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BLOG

Quinta-feira, 23/5/2019
Blog
Redação
 
Pensar Edição, Fazer Livro 3

Sábado, 1o de junho, de 9h às 18h, no teatro de bolso do Sesc Palladium, em Belo Horizonte, ocorrerá a terceira edição do Pensar Edição Fazer Livro, evento promovido pelo Grupo de Pesquisa em Escritas Profissionais e Processos de Edição, sediado no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, em parceria com a editora Moinhos. Este ano, serão oferecidos uma oficina de livro-poema, com o poeta e designer Mário Vinicius; duas mesas de debates, a primeira sobre ilustração, com Cláudia Jussan, Marilda Castanha e Nelson Cruz, sob mediação da editora Jéssica Tolentino, e a segunda mesa sobre feiras de livros independentes, com a participação dos agitadores Jão (Faísca Mercado Gráfico), Wallison Gontijo (Textura e Urucum) e Larissa Mundim (e-Cêntrica, em Goiânia), sob a mediação da jornalista Flávia Denise. Por último, uma palestra sobre o conceito de obra, com o professor Luis Alberto Brandão, da UFMG. As atividades são gratuitas e as inscrições estão abertas até dia 29.


LeP



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Postado por Ana Elisa Ribeiro
23/5/2019 às 15h54

 
Juntos e Shallow Now

Se já não bastasse todas as polêmicas que a política nos fornece, Paula Fernandes, em parceria com Luan Santana, lançou uma versão para “Shallow”. A canção de Nasce uma Estrela (2018), que rendeu um Oscar para Lady Gaga, foi traduzida de forma bem livre pela cantora sertaneja. O que, convenhamos, não é algo inédito na história da música brasileira. Quem não se lembra que Sandy & Júnior, ao traduzir “Immortality”, parceria de Bee Gees e Celine Dion, trocou “We don’t say goodbye/ We don’t say goodbye” por “O que é imortal/ Não morre no final”? Ah, se houvesse internet banda larga na época!

Em sua versão tupiniquim, “Shallow” reencarnou como “Juntos”. Até aí, tudo bem. O grande ponto de crítica da versão brasileira foi o refrão. Talvez por falta de habilidades com tradução lírica, ou por uma escolha infeliz, Paula Fernandes, que assina a letra, tacou um “juntos e shallow now”, uma mistura de idiomas que não é muito comum por aqui. Ficou confuso, ficou estranho e virou sucesso – ao menos na rede de memes.

A tradução de músicas estrangeiras é algo bastante comum no Brasil. A Jovem Guarda, por exemplo, teve versões célebres. É o caso de “Banho de Lua”, de Celly Campello, que veio ao mundo como uma canção italiana (“Tintarella di Luna”, de Mina). “Pare o Casamento”, de Wanderléa, veio do original “Stop the Wedding”. E “Era um garoto que como eu amava os Beattles e os Rolling Stones”, gravado por Os Incríveis e, com mais sucesso, pelos Engenheiros do Hawaii anos mais tarde, também era uma música italiana, interpretada por Gianni Morandi – e, acreditem, o título longo é a tradução literal do original.

A ideia, vamos ser sinceros, é muito boa. Você pega uma fórmula de reconhecido sucesso e faz uma letra em português, já que nem todo mundo tem a obrigação de dominar um idioma estrangeiro. Voilá, você tem um produto pronto para tocar à exaustão nas FMs, ou, atualizando, nos aplicativos musicais de streaming. O Latino, grande hitmaker brazuca, proporcionou alguns bons luxos ao seu macaco de estimação (in memoriam) graças às versões “Festa no apê” e “Despedida de solteiro”. Há quem goste.

O sertanejo, gênero musical em que nossa Lady Gaga Paula Fernandes se enquadra, também já abusou dessa fórmula. Chitãozinho & Xororó, nos anos 1990, provaram que também existe sedução vinda do norte do Paraná e fizeram uma versão para “Have You Ever Really Loved a Women?”, de Bryan Adams, sucesso no filme Don Juan DeMarco (1995). No mesmo espírito, um filho menos famoso de Francisco e seu parceiro, Cleiton, lançaram “Na Hora de Amar”, versão de “Spending My Time”, do grupo sueco Roxette. Houve muitas outras ocorrências do tipo, mas vou poupá-los do histórico.

