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Terça-feira,
7/6/2016
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Redação
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O que brota no meio da música
Quando entrou no salão, não imaginava que o aperto no peito a desconcertasse tanto. Já fazia muito tempo. Depois de décadas, o lugar agora parecia menor, é como se as paredes tivessem dado passos para frente. Olhou apressada para o canto onde ela e as amigas gostavam de ficar, chegavam cedo para conquistar território, chegavam quando ainda não havia quase ninguém. E era exatamente só naquele canto que agora uma montanha de entulho se acumulava. Ela gostava de chegar cedo também porque era no início, sempre no início, que tocava a sua música favorita. Jump they say, do David Bowie, era um privilégio para os adiantados. Ouvia a música alta, fechava os olhos e dançava em hipnose. Durante a semana, esperava ansiosa por aquela noite que era o intervalo entre o tédio do domingo e as preocupações da segunda. As preocupações daquela época eram tão ingênuas! Só não ia, e isso com grande pesar, nas semanas de prova. No alto já não há vestígio do equipamento de luz que testemunhava olhares furtivos, cochichos, conversas de fazer o coração palpitar. Não tem mais contato com aquelas amigas, saudade delas, cada qual seguiu um rumo na vida, certa vez soube por alto que uma delas inclusive havia morrido. O que vê à frente é decadência de navio naufragado. É triste estar ali sem as músicas, sem as amigas, sem a juventude da época, a sensação é a de que ela, ali parada e sozinha, tenha ficado para trás. O silêncio e a poeira querem dizer que tudo passou, a cada dia está mais longe e desbotado. Mas às vezes ainda resta um recurso, toda vez que ouve Jump they say, ali no meio da música as memórias resistem, se achegam e ganham algum colorido.
Texto originalmente publicado no site flaviosanso.com [email protected]
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Flávio Sanso
7/6/2016 às 13h07
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A PROPÓSITO DE UM POEMA
INFÂNCIA é, a meu ver, um dos mais sublimes textos de revisitação poética do inefável que a literatura pátria já produziu. Vazado numa linguagem metafórica de raros achados imagéticos, onde luz e sombra se contrapõem, harmonizando-se nos contrastes, o poema de PAULO MENDES CAMPOS abre-se em perspectivas inusitadas como num quadro de peregrina beleza.
Seus versos inaugurais nos colocam, de chofre, confrontados com a irreversibilidade do passado, como se o grande poeta, debruçado na janela da imaginação, contemplasse uma paisagem corroída pela ferrugem do tempo, cuja impactante visão lhe toldasse os sentidos, inundando-o de um sentimento de nostalgia, estranhamento e solidão.
“Há muito, arquiteturas corrompidas,
Frustrados amarelos e o carmim
De altas flores à noite se inclinaram
Sobre o peixe cego de um jardim.”
Mas “o carmim de altas flores” nascidas entre as ruínas do que se foi, como que rasgando no horizonte de sépia uma abertura para a luminosidade, torna possível vislumbrar, em miradas caleidoscópicas, um mosaico de cenas fractais, que vão recompondo, aos fragmentos, a magia de um tempo sepultado:
“Velavam o luar da madrugada
Os panos no varal dependurados.
Usávamos mordaças de metal,
Mas os lábios se abriam se beijados.
Coados em noturna claridade,
Na copa, os utensílios de cozinha
Falavam duas vidas diferentes,
Separando da vossa a vida minha.
Meu pai tinha um cavalo e um chicote;
No quintal dava pedra e tangerina;
A noite devolvia o caçador
Com a perna de pau e a carabina.”
E as imagens epifânicas vão-se desatando como num filme, dir-se-ia de Fellini em Amarcord, tal a sua riqueza de formas e o seu inusitado estético, perpassados, contudo, por um hálito de lirismo.
Neste poema de verdadeira arqueologia interior, onde ruínas e escombros ganham vida ao sopro das relembranças, está fortemente presente o sentimento do tempo-eternidade enquanto vida, já de si transeunte e precária. Ou, como diz o poeta:
“ Um homem é, primeiro, o pranto, o sal,
O mal, o fel, o sol, o mar – o homem.
Só depois surge a sua infância-texto,
Explicação das aves que o comem.
Só depois antes aparece o homem.
A morte é antes, feroz lembrança
Do que aconteceu, e nada mais
Aconteceu; o resto é esperança.”
Percebe-se aqui, nos diversos estratos temporais que se justapõem e sobrepõem, que o poder de transfiguração do real vivenciado na infância, ressurge, vívido, no fraseado metalinguístico do poema, como a significar que, para a criança, tudo é eternidade, não sendo a morte senão uma figura de assombro e pesadelo, como algo imaterial e distante.
