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Quarta-feira, 4/4/2007
Blog
Redação
 
Jornal sobre literatura

Dia 6 de abril, plena sexta-feira feriadão, o Café com Letras, bar-livraria que tem o melhor petit gateau de Belo Horizonte, lança mais uma edição do jornal (de papel) Letras do Café. Desta vez, a editora convidada foi Ana Elisa Ribeiro e o tema é a literatura produzida em Belo Horizonte. Questões como a quantas anda, está viva ou morta, who is who, édita ou inédita, nova ou tarimbada estão lá, na forma de matérias e entrevistas. As fotos são de Ana Elisa Novais, Ana Cristina Ribeiro e minhas, ilustrações da Stock e do Guga Schultze. Os textos são de jornalistas, escritores e convidados especiais. A professora da UFMG Zélia Versiani deu uma palinha sobre formação de leitores; Guga Schultze lança uma nova poeta; Camila Diniz, editora do Suplemento Literário de Minas Gerais, dá uma entrevista sobre um dos jornais mais respeitados do país (sobre literatura); Elisa Andrade Buzzo fala sobre os ecos da nova literatura mineira fora de Minas; Jorge Rocha aborda literatura em novas mídias; e muito mais. É só passar lá e pegar um exemplar gratuito. O jornal é distribuído em 27 pontos da cidade.

[3 Comentário(s)]

Postado por Ana Elisa Ribeiro
4/4/2007 às 13h03

 
Nova Sinapse 3.0

Após 40 posts, acabo de concluir que preciso escrever mais sobre autodidatismo. É o que mais tenho feito neste período de tanta mudança e aprendizado.

Se eu pudesse ficar aqui, só na escrita, seria ótimo. Muito jornalista velha-guarda é assim. Mas decidi ter meu próprio ambiente digital, como domínio e hospedagem. Daí tive que me virar.

Nunca projetos de fim de ano me ocuparam tanto como este. Os outros sempre terminavam antes do Carnaval...

Mas este foi em frente, pelo menos as estatísticas indicam que o blog está crescendo.

Alexandre Mello, no seu blog, que linca pra nós.

[1 Comentário(s)]

Postado por Julio Daio Borges
4/4/2007 à 00h27

 
O riso em destaque – e debate

O grupo Parlapatões, Patifes e Paspalhões confirma a vocação de sua casa, o Espaço Parlapatões, e não deixa dúvida de que ali o riso é levado a sério. Uma intensa programação visa discutir o humor para romper preconceitos para com o gênero e refletir sobre o sentido da comédia.

No ano passado já aconteceu a série de debates "Encontros Caldo de Humor!", que reuniu nomes como Luiz Fuganti, Guto Lacaz, Laerte e palhaços históricos como Picolino e Xuxu. A Biblioteca do Riso, com mais de 300 volumes, deve ser aberta ao público em breve no novo espaço.

Em março ocorreu o "I Festival de Cenas Cômicas", reunindo 27 cenas (de 56 inscritas), inspirado em uma mostra similar feita pelo Grupo Galpão, em Belo Horizonte, há alguns anos. Além de premiar e dar visibilidade aos grupos, o festival permitiu que o público assistisse a um verdadeiro panorama de diferentes linguagens - do circo a um humor psicológico, corrosivo. "Eram 27 trabalhos bem diferentes em si, o que é importante para mostrar que comicidade não é linguagem", diz o ator e diretor Hugo Possolo, coordenador geral do projeto.

Possolo também se disse surpreso com a mistura de grupos novatos com outros que já têm estrada. "Isso proporcionou um encontro muito bom, o que era um dos objetivos principais do festival." O júri era formado por Alessandro Azevedo, Alexandre Mate, Angela Dip e Sérgio Roveri. O total de prêmios foi de R$ 2.100 (angariados via Lei do Fomento), divididos entre quatro categorias. Da final, no dia 25, saíram premiados:

1º lugar - Pelo Cano, com o Jogando no Quintal
2º lugar - As Gêmeas, com a Cia. Dasduas (que também arrebatou o Prêmio Júri Popular)
3º lugar - É Nóis na Xita!, com a Na Makaca

Outro projeto em andamento é a série de leituras e debates "Avesso da Comédia / Comédia do Avesso", que acontece quinzenalmente às segundas-feiras (a próxima é dia 9/04). Dez dramaturgos, como Aimar Labaki, Mario Viana, Juca de Oliveira e Naum Alves de Souza foram convocados a escrever pequenas peças. A leitura dramática serve de pretexto para a discussão sobre os sentidos do humor.

