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Terça-feira, 5/7/2016
Tempos de Olivia, romance de Patricia Maês
Jardel Dias Cavalcanti
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A escritora Patricia Maês acaba de publicar seu primeiro romance: Tempos de Olívia, pela editora Cuzbac. Já havia publicado anteriormente um livro de contos, O Céu é Meu e duas peças de teatro, além de tornar-se parceira do compositor Lô Borges em cinco músicas para o CD Horizonte vertical.

No centro de Tempos de Olívia é narrada a crise criativa de uma personagem escritora. Dividida entre a necessidade vital de criar e a melancólica constatação de que isso se tornou impossível, ela afirma sistematicamente o lugar da arte e do artista num mundo de valores vazios, aquele mundo (já denunciado por T. S. Eliot como o mundo dos “homens ocos”) que não responde mais aos anseios de uma existência plena e espiritual.

O que a leva a essa crise já aparece nas primeiras páginas do romance: “(...) meu cansaço sem nome, cansaço não de ofício, mas sim de existência interior para a qual não tenho visto correspondência nas coisas externas.”

Além da falta de correspondência do mundo exterior com as indagações espirituais da escritora, a solidão, amiga do criador, não lhe traz mais paz. O resultado são “questionamentos que nunca desaguam em campos mais esclarecidos, propiciadores de dissolução das dúvidas (...)”, e onde “tudo o que chega apenas fica, fica, faz mais peso e ocupa mais espaço.”

Livrar-se da criação, ou mesmo ver-se na impossibilidade de gerar mais algum bem espiritual, como uma peça de teatro, torna-se sua forma de sobrevivência: “Eu tenho de me livrar de coisas, para não querer mais me livrar da vida (...)”.

Tempos de Olívia é prosa que não se deixa levar pela simples narração objetiva. Acrescenta timbres inusitados e colore com notas emocionais sua narrativa. Faz com que nos adentremos na turbulenta psique de sua personagem, Olívia, como se dentro de uma caverna escura pudéssemos sentir o frio das pedras, os desvãos das rochas, o intricado jogo de luz e sombra que nos confunde a realidade.

A CRISE

O mote principal do romance de Patricia Maês deriva desse drama. “O que houve comigo é que de repente abri mão de um caminho seguro e caí em um buraco de crise na criatividade.”

Diante da impossibilidade de criar, a personagem Olívia vai tecendo um universo amplo de investigações sobre si mesma e sobre sua relação com o mundo: seja o da arte, o do amor, o das amizades ou o do seu público. No interior do romance fica claro o drama do processo criador bloqueado cujo resultado é devastador, uma paralisia da própria vida, revelada na constituição em torno da personagem.

O “fogaréu selvagem” que a consome durante todo o percurso da narrativa não é outra coisa que o resultado do desespero diante da incapacidade de criar. A arte é sua raison d´être, sua felicidade realizada, seu refúgio possível, a finalidade que justifica sua existência. “Para mim, é tudo o que conta”, diz Olívia. O mundo existe para ela em sua essência poética, mas tornar isso realidade para uma página em branco se tornou difícil, impossível, no momento.

A explicação sobre o sentido da existência dos artistas (esses “deuses tortos”) e da arte, é produzida no mesmo movimento da crise de criação que a envolve. Gerando uma reflexão sobre o sentido da própria crise, revela o resultado que a literatura teria na vida de seus leitores.

O artista seria, numa bela metáfora criada por Patricia Maês, aquele que “coloca o coração na ponta da lança e o oferece às feras.” E sua missão é clara: “A beleza é nosso papel, e só por ela estamos aqui.”



SENSUALISMO

“O que seria esse aroma de coisa roxa?”

Em Tempos de Olívia, há um sensualismo nas descrições do próprio corpo da personagem, das suas vestes, da própria aparência. “O espelho é meu companheiro”. Uma afirmação que parece dizer muito sobre Olívia: ela se vê primeiro para só depois ver o mundo. Uma sensação fica para o leitor, a de um corpo presente, insistentemente belo e sensual, e que parece ter, na determinação de ser o que é, um valor plástico/orgânico em si mesmo. Daí deriva boa parte de sua reflexão sobre o mundo, as pessoas, a sociedade onde trafega, num jogo de espelhos onde a imagem de si, enquanto corpo sensual ocupando espaços, se abre para conhecer da pele para dentro o exterior da realidade.

Em um momento de susto, quando, por exemplo, se perde na pousada e um homem quase a aprisiona no escuro, sua resposta ao medo é o cuidado feminino de si mesma. No simples ato de se pentear encontra sua força enquanto ser no mundo, livre e agente da ação que a faz se afirmar enquanto mulher.

É nesse sentido que a sensualidade atravessa o corpo de Olívia, principalmente revelada nas escolhas das roupas que veste e que refletem bastante a situação existencial da personagem. A escrita que gera prazer na descrição de um simples vestido invade vários momentos do romance.

O corpo de Olívia, além de simplesmente existir como uma presença estética encantadora, é o dado mais vivo de sua autoconsciência de ser vivente, chegando mesmo a tornar-se encenação dessa existência. A sensualidade é o resultado da capacidade da personagem de se relacionar com o mundo a partir de sensações, do cruzamento do corpo com os objetos/seres animados ou inanimados.

