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Sexta-feira, 1/6/2007
Conte a sua versão da história, uai
Ana Elisa Ribeiro
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+ 3 Comentário(s)

Em 1997, Neném era contador de histórias no Vale do Jequitinhonha. Lavrador, forte e o mais jovem deles. Vigoroso, daquela beleza sertaneja que Euclides já mencionara bem antes. O apelido era resultado de ser o narrador mais jovem de todos na região. Neném, o dos contos e causos. Segundo ele, a família tinha apenas um livro, "a Bíblia capa de aço", herança de todas as gerações, conseguida não se sabe a que custo pelo tataravô. Tratava-se de um exemplar da Bíblia em capa dura.

A história que se segue foi intitulada por Neném quando ele iniciava uma noite ao redor da fogueira, no quintal da casa rústica. Para entrar no clima, é necessário ouvir o sotaque mineiro interiorano, despertar para a língua nacional que ainda não teve escola, visualizar sua partitura. A transcrição da narrativa intencionava respeitar ao máximo a pronúncia do contador. Não houve, portanto, acertos e ajustes. Isso acarreta certa dificuldade na leitura. Não se trata, originalmente, de um conto para ser lido. Neste caso, ficam perdidos os gestos, as expressões faciais e as vozes imitadas pelo narrador.


A língua do povo
O cara conversadô. O poblema dele era esse, porque tudo que ele enxergava, ou ele saía assim, ou via algu'a coisa, ele sempre saía soltano pra aqui, pra aculá, e ia ispalhano aquele caso. Então, um dia, que que acuntece com ele? Ele saiu, ele e um colega. Quando chegô na encruziada, o colega falô:
- Eu desço aqui.
Ele vortô pruma parte e ele seguiu pela otra. Vai ele tocano pra frente. Ele lá ia num comerciozinho que tinha pertin. Aí, quando ele chegô no meio da istrada, quando ele chegô, tinha u'a cabeça dum cara. Cupim já tinha ruído ao redor daquela cabeça todinha, já tava no casco. Então o cara chegô e bateu na cabeça assim e falô:
- Ô cabeça, quem te matô?
Porque ele interessô sabê pa pudê saí espaiano pra frente. Então ele bateu o pé nela e ela num falô nada. Ele tava calçado num sapato, tornô a batê, ela tornô a num falá nada. Ficô caladinha. Então ele tornô a batê o pé nela, tornô a perguntá:
- Cabeça, quem te matô?
Ela num falô nada. Aí ele siguiu, né? Falô:
- Uai, se não vai conversá, nós vai imbora.
Quando rompeu assim u'a base duns dez metro, ela deu um pulo pa riba, assim, deu u'a risada:
- Ha, ha, ha, quem me matô foi a língua do povo e vai matá você também.
Qual era o dele? Na minha opinião, ele tinha que chegá no comércio aonde ele fosse e ele tinha que ficá calado, né? Então ele siguiu. Quando ele chegô dentro do comércio, primeira coisa que ele foi, foi lá na delegacia. Chegô lá na delegacia, ele falô com o delegado:
- Eu vim dá u'a parte aqui po sinhô. Aqui que eu passei ali numa região, então, eu encontrei uma cabeça que cupim tinha ruído. Eu bati o pé nela treis veiz perguntano quem tinha matado ela, ela num falô nada. Então eu bati o pé treis veiz, ela num falô e eu segui. Quando eu segui assim uns dez metro, ela sartô pa riba e deu u'a risada e explicô pa mim quem tinha matado ela foi a língua do povo e ia me matá também.
Aí o delegado falô:
- Ocê tá intimado. Num pode saí.
Chamô treis praça e falô com ês:
- Ocês vai lá cum ele. Se a cabeça consegui conversá, ele tá liberado, tá solto. Se a cabeça num conversá, cês tão pudeno fazê fogo nele.
Aí ele tocô. Aí chegô a cabeça também. Ele foi bateno, tocano o pé nessa cabeça, a cabeça num conversô. Ele foi bateno. Foi ino, o sapato cortô assim dos lado, assim já tava correno sangue dos pé dele. Aí, oiô pra um, oiô pra otro, ele já tinha empatado lá bem umas quatro hora de relógio e falô:
- Ó, num tem jeito, o único recurso que tem é nós fazê fogo nele.
Rumaro o fuzil nele e matô. Quando o tiro pipocô que ele caiu, ela deu uns treis pulo, deu u'a risada forte, e falô com ele:
- Num te falei? Quem me matô foi a língua do povo, e matô ocê também!

Versão escrita, por mim mesma, em oficina na década de 1990

A língua do povo
O negócio do cara era espalhar tudo que ele via e ouvia. Era conversador, contava caso. Então, um dia, ele saiu com um amigo e, na encruzilhada, se separaram, um pra um lado e outro para o oposto.

De repente, no meio da estrada, o cara deu com uma cabeça. Sozinha, roída de cupim, só o casco. Deu uma vontade danada de saber como aquela cabeça foi parar ali. O moço perguntou: - Ô cabeça, quem te matou?