E não pára por aí: hoje, às 20h30, começa a "Palhaçada Geral", com uma "abertura quase solene", homenageando palhaços históricos como Picolino e Pururuca. A mostra vai até sábado e traz montagens, shows, homenagens e debates. É um grande encontro de palhaços, que pretende tanto reverenciar os mestres do passado como refletir sobre os avanços do humor. Entre as atrações, a palhaça carioca Ana Luísa Cardoso com o espetáculo Margarita Vai à Luta, o grupo Jogando no Quintal e a Cia. La Mínima. Promessa de boas risadas (e boas discussões).

Para ir além
Espaço Parlapatões - Praça Roosevelt, 158 - Tel. (11) 3258-4449 - Centro.

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Postado por Guilherme Conte
3/4/2007 às 17h31

 
Deschava que eu blog

Paloma Kliss, num blog que eu descobri agora.

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Postado por Julio Daio Borges
3/4/2007 à 00h27

 
Só notícia boa

Ninguém é contra dar a notícia de um menino que é arrastado por quilômetros do lado de fora de um carro por bandidos selvagens. Mas tem sentido ficar repetindo isso sem parar, meses a fio, só por uma curiosidade mórbida, uma exploração barata, sem que haja nenhuma solução para o problema? Por que o noticiário também não se ocupa das coisas boas? Por que essas coisas boas não podem figurar ao lado das coisas ruins? Quando se fala em menores infratores só vemos a barbárie, nunca as possibilidades de reabilitação, nunca a esperança. Será que não há menores que venceram a sua condição marginais e se converteram em homens de bem? Se existe, ninguém sabe, porque não se divulga. Como não se divulgam os empresários que bancam orquestras em comunidades carentes, ou donas de casa que fazem trabalho voluntário alfabetizando crianças, e muitas outras ações que mereceriam ser enaltecidas e não são. O enaltecimento e a divulgação destas e de outras ações que mostrem que o ser humano pode ser bom, que pode ainda haver uma esperança entre tantos desastres, é o nosso objetivo. Vamos continuar remando contra a maré e contamos com a colaboração de quem, como nós, acredita que o mundo não é assim tão ruim como parece.

Blog da Cia Boa Notícia, no site da Cia. da Boa Notícia, que está sendo atualizado de novo.

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Postado por Julio Daio Borges
2/4/2007 à 00h44

 
Pensando em você

Tenho trabalhado tanto, mas penso sempre em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assentada aos poucos e com mais força enquanto a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos. Tão transparentes que até parecem de vidro, vidro tão fino que, quando penso mais forte, parece que vai ficar assim clack! e quebrar em cacos, o pensamento que penso de você. Se não dormisse cedo nem estivesse quase sempre cansado, acho que esses pensamentos quase doeriam e fariam clack! de madrugada e eu me veria catando cacos de vidro entre os lençóis. Brilham, na palma da minha mão. Num deles, tem uma borboleta de asa rasgada. Noutro, um barco confundido com a linha do horizonte, onde também tem uma ilha. Não, não: acho que a ilha mora num caquinho só dela. Noutro, um punhal de jade. Coisas assim, algumas ferem, mesmo essas que são bonitas. Parecem filme, livro, quadro. Não doem porque não ameaçam. Nada que eu penso de você ameaça. Durmo cedo, nunca quebra.

Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você. Quando não encontro lugar para sentar, o que é mais freqüente, e me deixava irritado, descobri um jeito engraçado de, mesmo assim, continuar pensando em você. Me seguro naquela barra de ferro, olho através das janelas que, nessa posição, só deixam ver metade do corpo das pessoas pelas calçadas, e procuro nos pés daquelas aqueles que poderiam ser os seus. (A teus pés, lembro.). E fico tão embalado que chego a me curvar, certo que são mesmo os seus pés parados em alguma parada, alguma esquina. Nunca vejo você - seria, seriam?