Quando quer lidar com problemas, o corpo de Olívia responde em consonância com a natureza, numa oferenda sensual da nudez ao sol metafórico da indecisão.

Ao transformar seu corpo, cortando o cabelo ou usando tal vestido, por exemplo, sua personalidade altera a sensação de si mesma, às vezes imprimindo segurança, força, autoconfiança, felicidade etc. É o corte do cabelo que a desnuda e é o toque do vestido, sua sensação na pele como fonte de prazer, que a deixa delicada.

Patricia Maês consegue criar na sua literatura algo raro entre as escritoras mulheres. Seu poder de transformar em literatura as sensações do corpo feminino em sua relação erótica com as roupas, sem apelo fetichista, numa clave de pulsão libidinal delicada que a transforma numa sofisticada escritora fenomenológica do universo da mulher. Uma escrita que gera, além do “prazer do texto” (no sentido reclamado por Roland Barthes), a revelação, na intimidade da linguagem, do sentido da intimidade do feminino.

O OUTRO SI MESMO

Em relação a algumas personagens, a escritora tem um olhar analítico, que observa a partir de detalhes o fiasco de uma existência em profundo desmoronamento. Mas essa atenção ao outro é a forma que a autora encontra para que Olívia investigue seu próprio eu, na diferença, no que do outro recolheu de melhor para si mesma, aquilo que na outra, talvez, nunca tenha existido de fato. O resultado do encontro com o outro é drasticamente revelador: “meu modelo de felicidade feneceu”.

É também como resultado desse encontro que Olívia investiga as consequências de sua relação com o ato criador e, consequentemente, com o seu respectivo púbico. No entanto, há algo mais nessa relação: Olívia está se colocando diante de si mesma em relação ao nada que a possui a todo instante. É significativa a frase: “apenas não estou destruída por fora”.

Interiormente meio à deriva, numa autotorturante investigação de si mesma, ela procura resquícios de um tempo que foi diferente, para que possa continuar sua busca por uma saída de um presente que lhe parece massacrante e do qual deseja escapar. Seu drama ainda é o do sofrimento causado pela incapacidade de criar. Por isso busca sair do labirinto de espelhos que a aprisiona.

O AMOR AUSENTE

O vazio que se instaura na personagem nos parece fruto de sua inadequação em realizar-se plenamente no amor, ou no amor que um dia sonhou/desejou ter. Esse amor absoluto que suplantaria todas as “dores do mundo” não parece ter se efetuado.

Olívia não se dispõe ao risco do sublime. A conclusão é que o temor prevalece na relação, dado o perigo letal que é amar: “Desvendar o sublime pode ser perigoso, e pode ser a morte do coração.” Talvez a criação artística, sua raison d´être seja a única possibilidade de existir algo que possa rivalizar com o sentimento oceânico da paixão.

EXISTE SAÍDA?

Diante da condição de seres frágeis que somos, facilmente quebráveis e, pior ainda para os artistas, seres plenos dessa consciência, cumpre perguntar: que saída se poderia encontrar? No embate com a persona de Ana Beatriz, a resposta de Olívia é uma sucessão de negativas que coloca para si mesma: “O alcoolismo não é uma saída, a loucura não é uma saída, a noite escura não é uma saída.”

Então, onde encontrar a porta de saída ou a entrada ideal para uma vida plena (com seus milagres e horrores)?

Em uma passagem do romance aparece o vislumbre de uma nova consciência de si, quando abandona uma imagem retorcida de si mesma. Ela diz: “Ao perder a arte, encontro-me com uma faceta daquilo que sou e que se escondia enquanto eu vivia em ritmo frenético, me expondo até às entranhas. Hoje não tenho nada a mostrar e com isso ganhei uma coisa que há tempos me causaria desespero. Estou na posição daqueles que precisam se esforçar, levada por essa onda de inércia na imaginação. (...) Vou ao garimpo, como gosto de dizer. Mas ganhei o vazio, e desse vazio me contemplo toda reiniciada, como se lavada de uma água tão pura que minhas fomes são apenas de uma clareza no domínio de minhas próprias e indispensáveis fragilidades.”

Talvez a saída apontada por Nietzsche contra o paralisante niilismo seja mesmo a arte, nos salvando da verdade e constituindo no sujeito o único lugar possível de expressão da absoluta liberdade: a criação. Tal qual se edificou no romance que vamos ler. O resultado é que a autora deu a si mesma e a nós “o presente de viver uma delicadeza”.

Para o leitor do romance creio que vale a pena reproduzir, antecipadamente, uma bela reflexão de Olívia sobre o significado da delicadeza:

“Sou firme, e sei ser delicada. Só os delicados sobrevivem. Só os realmente delicados sabem das forças, aceitam a natureza com seus mandos e desmandos, entendem a brutalidade e a contornam, porque só os delicados veem tudo.”

Por fim, depois da longa batalha com a folha branca, retomando sua criação, Olívia entende o sentido do círculo infernal onde penetrou e de onde saiu.

Fechado o círculo da criação, o amor pode aparecer, deixando Olívia “tão leve e vulnerável que a menor brisa pode levar longe.” E a metáfora do corpo, lugar de comunicação entre Olívia e o mundo, reaparece: “Uma obra pronta é como um corpo ao sol querendo ser visto.”

E aqui estamos nós, leitores, prontos para a delícia dessa visão.


Jardel Dias Cavalcanti
Londrina, 5/7/2016

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