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Segunda-feira, 19/10/2009
O delfim, de José Cardoso Pires
Ricardo de Mattos
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"Falarei obrigatoriamente de ruínas, misturarei ditos e provérbios, pondo-os na boca do filho quando pertenciam ao pai ou ao tetravô, numa baralhada de espectros em rebelião." (José Cardoso Pires)

É uma responsabilidade escrever sobre o escritor português José Cardoso Pires. Nasceu no interior de Portugal em 1925 e mudou-se ainda criança com a família para Lisboa. Descobriu sua vocação literária quando, afastado da Marinha Mercante, aproximou-se do jornalismo e da redação publicitária. Colaborou em diversas publicações portuguesas como Diário de Lisboa, Gazeta Musical e de Todas as Artes e Afinidades. Lançando a revista Almanaque, esta tinha como programa "ridicularizar os provincianismos, cosmopolitizados ou não, sacudir os bonzos contentinhos e demonstrar que a austeridade é a capa do medo e da falta de imaginação". Refugiou-se do salazarismo no Brasil em 1960, onde foi colaborador do jornal Última Hora e da revista Senhor. Voltando para seu país, revolucionou a literatura e consolidou seu nome no Panteão Lusitano ― para usar uma figura antiga. Além de romancista, entrosou-se o escritor com o teatro, o ensaio, a crônica, o conto e o ensaio. Escreveu dezoito livros em cinquenta anos de carreira, o primeiro em 1947 e o último em 1987. Além de O delfim (Bertrand Brasil, 2008, 320 págs.), são publicados aqui De Profundis, Valsa Lenta e Balada da praia dos cães. Outros de seus títulos são Os Caminheiros e outros contos; O Hóspede de Job; Dinossauro Excelentíssimo; E agora, José?; Alexandra Alpha; Lisboa, Livro de Bordo. Recebeu prêmios literários na Itália ― Roma e Pisa ―, Brasil e Portugal. As fontes consultadas afirmam que ele não se filou a nenhuma corrente literária específica, e do total de sua obra poderia ser percebido certo alinhamento com o neo-realismo português, passando até pelo surrealismo. Entre 1969 e 1971 dá aulas sobre Literatura Portuguesa e Brasileira no King's College da Universidade de Londres e nos anos de 1978/79 volta à mesma cidade e à mesma instituição como resident writer.

O delfim data do tempestuoso ano de 1968 e é apontado como o melhor trabalho de Cardoso Pires. Talvez tenha sido a primeira obra da literatura portuguesa a romper com a cronologia, variando o tempo dos fatos de capítulo a capítulo e dentro de cada capítulo, mas sem criar um imbróglio incompreensível. Lembranças, reflexões e investigações sucedem-se na tela mental do narrador-personagem. Ocorre-nos aproximá-la do Sargento Getúlio, de João Ubaldo Ribeiro, mas sem o esforço de registro da coloquialidade. Não é romance policial, embora tal assertiva tenha pipocado algures. Dada a menção a diversos autores policiais no capítulo XXII, não fica afastada de uma leve mistura, tal como os criadores de cães permitem-se visando fortalecer o sangue do próprio plantel. Nos romances policiais, com perdão de nossas incursões em quantidade inferior à desejada, seguem-se pistas e desvenda-se na conclusão a autoria do crime. N'O delfim, o autor dará pistas que depois deixará de acompanhar e si o leitor não presta atenção, termina a leitura "no ar". Em 2001 a história foi levada ao cinema por Fernando Lopes.

