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Segunda-feira, 15/4/2002
A vitória da velhinha
Arcano9
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Perplexidade

Ela conseguiu. De novo. Uniu todo o povo britânico, como unira nos tempos de guerra. Uniu a família Real, quando a família Real parecia tudo, menos uma família. A vovó Rainha proporcionou um espetáculo de lágrimas e pompa não visto na capital britânica desde 1965, quando morreu Winston Churchill. Não, não estou me esquecendo de Diana, que em 1997 arrasou corações ao despedir-se bêbada e drogada em um túnel em Paris. A morte de Diana trouxe a comoção, as flores, as lágrimas. Esta trouxe tudo isso e, como se não bastasse, teve também uma cerimônia em que Rainha, herdeiro, duques e marqueses, vestiram seus vestidos mais chiques e ganharam a Mall. Como se não bastasse, teve aviões da Segunda Guerra dando rasantes sobre o Palácio de Buckingham. Teve apresentadores da BBC fazendo dois minutos de silêncio. Não um minuto, dois. Como se não bastasse, teve filas para assinar livros de condolências. Não de uma hora, ou duas: oito. Oito horas de espera, virando a noite de sábado, quando os distintos britânicos de idade mais avançada forram seus pijamas de flanela, ou quando os nobres britânicos da nova geração se preparam para a sétima garrafinha de Bacardi Breezer no Ministry of Sound.

Ela conseguiu. De novo. E deixou muita gente - inclusive eu - completamente perplexo. Como pôde? Uma frágil velhinha de 101 anos? Como pôde uma velhinha de 101 anos fazer este povo acreditar, de novo, que monarquia é algo bacana? Como pôde fazer isso bem no ano do Jubileu, que prometia ser o funeral da Rainha, tomando para si de modo tão triunfante o fardo da morte - não a morte em sentido figurado, mas a morte real, gélida e soturna - o que dobra seus méritos?

Luv'ly

"She was a luv'ly laidy", me falou, com um quase sorriso no rosto, o sujeito gordo e cockney que flagrei no pub a uma quadra da Leicester Square, sábado à noite. Eu tinha acabado de comprar meu ingresso para assistir Mulholland Drive e, como tinha ainda uma hora até a sessão começar, decidi me abrigar do ventinho pentelho no primeiro bar que encontrei. Tudo escrito nas estrelas para que, bem no sábado em que estou de folga, em que torcia com todas as minhas forças para o Papa ou Yasser Arafat não morrerem, eu ficar sabendo de primeira mão que a velhinha havia batido as botas. Triste vida de jornalista, mosca besta a preparar obituários e ganhar o pão às em volta de cadáveres. "She was a luv'ly laidy and she had a wonderful life" completou o sujeito, dando a entender que com a idade dela, dificilmente alguém poderia dizer que o ocorrido não era esperado.

Concordei com ele e com o meu chefe que, através do celular, que tive a infelicidade de não esquecer em casa, pediu que eu desse uma olhada na Clarence House e no Palácio de Buckingham, não longe de lá. Mas, caminhando, percebi rapidamente que a morte da Rainha-mãe foi sim inesperada e lamentável e horrível.

"She was a luv'ly laidy", disse o sujeito magro, com um buquê de rosas vermelhas nas mãos trêmulas e um cartão de condolências, com quem eu cruzei na frente da Clarence House, residência oficial em Londres da falecida. "She was working for her people until the very last moment... During the war, she was our leader... she was our queen...." aí, o sujeito começou a chorar e depositou suas flores numa área improvisadamente reservada para os tributos. Em seguida, chega um homem muito alto, muito gordo, com outro buquê de flores e outro cartão de condolências. Cerimonial e robótico, deposita as flores, dá um passo para trás, mantém um minuto de silêncio, bate continência e se afasta com lágrimas nos olhos. O que o senhor escreveu no cartão? "She was a luv'ly laidy", respondeu. "I said thank you for her beautiful life, and for her smile". Buá.