Mas o adulto que hospeda o poeta, como todos, é consciente do tempo que se esvai irrecuperavelmente, gerando o sentimento de nostalgia que ecoa nos versos
“ Tínhamos pombas que traziam tardes
Meigas quando voltavam aos pombais;
Voaram para a morte as pombas frágeis
E as tardes não voltaram nunca mais.”
Em sua complexa tessitura intertextual, o tempo situa-se como o epicentro das especulações do poeta e fio condutor da verdadeira maré de relembranças que se sobrepõem em ondas sucessivas no oceano da memória. Esse mesmo tempo cujo fluir Heráclito de Éfeso, muito antes do advento da Era Cristã, argutamente comparou às águas de um rio, que jamais retornam.
A tentativa empreendida pelo poema de reinvenção do calendário pretérito, que vem a propiciar a (re)visão desse tempo trasladado pelos olhos tomados de empréstimo ao menino antigo, acaba por resvalar na realidade presente do adulto, que, como se desperto de um sonho vígil, readquire sua roupagem quotidiana, para desembarcar na realidade do dia a dia que constitui a paisagem existencial onde todos transitamos. É o que se depreende, aliás, da estrofe final do poema, permeada de saudade do já vivido
“Sou restos de um menino que passou.
Sou rastos erradios num caminho
Que não segue, nem volta, que circunda
A escuridão como os braços de um moinho.”
Menos que uma despedida, o que ressuma, entretanto, da estrofe transcrita, é o sentimento de que foi lançada uma ponte de acesso ao território ínvio do inefável, em torno do qual, em última análise, gravitam os corações e mentes daqueles que sonham com a instauração de um hoje circular, em que, transcendendo à sua predestinação ontogênica, pudesse ao menos recriar, em espírito, a sensação de eternidade, patrimônio da infância.
Tal ordem de ideias seria talvez balda de sentido se não estivéssemos tratando de um poema, que é o lugar onde as impossibilidades inexistem e, nas asas das metáforas, fingimos revogar as estreitas fronteiras que limitam nossos passos. Nesse sentido, força é convir que a poesia detém o condão de instaurar um universo próprio, mundo paralelo para o qual volta e meia escapamos para fugir às overdoses de uma realidade cada vez mais difícil de suportar.
Se a poesia, como disse Aristóteles, é a arte da imitação, não sendo o poema nada mais que uma máscara que oculta o vazio, na imagem admirável de Octávio Paz, mimetizando-se como o camaleão que assimila a cor dos lugares onde rasteja, para tornar-se parte deles, esse faz de conta, de tão perfeito no seu disfarce e imitação, acaba assumindo a concretude do real.
Essa acurada percepção de PAULO MENDES CAMPOS é revelada na magistral construção semântica de INFÂNCIA, em cuja estrutura, qual argamassa forte, se fundem os mundos factual e imaginário, cada um com sua linguagem própria, conduzindo o leitor a partilhar e participar dos belos e instigantes achados que constituem, afinal, a quintessência matricial de sua primorosa contextura, simples por princípio, híbrida por natureza e esfíngica por estratégia, engenho e arte.
INFÂNCIA – in: Melhores Poemas, de Paulo Mendes Campos, Global Editora, São Paulo © by Herdeiros de Paulo Mendes Campos
Nossos agradecimentos a Lucia Riff, da Agência Riff, que gentilmente autorizou o uso de estrofes do poema acima nominado, sem o que seria impossível a realização de nosso trabalho.
Ayrton Pereira da Silva
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Impressões Digitais
3/6/2016 às 16h58
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75 anos de Charlie Watts
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Julio Daio Borges
2/6/2016 às 15h08
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Blockchain by William Mougayar
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Julio Daio Borges
1/6/2016 às 17h57
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E na periferia...
A estrada? Longa
A vida? Dura
O sentimento? Difuso
A consciência? Pesada
A pele? Escura
A oportunidade? Escassa
O preconceito? Latente
O desejo? Pulsante
A coragem? Enorme
O incentivo? Ausente
A amizade? Condicionada
A liberdade? Tirada
A idade? Avançada
O objetivo? Distante
O fracasso? Permanente
A desilusão? Amiga
O trabalho? Buscando
A fome? Fantasma
A casa? Madeira
A roupa? Doada
O lazer? Emprestado
A cultura? Sonho
A família? Destruída
O amor? Falido
O sucesso? What?
*Marco Garcia é jornalista paulistano. Mora em Fortaleza.
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Blog de Marco Garcia
31/5/2016 às 11h26
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Caravana em BH
Esta caravana literária animada tem dado o que falar. Em 11 de junho, a partir das 10h da manhã, um grupo de autores - que varia e é itinerante - invadirá o novo endereço da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte para tratar de temas ligados à produção literária nacional. Entrada franca para todos os debates.
