COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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5/3/2008 | | |
08h46min | |
| Congratulações pelo artigo corajoso e caprichado. Você realmente conseguiu, num espaço breve, resumir as questões mais letais contra a crença infantil e mitômana dos fanáticos. Como dizia Nietzsche, são os que têm medo de ser humanos que se entregam a essa moral de escravos, ressentidos que estão com a felicidade (alheia) além do bem e do mal. Se cuidassem apenas da própria vida ainda seria muito bom. Pena é que estão criando um poder político cada vez maior, ameaçando nossas liberdades, a tanto custo conquistadas. Mais uma vez, meus parabéns!
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5/3/2008 | | |
14h25min | |
| Gostei. Uma análise corajosa da questão religiosa. Cuidado com as fogueiras. Elas ainda existem. Abraço.
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5/3/2008 | | |
20h52min | |
| Alguns artigos falam em trabalhos que sinalizam na direção de que pessoas que alimentam algum tipo de fé são, no geral, mais felizes e reagem melhor a doenças como o câncer. Gosto de acalentar a idéia de que prossigo, de alguma forma, após a morte do corpo. Mas o radicalismo, o desenvolvimento de sistemas de condutas e valores, advindos dos fanáticos (politicamente, históricamente bem ou mal intencionados) anula qualquer bem que "ter fé" possa trazer ao ser humano. Gosto da idéia da fé, mas ao apreciar a forma como o ser humano transformou uma boa idéia para a angústia da finitude, é preferível ser Ateu. Jardel, seu texto é uma síntese muito bem elaborada, parabéns.
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9/3/2008 | | |
01h36min | |
| Um texto claro e bem estruturado sobre o Ateísmo.
Também escrevo deus com letra minuscúla e Ateu com a maiscúla.
Abraços.
| | [Leia outros Comentários de kélen] |
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10/3/2008 | | |
09h34min | |
| Seu texto sintetiza o meu pensamento a respeito de deus e religião. Porém, há um viés que precisa ser explorado: existem aqueles que buscam na Providência a sustentação existencial. A propósito disso, lembro-me de uma entrevista da escritora Zélia Gattai em que lamentava profundamente ser atéia. Dizia a mulher de Jorge Amado que nas horas de absoluto desespero só lhe restavam as lágrimas solitárias, o sinônimo da mais nefasta miserabilidade humana. Os crentes, nesses momentos, não estavam tão sós.
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10/3/2008 | | |
10h44min | |
| Muito bom texto, mas segura a sua onda se vier um dia a ter uma experiência sobrenatural... digo isso porque a tive. É indizível. Não importa.
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10/3/2008 | | |
12h02min | |
| Lembro-me quando aluno de ginásio no Salesiano de Recife, numa aula de religião, levantei inúmeras dessas questões... E quando meu professor, um padre, não tinha mais argumentos para me convencer, dizia apenas: "paramos por aqui, pois é 'dogma' e dogma não se discute"... Se Deus tivesse metade dos poderes que se atribuí a Ele, não haveria guerras, fome, doenças ou quaisquer outros males que nos aflingem!
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10/3/2008 | | |
12h03min | |
| Realmente não é fácil ser ateu. Acreditar que todo tipo de religiosidade (que diga-se de passagem existe em todas as socidades de alguma forma) é um devaneio da espécie humana e atribui-la a um projeto de poder e dominação de uns poucos me parece pouco razoável. E sobre as conquistas do pensamento humano, não podemos negar as contribuições e influencia das religiões nesse sentido.
| | [Leia outros Comentários de Marcio] |
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10/3/2008 | | |
12h26min | |
| "não há uma explicação para se fazer uma determinada coisa,mas é o que sempre faço, é o que eu sempre fiz": faço destas palavras de uma amiga minhas palavras para se falar sobre o mistério do homem.
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10/3/2008 | | |
12h36min | |
| Deus com minúscula e ateu com maiúscula! O que o texto tem de correto dilui-se com essa fanfarrice. Religiões são fenômenos humanos e, como tais, falhos e imperfeitos. Nada provam (nem contra nem a favor) de Algo que nos transcende.
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10/3/2008 | | |
20h35min | |
| Caro Jardel, com a sua devida licença, faço minhas as tuas palavras - para mim, todas escritas em letras maiúsculas. Não admito discutir deus ou diabo, fé, ateísmo, agnosticismo. Não acredito em deuses, duendes, elfos ou ninfas. Para mim, tudo instrumento de dominação e manipulação da ignorância e fraqueza do ser humano.
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10/3/2008 | | |
21h37min | |
| Parabéns pela lucidez argumentativa, necessitamos de mais racionalismo na mídia, pois de proselitismo estamos cheios.