A verdade mesmo era que ele queria saber da cabeça o acontecido com ela. Mas a segunda idéia era sair espalhando a ocorrência por ali afora, para todo aquele que se avizinhasse com os ouvidos. Diante do silêncio da cabeça, o moço toca a perguntar de novo. - Ô cabeça, quem te matou?

Meteu o pé nela e nada. Calçado num sapato, tornou a bater e ela, quieta. Discretinha. Então ele seguiu pelo caminho. Se a cabeça não conversava, o jeito era ir embora. Mas quando ele se distanciou uma base de uns dez metros, a cabeça deu um pulo e uma risada: - Ha, ha, ha, quem me matou foi a língua do povo e vai matar você também!

O que o moço conversador fez então? Em vez de ficar calado e passar batido pelo comerciozinho onde estava, resolveu contar para o delegado o caso da cabeça. Foi até a delegacia e deu parte assim: - Doutor, eu passei ali em uma região e encontrei uma cabeça que cupim tinha roído. Bati o pé nela e perguntei quem a tinha matado, mas ela não disse nada. Insisti, insisti, mas desisti e vim embora. Quando me afastei assim uns dez metros, ela saltou para riba, deu uma risada e explicou para mim que quem a tinha matado era a língua do povo e ia me matar também.

O que o delegado fez foi intimar, preventivo, o moço. Não poderia sair assim, sem sentinela. A autoridade chamou logo dois praças e deu a ordem: - Vocês vão acompanhar o moço aí até onde está a tal cabeça. Se ela conseguir conversar, podem liberar o cabra, está solto. Se a cabeça não conversar, vocês podem fazer fogo nele.

Chegaram no despejo onde estava a cabeça e o moço foi logo dando pezada nela. Bateu, chutou, perguntou e ela não respondeu. Insistiu, os sapatos ficaram cortados, os pés saindo sangue e o moço tentando contato. Depois de umas quatro horas, contadas no relógio, o moço olhou pra um lado e pra outro e reparou na conversa dos policiais: - Ó, não tem jeito, o único recurso é fazer fogo nele.

Miraram o fuzil no moço e o pipoco matou o cara. O conversador mal caiu no chão e a cabeça já deu lá seus três pulos, uma risada forte e disse: - Não te falei? Quem me matou foi a língua do povo e matou você também!

Versões com alteração de foco narrativo, em oficina recente, na PUC

Pé de cabra, por mim
Não pude ter enterro digno, doutor. No aperreio de viver uma vida neste sertão de Deus, encontrei muita peste e muita briga nas encruzilhadas. Não fui lá um cabra quieto e nem mesmo levava vida pacata. Estava sempre na companhia de pilantra. Todo amigo meu era pulha. O mais bonito de tudo foi quando uma moça que eu espezinhei me chamou, um dia, de calhorda. Ponha reparo nisso, que palavra mais bonita. Calhorda. Então, numa dessas de me enfiar na cama de mulher que tinha aliança, um marido me pegou sem calças, pulando o batente da janela, e mirou sete azeitonas bem nos meus peitos. Morri com sangue pelas ventas, feito um dragão. Mas tudo bem. Se fosse só isso, tinha até descansado em paz, entre o capim e a terra do jardim. Mas o corno ainda achou pouco me dar uns pipocos. Quis minha cabeça. Com a pá de ajeitar a terra, arrancou meu corpo de baixo do pescoço e jogou o crânio fora. Fiquei cabeça de um lado e corpo de outro. Bem longe este daquela. No meio da estrada. E sabe por quê? Por causa de um contador de caso. Maldito homem fofoqueiro, que mal ia sabendo das histórias e resolvia espalhar a conversa por aí. Tanto fez que contou ao marido da dona que ela recebia visita nos dias de semana, pela manhã. Vagabundo chegava cedo e se esbaldava com a mulher do cabra. Cama macia, mulher cheirosa. Ele nem desconfiava da festinha. Enquanto eu me divertia na mulher dele, o homem trabalhava suado na plantação do patrão. Ficou tão aperreado que enfezou logo e foi me matar. Deu certo, mais pra ele que pra mim. Fique claro que meu sonho nunca foi virar só o casco da cabeça. Mas eu senti que, mesmo assim, separado do meu corpo, ainda ia me vingar do maldito falador que dedurou minha desinocente festança com a esposa dos outros.

Não é que um dia, eu, só a cabeça, fui incomodado em pleno sono? No meio da estrada, lá vem lá o fofoqueiro, pensando em nada. Quando me viu, meteu pezada no coco e ia perguntando, sem delicadeza, quem tinha me matado. Não respondi, me fiz de morto completo, mas não era. De araque, fingi que não falava. E ele foi embora. Quando mirei as costas dele, dei um pulo, uma risada e gritei bem gritado: Quem me matou foi a língua do povo, safado, e vai te matar também.

Ele horripilou. Eu sei porque vi nos olhos dele. Mas também vi a gana que deu no moço de contar logo a história da cabeça falante pros outros arraiais. Bem que eu disse. Foi só o tempo de o sol descer dois degraus e lá vem o fofoqueiro, agora acompanhado de dois polícias. Chegou chutando, espezinhando, maledizendo. Quem matou? Quem matou? Não respondi de jeito maneira. Deixei. Os polícias, muito boas praças, foram ficando experientes, desobedientes, irritados. Resolveram, bem baixinho, matar o cabra mentiroso. Isso, fiz o cabra passar por mentiroso para as autoridades.

