Digestivo nº 315 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
64082 visitas/dia
2,5 milhões/mês
Mais Recentes
>>> Eudóxia de Barros
>>> 100 anos de Orlando Silveira
>>> Panorama Do Choro
>>> Eduardo Freire lança livro e promove imersão em Project Thinking na Bett Brasil 2025
>>> Renan Inquérito celebra 10 anos do álbum “Corpo e Alma” de forma gratuita em SP
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
>>> Left Lovers, de Pedro Castilho: poesia-melancolia
>>> Por que não perguntei antes ao CatPt?
>>> Marcelo Mirisola e o açougue virtual do Tinder
>>> A pulsão Oblómov
Colunistas
Últimos Posts
>>> Pondé mostra sua biblioteca
>>> Daniel Ades sobre o fim de uma era (2025)
>>> Vargas Llosa mostra sua biblioteca
>>> El País homenageia Vargas Llosa
>>> William Waack sobre Vargas Llosa
>>> O Agent Development Kit (ADK) do Google
>>> 'Não poderia ser mais estúpido' (Galloway, Scott)
>>> Scott Galloway sobre as tarifas (2025)
>>> All-In sobre as tarifas
>>> Paul Krugman on tariffs (2025)
Últimos Posts
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
>>> Transforme histórias em experiências lucrativas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Era uma casa nada engraçada
>>> Romário
>>> O mau legado de Paulo Francis
>>> Abraços Partidos, de Pedro Almodóvar
>>> Leituras, leitores e livros – Parte III
>>> Ceravolo e a velha internet
>>> Felicidade: reflexões de Eduardo Giannetti
>>> Promoarte 2001
>>> A Promessa de Nicholson e o bem-acabado Desmundo
>>> Apresentação autobiográfica muito solene
Mais Recentes
>>> A Esposa Silenciosa de Karin Slaughter pela Harper Collins (2020)
>>> Dominador de Tess Gerritsen pela Record (2013)
>>> O Predador de Tess Gerritsen pela Record (2015)
>>> Reliquias de Tess Gerritsen pela Record (2012)
>>> Desaparecidas de Tess Gerritsen pela Record (2011)
>>> Corrente Sanguinea de Tess Gerritsen pela Record (2011)
>>> A Ultima Vitima de Tess Gerritsen pela Record (2015)
>>> Gelido de Tess Gerritsen pela Record (2013)
>>> Garota Silenciosa de Tess Gerritsen pela Record (2014)
>>> Ciladas Da Diferença de Antonio Flavio De Oliveira Pierucci pela Editora 34 (2000)
>>> Vida Assistida de Tess Gerritsen pela Record (2012)
>>> New Left Review 215: Carnivores and Capitalists de by on Christopher Lasch; others Fred Inglis, Alexander Cockburn, on A Short History of Meat, Goran Therborn, on 20th c. Marxism, Jim McGuigan, on Raymond Williams, Aidan Rankin pela New Left Review (1996)
>>> Latin America: Economy And Society Since 1930 (cambridge History Of Latin America) de Leslie Bethell pela Cambridge University Press (1998)
>>> O Homem Desenraizado de Tzvetan Todorov pela Record (1999)
>>> Da independencia de Portugal à origem das sesmarias e terras devolutas de Orlando Rodrigues Pereira e Irlan Celestino Pereira pela JM Grafica e Editora (2018)
>>> Matemática Aplicada À Economia E Administração de L. Leithold pela Harbra (2001)
>>> Bwoufallo Bill ? - Vol. 24 de Roba pela Dargaud Benelux (1995)
>>> Um Estudo Em Vermelho - Edição Definitiva - Comentada e Ilustrada de Arthur Conan Doyle pela Zahar (2009)
>>> Levante-se o Véu! - Reflexões Sobre o Exercício da Justiça Em Portugal de Álvaro L. Lúcio; José A. Barreiros; José Braz pela Oficina do Livro (2011)
>>> Você, Eu e os Robôs - Pequeno Manual do Mundo Digital de Martha Gabriel pela Atlas (2018)
>>> O Que Aconteceu Com Annie de C. J. Tudor pela Intrinseca (2019)
>>> Catalogo da Cidade do Salvador 1949 de S/a pela G. Rigaud - A. Cedro (1949)
>>> Harry Potter E O Cálice De Fogo de J. K. Rowling pela Rocco (2001)
>>> Livio Xavier: Politica e Cultura: um Breve Ensaio Biografico de Alexandre Barbalho pela A casa (2003)
>>> O Retrato De Dorian Gray de Oscar Wilde pela Civilização Brasileira (2022)
DIGESTIVOS

