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COLUNAS
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Politicamente Incorreto
Quinta-feira,
3/5/2001
O problema de SP
Rafael Azevedo
+ de 2800 Acessos
Tenho assistido atônito essa violência absurda em SP, desde que me conheço por gente; mas não me lembro da situação ter estado tão desesperadora, nem nos terríveis anos 80. O crime é um dos motivos (além do trânsito, da sujeira e da feiúra da cidade e da falta de educação das pessoas) pelo qual que não suporto mais viver nessa cidade, e todo fim-de-semana que posso fujo para o interior. É fácil então, numa situação como esta, cairmos na velha tentação de apontar culpados, delegar responsabilidades. Daí ao maniqueísmo é um passo, tanto o maniqueísmo ingênuo que prega a bondade de todos contra a maldade dos bandidos, quanto o maniqueísmo burro que prega o contrário, uma sociedade viciada e perversa que força os pobres e inocentes descamisados a tornarem-se Robin Hoods de nossos dias. Bobagem. A principal causa deste grande problema em São Paulo, não é a inépcia de nossos governantes, a corrupção desses pulhas que chamamos de vereadores e prefeitos, nem as agruras do injusto e excludente sistema capitalista; mas simplesmente a quantidade indiscriminada de gente que veio (e segue vindo) se instalar aqui, absolutamente despreparada e sem perspectivas de vida, fugindo da miséria em suas terras natais (leia-se Nordeste), e que acabam inchando de tal maneira a cidade, legando um nível de vida abaixo de quaisquer limites toleráveis para seus descendentes. Óbvio que houve a conivência da burguesia mal-acostumada que não dispensa a mão de obra barata - empregadas domésticas, motoristas, mordomos, serventes, e outros sub-empregos. Qual paulistano "quatrocentão" se disporia a trabalhar de lixeiro, ou de pedreiro para construir os prédios onde moramos? Ou limpar o chão das empresas e casas? Alguém trouxe essas pessoas pra cá, em primeiro lugar. E o pior é que a cada dia, a cada hora, mais e mais "retirantes" acabam chegando às rodoviárias desta cidade. Seus filhos e netos não terão empregos, nem educação, e como únicas alternativas lhes restará a mendicância e o crime. É muito fácil por a culpa nos políticos, dizer que "a sociedade é injusta, não lhes deu oportunidades"; mas nenhum governo ou prefeitura do mundo conseguiria lidar de modo satisfatório com uma sociedade que cresce no ritmo vertiginoso de S. Paulo. Cada qual que cuide do seu quinhão. Não é justo uns terem de arcar com os desmandos dos outros.
É urgente que se instale alguma política de controle migratório no Brasil, ou São Paulo e outras grandes capitais estarão fadadas a um dia parar completamente, pelo medo e pela pura e simples concentração absurda de pessoas num único espaço físico. A tendência é mundial; a Europa já não comporta mais africanos, albaneses e paquistaneses sem dentes e educação que chegam às pencas por lá, dia após dia. Não me refiro, obviamente, aos imigrantes minimamente qualificados, que poderiam contribuir para o país ou cidade para onde se mudam, de alguma maneira - direta ou indireta. Mas existem as hordas de "miseráveis", "refugiados", que contribuem somente para o aumento dos índices de desigualdade social em todos os lugares onde se instalam. Essas pessoas não querem migrar, e se o fazem é unicamente por necessidade, por falta de opção. E são esses que tem de ter seus níveis de vida melhorados, mas antes que se decidam a migrar. Deve-se esforçar para proporcionar-lhes essa opção, ao invés de simplesmente transferir o "problema" para outro lugar. No entanto, assim que se fala em fechar as fronteiras, ou pelo menos controlá-las, já se ouve a voz histérica da imprensa e dos defensores de "direitos humanos" alvoroçar-se em defesa dos pobres terceiro-mundistas. Só que assim como a Europa não quer pagar pelos erros dos governos incompetentes da África e Ásia, e acabar cuidando das populações deles, os paulistanos têm o direito de não quererem pagar pelos erros dos coronéis latifundiários de nosso norte-nordeste. Que se faça algo lá, na origem do problema, para que não sintamos mais cá, os seus sintomas.
Antes que qualquer politicamente correto se pronuncie, devo dizer que nada tenho contra os nordestinos; pelo menos não contra os pobres. Já os ricos... esta elite hereditária podre desse Brazilzão, resquício de nossa colonização, aqueles coronéis, ACMs e Sir Neys da vida, tenho que admitir que são um dos grandes males do Brasil, se não o maior.
Rafael Azevedo
São Paulo,
3/5/2001
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