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Terça-feira, 20/3/2007
Blog
Redação
 
A grande final

"De quatro em quatro anos acontece um dos maiores espetáculos da Terra. Para a maioria de nós, é fácil acompanhá-lo. Para outros, não."

Com essas palavras, o desconhecido diretor de documentários Gerardo Olivares apresenta a curiosa premissa que descobriu quando viajava pelo deserto da Mongólia e encontrou uma fila de nômades que levava uma velha TV em um dos cavalos. "Estamos indo para a Árvore", eles disseram. Na verdade, era um poste de ferro abandonado por soldados e que eles usariam como antena. "É a final da Copa do Mundo."

O fato de pessoas de rotinas tão diferentes quanto caçar raposas com águias no frio do deserto mongol, ainda assim saberem qual o número da camisa do Ronaldo e qual o último grande lance do Zidane é um exemplo claro do poder exercido pelo futebol no mundo. O próprio Pelé, ao ser perguntado sobre sua popularidade frente a Jesus Cristo, respondeu "Há lugares em que Jesus não é tão bem conhecido".

Declaração apropriada, já que o filme A grande final trata de três comunidades isoladas do mundo, mongóis nômades, beduínos do Níger e índios amazônicos, nenhuma delas cristã, que têm em comum a necessidade de assistir o maior espetáculo da Terra, a final da Copa de 2002, Brasil contra Alemanha. O filme transita entre os três povos mostrando que, apesar de a maioria de nós não precisar comprar e vender camelos para sobreviver, temos paixões parecidas, aspiramos ser parte de um grupo e queremos ser como nossos heróis. O interessante é descobrir que para o mundo inteiro esses heróis também correm atrás de uma bola.

Apesar de toda a curiosidade antropológica que o assunto desperta, o filme ainda é uma comédia, feito para deixar um sorriso no canto da boca e trazer algumas horas de entretenimento para o público.

Nada de errado com isso, a não ser que o diretor erre a mão. Infelizmente, é o que acontece em alguns momentos da projeção, que apela para efeitos sonoros e truques de edição para deixar o clima mais, digamos, pastelão. O problema é que a virtude do filme está exatamente no clima "documental", que nos faz crer que aquelas situações, apesar de inusitadas, são perfeitamente verossímeis.

Nesse caso, as situações engraçadas acontecem naturalmente, como aconteceriam em qualquer reunião de família. Assim, acelerar a câmera e brincar com barulhos de desenho animado quando uma pedra é lançada pela janela caricaturiza a história e enfraquece seu humor natural.

Mesmo assim há vários momentos interessantes no filme, como o garoto africano que está a caminho da França para tentar a sorte como jogador de futebol, e que, para sobreviver na jornada, ganha dinheiro vendendo páginas avulsas de revistas pornográficas, e a matriarca mongol, que a cada dia, quando seu filho chega da caçada, o cumprimenta com uma pérola de sabedoria indecifrável pelo resto da família.

Vale ressaltar também o fato de as equipes de filmagem de cada segmento são dos países de origem, o que torna as histórias mais autênticas. Um pôster da campanha presidencial do Lula pendurado em uma das ocas e a antena da DirecTV que é usada pelos índios como bandeja quando não está recebendo sinal são detalhes interessantes que ilustram isso.

O tom documental também se destaca no elenco de não-atores e que têm suas verdadeiras ocupações descritas nos créditos. A tribo indígena é mesmo uma tribo, e o pajé está creditado com o subtítulo "lutando pela preservação da floresta", por exemplo.

Apesar de não ser isento de falhas, A grande final é um filme interessante e divertido, que aponta que, no final das contas, a famosa aldeia global existe não pela vontade de um grupo de americanos sedentos de poder, mas pelo simples fato de que somos, sim, todos iguais. E, para o horror de alguns, todos admiramos homens de ceroulas correndo atrás de uma bola, para usar as palavras de uma sábia senhora mongol.

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Postado por David Donato
20/3/2007 às 16h33

 
Marcelo Verzoni ao piano

O pianista Marcelo Verzoni

Os aplausos efusivos que se seguiram à valsa Tristorosa, peça pouco conhecida de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), marcaram com estilo o término do recital do pianista Marcelo Verzoni na segunda apresentação da temporada 2007 dos Concertos da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, no domingo (18/3). Em pouco mais de 1 hora de apresentação, Verzoni e o piano só não fizeram chover, mas isso porque um temporal típico de março já castigara a cidade na última semana. Melhor dizer, então, que o virtuosismo deste músico foi capaz de atrair a atenção das pessoas para somente o que acontecia dentro do auditório da Fundação. Assim, por um breve período, o público teve os sentidos absorvidos para o palco, e mais precisamente para a performance de Marcelo Verzoni.

