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Terça-feira, 1/10/2002
Blog
Redação
 
La desvalorización del hecho

fonte: elpais.es

Arcadi Espada, jornalista espanhol, vencedor do "XIX Premio Espasa de Ensayo", por Diarios, tece interessantes considerações sobre o papel do jornalismo e da internet nos dias de hoje, em entrevista concedida a El País (abaixo, onde se lê "hecho[s]", leia-se "fato[s]"):

"Los subproductos periodísticos basados en la construcción de la realidad me parece que tienen bastante que ver con cierta frivolidad intelectual vinculada a la desvalorización del hecho. El posmodernismo que insiste en que los hechos no son nada más que construcciones lingüísticas, que dictamina que entre realidad y ficción sólo hay convenciones, ¡que cree que realidad y ficción son géneros y que como tales pueden mezclarse sin problemas!...

"En fin, ese tipo de discurso que llega al periodista ya muy regurgitado, creo que ha tenido consecuencias fatales. La renuncia de los periodistas al hecho es grave. Estamos todo el día haciendo metáforas, cerrando épocas, convirtiendo hechos en históricos, sacando conclusiones, dando instrucciones a los Gobiernos... Ante este panorama de descrédito del hecho qué más da que el hecho se produzca o se construya. Qué más da, si la naturaleza del hecho es tan incierta y tan poco prestigiosa.

"Lo importante, creo, es que Internet describe perfectamente el papel que el periodismo debe jugar en la sociedad contemporánea. Esto que a veces hacemos los periodistas de colocar verdades y mentiras al mismo nivel jerárquico, esto que llamamos, tan campantes, 'dar todas las versiones de los hechos', con independencia de que sean ciertas o no, bueno, esto es también Internet, y esto debería ser la antítesis del periodismo."

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Postado por Julio Daio Borges
1/10/2002 às 17h13

 
2 ou 1

Deu na Blue Bus, hoje de manhã:

"Ultimo movimento importante previsivel das eleiçoes presidenciais de 2002, o debate da TV Globo, na 5a feira, será a oportunidade unica e final de algum candidato promover alguma alteraçao nos seus percentuais - 'embora dificilmente possa modificar fundamentalmente o quadro' - diz a Blue Bus marqueteiro conceituado que nao está envolvido este ano com nenhuma das 4 campanhas. O encontro começa as 22:00, logo depois da novela Esperança."

Segundo o Datafolha (e a mesma Blue Bus), falta só 1 ponto para Lula:

"Pesquisa Datafolha realizada entre 5a e 6a feira conferiu ao candidato Luis Inacio Lula da Silva 49% dos votos validos, distribuindo os votos dos indecisos, que somam 5%, proporcionalmente ao índice obtido pelos candidatos. Faltaria somente 1 ponto percentual e mais 1 voto para que ele possa ganhar a eleiçao no 1o turno. A rodada da pesquisa, anunciada neste fim de semana, indicou, alem da liderança de Lula, que subiu 1 ponto, queda de 2 pontos para Ciro, que desceu para 11%."

Já segundo o Vox Populi (também na Blue Bus), faltam, na verdade, 2:

"De acordo com a nova rodada da pesquisa Vox Populi, realizada entre sabado e domingo, os dois dias posteriores aos da pesquisa do Datafolha, nota acima, Lula subiu de 41% para 43%, Serra oscilou de 19% para 18%, Garotinho, de 14% para 15%, Ciro Gomes, de 14% para 13%. 'Lula é o único candidato que mantém uma tendência de crescimento', observou o diretor do instituto, Marcos Coimbra, para a ediçao de hoje do Correio Braziliense, que encomendou o trabalho. 'Mas o ritmo de crescimento dele nao é suficiente para dizer que o mais provável é que nao haja 2o turno' - disse. Para o Vox Populi, Lula tem 48% dos votos válidos, faltariam 2 pontos para uma vitoria no 1o turno."

