Eddie Van Halen (1955-2020) | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
78889 visitas/dia
1,7 milhão/mês
Mais Recentes
>>> Festival exibe curtas-metragens online com acesso livre
>>> Lançamento do thriller psicológico “ A Oitava Garota ”, de Willian Bezerra
>>> Maurício Einhorn celebra os 45 anos do seu primeiro álbum com show no Blue Note Rio, em Copacabana
>>> Vera Holtz abre programação de julho do Teatro Nova Iguaçu Petrobras com a premiada peça “Ficções”
>>> “As Artimanhas de Molière” volta aos palcos na Cidade das Artes (RJ)
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Literatura e caricatura promovendo encontros
>>> Stalking monetizado
>>> A eutanásia do sentido, a poesia de Ronald Polito
>>> Folia de Reis
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
Colunistas
Últimos Posts
>>> O coach de Sam Altman, da OpenAI
>>> Andrej Karpathy na AI Startup School (2025)
>>> Uma história da OpenAI (2025)
>>> Sallouti e a história do BTG (2025)
>>> Ilya Sutskever na Universidade de Toronto
>>> Vibe Coding, um guia da Y Combinator
>>> Microsoft Build 2025
>>> Claude Code by Boris Cherny
>>> Behind the Tech com Sam Altman (2019)
>>> Sergey Brin, do Google, no All-In
Últimos Posts
>>> Política, soft power e jazz
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> 21 de Junho #digestivo10anos
>>> 3 Alexandres
>>> Blogueiros vs. Jornalistas? ROTFLOL (-:>
>>> A eutanásia do sentido, a poesia de Ronald Polito
>>> O poeta, de Vinicius de Moraes
>>> Crítica à arte contemporânea
>>> Pecados, demônios e tentações em Chaves
>>> Satã, uma biografia
>>> Críticos em extinção?
>>> DeepSeek by Glenn Greenwald
Mais Recentes
>>> Infinito - Os Imortais de Alyson Noël pela Intrínseca (2013)
>>> Para Sempre - Os Imortais de Alyson Noel pela Intrinseca (2009)
>>> Terra De Sombras - Portugues Brasil de Alyson Noel pela Intrínseca (2013)
>>> Lua Azul - Os Imortais - Portugues Brasil de Alyson Noel pela Intrínseca (2013)
>>> Calhoun: Catherine & Amanda - Vol. 1 de Nora Roberts pela Harlequin Books (2010)
>>> A Máquina De Fazer Espanhóis de Valter Hugo Mãe pela Biblioteca Azul (2016)
>>> Lembranças De Nós Dois de Judith Mcnaught pela Bertrand Brasil (2023)
>>> Crônicas De Repórter de Pedro Bial pela Objetiva (1996)
>>> Lula E Minha Anta de Diogo Mainardi pela Record (2007)
>>> Em Busca da Sabedoria de N. Sri Ram pela Teosófica (2020)
>>> A Cabeca De Steve Jobs As Licoes Do Lider Da Empresa Mais Revolucionaria Do Mundo de Leander Kahney pela Agir (2008)
>>> Nosso Jogo de John Le Carré pela Record (1996)
>>> A Grande Esperança Viva Com a Certeza de Que Tudo Vai Terminar Bem de Ellen G. White pela Casa Publicadora Brasileira (2011)
>>> Senhora Do Jogo - Mistress Of The Game de Sidney Sheldon pela Record (2007)
>>> O Regresso de Michael Punke pela Intrínseca (2016)
>>> The Casual Vacancy de J.K Rowling pela Wentworth Press (2012)
>>> Um Conto Do Destino de Mark Helprin pela Editora Novo Conceito (2014)
>>> Brinquedos E Brincadeiras de Roseana Murray pela Ftd (2014)
>>> A Risada Do Saci (contos De Espantar Meninos) de Regina Chamlian pela Editora Atica (2009)
>>> Histórias De Bichos Brasileiros de Vera do Val pela Wmf Martins Fontes (2010)
>>> Matemática. Caderno De Atividades. 7º Ano de Imenes pela Moderna (2010)
>>> Novos Brasileirinhos de Lalau e Laurabeatriz pela CosacNaify (2002)
>>> Eu Chovo, Tu Choves Ele Chove de Sylvia Orthof pela Objetiva (2003)
>>> As Esganadas de Jô Soares pela Companhia Das Letras (2011)
>>> Lembra De Mim? de Sophie Kinsella pela Record (2009)
COLUNAS

Sexta-feira, 9/10/2020
Eddie Van Halen (1955-2020)
Julio Daio Borges
+ de 3100 Acessos

Nossa, como eu ouvi Van Halen. Poderia escrever um texto sobre cada álbum, sobre cada faixa. Cada qual numa época diferente da minha adolescência e juventude.

“1984” - quando eu mal sabia o que era rock. A gente começando a sair, nas matinês da Up&Down - onde, justamente, a música de abertura era “1984”, do álbum homônimo. (David Lee Roth, fã de dance music, teria gostado.)

E, numa época próxima, “OU812”, quando assistíamos aos primeiros videoclipes, na televisão - com Beto Rivera, da Jovem Pan - e o de “When it’s love” me fazia pensar na menina de quem eu gostava, claro.

“5150”, quando eu já estava no colegial, cobiçando o CD (depois o Papai me traria de Nova York). A gente assistia aos clipes, já na MTV, e havia aquele, impressionante, de “5150” ao vivo, do álbum homônimo.

Live without a net” foi um show que eu e meu amigo Bruno assistimos até cansar. Em VHS, com aquela abertura eletrizante, “There’s only one way to rock...” - que deixou estupefata até uma colaboradora do Digestivo, baby-boomer, décadas mais tarde.

