (o ponto) recebe a parte dele, ele treina, e ele pode até executar com maestria, mas, normalmente, não foi ele quem concebeu "o todo". Se você tiver alguma questão, sobre o todo, não é com ele que você vai conversar, é com o coreógrafo. Os MAVs também decoraram a "parte" deles, mas não estão aptos a discutir nada. Bloqueie sumariamente.

* "MAVs são mal remunerados": Os atendentes de telemarketing, pelo menos, são sindicalizados, já os MAVs... Sabe aqueles desocupados que você encontra dando sopa na internet? Geralmente, desempregados - são ótimos candidatos a MAV. Quanto mais desiludidos da vida, melhor. Fracassados? Melhor ainda. Revoltados contra o sistema? Vão dar excelentes MAVs! Tipo aqueles touros bravos, que são incitados, antes de enfrentar o toureiro: quanto pior a vida do MAV, quanto mais "sem saída" ele estiver, mais ele vai funcionar nos ataques coordenados. Ele nem precisa ter raiva do alvo "a priori". Basta canalizar toda a sua frustração e... voilà! Agora imagina um sujeito desses - sem perspectivas - vindo pra cima de você? Bloqueie sem pensar duas vezes.

Sabe aquele "bode" que todo mundo sente das redes sociais? São os MAVs que provocam. Os MAVs são os "black blocks" da internet. Assim como os vândalos esvaziaram as manifestações de rua, para que as pessoas não protestassem mais, os MAVs estão invadindo a internet para interromper as "conversações" (no sentido que o Manifesto Cluetrain dá ao termo).

Os MAVs estão preparando o terreno para a ditadura do partido único. Uma única verdade... que deve ser imposta. Jamais questionada. Os contestadores devem ser combatidos... até a morte.

Felizmente nós ainda podemos bloquear os MAVs.

E votar.


Julio Daio Borges
São Paulo, 22/10/2014

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