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Quarta-feira, 11/5/2011
O Papel da Oposição, artigo de Fernando Henrique Cardoso
Julio Daio Borges
+ de 7100 Acessos
+ 1 Comentário(s)




Digestivo nº 479 >>> Quase havíamos esquecido o que era um Presidente da República falando português direito. Depois de oito anos ratificando o erro, não surpreende que agora surjam "cartilhas" institucionalizando o português errado, sob as bençãos do Ministério da Educação (Orwelliano?), no governo do mesmo partido do ex-Presidente que desrespeitava a ortografia e a gramática diuturnamente. Se nos acostumamos com esse português sofrível há quase dez anos, nos esquecemos completamente ― se é que um dia soubemos ― o que era ter um Presidente da República que se expressasse por escrito, como Fernando Henrique Cardoso em "O Papel da Oposição", artigo publicado na Revista Interesse Nacional. Ninguém nega que as chamadas "oposições" se perderam, que a derrota na última eleição foi humilhante e que a crise do principal partido de oposição era inevitável. Mas coube a presidente de honra do PSDB a coragem de reconhecer isso; a habilidade de desenvolver esse raciocínio; e a iniciativa de sugerir novos caminhos. Colocando o dedo na ferida da indecisão que caracterizou o pleito do ano passado, FHC ratifica: "Cabe às oposições se oporem ao governo"; "Não há oposição sem 'lado'. Mais do que ser um partido, é preciso 'tomar partido'"; e "Não é hora das oposições serem mais afirmativas?". O artigo, nas entrelinhas, questiona o marketing político de ficar mais "em cima do muro" do que nunca, querendo agradar a gregos e troianos, mas passando por "genérico" inofensivo: "É a sinceridade que comove a população e não a hipocrisia que pretende não ver o óbvio". Num trecho contra o qual seu sucessor gritou, FHC aconselhou que a oposição não dispute mais "influência sobre os 'movimentos sociais' ou o 'povão'" ― "sobre as massas carentes e pouco informadas" ―, mas que procure, por exemplo, as "classes médias, que mantiveram certa reserva diante de Lula". FHC, sabiamente, conclui que "não existe apenas uma oposição, a da arena institucional": "existem vários focos de oposição, nas várias dimensões da sociedade". E num momento de rara lucidez, pega o exemplo da agitação recente no Oriente Médio, através das mídias sociais, e sugere que a oposição use "redes de internet, Facebook, YouTube, Twitter etc.", organizando-se "pelos meios eletrônicos". Lamenta que os "partidos abandonaram as ruas" e assume, lá no finalzinho, que ― ao PSDB ― "falta estratégia". Uma seria, digamos, "cobrar o atraso do País", da "infraestrutura", "de portos, aeroportos, geração de energia etc.". E outra seria defender "mecanismos de mercado, competição, regras jurídicas e transparência nas decisões", que "são fundamentais para o Brasil se modernizar, crescer economicamente e se desenvolver como sociedade democrática". FHC teme que "um bloco de poder capitalista-burocrático" esteja sufocando "empresas medias e pequenas", "concentrando renda". E reforça que "é preciso ter coragem de dar nome aos bois". José Serra respondeu ao artigo inaugurando o próprio site e escrevendo sua própria versão. Já Aécio Neves prepara o terreno para disputar o pleito de 2014. Inexplicavelmente, o PSDB continua ignorando a sabedoria de seu presidente de honra...
>>> O Papel da Oposição
 
Julio Daio Borges
Editor
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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
27/5/2011
16h51min
De acordo com o autor o "português direito" é o gramatical e ortograficamente correto, as regras e exceções dos livros definem o que é certo e errado no ato de comunicação verbal entre a população vasta de um país vasto, onde culturas diversas convivem e se relacionam, originando linguagens tão diversas quanto seu próprio povo. Alguém consegue acreditar que a língua pode ser encerrada e esgotada em um traçado de regras apáticas? Como posso matar e congelar um cavalo selvagem e chamar a isso uma reprodução fiel do mesmo enquanto vivo? Não defendo ou critico aqui a nenhum dos ex-presidentes citados, falo apenas sobre as tais "cartilhas" institucionalizando o "português errado". Afinal, colocar anos de pesquisa e estudo de linguistas respeitados em seu meio acadêmico em uma pejoratização (perdoem-me o neologismo) aspada (outro, sinto muito) é o grande argumento final da defesa do "português direito"? Fico por aqui, pois o limite de texto não me permite mais.
[Leia outros Comentários de Antônio Pessoa]
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