Sexta-feira, 9/2/2007
Digestivo nº 315
Julio Daio Borges
+ de 4400 Acessos
+ 2 Comentário(s)




Literatura >>> Rumor de Facas
Num tempo em que é tão debatida a função do editor, com toda a “virtualização” e a possibilidade de autopublicação, poucas coisas são mais oportunas que um curso – ou, uma conversa – com o lendário Pedro Paulo de Sena Madureira, na Casa do Saber. Depois de uma palestra aberta, em 2006, que extrapolou o horário da Casa em quase duas horas, arrastando a platéia até quase a meia-noite, Pedro Paulo concordou resignadamente em estruturar um mês de bate-papos sobre suas quatro décadas como editor de livros. Desde seu primeiro trabalho como editor da Nova Fronteira, contratado pelo “Doutor Carlos” (Lacerda) em pessoa, até suas últimas investidas na editora Girafa e mesmo sua participação nos polêmicos eventos da Brasil Connects, Pedro Paulo passa pela descoberta de Lya Luft (hoje, best-seller), pela antecipação de Umberto Eco como romancista (antes aqui do que na Itália), pela consagração de Danusa em matéria de etiqueta (uma Glorinha Kalil avant la lettre) – entre outros sucessos. Sem contar sua vivência, literária em muitos sentidos, sempre cercado por escritores (alguns dos maiores do Brasil de sua época), em meio a uma ascendência francesa (e baiana), o que lhe conferiu uma memória proustiana e um verdadeiro dom para a conversação. Pedro Paulo de Sena Madureira, com sua bengala e sua gravata borboleta, parece saído de uma máquina do tempo (no bom sentido), alheio ainda à velocidade da vida moderna, à padronização do gosto e, corajosamente, a um mundo onde a literatura continua como última prioridade. A Casa do Saber, mais uma vez, oferece contato com uma lenda viva na sua área de atuação – justo num momento em que o livro, coincidente, experimenta novos formatos (eletrônicos), e sofre leituras diversas (diagonais, fragmentárias, hipertextuais). A ponte entre Gutenberg e a internet, no Brasil, passa por Pedro Paulo de Sena Madureira. [Comente esta Nota]
>>> Casa do Saber
 

Catarina Falcão


Música >>> Doce presença
Uma das constatações predominantes nas homenagens aos 80 anos do nascimento de Tom Jobim tem sido, justamente, a falta de novidades desde 1994, ano de sua morte. Jobim definiu uma espécie de cânone da música popular brasileira, desde a bossa nova, que, como os standards de jazz, às vezes funciona à maneira de uma camisa de força, paralisando a inventividade, a interpretação, e provocando apenas a repetição monotônica, de seu legado, como um mantra. Tanto é verdade que a primeira maior “novidade” em termos de interpretação do autor de “Tereza da Praia” acontece por obra e graça de João Gilberto (na contramão dos cantores de fossa); e a segunda mais marcante, em 1974, no álbum Elis & Tom (com a ajuda do próprio compositor). De lá pra cá – e de 1994 pra cá, ainda mais intensamente –, perpetua-se um karaoke de versões, iguais à primeira (João) ou à segunda (Elis), que nada ou pouco acrescentam ao cancioneiro jobiniano. Rosa Passos, para o nosso alívio, parece sinalizar com uma terceira vertente, esperamos, igualmente inovadora. Passos – que, apesar de baiana, circula alto, entre Ron Carter e Yo-Yo Ma – quer dedicar este seu ano ao Brasil e deu uma mostra do que isso significa, no final de janeiro, em São Paulo, no novo Teatro Fecap. Com um repertório entre os 25 anos da morte de Elis (19/1) e os 80 do Tom (25/1), Rosa Passos virou do avesso peças do “maestro e soberano” de Chico Buarque de Holanda. Descolando a melodia do ritmo, mais ainda que João Gilberto em “Águas de Março”, Passos tornou quase irreconhecíveis (por isso, não agradou todo mundo) “Só danço samba”, “Fotografia” e a própria “Águas de Março”, ao violão. Desfez também, de outros compositores, “Samurai” (Djavan), “Desenho de giz” (João Bosco e Abel Silva) e “Só Deus é quem sabe” (Guilherme Arantes). Rosa Passos é efetivamente estrela internacional, de repente tão desconhecida quanto longe de seus patrícios; mas, por causa da mesma distância (e do alcance que ela proporciona) talvez seja a única que possa, atualmente, recriar o Antônio Brasileiro. João Gilberto, via Embratel, e Elis Regina, via Maria Rita, aprovam. [1 Comentário(s)]
>>> Rosa Passos
 