"Delfim" era designativo exclusivo do herdeiro do trono francês. Ainda que outro fosse coroado, somente o filho mais velho do rei tinha o direito de ser assim designado. Originou-se no século XIV com a cessão da província do Delfinado (Dauphiné) à Coroa. O Delfim, na França, equivalia ao Príncipe da Beira em Portugal, ao Príncipe do Grão Pará no Brasil, ou ainda, ao Príncipe de Gales da Inglaterra. Cardoso Pires queria referir-se ao indivíduo altivo, destinatário das terras, vícios e virtudes de seus ancestrais, mantenedor das tradições avoengas, mas desprovido de brasão e de título. Não poderia etiquetar seu personagem recorrendo à nobiliarquia lusitana, dada a ausência de termo equiparado. "Infante" é no todo inapropriado, por ser dado aos filhos de reis que não os herdeiros principais. Segundo a origem latina, infante é aquele que não fala, e por extensão, aquele sem voz ativa nos negócios do Estado. Outra opção seria "fidalgo". Segundo Antenor Nascentes, no vetusto Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, a palavra origina-se da locução "filho-de-algo", sendo "algo" o designativo de riqueza. Até hoje são familiares expressões como: "Fulano conseguiu juntar alguma coisa na vida". No dicionário de Nascentes deparamo-nos com uma distinção saborosa. Segundo ele, o termo opõe-se ao povo, ao "nascido das ervas". Todo nobre é um fidalgo, mas nem todo fidalgo é um nobre e temos para nós que esta opção já resolveria a questão. Cardoso Pires, porém, quis dar destaque ao seu personagem e não se contentou com o oferecido pela língua materna. Nas primeiras linhas da obra o narrador-personagem revela a alternativa escolhida e fecha a questão.

Ou a conturba. Na História Francesa, há delfins que não atingiram a coroação. Louis XIV transmitiu a coroa ao seu bisneto, Louis XV, que por sua vez entregou-a ao seu neto, o triste Louis XVI, decapitado sem que Louis "quase" XVII pudesse pretendê-la. De permeio, quatro delfins que se contentaram com a mera expectativa do trono. Si o peso de um reino for considerado uma graça, a História Portuguesa mostra-nos dois infantes agraciados: D. João VI (1767-1826) e D. Manuel II (1889-1932). Sobrevivessem os primogênitos D. José e D. Luis Filipe, respectivamente, e a relevância daqueles seria genealógica. Outro príncipe secundário na sucessão mas importante por seus feitos foi D. Henrique, dito O Navegador, fundador da Escola de Sagres, cuja valia dispensa comentário. Temos delfins destinados ao governo mas que não cumpriram seus destinos. Temos infantes destinados à obscuridade que foram chamados ao meio da cena ― D. Manuel II foi o último monarca de Portugal. Com a leitura do romance, o leitor poderá avaliar a justeza vocabulária do autor.

Quem puder que se detenha na biografia de D. Manuel II. O regicídio de 1908 levou-o inesperadamente ao governo de Portugal. Lembremos que Carlos I, o soberano abatido, foi retratado com extrema simpatia por Miguel Sousa Tavares, no já comentado romance Equador. Manuel II reinou timidamente por 29 meses, e foi destronado em 1910. Partiu para o exílio na Inglaterra e neste país despontou-lha verdadeira vocação, a bibliografia. Trata-se da investigação, estudo e descrição de livros antigos, o que lhe valeu a alcunha de "bibliófilo de raça". Elaborou, mas não completou em vida, uma obra em três volumes nomeada Livros Antigos Portugueses, 1489-1600, da Biblioteca de Sua Majestade Fidelíssima. Seu perfil humanista permitiu-lhe acompanhar a transição pacífica de regime.

A Gafeira do romance é aldeia portuguesa inexistente, mas que seria síntese das existentes. Sua única atração é a temporada anual de caça. Fora isso, é um lugar próprio para ser abandonado por quem deseje dar um destino útil à vida. Lamenta-se que sua sombra estenda-se aquém e além mar. É o típico lugarejo onde as estagnadas superstições proíbem, por exemplo, que as mulheres lidem com uva ou trigo enquanto menstruadas para que não se desrespeite o pão e o vinho bíblicos. Não é de se estranhar que tal costume exista ou tenha existido. Si a criação é de Cardoso Pires, com ela foram abreviadas longas descrições de atraso espiritual e social. Todavia, a modernidade ronda e deixa aqui e ali a sensação de sua aproximação, fazendo seus habitantes pressentirem que cedo ou tarde será inevitável recebê-la, quer gostem quer não. A leitura remeteu-nos àquela cena do filme O Leopardo, de Visconti, em que a família do príncipe Salina assiste sua primeira missa ao chegar a Donnafugatta. Todos cobertos do pó da estrada, a câmera passa devagar do pai aos filhos, mostrando-os como fugitivos de época passada, como representantes de tempos que se despedem. Cardoso Pires também não foi muito piedoso com a fidalguia local, conforme o trecho citado ao pé desta coluna.