Boas e bobas, são as coisas todas que penso quando penso em você. Assim: de repente ao dobrar uma esquina dou de cara com você que me prega um susto de mentirinha como aqueles que as crianças pregam umas nas outras. Finjo que me assusto, você me abraça e vamos tomar um sorvete, suco de abacaxi com hortelã ou comer salada de frutas em qualquer lugar. Assim: estou pensando em você e o telefone toca e corta o meu pensamento e do outro lado do fio você me diz: estou pensando tanto em você. Digo eu também, mas não sei o que falamos em seguida porque ficamos meio encabulados, a gente tem muito pudor de parecer ridículos melosos piegas bregas românticos pueris banais. Mas no que eu penso, penso também que somos meio tudo isso, não tem jeito, é tudo que vamos dizendo, quando falamos no meu pensamento, é frágil como a voz de Olívia Byington cantando Villa-Lobos, mais perto de Mozart que de Wagner, mais Chagal que Van Gogh, mais Jarmush que Win Wenders, mais Cecília Meireles que Nelson Rodrigues.

Tenho trabalhado tanto, por isso mesmo talvez ando pensando assim em você. Brotam espaços azuis quando penso. No meu pensamento, você nunca me critica por eu ser um pouco tolo, meio melodramático, e penso então tule nuvem castelo seda perfume brisa turquesa vime. E deito a cabeça no seu colo ou você deita a cabeça no meu, tanto faz, e ficamos tanto tempo assim que a terra treme e vulcões explodem e pestes se alastram e nós nem percebemos, no umbigo do universo. Você toca minha mão, eu toco na sua.

Demora tanto que só depois de passarem três mil dias consigo olhar bem dentro dos seus olhos e é então feito mergulhar numas águas verdes tão cristalinas que têm algas na superfície ressaltadas contra a areia branca do fundo. Aqualouco, encontro pérolas. Sei que é meio idiota, mas gosto de pensar desse jeito, e se estou em pé no ônibus solto um pouco as mãos daquela barra de ferro para meu corpo balançar como se estivesse a bordo de um navio ou de você. Fecho os olhos, faz tanto bem, você não sabe. Suspiro tanto quando penso em você, chorar só choro às vezes, e é tão freqüente. Caminho mais devagar, certo que na próxima esquina, quem sabe. Não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você que na hora de dormir vezemquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa te amo tanto dorme com os anjos. Mas depois sou eu quem dorme e sonha, sonho com os anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo do mar. Clack! como se fosse verdade, um beijo.

Caio Fernando Abreu, em Um Provável Devaneio, que linca pra nós.

[11 Comentário(s)]

Postado por Julio Daio Borges
30/3/2007 à 00h12

 
O novo Casulo


arte: Andréa Catrópa

Amanhã, sexta-feira (30/03), o jornal de literatura contemporânea O Casulo chega à sua quinta edição.

Editado por Andréa Catrópa e Eduardo Lacerda, o jornal, que completou um ano de vida no final de 2006, será lançado numa dobradinha com o último número do Suplemento Literário de Minas Gerais (SLMG). Tudo na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, agora dedicada à poesia, em São Paulo.

Além dos lançamentos, o debate "Caminhos da Literatura Contemporânea" acontece no auditório às 20h, com os professores Jorge de Almeida, Roberto Zular, Ana Paula Pacheco e a editora do SLMG, Camila Diniz. A mediação será do diretor do Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura (Casa das Rosas), Frederico Barbosa.

Os destaques do Casulo número 5: depoimento do jornalista Ivan Marques sobre a literatura contemporânea e o programa que dirije na TV Cultura, o Entrelinhas; ensaios de Claudio Daniel e do mexicano Iván García; a seção "Toma lá dá cá" traz quinze poetas num exercício crítico; conto inédito do escritor Marcelino Freire.

Para ir além
Mini-serviço: 30/03 a partir das 20h - Lançamento do jornal O Casulo edição 5 - Biblioteca Alceu Amoroso Lima - Henrique Schaumman, 777 (esquina com a Rua Cardeal Arcoverde).