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Ana Elisa Ribeiro
30/5/2016 às 15h31
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Coleção Leve um Livro celebra
A Coleção Leve um Livro celebrou o andamento de sua segunda temporada em um encontro, no Sesc Palladium, na última quinta-feira, em Belo Horizonte. No palco, uma das poetas participantes, Adriane Garcia, e o distribuidor, Rafael Carvalho, davam depoimentos sobre o projeto. Enquanto isso, os livros eram distribuídos gratuitamente a algumas dezenas de pessoas que compareceram à festa. A Coleção é financiada pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e existe desde 2014, quando teve início a primeira temporada. Até os dias de hoje, foram 34 livretos de poesia de autores contemporâneos, isto é, 85 mil exemplares distribuídos pela capital mineira. Vale conhecer.
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Ana Elisa Ribeiro
30/5/2016 às 15h19
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Arroz com rapa
No atropelo do dia que caminha para a metade, entre carros apressados e motos atabalhoadas, eis que de repente, do restaurante da esquina, sinto escapar o inconfundível cheiro de alho fritando no óleo, atingindo em cheio o meu nariz, fazendo meu rosto erguer para cima, de olhos fechados, tentando a todo custo pegar nas mãos aquele cheiro delicioso, como se sólido fosse. A pessoa do carro ao lado olha para mim de um jeito estranho, mas não ligo. No deslumbre daquele instante, visualizei na mente a fumaça subindo da panela de arroz, quentinho e saboroso. Adoro arroz. É sabido que tenho várias idades, e que muitas vezes, no assombro causado por algum detalhe, como esse cheiro de agora, me remeto a outros lugares. Assim, abriu-se novamente aquele súbito espelho do passado, fui lá atrás, na mocidade, nas asas daquele cheiro que muito se assemelha ao que saía da velha panela de ferro na qual minha mãe cozinhava. Imaginei que no fundo da panela tinha rapa e cheguei a sentir o gosto, porque o arroz da minha mãe tem esse ingrediente especial, lá no fundo, bastando remexer a colher e com leves batidas trazer ao prato a rapa do arroz. E dona Dalva jogava por cima ovo frito, tomate com alface, misturados com pedaços de carne frita. Não existe comida melhor que aquela. Comidinha de mãe é sem igual, já reparei que quando a Graziela consegue tempo pra cozinhar, nossas crianças comem feitos ursos que despertam da hibernação. Recentemente tive problemas com o diabetes e descobri, incrédulo, que arroz produz açúcar e, portanto, só poderia comer no máximo duas colheres de arroz. Mas nunca fui apegado a regras, continuo comendo a porção que meu apetite pede, depois faço caminhada e compenso, com sacrifício, o exagero. Não me canso de contar que o prato mais saboroso que experimentei na vida foi um arroz carreteiro, feito na hora, pelo ponteiro da comitiva, numa fazenda na região da ponte do grego, depois de um dia cruzando a estrada, imaginando que a fazenda fosse perto, mas que a viagem durou mais horas que o imaginado. Cheguei a engasgar, tirando risos dos rostos pantaneiros ao meu lado. Foi um tantinho melhor do que aquele dos tempos da faculdade, que varei o dia estudando e nada comi o dia todo. Quando cheguei em casa, encontrei o arroz da minha mãe, enegrecido pela rapa, que juntei a um ovo frito e comi como se fosse a última refeição, na própria panela, que raspei, raspei e raspei até ficar com o fundo brilhando. Eu sei que minha mãe faz arroz com rapa todos os dias, mas estou sempre correndo contra o relógio, sem tempo para essas coisas raras e belas que a vida me concede e delas me desfaço com singelas desculpas. Talvez domingo... - penso breve - e logo volto a atenção para o volante do carro, enquanto o cheiro vai se esvaindo pela rua na qual atravessa o povo apressado de sempre, e eu , pobre de mim, só queria mesmo um prato de arroz, esfumaçante, saboroso e com rapa, daquele jeito que só a minha mãe sabe fazer.
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Blog de ANDRÉ LUIZ ALVEZ
28/5/2016 às 20h22
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Descascando o abacaxi na Nova Inglaterra
O brasileiro que mora na Nova Inglaterra deve ter sempre em casa um abacaxi amadurecendo. O motivo é o seguinte: o yankee, especialmente aquele que tem filhos em idade escolar, frequentemente promove "potlucks", onde cada conviva deve trazer um comestível. è possível trazer qualquer prato, sendo ideal a fruta: saudável, todos comem, poucos trazem, dá pouco trabalho, e sai barato.
