Eddie Van Halen (1955-2020) | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
37550 visitas/dia
2,0 milhões/mês
Mais Recentes
>>> CCBB Educativo realiza oficinas que unem arte, tradição e festa popular
>>> Peça Dzi Croquettes Sem Censura estreia em São Paulo nesta quinta (12/6)
>>> Agenda: editora orlando estreia com livro de contos da premiada escritora Myriam Scotti
>>> Feira do Livro: Karina Galindo lança obra focada na temática do autoconhecimento
>>> “Inventário Parcial”
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Stalking monetizado
>>> A eutanásia do sentido, a poesia de Ronald Polito
>>> Folia de Reis
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
>>> Left Lovers, de Pedro Castilho: poesia-melancolia
Colunistas
Últimos Posts
>>> Ilya Sutskever na Universidade de Toronto
>>> Vibe Coding, um guia da Y Combinator
>>> Microsoft Build 2025
>>> Claude Code by Boris Cherny
>>> Behind the Tech com Sam Altman (2019)
>>> Sergey Brin, do Google, no All-In
>>> Claude 4 com Mike Krieger, do Instagram
>>> NotebookLM
>>> Jony Ive, designer do iPhone, se junta à OpenAI
>>> Luiz Schwarcz no Roda Viva
Últimos Posts
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
>>> Transforme histórias em experiências lucrativas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> O primeiro assédio, na literatura
>>> Autor não é narrador, poeta não é eu lírico
>>> Queridos amigos
>>> Agonia
>>> Sugerido para adultos?
>>> A literatura infanto-juvenil que vem de longe
>>> 2021, o ano da inveja
>>> O futuro político do Brasil
>>> David Foster Wallace e Infinite Jest
>>> Arquitetura de informação
Mais Recentes
>>> O Grande Livro Do Medo Contos De Arrepiar de Pedro Rodriguez pela Ciranda Cultural (2012)
>>> Descobrindo As Garotas de Carla Nieto Martines pela Ciranda Cultural (2011)
>>> Paisagem de Lygia Bojunga pela Agir Editora (1998)
>>> Contabilidade Introdutoria de Equipe De Professores ( Fea Usp ) pela Atlas (1998)
>>> Minhas Rimas De Cordel de César Obeid pela Moderna (2005)
>>> AVC e Sono de Fernando Morgadinho Santos Coelho pela Minha (2014)
>>> Nascido Para Correr de Christopher McDougall pela Globo (2010)
>>> Se Nao For Agora, Quando Sera? de Marcelo Rittner pela Planeta (2013)
>>> A Bruxinha Atrapalhada de Eva Furnari pela Global (2002)
>>> O Menino Azul de Cecilia Meireles pela Global (2013)
>>> Nascer sabendo de Ronaldo Simões Coelho pela Ftd (1997)
>>> O Rei Preto De Ouro de Sylvia Orthoff pela Moderna (1997)
>>> Odisséia de Homero. Adaptação Leonardo Chianca pela Scipione (2000)
>>> Cara De Bolacha de Eliana Martins pela Scipione (2005)
>>> Cuidando E Crescendo - Ted Ajuda de Alison Reynolds pela Ciranda Cultural (2008)
>>> Viewpoint de Michael Mccarthy, Jeanne Mccarten, Helen Sandiford pela Cambridge University Press (2016)
>>> Brick Lane de Monica Ali pela Black Swan (2004)
>>> A Década De 80 de Marly Rodrigues pela Ática (1999)
>>> Crianças Francesas Não Fazem Manha de Pamela Druckerman pela Fontanar (2013)
>>> De Cara Com A Midia de Francisco Viana pela Negocio (2001)
>>> Já Entendi de Gladys Mariotto pela Planeta Do Brasil (2015)
>>> O Oitavo Vilarejo de Gustavo Rosseb pela Jangada (2016)
>>> O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exúpery pela Novo Século (2021)
>>> El Tatuador De Auschwitz de Heather Morris pela Espasa (2018)
>>> The Corporate Culture Survival Guide de Edgar H. Schein pela Jossey-bass (1999)
COLUNAS

Sexta-feira, 9/10/2020
Eddie Van Halen (1955-2020)
Julio Daio Borges
+ de 3100 Acessos

Nossa, como eu ouvi Van Halen. Poderia escrever um texto sobre cada álbum, sobre cada faixa. Cada qual numa época diferente da minha adolescência e juventude.

“1984” - quando eu mal sabia o que era rock. A gente começando a sair, nas matinês da Up&Down - onde, justamente, a música de abertura era “1984”, do álbum homônimo. (David Lee Roth, fã de dance music, teria gostado.)

E, numa época próxima, “OU812”, quando assistíamos aos primeiros videoclipes, na televisão - com Beto Rivera, da Jovem Pan - e o de “When it’s love” me fazia pensar na menina de quem eu gostava, claro.

“5150”, quando eu já estava no colegial, cobiçando o CD (depois o Papai me traria de Nova York). A gente assistia aos clipes, já na MTV, e havia aquele, impressionante, de “5150” ao vivo, do álbum homônimo.

Live without a net” foi um show que eu e meu amigo Bruno assistimos até cansar. Em VHS, com aquela abertura eletrizante, “There’s only one way to rock...” - que deixou estupefata até uma colaboradora do Digestivo, baby-boomer, décadas mais tarde.