A comoção, porém, é isolada nesse momento. Caminho mais e vejo poucas pessoas com flores. Em frente ao Palácio de Buckingham, turistas e jornalistas (pobres coitados) entrevistando turistas que vieram ver o palácio, lógico, não prestar homenagem a ninguém. Dá para ver a cara de felicidade deles ao saber que vai ocorrer um cortejo fúnebre real dentro de alguns dias.

Ceticismo

Os jornais na segunda-feira. Uncertain farewell reveals a nation divided diz a manchete do The Guardian. O texto fala que, enquanto a velha geração lembra com saudosismo de um tempo em que a Rainha-mãe permaneceu em Londres com o Rei na resistência contra os ataques nazistas, nas altas labaredas da Segunda Guerra Mundial, a juventude assiste a obituários da velhinha na TV como se fossem curiosíssimos documentários sobre a Idade Média. Tudo muito distante da realidade. Que empolgação encontrar nisso? O que essa morte pode trazer de novo? Jonatham Friedland, do Guardian, diz que a multidão do lado de fora do Palácio de Buckingham era pequena e que as filas para assinar os livros de condolências, quase não existentes. A comprovação vem nas imagens da TV. Por outro lado, os demais jornais trazem seus cadernos com homenagens e biografias, conforme o esperado, mas nada mais que isso. A morte entristece... só entristece, mas a tristeza vai passar, porque realeza já era. Apresentador da BBC e seu comentário pertinente: "É uma pena que a Rainha-mãe não tenha resistido para ver o auge das celebrações do ano do jubileu da Rainha Elizabeth II" (ainda bem: pobrezinha, teria morrido de tédio.) A Rainha permanece em Windsor, onde está o corpo. O principe Charles, que estava na Suíça e ficou deeply saddened com a notícia, está retornando com urgência junto com os dois filhos adolescentes. Outros príncipes, duquesas e marqueses, fazem o mesmo. Oh, dor.

Glamour

Mas o eco de Diana falou mais alto. A Grã-Bretanha parou em 1997 - a morte da princesa de Gales foi uma desculpa para o povo se reencontrar. Não que ela fosse santa, mais virou, dadas as circunstâncias trágicas de sua partida. O povo aproveitou a morte para chorar seu próprio destino de tédio, de nostalgia do império perdido, de yorkshire pudding sem gosto, de adolescentes grávidas e com os dentes tortos, de natureza devastada, de Rainha antipática, de vida gasta. Assim como Diana, a Rainha-mãe era puro glamour, charme, um justo contraponto a tudo isso. A velhinha gostava de gim e fazia piadinhas inteligentes. Reza a lenda que um dia ela se encontrou com uma pessoa que ecoou o persistente sentimento anti-Inglaterra surgido na África do Sul depois da anexação inglesa de territórios no Transvaal, que antecedeu a Guerra dos Bôeres (1899-1902). Da Rainha-mãe se esperava tudo, menos a resposta em que ela buscou suas raízes escocesas: "I understand. We feel very much the same in Scotland", disse ela, que nasceu em uma familia de aristocratas ao norte da fronteira e foi criada num castelo perto de Dundee. Mais ia além das piadas, ela era uma bon vivant - se amarrava nas corridas de cavalo e em chapéus de longas abas, que balançam sapecas ao vento. Sorria e não se negava um bom banquete em companhia de quem quer que fosse. Tudo isso é charme e glamour. Quer mais? Pois bem... e o glamour de atravessar a Segunda Guerra Mundial na resistência com bom humor e otimismo, bem vestida em companhia de seu marido Rei, naquelas imagens de TV tão deliciosamente em branco e preto? E o glamour de ter se casado com o futuro monarca, sem saber que ele iria ser o rei George VI, e ser pega de surpresa quando o primeiro na linha de sucessão renunciou à coroa - o que significaria que ela iria ser a Rainha? Senhores, é inegável: além de ser a história viva da Grã-Bretanha no século passado, essa mulher era o máximo. Não se fazem mais mulheres assim. Diana até tentou, mas não conseguiu.