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Postado por Julio Daio Borges
30/9/2002 às 15h25

 
No one else will print

Foi na sexta-feira. David Talbot, editor da Salon.com, veio mais uma vez a público pedir apoio de seus leitores. Apoio financeiro, diga-se. Afinal, como ele próprio setencia: "Salon can't live on prizes alone." ["A Salon não vive só de prêmios", referindo-se às três últimas indicações da revista no Online Journalism Awards.]

O desespero do homem é patente (até desnecessário, eu diria). Mas faz pensar no que será o futuro das publicações on-line; incluindo as do Brasil. Incluindo esta:

"I recently had lunch with a prominent San Francisco businessman who suggested that Salon needed a marketing slogan. Prodded to come up with one on the spot, I blurted out, 'All the news that no one else will print.' While he didn't offer me a position in his marketing department, he seemed to think it fit.

"You can help ensure Salon's vitality -- as more than 40,000 other Salon readers have -- by signing up today to become a Salon Premium subscriber. For those who want to read Salon Premium content but find the $30 annual fee a bit too hard on the wallet, we now offer a lower-priced subscription plan.

"I know you must be growing weary of seeing outstretched hands -- including my groping digits -- from publications and other organizations these days. But we like to think that Salon has made -- and will to continue to make -- a difference in these days of homogenized McNews."

Amém!

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Postado por Julio Daio Borges
30/9/2002 às 14h45

 
Pq as pessoas lêem o Leminski?

Depois de duas edições [1 e 2], mais um pouco do blogueiro-filósofo, perdido no emaranhado da internet. Nesta seqüência, um peteleco na poesia e nos leitores de Paulo Leminski (atenção: foi mantida, de propósito, a grafia leminskiana original):

"e pq as pessoas lêem o Leminski? 1. pq é fácil. Vc ñ precisa prestar atenção, é só ler como quem está folheando o jornal que fica elas por elas. Não fácil como um lírico: o poema já está lá, com toda a sua ossatura a mostra, e tudo que vc precisa é olhar para ela e degustar a sensação de tê-la descoberto, satisfação instantânea garantida. Leminski faz vc se sentir inteligente, mesmo que tudo que o poema tenha a oferecer seja um trocadilho sem-graça. 2. pq o sujeito é de um charme. Há toda uma sub-espécie de leitores que se imagina beat, zen isso, psicodélico aquilo, e o Leminski é tudo c/ q eles querem se identificar. Aquilo dele ficar posando de 'samurai malandro', 'brasileiro zen', 'bandido que sabia latim' e não sei o q mais. E o verbo é posando, mesmo. O sujeito é discípulo do Haroldo de Campos (deus em forma de tradutor da ilíada) e só pq quem entende diz que ele é fraco já vira poeta marginal."

Quem quiser saber mais sobre o autor do que foi dito acima, ele se define assim: "Eu tenho tantas idéias legais de coisas pra fazer e tanta preguiça pra me impedir. Na verdade, eu tenho mais preguiça que idéias. Enfim."

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Postado por Julio Daio Borges
30/9/2002 às 11h43

 
Falta alguma coisa ali no meio

James Ellroy

O caderno Cultura do Estadão, aliás, que andava capengando, tomado por artigos chochos e colunismo social barato, publicou hoje uma resenha de "Seis Mil em Espécie", de James Ellroy, assinada pelo dono de dos melhores textos do jornalismo brasileiro: José Onofre. O assunto é limitado, mas Onofre consegue sempre ser instrutivo para o leitor médio, relembrando Edmund Wilson e apontando "O Grande Gatsby", de Scott Fitzgerald, como "o melhor romance norte-americano já escrito". Não sei se realmente aconteceu, mas a impressão que tenho, como leitor, é que seu artigo foi reduzido por algum editor apressado. Reparem: falta alguma coisa ali no meio.