Acho que copiei a fita do Bruno, porque levei para o meu professor de violão/guitarra, no Clam - que tinha parado em AC/DC dos anos 70 e que tinha Jimmy Page como grande herói da guitarra roqueira.

“É, realmente, aquela hora em que ele senta no palco...”, admitia o meu professor. Era o momento do solo, em que Eddie executava “Eruption”. Confesso que nunca tentei fazer aquilo em casa. Eu não chegava perto daquele negócio.

O mais perto a que cheguei foi de “Panama” - que até o John Mayer, que é originalmente um cantor, toca. Mal e porcamente, mas toca. Era como eu tocava. (Felizmente, não registrei nada.)

No final da escola, Joe Satriani e Steve Vai já haviam se juntado ao nosso panteão de heróis. E, quando descobrimos os aniversários deles, um amigo guitarrista veio me provocar: “Eu faço aniversário na mesma época em que o Steve Vai. E você?”. Tive de responder na lata: “Eu faço aniversário na mesma época em que Eddie Van Halen. Ele é do dia 26, eu sou do dia 29”.

Aliás, procurei as declarações recentes de Vai e Satriani, só por curiosidade. De Vai, havia uma assim: “Van Halen é um gênio; não posso me comparar com ele”. Já Satriani perferiu se concentrar na parceria dos irmãos Alex (baterista) e Edward Van Halen.

Satriani acrescentou que o Van Halen chegou tirando aquele clima pesado que assobrava o rock desde o advento do heavy metal e do Black Sabbath. Confesso que ainda sinto algo de sombrio nos primeiros discos do Van Halen e, por ter sido contemporâneo do “Van Hagar”, tenho mais lembranças dessa fase.

Não que não fosse um acontecimento cada movimento de Dave Lee Roth. Começando pela banda que ele montou, para fazer frente ao Van Halen. Terminando com sua volta triunfal... ao Van Halen!

Horas e horas de discussões e análises, eu e meus amigos, sobre cada solo, cada efeito, cada performance. Nossa vida era música e eu só não fui músico porque, como executante, eu era uma lástima. (Obrigado por me colocar no meu lugar, Eddie Van Halen.)

Eu poderia continuar relembrando uma porção de histórias. Como quando eu fui a primeira vez num Hard Rock Café, localizei uma guitarra do Van Halen e pedi para a minha irmã Carolina tirar uma foto. (Ela também me fotografou com o Johnny Ramone, guitarrista dos Ramones, que encontrei, por acaso, em Nova York.)

Eu fico imaginando o que deve ter sido a perda de um Paganini ou mesmo a de um Mozart. Calculo a perda de um Jimi Hendrix, porque vivi a perda de um Raphael Rabello, a de um Paco De Lucia - e, agora, a de Edward Van Halen.

Os virtuoses são como uma força da natureza. Existe algo de sobre-humano neles, algo de sobrenatural - como se pairassem acima de nós, reles mortais que somos. Não é à toa que correm lendas envolvendo pactos e encruzilhadas.

Virtuoses são divinos e, ao mesmo tempo, assustadores. Eddie Van Halen tocando guitarra no palco era como se um alienígena tivesse descido de uma nave. Ele não era deste mundo. Era alguém de outro planeta.

Dizer, para mim, que Eddie Van Halen morreu é como dizer que o Super Homem está morto. Não é possível. Super-heróis não morrem. Semideuses, como Aquiles, até morrem - só que desfrutam de gloria eterna. É o que desejo a você, Edward Lodewijk Van Halen.


Julio Daio Borges
São Paulo, 9/10/2020

Quem leu este, também leu esse(s):
01. Charges e bastidores do Roda Viva de Diogo Salles
02. Mulheres fantásticas e futuristas de Carla Ceres
03. O centenário de Contos Gauchescos de Marcelo Spalding
04. Tarantino e o espírito do tempo de Luiz Rebinski Junior
05. Convivendo com a Gazeta e o Fim de Semana de Julio Daio Borges


Mais Julio Daio Borges
Mais Acessadas de Julio Daio Borges em 2020
01. Doutor Eugênio (1949-2020) - 7/12/2020
02. Eddie Van Halen (1955-2020) - 9/10/2020
03. Minha biblioteca de sobrevivência - 30/3/2020
04. Zuza Homem de Mello (1933-2020) - 12/10/2020
05. Confissões pandêmicas - 13/12/2020


* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site



Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Selection of masterworks in the collection of the nacional place museum
Republic of China
Republic of China
(1973)



O Quarto Cavaleiro
Margot Dalton
Best Seller
(2001)



Livro Consumidores Insatisfeitos Uma Oportunidade Para As Empresas
Marie Agnes Chauvel
Mauad
(2000)



Porto Alegre Com Todos os Demonios!
Kassandra
Poa
(2006)



A Reconexão
Eric Pearl
Pensamento
(2012)



Aprenda a Amar
Mary Jacksh
Publifolha
(2005)



A Infância de Mauricio de Sousa
Audalio Dantas
Callis



Toques de Sabedoria Parte I -no Caminho do Amor e Felicidades
Eduardo Araia
Planeta
(1995)



Professores e Jovens: Construindo Pontos de Encontro
Vários
Cenpec
(2001)



Fontes Clarianas
José Carlos Corrêa Pedroso
Vozes
(1994)





busca | avançada
37550 visitas/dia
2,0 milhões/mês