Mas falar em versão brasileira para clássicos estrangeiros seria impossível sem mencionar dois cases de sucesso. O primeiro deles foi a banda Yahoo, fundada pelo guitarrista Robertinho de Recife, especializada em traduzir baladas de hard rock para o idioma português. Em um tempo em que o rock era pop, eles emplacaram músicas em trilhas sonoras de novelas e circularam por alguns dos bons programas de auditório do período.

Além deles, houve Angélica, que conseguiu, com “Vou de Taxi”, aos 15 anos, se tornar uma marca competitiva no acirrado mercado de “loiras apresentadoras de programas infantis”. A versão brasileira para “Joe le Taxi”, sucesso interpretado originalmente por Vanessa Paradis, foi uma das dez mais tocadas no Brasil em 1988. Anos depois, Angélica tentaria novo sucesso com versões. E eu até entendo que alguém tenha acreditado que uma versão de “Linger”, dos Cranberries, poderia emplacar. Agora, turbinar “Light My Fire”, clássico do The Doors com a frivolidade de “Bye que bye bye bye” só poderia dar certo. Se o objetivo fosse criar uma coisa muito exdrúxula, é claro.

Essa pequena coletânea de versões brasileiras Herbert Richers para sucessos internacionais não tem, verdadeiramente, um propósito muito claro. Mas o leitor pode entendê-la como uma ameaça. Enquanto você fica aí, horrorizado com a criatividade de Paula Fernandes, saiba que vem muito mais por aí. Sempre vem. Força, amigos, juntos e shallow now somos mais fortes.

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Postado por Luís Fernando Amâncio
20/5/2019 às 14h08

 
PROCURA-SE

Gratifica-se a quem achar

haveres meus abstratos

que cansei de procurar.

Quem viu por aí, ao acaso,

algumas tardes antigas

quando um menino escutava

um realejo longínquo

que já não se escuta mais?

Quem viu por aí, ao acaso,

um álbum de selos daqueles

de tempos bastante antigos

que transportava um menino

até distantes países

sem se mover do lugar?

Quem viu por aí, ao acaso,

estampas do sabonete Eucalol,

almanaques dos gibis

que coloriam de festa

manhãs de Natal tão modestas?

Quem por acaso sentiu

um aroma de alfazema

um cheiro etéreo e fugaz

de outras eras provindo

de um quarto de três mocinhas

as minhas irmãs meninas

que se foram sem voltar?

Quem entreviu ao acaso

as minhas musas de então,

se elas preferem agora

o exílio da escuridão?

Quem viu por aí, ao acaso,

feito um delírio acordado,

minhas rotas fantasias,

fantasmas rondando a esmo

nos corredores de outrora

da casa paterna morta?

Quem viu acaso um menino

vagando qual peregrino

que esqueceu de envelhecer?...

Ayrton Pereira da Silva



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Postado por Impressões Digitais
1/5/2019 às 16h56

 
Dicionário de Imprecisões

Sábado, 11 de maio, durante a feira literária Urucum, a poeta Ana Elisa Ribeiro lançará seu novo poemário intitulado Dicionário de Imprecisões. O evento terá início às 14h e seguirá com autógrafos até as 17h, no Guaja (Av. Afonso Pena, 2881, na região central da capital mineira).

O livro, oitavo volume de poemas da autora, é resultado de uma parceria com a editora e gráfica Impressões de Minas, que vem se destacando no mercado editorial, com a produção de livros-design feitos quase artesanalmente. O Dicionário de Imprecisões é o segundo projeto com a autora belo-horizontina, com quem já fazem o planner poético desde 2017.

Entrada franca

Preço no lançamento: R$35


LeP



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Postado por Ana Elisa Ribeiro
1/5/2019 à 00h46

 
Direções da véspera V

Ao longe, o aeroporto se reconta
nos mitos dos roteiros permanentes.
Ansiando merecido pouso, minha aeronave de papel
retorna do trajeto diurno.
Olhando as ruas, projeto aterrissagem
em terra amiga. No fundo dos mares
ressonam estrelas. E náufragos.
“A canoa virou / Deixaram ela virar”.

No relevo da cidade, farejo travessias.

Ao desajeito dos meus versos, canto
utopias e cantigas de roda.


