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Terça-feira, 13/12/2022
Guignard, retratos de Elias Layon
Jardel Dias Cavalcanti
+ de 7100 Acessos


O artista de Mariana (M.G) Elias Layon decidiu comemorar os 60 anos do falecimento de Alberto da Veiga Guignard homenageando-o com a criação de 25 retratos.

Trata-se do encontro de duas almas que comungam de, no mínimo, duas paixões: a arte da pintura e a representação das paisagens das cidades históricas de Minas Gerais. Além de serem também, em comum afinidade, retratistas e pintores de natureza-morta.

Como uma espécie de biografia resumida e imagética do artista, Layon acompanha as atividades diárias de Guignard: seja nas caminhadas pela cidade com seu cavalete em mãos, seja em direção a algum ponto favorável à sua pintura; seja diante do cavalete pintando a paisagem ouro-pretana, seja dando mamadeira à filha de algum amigo; seja descascando laranjas no intervalo de uma pintura, seja pintando ao ar livre sob o olhar de curiosos (inclusive o pequeno Layon foi um deles) e de alunos.

E por aí vai, pintando um violão, folheando um catálogo de suas obras ou até mesmo tricotando.

São retratos expressivos, criados através de pinceladas soltas e tintas densas, com cores de forte impacto que demarcam alguns momentos importantes da atividade do retratado.

Ouro Preto advinha-se na maioria das telas como fundo de vários dos retratos: com o pintor trabalhando ao ar livre, através da janela do atelier ou na reprodução de um quadro na parede ― lá estão as paisagens, as ruas, as casas, as igrejas e as montanhas.

Ouro Preto, cidade admirada e celebrada por Guignard e por Layon, impõe-se nas telas sendo também devidamente homenageada nessa coleção de retratos.


Alguns dos retratos criados por Layon têm a sua fonte de inspiração em fotografias de Guignard. Essas fotos são parte dos registros mais importantes de suas atividades como pintor em Ouro Preto. São eles que reanimam a memória de Layon, que teve a honra de várias vezes poder assistir Guignard em ação ― por isso, não deixa de se registrar, ainda como menino, em alguns desses retratos-homenagens, como espectador e admirador de Guignard, desde sempre.

Particularmente, vale atentar-se para a tela em que o menino curiosamente espreita o velho pintor através da janela.

Existem alguns elementos de aproximação que podemos detectar, inclusive poeticamente, entre a obra de Layon e a obra de Guignard, e uma delas é a de criar uma atmosfera sublime para as paisagens de Outro Preto. No caso de Layon, envolvendo a cidade em delicadas brumas e garoas finas; no caso de Guignard, transpondo Ouro Preto para o reino de suas paisagens imaginárias, também mergulhando a cidade mineira em neblinas e névoas vaporosas.

No trabalho com os retratos também podemos ver uma aproximação entre eles. Antes de tudo, os dois artistas jamais se preocuparam em criar pinturas de caráter realístico-fotográfico. O que lhes aproxima é sobretudo a expressão, marcadamente forte no uso das cores e nas pinceladas livres (o que denota uma dívida dos dois para com o Modernismo).

Outra aproximação, que é de natureza afetiva, é o interesse pelo registro de festas populares, do universo lúdico presente nas atividades relacionadas à vida do povo ― como, por exemplo, nas pipas e balões que voam sobre Ouro Preto.

Há outra característica que aproxima os dois mestres, que é a de unir dois gêneros de pintura em um só: natureza-morta e paisagem. Na obra de ambos vasos de flores, em destaque, são pintados diante de paisagens que se abrem pelas janelas dos casarões oitocentistas de Ouro Preto. Layon não deixa de registrar essa característica em um desses retratos em que homenageia Guignard.


O que temos nesse catálogo com as 25 pinturas de Elias Layon é a recriação do universo existencial de Guignard, suas atividades artísticas e privadas, numa homenagem em que as cores dão vida ao grande pintor, à sua paixão pela pintura e pelas paisagens que tocaram o seu coração ― e que retornam, na paleta de Layon, em um diálogo onde a poesia que habita as telas desses dois grandes mestres fala mais alto.

As 25 telas estarão brevemente expostas no Museu Guignard de Ouro Preto para apreciação dos mineiros e turistas de todo o Brasil e exterior.



Jardel Dias Cavalcanti
Londrina, 13/12/2022

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