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Postado por Eduardo Carvalho
29/9/2002 às 10h32

 
A vantagem do Blog

Daniel Piza é um jornalista muito bem informado - o que é raríssimo. Mas o formato rápido e dinâmico da sua coluna, muito parecida com um Blog, é em parte desperdiçado pela inflexibilidade do jornal impresso. E acaba que, apesar de escolher os artigos certos para recomendar ao seu leitor, ele sai em desvantagem com a gente, e indica a resenha de Louis Menand publicada na New Yorker, por exemplo, com dias de atraso em relação ao meu post. Resta-lhe tentar ser mais profundo - o que, neste caso, ele não foi. Tudo bem, mais uma vez, Daniel: sua intenção continua boa, e sua opinião sobre Cidade de Deus é a mais - para usar um adjetivo que você gosta - perspicaz publicada na imprensa brasileira.

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Postado por Eduardo Carvalho
29/9/2002 às 10h26

 
Ninguém é perfeito

fonte: estado.com.br

Sérgio Augusto escreve hoje sobre Anthony Lane, o sucessor da lendária Pauline Kael na cadeira de crítica de cinema da revista New Yorker. Lane fecha o ciclo de entrevistas do programa IBM E-Nova, pelo GNT, "uma espécie de Milênio a dois", com Lúcia Guimarães e Jorge Pontual, cuja reprise vai ao ar amanhã, domingo, às 18h30:

"Nada simpático, mas engraçado (no sentido de wit) e meio chegado a um jogo de palavras, Lane virou crítico de cinema por acaso e preguiça. Seu pai até hoje lhe cobra uma profissão mais séria. 'Ele tem razão', reconhece Lane, que considera seu ofício 'um dos maiores casos de impotência profissinal', só importante para quem vive dele ou se interessa por cinema. 'O cinema independente ainda pode se beneficiar de um empurrão da crítica, mas para os filmes dos grandes estúdios, nossa importância é nenhuma', constata, friamente, regozijando-se com a liberdade de ação que o desprezo de Hollywood lhe proporcionou. Sem compromissos e livres de pressões, os críticos não arriscam mais seus empregos quando picham algum blockbuster artisticamente medíocre.

"Lane sem dúvida faz milagres brilhando à custa de um repertório cujas 'obras-primas' são A Época da Inocência, Tiros na Broadway, Los Angeles - Cidade Proibida, A Trapaça (The Spanish Gardner), Deuses e Monstros e O Show de Truman. Nem todas, por sinal, apreciadas por ele. Na entrevista ao IBM E-Nova ele se manifestou, en passant, sobre alguns filmes do período imediatamente anterior à sua entrada na New Yorker, sobre os quais certamente adoraria ter escrito um artigo. Adorou O Último dos Moicanos (aquele com Daniel Day-Lewis), A Dupla Vida de Veronique, Os Eleitos e Era Uma Vez na América. Dois xodós recentes: Paul Thomas Anderson (Magnólia) e Wes Anderson (Três é Demais e Os Exêntricos Tenenbaums). Achou furada a proposta do Dogma dinamarquês, enrabichou-se pelo novíssimo cinema mexicano e encantou-se com o François Ozon de Sob a Areia (a seu ver, a melhor aparição de Charlotte Rampling na tela)."

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Postado por Julio Daio Borges
28/9/2002 às 14h22

 
Vontade de abraçar todo mundo

Tava demorando. Descobriram que o ecstasy faz mais mal ao cérebro do que se pensava. Como acontece com todas as outras drogas, os usuários vão negar até a morte - embora tenha sido publicado na Science - e vão dizer que "não tem nada de mais" e que "param quando tiverem vontade". (Ah, tá.) Abaixo, extratos da matéria completa de O Estado de S.Paulo:

"Segundo pesquisa publicada hoje na revista Science, o uso do ecstasy - ou 3,4 metilenodioximetanafetamina (MDMA) - em doses consecutivas durante um curto período, mesmo que por uma única noite, pode causar danos severos ao cérebro. Em experimentos realizados com macacos, os cientistas comprovaram pela primeira vez que a droga pode danificar neurônios do sistema de dopamina, que ajuda no controle de movimentos e regula o sentimento de prazer. Até então, sabia-se que o ecstasy atuava apenas sobre os neurônios de serotonina, um outro tipo de neurotransmissor, responsável pelo controle de apetite, sede e regulação de temperatura.