(Do livro Travessias

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Postado por Blog da Mirian
28/4/2019 às 09h59

 
Kleber Mendonça volta a Cannes com 'Bacurau'

Quando o assunto é Cannes, logo me vem ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’, do grande Glauber Rocha. Pode parecer injusto com Nelson Pereira, que também estava lá naquele ano de 1964 com ‘Vidas Secas’ (filme que recebeu o prêmio paralelo do Ocic). Mas o que Glauber fez foi diferente. Diferente do filme de Nelson, Deus e o Diabo não vinha adaptado de algo já conhecido, ou seguia dramas ou clichês recorrentes do cinema. O que ele trazia era único, desconhecido até então. Era um filme com paisagem e trilha sonora completamente estranhas àquele ambiente. Era o estranho no ninho de Cannes, um dos festivais de cinema mais tradicionais do mundo. Após a sessão, alguns segundos após a sessão, se ouvia gritos e aclamações eufóricas. Lembrando que há 50 anos, Glauber levou o prêmio de melhor diretor no festival, com 'O Dragão da Maldade e o Santo Guerreiro'. Em 2012 um outro rapaz fez esse barulho lá fora. Não passou por Cannes ou algum desses lugares, mas foi aclamado como se o tivesse feito. Sempre nas lista dos 10 melhores filmes do ano, Kleber Mendonça Filho era o “algo diferente” do cinema com ‘O Som ao Redor’.

Assim que soube que Kleber Mendonça estava gravando um novo longa, logo o adicionei à minha lista de “filmes para assistir”. Não precisava saber o título ou sinopse. Depois de ‘O Som ao Redor’ e ‘Aquarius’, não precisaria de muito mais para esperar por um bom filme. Com “Aquarius”, em 2016, Mendonça foi o único latino a concorrer a Palma de Ouro, mais uma vez fazendo muito barulho. De volta a Cannes, ele apresenta ‘Bacurau’, nova produção que conta a história dos moradores de uma cidadezinha homônima que, após a morte de Dona Carmelita (a mulher mais velha da cidade), descobrem que o lugar onde moram está completamente fora do mapa. Dirigido em parceria com Juliano Dornelles, com quem já havia trabalhado em ‘Aquarius’, a nova produção tem potencial. Segundo Thierry Frémaux, diretor do festival, “É um filme extremamente político… É um filme que bebe na fonte dos filmes de cangaceiro”. Toda a sorte para Kleber Mendonça e Juliano Dornelles, para nós, meros mortais, fica a vontade de assistir ‘Bacurau’ na tela grande, o que pode acontecer ainda em setembro deste ano.

Mas ‘Bacurau’ não é o único brasileiro que vai a Cannes esse ano. Na mostra Um Certo Olhar o filme do diretor cearense Karim Aïnouz, ‘A Vida Invisível’, será exibido. O filme conta com Fernanda Montenegro no elenco, o que já valeria o ingresso. A história se passa na década de 40, onde Eurídice Gusmão (interpretada por Carol Duarte) se esforça para se tornar uma musicista e sobreviver às responsabilidades da vida adulta e de um casamento sem amor. Já o diretor italiano Marco Ballocchio traz uma produção com parceria entre Brasil, Alemanha, Itália e França. Com cenas gravadas no Rio de Janeiro, ‘O Traidor’ é a biografia de um dos maiores mafiosos italianos, Tommaso Buscetta (Pierfrancesco Favino). O filme conta com Maria Fernanda Cândido no elenco.

Porém, vencer Cannes não vai ser nada fácil. Entre tantas obras, temos diretores como Pedro Almodóvar (com Dolor e Gloria), Terrence Malike (com A Hidden Life) e Xavier Dolan (com Matt & Max). Veja abaixo a lista de filmes que estarão no festival entre os dias 14 e 25 de maio:

Palma de Ouro

Dolor y Gloria (Pedro Almodovar)
O Traidor (Marco Bellocchio)
The Wild Goose Lake (Diao Yinan)
Parasite (Bong Joon-ho)
Young Ahmed (Jean-Pierre Dardenne & Luc Dardenne)
Oh Mercy! (Arnaud Desplechin)
Atlantique (Mati Diop)
Matt & Max (Xavier Dolan)
Little Joe (Jessica Hausner)
Sorry We Missed You (Ken Loach)
Les Miserables (Ladj Ly)
A Hidden Life (Terrence Malick)
Bacurau (Kleber Mendonça Filho & Juliano Dornelles)
The Whistlers (Corneliu Porumboiu)
Frankie (Ira Sachs)
Portrait of a Lady on Fire (Céline Sciamma)
It Must Be Heaven (Elia Suleiman)
Siby (Justine Triet)