Com efeito, é a performance o primeiro detalhe que chama a atenção de quem assiste Verzoni ao piano. Os gestos por ele produzidos são, a um só tempo, causa e efeito de seu toque decidido, porém sempre estudado. Aqui, vale lembrar que o músico também é pesquisador de música, com mestrado e doutorado em Música Brasileira, detalhe que foi ressaltado pelo mestre de cerimônias, Gilberto Tinetti, que, bastante entusiasmado, enfatizou a importância da presença do público naquela manhã chuvosa de domingo. Feitas essas e outras considerações, Tinetti dissertou sobre a primeira parte do programa, a saber: a peça selecionada de Franz Schubert (1797-1828) e da obra escolhida de Beethoven (1770-1827).

De Schubert, um dos compositores prediletos de Tinetti, Marcelo Verzoni executou a Peça para piano D.946 nº1, sublinhando a sensibilidade não só nos momentos mais suaves, mas também com a força que se destaca graças ao virtuosismo do pianista. Entre o piano forte e o pianíssimo, o toque de Verzoni era também demarcado por suas expressões faciais e seus gestos, como que respondendo aos estímulos provocados pela sonoridade do piano. Algo semelhante ocorreu durante a apresentação da obra de Beethoven (Sonata opus 101 em Lá Menor). E nesse caso em particular, por se tratar de uma peça pouco comum aos apreciadores de música de concerto, a atenção exigida para a performance foi redobrada. Como conseqüência, o que se ouviu foi resultado (visível) de um olhar fixo na partitura, de uma concentração extraordinária e, no limite, de uma transpiração por parte de Verzoni. Tamanha dedicação, a propósito, reflete o comprometimento que o pianista tem junto à música, como ficou provado na segunda parte do concerto.

Logo após um breve intervalo, Marcelo Verzoni, conversando com a platéia, destacou as características dos autores cujas peças executaria em seguida. De Camargo Guarnieri (1907-1993), por exemplo, ressaltou a natureza das obras escolhidas, em especial o fato de uma delas prestar homenagem ao nosso poeta maior (não, não é Drummond, mas, sim, Manuel Bandeira). Em que pese tal referência, cumpre destacar a interpretação absolutamente passional de Torturado. Nesse momento, todo o auditório ficou envolvido pelo toque pungente daquele pianista que parecia ungido pela musicalidade da peça que executava. Depois, ao falar de Villa-Lobos, o músico lembrou o fato de as peças escolhidas terem sido elaboradas não para serem tocadas por crianças, mas, sim, em homenagem às crianças - uma espécie de obsessão do compositor brasileiro. Confusão desfeita, é impossível não mencionar o piano forte de Cavalinho de Papel. O grande momento, no entanto, foi no bis, quando a valsa Tristorosa foi tocada por um Marcelo Verzoni que satisfez a si e ao público ao ir além da mesmice não só no repertório, mas também no estilo que lhe é bastante peculiar.

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Postado por Fabio Silvestre Cardoso
20/3/2007 às 16h18

 
A LIRA de Ricardo Aleixo

Tão logo eu termine a mini-turnê de Um ano entre os humanos, que começa no Rio (10/4), inclui Belo Horizonte (12/4) e São Paulo (22/4) e se encerra na Brown University, nos EUA (5/5), abrirei as inscrições para as duas primeiras atividades públicas do LIRA, a serem iniciadas na segunda quinzena de maio: o workshop Acompanhamento de projetos editoriais e o curso PanAroma da Poesia Brasileira Contemporânea, sobre os quais darei informações na próxima semana.

Fragmento do texto em que Ricardo Aleixo esclarece sobre a mui bem-vinda LIRA, uma casa-ateliê-laboratório interartes que ele inaugura e abre ao público.

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Postado por Ana Elisa Ribeiro
20/3/2007 às 15h37

 
Pós-graduação em tempo

Para quem quer se especializar em processos editoriais, o Centro Universitário UNA, em Belo Horizonte, oferece o curso Projetos Editoriais Impressos e Multimídia. A iniciativa é pioneira e ainda dá tempo de fazer inscrição.

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Postado por Ana Elisa Ribeiro
20/3/2007 às 14h25

 
Seminário digital

O curso de Comunicação Social da Universidade FUMEC, em Belo Horizonte, oferece, nos dias 26, 27 e 28 de março, de 9h20 às 11h, seminário sobre cibernarrativas, usabilidade, poéticas digitais e jornalismo colaborativo. Para todos os gostos, de graça e em bom auditório. Basta fazer inscrição.

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Postado por Ana Elisa Ribeiro
20/3/2007 às 14h10

 
Literatura infantil

Dia 24 de março, sábado, de 10h às 14h, na livraria Scriptum, em Belo Horizonte, Mário Alex Rosa lança seu livro ABC Futebol Clube e outros poemas, com ilustração de Beatriz Mom.

Mário Alex é agitador cultural na capital mineira e, certamente, vai desalojar meninos e meninas da frente da tevê para bater bola no livro de papel.

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Postado por Ana Elisa Ribeiro
20/3/2007 às 14h07

 
Sempre um papo BH

Ontem foi a vez da apresentação do filme Pro dia nascer feliz, de João Jardim, o mesmo bem-sucedido que dirigiu Janela da alma. O bate-papo depois do filme foi mais lucro ainda.