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11/3/2008 | | |
13h57min | |
| Caro Jardel, como você, também sou uma Cavalcanti, e, ainda como você, sou atéia. Mas tenho medo de assumir, pois o preconceito é tão grande que até posso perder ou deixar de conseguir um emprego por isso (já aconteceu comigo). Sofremos preconceito por ter uma visão realista e diferente da maioria, enganada por essas religiões que deveriam servir de suporte, não para explorar a fé das pessoas. Tudo que você escreveu no seu emocionado artigo eram coisas que eu tentava dizer no meu, publicado hoje, se puder ler... Gostaria de aproveitar e parabenizar o Digestivo Cultural por abrir este espaço democrático para discutir e publicar artigos com opiniões diversas. Viva a verdadeira democracia, não essa falsa e moralista que está vigorando hj em dia, em que na verdade, é a Ditadura da Religião, que se mete em TUDO, e não nos permite livre pensamento.
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13/3/2008 | | |
11h38min | |
| Infelizmente aparecemos neste mundo sem saber o porquê, sem saber donde viemos ou para onde vamos. Os ateus não revelam nada de novo, apenas confirmam aquilo que muitos temem: a caducidade da vida humana e a falta de sentido da existência. Pelo menos os crentes mitigam o seu sofrimento, na doce ilusão de que têm um Pai celestial que os protege e salva. Não fosse este paliativo, vos garanto que as salas de espera dos psiquiatras estariam muito mais cheias....
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18/3/2008 | | |
10h45min | |
| Conhecedores do bem ou possuidores do mal?
Caro Jardel,
Eis-me aqui confusa nos meus pensamentos, nem ateu, nem condenada pelas idéias de um sistema religioso. Uma valiosa frase de Edgar Morin aqui se encaixa perfeitamente. "As pessoas não podem mais ser brinquedos inconscientes de suas próprias mentiras". Fica realmente difícil acreditar cegamente num Deus que nos quer o bem, mas que ao mesmo tempo aceita pessoas morrendo de fome, de frio e de doenças alarmantes.
Talvez o erro esteja numa religião que usa o nome de Deus para amedrontar as pessoas e aprisionar seus pensamentos, "mutilando", como você mesmo disse, a mais importante liberdade do ser humano, a liberdade do pensamento.
Essas religiões conseguem implantar na mente das pessoas crenças e mitos, para Edgar Morin "Os humanos possuídos são capazes de morrer ou matar por um Deus, por uma idéia" como é o caso, dentre outros, do homem bomba.
E entao, conhecedores do bem ou possuidores do mal?
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18/3/2008 | | |
16h55min | |
| Um dia perguntaram a Salvador Dali se ele acreditava em deus. Ele respondeu: "está matematicamente comprovado que deus existe, mas eu não acredito nisso, nem em deus".
| | [Leia outros Comentários de jardel] |
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20/3/2008 | | |
12h37min | |
| Meu Deus! (ops, ato falho). Hoje em dia é banal evocar ciência, racionalidade etc, para contrapor à crença em Deus, até pq os exemplos de "religiosidade" são pobres "de espírito": bispas Sônias, Universais, Ratzingers estão se digladiando pela propriedade da crença de fiéis ignorantes. Ateus do mundo, não vamos nos dispersar! É hora de fazer algumas ponderações. É o terceiro artigo que leio, com lugares-comuns sobre ateísmo vs. misticismo. Ninguém (exceto alguns poucos) se lembrou de citar a mensagem original revolucionária do cristianismo, sob a qual muitos dos senhores éticos que estão todo dia neste site foram criados, (obrigado a seus pais e professores) educados, formados e letrados. Colegas de (não) crença: vamos perder tempo "chutando cachorro" de crendices e misticismo ou nos preocupar em "separar o joio do trigo"? Sejam razoáveis. Não há ignorância maior que colocar "tudo no mesmo pote" da explicação da Criação.
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21/3/2008 | | |
12h08min | |
| Acho que você tem razão em várias abordagens... Mas acredito que também ser ateu implica em querer provar algo impossível de ser provado... A interpretação junguiana a respeito dos fenômenos religiosos é bem interessante. Li "O Homem e Seus Símbolos", um livro para leigos, do Jung, e fiquei bem impressionado. Recomendo. Parabéns pelo texto!
| | [Leia outros Comentários de Mateus] |
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29/3/2008 | | |
10h03min | |
| Ser ateu (e eu escrevo com letra minúscula) implica num elevado nível de fé. O bacana de ser cético é que muitos se esquecem que o ceticismo está estabelecido sobre o principio da verificabilidade empírica, que em si mesmo não é verdadeiro por definição, nem pode ser verificado empiricamente. Logo, o cético não é cético quanto ao ceticismo. Voltando ao ateísmo, trata-se da resultante de muitos fatores tais como humanismo, ceticismo, iluminismo e, o melhor de todos, o quarto elemento, o darwinismo. O ateísmo é uma doutrina religiosa relativamente nova, o termo ateísmo apenas revela que eu não acredito em Deus (que escrevo com letra maiúscula), ou que me oponho ao teísmo. Deus é o ponto de partida para o teísmo e curiosamente Deus também é o ponto de partida para o ateísmo. Não compreendo a fé como diametralmente oposta à razão, pois fé e razão não são excludentes. Toda essa dicotomia é uma evidencia do quanto estamos confusos...
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