Um Certo Olhar

A Vida Invisível (Karim Aïnouz)
Beanpole (Kantemir Balagov)
The Swallows of Kabul (Zabou Breitman & Eléa Gobé Mévellec)
A Brother’s Life (Monia Chokri)
The Climb (Michael Covino)
Joan of Arc (Bruno Dumont)
A Sun That Never Sets (Olivier Laxe)
Room 212 (Christophe Honoré)
Port Authority (Danielle Lessovitz)
Papicha (Mounia Meddour)
Adam (Maryam Touzani)
Zhuo Ren Mi Mi (Midi Z)
Liberte (Albert Serra)
Bull (Annie Silverstein)
Summer of Changsha (Zu Feng)
Evge (Nariman Aliev)

Fora da Competição

The Best Years of Life (Claude Lelouch)
Rocketman (Dexter Fletcher)
Too Old to Die Young (2 Episodes)(Nicolas Winding Refn)
Diego Maradona (Asif Kapadia)
Belle Epoque (Nicolas Bedos)

Special Screenings

Share (Pippa Bianco)
For Sama (Waad Al Kateab & Edward Watts)
Family Romance, LLC (Werner Herzog)
Tommaso (Abel Ferrara)
To Be Alive and Know It (Alain Cavalier)
Que Sea Ley (Juan Solanas)


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Postado por A Lanterna Mágica
19/4/2019 às 14h34

 
Weezer & Tears for Fears



Via Rafael Fernandes

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Postado por Julio Daio Borges
18/4/2019 às 11h33

 
Nem só de ilusão vive o Cinema

Nos últimos dias São Paulo e Rio de Janeiro receberam a 24º edição do É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários. Durante dez dias viajamos por histórias passadas e atuais de diversos países. O festival ressalta a importância de uma dose de realidade no nosso dia a dia, nos ensinando através de relatos pessoais ou de um determinado grupo de indivíduos. Ainda mais, resgata na história fatos que parecem tão atuais, chamando nossa atenção para o que vem acontecendo no mundo.

Comecei o festival com 'Defensora', um documentário singular da diretora Rachel Leah Jones. Quando li o livro Inverno em Cabul, da escritora e jornalista Ann Jones, vi como era difícil uma mulher se posicionar no Oriente Médio. Pouco acreditava na existência de uma mulher como Lea Tsemel, personagem principal do doc. Advogada Israelense, ela defende palestinos há cinco décadas. Alguns deles são manifestantes não-violentos, militantes armados, fundamentalistas ou feministas, mas o que carregam em comum são as acusações de serem terroristas, mesmo quando não o são.

Meu desejo era assistir a todos os documentários. Mas seria impossível já que, infelizmente, não posso me dedicar ao cinema em tempo integral. Ainda assim consegui ver bons filmes, entre eles o excelentíssimo 'Estou me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar', de Marcelo Gomes, que ganhou Menção Honrosa ao final do Festival (o prêmio de melhor longa nacional ficou para Cine Marrocos, diretor Ricardo Calil). Um documentário extremamente importante, que reflete sobre a situação econômica do país e a opção de trabalho autônomo. 'Meu Amigo Fela', de Joel Zito Araújo, também é uma grande produção. O lado político de Fela Kuti é desconhecido por muitos, no documentário Joel Zito busca a essência desse personagem tão peculiar.

Também gostei bastante de 'A Beira', de Alison Klayman. Nesse dia fui ao cinema para ver o que desse tempo, não me decepcionei. Acompanhando Steve Bannon durante as eleições de 2018, a diretora consegue nos inserir nos bastidores da política mundial, dando voz a muitos pontos de vista. Nesse filme notei uma das coisas boas de documentários. Nada ali age como uma propaganda do populismo pregado por Bannon, a diretora dá vazão a outras vozes, no deixando pontos de vistas diferentes de fatos que fizeram parte de sua produção.

Mas devo admitir que minha surpresa veio com 'Marceline. Uma Mulher. Um Século.', de Cordelia Dvorák, entrei na sessão completamente desprovido da história da cineasta e escritora, se passaram os 58 minutos de exibição e tudo o que eu queria era mais algumas horas daquilo. É uma pena não ter competido pelo troféu de melhor doc internacional, o prêmio ficou para 'O Caso Hammarskjöld', de Mads Brügger, que não consegui ver por motivo de sala lotada.