O personagem principal é Tomás Manuel, dito O Engenheiro, utilizando o título universitário como definição de fidalguia. Nunca deve ter elaborado ou acompanhado um projeto. Cardoso Pires desenha-lhe com poucos traços: "... muita estroinice, mas portas adentro cuidadinho. Ah, sim. Portas adentro não admitia falta de respeito, fosse a quem fosse". É daqueles que recebem a Modernidade com festejos, desde que ela não demonstre querer entrar em casa. Estava sempre pronto a ser cúmplice de adultério, mas que se não levantasse a hipótese de ser ele a vítima. Não bastasse ser leviano, inconsequente e abrutalhado no trato com as pessoas, era também atormentado pela ausência de filhos, mormente por não conseguir identificar a esterilidade em si ou na mulher. A certa altura, irrita-se ao comentar sobre o processo de inseminação artificial ― pares de cornos devidamente esterilizados ― porque lembra que a chave do mistério pode estar com ele. Fica-lhe bem a observação de La Bruyère expressada trezentos anos antes: "É sempre difícil a um homem orgulhoso perdoar a que o surpreendeu em erro e que se queixa dele com razão: seu orgulho só fica satisfeito quando consegue readquirir sua superioridade e jogar a culpa no outro". Por mais que se julgasse superior às pessoas ao seu redor, o Engenheiro reflete-lhes a desconfiança ante o assédio das novidades.

O romance inteiro é o pasmar do narrador-personagem, autodenominado Autor, com o sucedido na aldeia que visitara um ano antes, na mesma estação de caça, período em que privou com o Engenheiro e esposa. Na primeira estadia, viu o barril de pólvora, mas não percebeu o rastilho aceso. No ano seguinte, soube da explosão. Foi informado da existência do inquérito oficial, mas de acesso proibido. Restou-lhe tentar reconstituir a trama a partir da versão oral, muito mais contraditória, invasiva e não conclusiva. Tais incertezas repercutem na estrutura do livro, levando o capítulo XXVI a ter duas surpreendentes versões. Testemunhado o destempero do Engenheiro e destruída a família, o que ficou foi o maldizer da canalha, que si mais levanta o fogo da curiosidade, menos explica e transforma um fato sério em chacota. Todas as épocas mostram-nos o chamado "zé-povinho" encantado com as mazelas dos ocupantes da "prateleira de cima, no dizer de jornalista local.

A leitura d'O delfim foi um prazer linguístico ― caso exista esta categoria ― ampliado pela audição dos álbuns Antology e Rogamar de Cesaria Evora. Tais obras fazem com que nós, brasileiros médios, ampliemos nossa percepção do idioma. Nos últimos dias, resolvemos ler algo breve enquanto a televisão da sala estava ocupada. Tomamos meio que ao acaso o volume de contos portugueses de antiga coleção em dez livros. A última narrativa das Maravilhas do conto português ― seleção de Edgard Cavalheiro, 1958 ― era justamente de Cardoso Pires, intitulada Estrada 43 e extraído d'Os caminheiros. Lido o romance e preparada a coluna, entendemos o encontrar desta história como um "até logo" do escritor. "Até logo", respondemos.

Trecho
"Até que, sem dizer porque sim nem porque não, ordenou que o içassem para cima de um carro de bois e foi passar revista às propriedades. Parecia um pregador em viagem, sentado num trono de seda. A cadeira, furada no tampo, estava envolvida por uma colcha que ocultava o bacio. Ele e os seus dejectos arrastavam-se a passo de procissão por entre lenços vermelhos, tantos como não seria capaz de imaginar. 'O que aí vai, magano. O que aí vai...'

"De pé, ao meio da carroça, um moço da casa amparava-o pelas costas. E o Gago foi-se tornando pensativo, mais inteiriçado ainda, avançando aos solavancos como uma imagem de madeira."

Para ir além






Ricardo de Mattos
Taubaté, 19/10/2009

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