O povo percebeu, ainda que tardiamente, que a Rainha-mãe havia morrido. E a súbita empolgação foi alimentada pelas notícias de que, o que viria, seria o tal funeral cerimonial como há muito não se via, com participação direta e ativa dos membros da família Real. O delicado Príncipe Charles foi o maior destaque em toda essa novela de lamentação post-mortem, muito mais que a Rainha. O herdeiro do trono foi à ITV para, quase chorando, dizer como se sentia triste e perdido sem sua querida vovózinha, que significava "tudo para ele". O povo ficou tocado com Charles. Até Elizabeth II teve que dar a mão a torcer depois dessa e romper seu silêncio em Windsor. Vestida de negro, saiu para ver as flores e cartinhas deixadas no jardim do castelo e agradecer às pessoas que estavam lá para lamentar a morte. Tudo muito calculado, é claro, mas se ela não tivesse falado com o povo, nada teria mudado. Charles já tinha feito o que se esperava.

A essa altura, as tais flores já se empilhavam e empilhavam. E o corpo da Rainha-mãe foi trazido a Londres. Seguiu-se o desfile na Mall: o caixão, seguido por Charles, Philip, e até o bisneto William. Cavalos. Uniformes militares. Gritos empostados de guardas tradicionalmente mudos e paralisados no tradicional protocolo. O membro da guarda da Rainha se mexendo com seu chapéu engraçado, aliviado em quebrar o seu silêncio indiferente. Você viu no Jornal Nacional.

Ápice

"Há uma fila bastante longa para prestar respeitos à Rainha-mãe", dizia um cartaz na estação de Embankment no domingo, dia 7. A frase, que antecedia o parênteses "(8 horas de espera)" e a uma orientação quanto à melhor estação para descer se a pessoa quisesse pegar a fila, me fez ter certeza de que eu não iria pagar esse mico. Um amigo meu foi testemunha ocular: havia saído de uma festa em Brixton às duas da manhã e lá pelas duas e meia estava passando lá perto de onde estava o corpo. Ele tentou convencer a namorada a ficar, mas não conseguiu. Nos telejornais, análises do fenômeno, links ao vivo para o local da fila, repetições e repetições do obituário da velhinha. Isso tudo, uma semana depois da morte. Charles e outros netos participam de uma vigília silenciosa ao redor do caixão. Assistem à missa na abadia de Westminster. E, como tudo que é bom dura pouco, eles e a Rainha acompanham o cadáver da Rainha-mãe em sua última jornada a Windsor, onde ela agora descansa lado a lado com seu marido.

Está claro que a Rainha-mãe representou o final de uma era, e uma virada impressionante para a decadente monarquia, ainda que a alegria dos britânicos com os velhos valores possa ser, e provavelmente é, apenas um fenômeno passageiro. Talvez não seja passageiro porque os jovens podem ter, finalmente, encontrado um significado para tantos símbolos que, para eles, nunca diziam nada. Talvez não seja passageiro porque a Rainha-mãe conseguiu reunir os membros de sua família e o povo, e estes podem todos permanecer unidos por muito tempo só em respeito à adorável senhora. Talvez não seja passageiro porque muita gente agora pode ter descoberto que Charles é, afinal de contas, simpático e merece ser rei, e não é apenas um sonhador bobo obliterado pela poderosa sombra da mãe. O fato que temos, confirmadíssimo, é o divulgado pelo The Independent na terça-feira, dia 9: Em uma pesquisa, apenas 12% dos britânicos disseram que querem ver a monarquia abolida. Há uma ano, a porcentagem era de 34%.

Vitória da velhinha. Ela conseguiu.

(Nada mal um paralelo com o Brasil. Atenção, atenção, candidatos ao Planalto: as senhoras idosas melhoram seu desempenho nas pesquisas! São simpáticas, econômicas e discretas. Quer cabo eleitoral melhor? Está aberta a temporada de caça. Para quem vai Dercy Gonçalves? E a dona Zica?)

Para ir além

Leia meu texto anterior sobre o ano do Jubileu da Rainha: Real tédio


Arcano9
Londres, 15/4/2002

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