Artes >>> No Largo do Paço
Das homenagens prestadas aos 100 anos do vôo do 14-bis, uma das melhores, e mais criativas, foi a de Spacca, também endereçada a Santos Dumont, no álbum Santô, lançamento da Cia. das Letras em 2005. Parece que na esteira do sucesso dessa realização, fruto de anos de pesquisa histórica do próprio Spacca – embora seja uma “simples” HQ –, a editora lançou, em 2006, Debret em Viagem Histórica e Quadrinesca ao Brasil. Debret, como todo mundo sabe (ou deveria saber), produziu uma das mais ricas iconografias sobre o Brasil do século XIX. Primo e discípulo de Jean-Louis David, o célebre pintor neoclássico, Debret se viu desamparado, com a queda de Napoleão III, e a mudança de ventos políticos na França, quando recebeu um convite para fundar uma Escola de Belas Artes no Rio. Mudou o rumo das artes brasileiras e mudou, inclusive, a maneira como o próprio Brasil era visto no Europa (e se via a si próprio). (Para quem tiver ainda dúvida, a editora Capivara registra isso muito bem num catálogo portentoso...) Spacca, em seu Debret atual, conta um pouco dessa saga, de 15 anos no Brasil, mesmo que de forma mais breve, e menos profunda, se compararmos com o seu quase perfil de Santos Dumont. Ainda que tenha produzido incansavelmente, como um Balzac dos pincéis, Debret não teve seu caminho facilitado no Rio e, como parte da chamada missão francesa, teve muitos dos seus desejos frustrados ou postergados, como a Escola de Belas Artes (que permanece até hoje mas que demorou a se concretizar). O álbum de Spacca, de certa forma, evoca uma seção de seu próprio site em que ele, como cartunista, homenageava mestres do traço. Para a geração conectada da virada do século, que mal conhece a representação de seu País em pintura, Spacca e a Cia. das Letras estariam prestando um enorme serviço se seguissem por essa trilha agora aberta. [Comente esta Nota]
>>> Debret em Viagem Histórica e Quadrinesca ao Brasil
 

 
Julio Daio Borges
Editor
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

ENVIAR POR E-MAIL
E-mail:
Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
7/2/2007
17h20min
As homenagens neste ano vão também para o 100 anos de Oscar Niemaier, os 100 anos de Caio Prado Jr., os 90 anos de Revolução Russa e os 85 anos do Partido Comunista brasileiro. Pena que a imprensa vai calar...
[Leia outros Comentários de Manoel Messias Perei]
8/2/2007
11h30min
"Pena que a imprensa vai calar..." Vai calar porque essas coisas estão relativamente mudas. E a imprensa gosta de diálogos, mesmo com quem não está mais presente.
[Leia outros Comentários de Guga Schultze]

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Os Caminhos de Dom Helder - Perseguições e Censura
Marcos Cirano
Guararapes
(1983)



Convite à Prosperidade - Vol. 1
Masaharu Taniguchi
Seicho no Ie
(1997)



Medicina no Planalto de Piratininga
Duílio Crispim Farina
São Paulo
(1981)



Niños del Milagro
Katiuska Blanco; Alina Perrera; Alberto Núñez
Casa Abril
(2004)



Guerra Secreta
Brian Michael Bendis Gabrielle Dell`Otto
Panini
(2013)



Contos Classicos Peter Pan
Brasileitura
Brasileitura



Xamã
Noah Gordon
Rocco
(1993)



A Short History of French Literature
Laurence Bisson
Pelican Books
(1943)



A Última Viagem do Malteza S
Valmir Guedes Júnior
Copiart
(2010)



Terceiro Milênio e Seus Movimentos
Isolde Pflug
Hemalu
(1989)





busca | avançada
64082 visitas/dia
2,5 milhões/mês