Quando ouvi os pipocos de arma poderosa, saltei bem alto, de novo, e dei minha vingança: viu só? Não falei? Quem me matou foi a língua do povo e matou você também! O corpo do cabra ficou que nem peneira. E os praças correram que nem lebre.

Cabra surtado, por Wilson Albino
É cada uma que me aparece, dorme, dorme com uma dessas: outro dia o dr. Delegado mandou eu e mais dois irmão de farda acumpanhar um sujeito que chegou com uma estoriazinha confusa... o caso de uma cabeça que falava, que não sei o que lá mais, sabe de uma, não sei quem é mais doido, se o tal fulado que chegou na delegacia para discorrer o fato ou o delegado que mandô a gente acumpanhá o traste até o local, pra passar o trem a limpo, sabe cumé?.

Pois antão, chegando lá, o surtado, o mentiroso fez de um tudo pra essa cabeca falar, mas com ele, ela não quis prosa, imagina, ficamos olhando pra cara do sujeito umas quatro horas e ele nem ficava avexado. Como o delegado passou ele em nosso nome, isqueceu de dizer que se a cabeça não falasse era pra gente dar um jeito nele, aí sô não deu outra, teve saída não, o que nós fez foi passá fogo no candidato. Ele é que vá pro diabo. Ele e a tal da cabeça.

Causos de boteco, por Renata Faria Campos
Estava o delegado de Araçuaí em um boteco com seus amigos. Começaram a contar casos de assombração e coisas do gênero. Então, quando chegou a vez dele, resolveu contar um causo novíssimo. E começou:

- Ainda essa semana que passou, estava eu sentado, pensando na morte da bezerra, quando me aparece um moço, aquele que era conversador, num sabem? Pois então, ele chegou dizendo que tinha topado com uma cabeça roída na estrada do sítio dele.

Segundo ele, após chutar muitas vezes a tal cabeça, ela respodeu o que era de seu interesse. Ela teria dito que a língua do povo a havia matado e que o mataria também. Eu, como um bom delegado, não podia deixar de averigüar essa história. Chamei então meus dois soldados e mandei que comprovassem o fato. E dei ordem: se fosse conversa fiada era para meter bala nele. Eles foram e sumiram.

Passadas quatro horas e meia, me chegam os dois com os olhos arregalados dizendo: "é, doutor, nós esperamos quatro horas e nada. A cabeça era muda. Pois num é que após termos matado o homem a tal cabeça falou mesmo?". Depois disso estou danado para ouvir voz. Acho até que é o homem querendo se vingar de mim.


Ana Elisa Ribeiro
Belo Horizonte, 1/6/2007

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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
31/5/2007
1. Aula
16h12min
Ana, nesses pedacinhos de texto revelas o quão instigante, rico, infindável em causos e histórias, é nosso país (esse grande "sertão", afinal). A mudança do foco narrativo é uma aula para muitos "aspirantes". E por mais que a fase dos regionalismos - segundo os livros de História - tenha passado, acho que todas as nossas heranças, nossas muitas heranças, que vagueiam vivas pelo país afora, sempre têm (e merecem) um lugar especial em nossa produção literária. Por acaso, venho fazendo uma releitura de Os Sertões, mais voltada à esta questão da gênese do país. Parabéns por esta "aula". Abraços.
[Leia outros Comentários de Rogério Kreidlow]
31/5/2007
21h59min
Ana, nada como permitir que a manifestação mais expressiva, literatura, protagonize sua própria relação com seus interessados. Experimentamos os recortes mais diversos de textualidades poderosas, que não cabem em compassos, regras ou estereótipos e o unico julgamento possível é dos próprios julgadores e seus juízos vagos, que as vezes tornam estéreis letrados em fecundos relatores de sentenças. A expressão da literatura é feita pela experiência do leitor e da sua familiaridade com o código, se há nesse exemplo claro a ponte concreta com a oralidade, ora que os normatistas se denominem gramáticos e vivam a língua como fetiche. Literatura é sobretudo registro e quanto mais domínio das possibilidades e dos recursos, maior será a riqueza obtida dentro das leituras possíveis. Que bom que um evento possa ser narrado; viva a oralidade, e que alguns ainda possam se lembrar o que seja narrativa. Um exercício necessário e como tal rico em todas as suas possibilidades. Valeu, Ana.
[Leia outros Comentários de Carlos E. F. Oliveir]
7/6/2007
20h09min
Ana, tarde de feriado. Depois de corrigir um monte de trabalhos, abri o Digestivo para relaxar. Que gostoso "ouvir" essas diferentes versões da mesma história. Fantasiei o fogão à lenha, senti o gostinho do café e ouvi os cachorros latindo ao longe. Viajei até o Jequitinhonha e deu vontade de ouvir outras histórias como essa, nessa "língua" do jeitinho que o povo fala... Parabéns!
[Leia outros Comentários de Áurea Thomazi]
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