Entre as frutas, o ideal dos ideais é o abacaxi. Explico. Ao contrário do yankee, que opta sempre pela fruta mais fácil de consumir, ou pré-processada, o brasileiro tem facilidade inata em descascar o abacaxi in natura, que portanto se torna quase sempre único no potluck, diminuindo não apenas os custos e o trabalho, como as exigências de coordenação. Apenas um pormenor deve receber atenção: as frutas no gélido setentrião vêm de longe, e quando adquiridas não estão ainda maduras para o consumo. Não há feirante amigo que venda o mamão para a semana e a goiaba para amanhã; muitas frutas nem chegam a amadurecer, mesmo se guardadas em casa, por terem sido colhidas prematuramente.
O abacaxi ou ananás não é uma delas - apenas far-se-á necessário esperar 2 semanas após a compra (menos no breve verão) até que o sabor e acidez estejam balanceados. Esse período excede a capacidade de planejamento do brasileiro, que por precaução deve sempre guardar na despensa um abacaxi amadurecendo. Caso queira afirmar simultaneamente seu pé na roça e o outro na Nova Inglaterra, após descascar o abacaxi e fatiar em cubinhos, o que facilita o consumo, sugere-se ferver as cascas, produzindo um suco barato e saudável para ser consumido em casa.
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O Blog do Pait
26/5/2016 às 15h49
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Quando nos tornamos únicos.
Cena de Tempos Modernos
Cena seguinte de Tempos Modernos
"Não me parecia possível que eu tivesse passado quase cinco anos a serviço daquela empresa sem coração. Compreendi como os soldados deviam sentir-se ao darem baixa do exército.
- Livre! Livre! Livre!
Em vez de entrar imediatamente no metrô, subi a Broadway caminhando, só para ver qual era a sensação de ser dono de mim mesmo, sem compromissos, àquela hora da manhã. Os pobres trabalhadores, lá iam eles correndo para seus empregos, todos com aquele ar triste e alarmado que eu conhecia tão bem. Alguns já corriam pelas ruas, esperando, mesmo naquela hora adiantada, receber uma encomenda, vender uma apólice de seguro, ou pôr um anúncio. Como parecia estúpida, sem sentido, idiota aquela corrida de ratos. Sempre me parecera louca, mas agora também me parecia diabólica.
Caminhei algum tempo sem destino, só pelo prazer de saborear minha liberdade recém-adquirida; sentia um prazer perverso de ficar vendo os escravos cumprindo as tarefas que lhes foram atribuídas. Eu tinha toda uma vida pela frente. Dali a poucos meses iria completar trinta e três anos de idade - e seria "meu próprio senhor absoluto". Ali mesmo, e naquela hora, jurei que nunca mais haveria de trabalhar para ninguém. Nunca mais obedeceria ordens. O trabalho a ser feito no mundo era para os cretinos - eu preferia ficar de fora. Tinha talento e iria cultivá-lo. Ou me tornaria escritor ou morreria de fome."
Trecho de Plexus, de Henry Miller
Os anos de aquartelamento foram marcados pela repressão de minha individualidade e origem da mais intensa crise de minha vida. Ao envergar uma farda, despi-me de minha liberdade de folguedos e da alegria de aprender por conta própria, segundo o tempo de minhas inclinações naturais, para me enquadrar ao severo regulamento militar que contrariava minha natureza. Toda a insistência em me adequar àquele cotidiano, todas as punições a que fui submetido, e como um terrível ácido dissolveu a personalidade de muitos de meus colegas, findaram por fortalecer-me ao desencadear em mim uma forte aversão ao chamado mundo real. Pouco antes de ser expulso, eu já decidira não apenas não me tornar um militar, mas também não me enquadrar a nada que me levasse a violentar qualquer uma de minhas vocações ou necessidades mais íntimas. Escrever é uma delas. Foi a minha própria natureza, o meu destino, que assim determinaram, e nossa natureza, amigos, é coisa à qual homem nenhum pode contrariar. Quando os portões do quartel se fecharam às minhas costas, eu não sabia que caminho seguir, mas já tinha a firme convicção de que não seria aquele pelo qual envereda o homem comum. Naquela ocasião pude novamente sentir a alma ser banhada pelo sol matinal que dá novo ânimo a um condenado em seu primeiro dia de liberdade, após anos de desterro num presídio. Num momento de minha vida em que tudo o que eu tinha eram meu amor-próprio ferido, minhas paixões e desilusões, eu sentia aquela imprecisa melancolia do homem que havia se extraviado do mundo. Esse inexorável sentimento de ruptura com a realidade na qual meus amigos seguiam com suas vidas, crepúsculo de minha primeira infância, foi decisivo no desenvolvimento de uma personalidade que se fechou em si mesma com suas dúvidas, anseios e ambições para, na solidão, dedicar-se à sua verdadeira formação, uma formação que lhe dará músculos mais fortes para encetar um caminho que apenas se abre pelas mãos de um homem de gênio.
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Postado por
O Equilibrista
26/5/2016 às 14h09
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