Festivais como o É Tudo Verdade são extremamente necessários, ainda mais em tempos como os que estamos passando. Nem só de ilusão vive o cinema. É Tudo Verdade vem para nos dar aquela dose de realidade, reavivando os questionamentos que mudaram parâmetros no passado, e outros que precisamos mudar para o futuro. O trabalho de Amir Labaki e sua equipe é primoroso. Em época em que a cultura corre risco, é ainda mais difícil organizar um festival que não atrai a grande massa, mas como em outros anos foi feito um trabalho excelente, e que venham muitos outros.

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Postado por A Lanterna Mágica
15/4/2019 às 22h49

 
As Expectativas de um Recrutador e um Desempregado


Nem todo mundo tem a oportunidade na vida de conhecer os 2 lados de um processo seletivo à uma vaga de emprego. Geralmente, a maioria fica no lado de entrevistado da mesa, sem perceber antes de criticar, como é difícil também para o recrutador tomar a decisão de contratação.

Pois saiba que essa é uma difícil escolha para qualquer contratante, num país que anseia em se recuperar de uma crise e possui um grande número de mão de obra parada. Atualmente, qualquer anúncio de emprego recebe centenas de currículos com os mais variados perfis que se encaixam bem ou são totalmente alheios a vaga descrita.

Surpreendentemente, esse mercado de trabalho dispõe de perfis óbvios que não são a opção certa, como também de candidatos azarões que são a resposta a suas preces, mas em outra situação, jamais estariam livres ou dispostos a se candidatar ao trabalho anunciado.

Já na seleção, existem muitos candidatos que não sabem se vender, são pessoas sem foco que agem pela compreensiva necessidade do sustento, parecendo seres automáticos que já desistiram de seus objetivos e fazem tudo maquinalmente por obrigação.

A maioria é de jovens recém ingressados no mercado que pulam de emprego rapidamente, fazendo bicos ou como temporários da crise. Há ainda os mais velhos que foram obrigados a contribuir com a renda familiar, mas estão há anos sem trabalhar.

Pelos currículos, pode-se perceber que tratam-se de indivíduos que tem esperanças e expectativas, descendem de boas histórias de vida e que lutam anonimamente para se destacar numa pilha de papel. Assim, os recrutadores têm a função de optar por alguém, meio que decidindo pelo bem-estar daquele que será selecionado.

Mas há também a percepção de que alguns precisam claramente se qualificar, se encontrar num conjunto de vagas que exigem foco e aptidões específicas. Além de enfrentar um grande número de pessoas bem instruídas na expectativa de que seja dessa vez, convivendo diariamente na ansiedade de não saber o que está acontecendo em relação a seu destino profissional.

Um empregador possui a difícil obrigação de acertar na escolha, mesmo percebendo a urgência que muitos candidatos têm de se empregar. Mesmo que doa cerceá-los em detrimento de outros mais preparados, pois ele precisa lembrar que independente de quem contrate, seu ato resultará em menos um profissional nesse mar imenso aí fora.

É preciso lembrar também que nem sempre o mais qualificado fica com a vaga, porque existe o candidato certo para a vaga certa, é preciso olho apurado e feeling. Mas ainda, nem sempre o encaixe perfeito acontece, sendo necessário voltar atrás em uma nova busca. Pois mesmo na crise, há profissionais que são valorizados, ficam entediados ou são seduzidos por outras propostas e metas de vida. Por isso, a contratação é só o começo dessa relação profissional que pode resultar em crescimento e aprendizado para ambas as partes ou tédio e insatisfação.

Buscando uma conclusão, percebemos que o mercado de trabalho atual é um desafio que mistura sorte e competência, cujo foco e preparação diferencia dos demais, mas ao mesmo tempo fecha as portas para determinadas oportunidades menores que poderiam ser brevemente aproveitadas.

Quem atira para todos os lados pode atingir alguma coisa, porém algo que deverá sofrer ajustes enquanto se espera por um futuro melhor. O importante é não ficar parado e esperar acontecer. Outra sábia conclusão fica por conta de que o profissional é seu próprio produto, vivendo no despertar de um tempo que preza por ideias e engrenagens para sobreviver, abolindo cada vez mais a carteira de trabalho e os direitos, em favor do bom e velho “te vira” do empreendedorismo.

E para você que conseguiu a tão sonhada colocação, foi porque alguém o escolheu entre tantos e confiou na sua habilidade e seriedade como profissional. Alguém que precisa tomar uma boa decisão para o andamento de seu sonho e continuidade do negócio.