Acho que copiei a fita do Bruno, porque levei para o meu professor de violão/guitarra, no Clam - que tinha parado em AC/DC dos anos 70 e que tinha Jimmy Page como grande herói da guitarra roqueira.

“É, realmente, aquela hora em que ele senta no palco...”, admitia o meu professor. Era o momento do solo, em que Eddie executava “Eruption”. Confesso que nunca tentei fazer aquilo em casa. Eu não chegava perto daquele negócio.

O mais perto a que cheguei foi de “Panama” - que até o John Mayer, que é originalmente um cantor, toca. Mal e porcamente, mas toca. Era como eu tocava. (Felizmente, não registrei nada.)

No final da escola, Joe Satriani e Steve Vai já haviam se juntado ao nosso panteão de heróis. E, quando descobrimos os aniversários deles, um amigo guitarrista veio me provocar: “Eu faço aniversário na mesma época em que o Steve Vai. E você?”. Tive de responder na lata: “Eu faço aniversário na mesma época em que Eddie Van Halen. Ele é do dia 26, eu sou do dia 29”.

Aliás, procurei as declarações recentes de Vai e Satriani, só por curiosidade. De Vai, havia uma assim: “Van Halen é um gênio; não posso me comparar com ele”. Já Satriani perferiu se concentrar na parceria dos irmãos Alex (baterista) e Edward Van Halen.

Satriani acrescentou que o Van Halen chegou tirando aquele clima pesado que assobrava o rock desde o advento do heavy metal e do Black Sabbath. Confesso que ainda sinto algo de sombrio nos primeiros discos do Van Halen e, por ter sido contemporâneo do “Van Hagar”, tenho mais lembranças dessa fase.

Não que não fosse um acontecimento cada movimento de Dave Lee Roth. Começando pela banda que ele montou, para fazer frente ao Van Halen. Terminando com sua volta triunfal... ao Van Halen!

Horas e horas de discussões e análises, eu e meus amigos, sobre cada solo, cada efeito, cada performance. Nossa vida era música e eu só não fui músico porque, como executante, eu era uma lástima. (Obrigado por me colocar no meu lugar, Eddie Van Halen.)

Eu poderia continuar relembrando uma porção de histórias. Como quando eu fui a primeira vez num Hard Rock Café, localizei uma guitarra do Van Halen e pedi para a minha irmã Carolina tirar uma foto. (Ela também me fotografou com o Johnny Ramone, guitarrista dos Ramones, que encontrei, por acaso, em Nova York.)

Eu fico imaginando o que deve ter sido a perda de um Paganini ou mesmo a de um Mozart. Calculo a perda de um Jimi Hendrix, porque vivi a perda de um Raphael Rabello, a de um Paco De Lucia - e, agora, a de Edward Van Halen.

Os virtuoses são como uma força da natureza. Existe algo de sobre-humano neles, algo de sobrenatural - como se pairassem acima de nós, reles mortais que somos. Não é à toa que correm lendas envolvendo pactos e encruzilhadas.

Virtuoses são divinos e, ao mesmo tempo, assustadores. Eddie Van Halen tocando guitarra no palco era como se um alienígena tivesse descido de uma nave. Ele não era deste mundo. Era alguém de outro planeta.

Dizer, para mim, que Eddie Van Halen morreu é como dizer que o Super Homem está morto. Não é possível. Super-heróis não morrem. Semideuses, como Aquiles, até morrem - só que desfrutam de gloria eterna. É o que desejo a você, Edward Lodewijk Van Halen.


Julio Daio Borges
São Paulo, 9/10/2020

Quem leu este, também leu esse(s):
01. Vamos pensar: duas coisas sobre home office de Fabio Gomes
02. Encontros (e desencontros) com Daniel Piza de Julio Daio Borges
03. A lei da palmada: entre tapas e beijos de Débora Carvalho
04. Desperte seu lado Henry Ford de Débora Carvalho
05. Barba e bigode de Guga Schultze


Mais Julio Daio Borges
Mais Acessadas de Julio Daio Borges em 2020
01. Doutor Eugênio (1949-2020) - 7/12/2020
02. Eddie Van Halen (1955-2020) - 9/10/2020
03. Zuza Homem de Mello (1933-2020) - 12/10/2020
04. Minha biblioteca de sobrevivência - 30/3/2020
05. Confissões pandêmicas - 13/12/2020


* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site



Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Opinião Giratória Foto Original
Sergio Nogueira Lopes
Do Autor
(2010)



The Startup Owners Manual
Steve Blamk and Bob Dorf
K&s Ranch
(2012)



Osório Síntese de Seu Perfil Histórico
J B Magalhães
Biblioteca do Exército
(1978)



O Livro Dos Arteiros: Arte Grande E Suja!
Maryann F. Kohl
Artmed
(2002)



Galeria
Regina Barros Correia Casillo
Solar Do Rosário
(2008)



Gramática Histórica
Ismael de Lima Coutinho
Acadêmica
(1954)



A Vizinha e a Andorinha
Alexandre Staut, Selene Alge
Cuore
(2015)



Livro Ensino de Idiomas Jane Eyre Volume 2 + CD
Charlotte Brontë
Richmond Publishing
(2024)



Basic Stochastic Process
Zdzislaw Brzezniak e Tomasz Zastawniak
Springer
(2005)



Guia de Procedimentos Para Implantação do Método de Análise de Perigos em Pontos Crríticos de Controle
Da Editora
Ponto Crítico





busca | avançada
78889 visitas/dia
1,7 milhão/mês