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Postado por Elisa Andrade Buzzo
29/3/2007 às 14h45

 
dois meses depois

sei... que merda, né? a vida entrou em uma estagnação tão grande que nem entrar aqui consegui... também, estava de saco cheio de tentar entender como mexer neste blog e ainda a autocrítica... mas também aprendi, outro dia, que pela crença budista nunca se deve deixar algo pela metade, têm de levar até o final... e quer saber? este blog não chegou ao seu final... mesmo que ninguém leia... fica aí... é isso... voltei... meu ano começou ontem... sinto isso... vamos ver no que dá.

Mario Surcan, no Whyke in Wonderland, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
29/3/2007 à 00h55

 
Saudações

Um dos objetivos deste blog é divulgar o trabalho independente de escritores que ainda não entraram no circuito comercial ou que já entraram, mas ainda não foram descobertos pela mídia. Portanto, começo divulgando o meu próprio trabalho.

C.N.David, no Literatura Popular, um blog que, de certa forma, se inspira nas teorias do LEM sobre a LPB...

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Postado por Julio Daio Borges
28/3/2007 à 00h51

 
Nova Mídia

Vida
Ilustra por Guga Schultze

Uma menininha pulando corda, feliz da vida e com a vida, num dia claro de céu azul, sobre a grama verde de um cemitério.

É um cartoon animado e, como todo cartoon, segue a máxima: "uma imagem vale mais que mil palavras" (o Millôr não acha que vale. Eu, modestamente, acho que às vezes vale).

É uma animação primária, são só dois frames alternadamente superpostos num loop contínuo. É claro que esse cartoon funcionaria também como um desenho tradicional, uma imagem parada. E poderia ser publicado em revistas e jornais, por exemplo. Alguém eventualmente o veria, acharia engraçado ou não, se demoraria um pouco, ou não, e passaria à página seguinte. Em um dia, uma semana ou um mês uma nova edição do jornal ou da revista estaria nas bancas e o cartoon estaria no lixo. Também seria possível transformá-lo numa animação tradicional, mas o custo disso é impensável para uma animação tão primária.

No entanto, eu estou na internet. Essa menininha pulará feliz por uma eternidade, num ponto qualquer da rede. Enquanto ninguém a deletar ela será vista por mais pessoas do que eu posso imaginar e continuará passando sua mensagem inalterável, a longo prazo. A um custo de praticamente zero, eu a coloco na roda do grande jogo.

Ela está num ponto qualquer entre os infinitos nós de uma vasta rede esférica. Por que esférica? Porque qualquer ponto numa superfície esférica tem a estranha faculdade de ser o ponto mais alto. Todos estão no topo, ao mesmo tempo. É um nivelamento por alto, e não por baixo. Isso é a internet. Essa menininha pode encarar tranqüilamente uma outra animação de milhões de dólares. Isso seria inviável em qualquer outra forma de publicação convencional.

Haverá alguém, posso apostar, que gostará mais da minha garotinha, até como um trabalho de animação, do que da seqüência final mirabolante de um Final Fantasy ou de uma propaganda milionária, por exemplo. Quem quiser pode revê-la quantas vezes queira, a um toque de dedos. Eu posso mostrá-la em sites, blogs, mandar via e-mail para amigos ou conhecidos. Posso brincar um pouco, editar um pouco, colocar alguma trilha sonora e mandá-la para o YouTube.

O único critério de avaliação válido para minha garotinha brincalhona é o gosto pessoal de cada um que a visualizar na sua minúscula tela de animação. E é apenas esse o critério que conta. E é isso também a causa da dor de cabeça da velha mídia e da velha indústria do entretenimento.

A propósito, esse cartoon poderia também ser lido como uma alegoria de que a nova mídia, emergente e cheia de saúde, tem a cara dos seus milhões de usuários. Uma face ainda infantil, mas cheia de esperança. E que a velha ordem repousa seu merecido sono, sem possibilidade de fazer frente a esse ritmo febril que salta alegremente em todas as direções.

[2 Comentário(s)]

Postado por Guga Schultze
27/3/2007 às 21h29

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