"O experimento é o primeiro a avaliar os efeitos do ecstasy em um modelo de consumo semelhante ao observado entre os jovens, segundo o pesquisador George Ricaurte, coordenador do trabalho na Universidade Johns Hopkins. Os macacos receberam de duas a três doses da droga, com intervalos de três horas entre cada uma. Foi o suficiente para danificar entre 60% e 80% dos neurônios dopaminérgicos do corpo estriado, região do cérebro que contém a maior parte desse sistema. Segundo Ricaurte, a droga não mata as células, mas destrói suas terminações nervosas. 'Ainda não sabemos como isso ocorre e se os danos são permanentes', disse o pesquisador ao Estado. Os efeitos foram observados até seis semanas após a ingestão da droga."

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Postado por Julio Daio Borges
27/9/2002 às 09h55

 
Rasgos de memória

fonte: estado.com.br

Foi assim que João Barone classificou a nova fase mental de Herbert Vianna, em que mistura os atuais lapsos a momentos de lucidez súbita, como nos trechos seguem abaixo (tirados de uma entrevista concedida a Jotabê Medeiros, no Caderno2 do Estadão):

Estado - Você compôs uma música chamada 300 Picaretas, que foi inspirada numa declaração do Lula. Como você vê a eleição atual?

Herbert Vianna - Tenho sentido muito claramente o desejo de ir a um programa do Lula. Não preciso falar nada, só levar um violãozinho e cantar e levar um tamborzinho e pedir para ele tocar. Dá a impressão, pelo menos para a gente que está torcendo tanto por ele, pela mudança que ele pode representar, que ele pode ganhar no primeiro turno.

Estado - Muitas das músicas novas parecem se referir a seu drama. Você faz a conexão entre o momento que as compôs para o atual?

Herbert - Por enquanto não. Acho que, por uma questão operacional do cérebro, não está acontecendo. Pelo contrário. Tenho um desejo de ter a seqüência do disco decupada na minha cabeça.

Estado - Como vocês se situam na numeração dos CDs, que foi defendida pelo Lobão?

Herbert - O Lobão já ofendeu a gente de tudo e a gente sempre teve uma visão positiva dele. Ele xinga e não obtém nenhuma ofensa de volta. A gente não precisa.

Estado - Sentem mágoa dele?

Herbert - Mágoa não. Mas me causou bastante perplexidade que ele visse no que a gente faz - e faz com tanto coração -, coisas de propósito para irritar ele. De vez em quando, a gente via o xingamento, o vômito dele.

Estado - Esse disco é um pouco mais soturno que os outros dos Paralamas. Isso foi deliberado? Nos discos dos Paralamas sempre tinha alguma coisa mais dançante, mais festiva.

Herbert - Quando você fala de coisas mais dançantes, eu me lembro de O Beco. O ritmo é dançante, mas se você ouvir a letra recitada, vai ver que não tem nada de festiva.

Estado - Herbert, você fez três discos-solo muito elogiados. Pretende continuar a fazê-los?

Herbert - Posso retomar no momento em que restabelecer o meu quadro mental antigo. Quando comecei a fazer isso, foi fruto de minha obsessão por equipamentos caseiros. Quando já havia a tecnologia para aquilo ter mais qualidade, eu experimentava. Tinha um pouco da vontade também de mostrar que era possível, que para fazer discos não precisa entrar numa gravadora, apertar a mão de ninguém, assinar contratos.

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Postado por Julio Daio Borges
27/9/2002 às 09h43

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