Então, passado o entusiasmo de estar trabalhando, é claro que ninguém deve bancar o escravo de alguém, mas uma boa relação entre as partes deve ser construída, sem o jeitinho brasileiro nem o sofrimento por desistência ou acomodação. Lembrando que cada caso é um caso, mas preservar o que foi tão difícil de conseguir exige dedicação e sacrifício.

Entretanto, fica o desejo que tanto o profissional quanto o recrutador, nessa época difícil, possam encontrar aquilo que buscam num duradouro relacionamento de trabalho com amizade e respeito.



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Postado por Blog de Camila Oliveira Santos
15/4/2019 às 14h35

 
A Independência Angolana além de Pepetela

No mês de março o Grupo Ria apresentou uma série de peças adaptadas de obras literárias presentes na lista da FUVEST. Entre elas está Mayombe, que fechou mostra. A partir do livro de Pepetela, nove atores sobem ao palco para encenar a luta angolana em busca da liberdade. Isso me lembrou de um documentário que produzido entre 2014 e 2015. Angola nos Trilhos da Independência, produzido por Lucio Lara (da Fundação Tchiweca de Documentação) e pela Geração 80 (Mário Bastos, Jorge Cohen, Tchiloia Lara e Kamy Lara), mostra os resquícios da revolução angolana nas pessoas e lugares quase 4 décadas depois. Foram 57 meses de pesquisa e gravações, resultando em 900 horas gravadas, com 700 depoimentos.

Mayombe foi publicado pela primeira vez em 1980. Mas o livro foi ganhando seus parágrafos quando o próprio Artur Carlos Pestana dos Santos, vulgo Pepetela, participou da libertação. Narrando o cotidiano de alguns guerrilheiros do Movimento Popular de Libertação da Angola (MPLA), o autor montar um misto de conflitos internos e externos, recheado por uma tensão física e ideológica. Daí vem a importância do trabalho do Grupo Ria. Li Mayombe há alguns anos, mas assim que tive oportunidade, comecei a ler o livro novamente. Depois de ver um ótima encenação dos atores (Eudes Nascimento, Flávio Oliveira, Daniel Lima, Fabrizio Nasscioli, Gustavo Gaspar, João Angello, Jhon Honz, Vânia Bawe e Wagner Nunes) a leitura foi completamente diferente. A intenção do grupo teatral é apresentar suas peças para alunos do ensino médio, para motivar e facilitar a leitura dos livros (muitos irão agradecer essa ajuda com Iracema), com isso não utilizam cenário. Ainda assim, a tensão na apresentação é tão intensa que o cenário não faz falta.

Na tela a história é outra. Angola nos Trilhos da Independência traz um pós guerra. O documentário mostra a importância de se aprender com a história. Diante dos depoimentos de pessoas que estiveram envolvidas, direta ou indiretamente, com a libertação angolana dos colonialistas portugueses, vemos que as atrocidades que podem ser causadas por conflitos armados nunca são esquecidas. Em meio a vilarejos destruídos e pessoas que trazem marcas dos confrontos até os dias de hoje. A luta anticolonial é narrada por quem traz essas marcas dentro de si, é difícil imaginar a realidade de tudo aquilo, mas quando a câmera anda pelas vilas destruídas e abandonadas chegamos perto da destruição que tomou conta da Angola nos anos 1970. Um depoimento, um dos primeiros no documentário, conta a fuga de um jovem e sua família. É comovente ouvir a história de um ser humano que passou por aquilo e chegar a impressionar a coragem desse povo, lembrando de Sem Medo, personagem de Pepetela.

O que todas as obras trazem em comum é algo atual. As divergências de um povo, que fazem parte de tribos diferentes. Embora a luta seja a mesma, a libertação colonialista, as diferenças entre uma tribo e outra não é deixada de lado, tornando o conflito ainda mais difícil. Isso nos leva a um conceito geopolítico mais atual, sobre as guerras que deixaram de ser externas (com um país atacando o outro) e passaram a ser internas (com conflitos entre os povos). Para não fugir tanto do assunto, podemos ver em Angola nos Trilhos da Independência e em Mayombe a importância de aprender com o passado. Ambos ficam para que historiadores possam trabalhar com um material mais autêntico e expressivo.

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Postado por A Lanterna Mágica
8/4/2019 às 17h34

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