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Postado por Ana Elisa Ribeiro
20/3/2007 às 14h05

 
movimento respiratório

Essa cidade, repleta de ladeiras... A falta de espaços planos... Rouba-me o fôlego. Ainda mais em dias quentes, com todo o gás tóxico exalado por escapamentos mal regulados de avenidas onde o tráfego é tão intenso às seis que é mais fácil chegar em casa andando. Mas o andar implica em escalar, e escalar... Ah, como me cansa! São tantas as subidas... São tão íngremes... Eu poderia me recostar em qualquer canto nesse fim de mundo, e apenas ficar rindo da cara dos transeuntes ao passarem ofegantes por mim. Semblante de exaustão, fraqueza nas pernas, falta de oxigenação cerebral, me falta ar nos pulmões... Perna esquerda, perna direita, fraqueza em ambas, bamboleio... Visão ofuscada focando o destino ao longe, o cume, o céu, minha salvação... Meu Deus, como é difícil sair desse buraco! É inútil clamar aos céus, eu sei, não me adianta em nada agora, no meio dessa depressão tão profunda, quem sabe, absoluta. E falo de acidentes geográficos, pois não consigo pensar em psicologia ou espiritualidade com essa escassez de oxigênio percorrendo as vias respiratórias, impedido de passar pelo congestionamento de moléculas de gás carbônico buzinando na hora do rush. O oxigênio deve escalar ladeiras vasculares até o cérebro, eu me canso com sua falta à medida que ele se cansa e desiste de escalar... Desistimos os dois. Perna esquerda, perna direita, fraqueza em ambas, desoxigenação cerebral... Cansado de subir, perco a consciência e caio no cruzamento da Avenida Alveolar com a Bronquíolo. Lá espero alguém para me levar ou para me elevar. Paramédicos e curiosos roubando o oxigênio que preciso, apenas rio, conheço a dificuldade momentânea desse gás em transitar. Ao chegar ao hospital, descubro que o elevador está fora de serviço... É tão árdua toda essa escalada, penso olhando a escada.

Mauro Pucci, no dezemponto, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
20/3/2007 à 00h23

 
O terceiro centavo

Já há algum tempo, as moedas de um centavo desapareceram dos bolsos, das carteiras, das caixas registradoras e de nossos porquinhos. O que houve ainda é um mistério. Mistério esse que nem a casa da moeda consegue explicar. As moedas de um centavo sumiram, mas o comércio continua cobrando esse centavo que faz a diferença. Caso não fizesse, ele certamente não seria cobrado.

De centavo em centavo, perdemos um dinheiro que poderia garantir o pão de um dia do mês.

É sempre a mesma história: sua compra dá R$ 4,98. Você paga com cinco reais e os vendedores nem têm mais a cara-de-pau de dizer que vão ficar te devendo dois centavos ou de te dar uma balinha de comiseração. E espere para ver a cara do vendedor se você oferecer uma balinha para facilitar o troco.

Já virou convenção social. Quando é o estabelecimento que te deve R$ 4,98, por exemplo, você até recebe os cinco reais. Mas se o troco é de R$ 4,92, o vendedor te entrega exatos R$ 4,90, na certeza do "volte sempre". Voilà: novamente te afanaram dois centavos.

Parece que a regra do jogo é marcada pelo arredondamento de centavos: um ou dois centavos, para menos; quatro ou cinco centavos, para mais. Mas aí eu me pergunto: e quando dá três? Se, por exemplo, o valor da compra deu R$ 4,93, quem vai pagar o pato?

Com a mania de o comércio brasileiro achar que o coitado do consumidor tem que facilitar o troco (e nessas horas a balinha não vale!) é óbvio que, mais uma vez, é ele quem vai arcar com esse terceiro centavo.

O terceiro centavo caminha para o mesmo destino dos milésimos de centavos das bombas de gasolina: a invisibilidade aos olhos, mas a dor no bolso.

Nada é mais enganoso do que as lojas de R$ 1,99 e as mega-ultra-promoções de última hora em que todas as etiquetas terminam com um sedutor "vírgula noventa e nove centavos". A estratégia de marketing é absurdamente simples e funciona! O que fica na cabeça é o real. O resto é resto. Ao consumidor incauto, parece que o preço é um real e uns quebrados quando, na verdade, é o dobro.

A extinção da moeda de um centavo tirou do consumidor o único instrumento de defesa contra a prática do "se colar, colou". De centavo em centavo, continuamos com cara-de-tacho enquanto as caixas registradoras engolem reais por dia. Reais esses que meu terceiro centavo ajudou a formar.

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Postado por Pilar Fazito
19/3/2007 às 15h14

 
Guinga = Gênio

Já está no mercado, quentinho, via Biscoito Fino, o novo do Guinga: Casa de Villa. Estou cuidadosamente preparando um texto pra ele, mas já fica aqui a dica: está lindo, está imperdível. E me desculpem os precavidos (e o próprio artista), mas Guinga é Gênio.

[1 Comentário(s)]

Postado por Rafael Fernandes
19/3/2007 às 12h06

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