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Quarta-feira, 4/12/2002
Curiosidades da Idade Média
Pedro Paulo Rocha
+ de 43500 Acessos
+ 9 Comentário(s)

Durante a idade média, a maioria se casava no mês de junho (início do verão, para eles), porque, como tomavam o primeiro banho do ano em maio, em junho o cheiro ainda estava mais ou menos suportável.

Entretanto, como já começavam a exalar alguns "odores", as noivas tinham o costume de carregar buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar. Daí termos em maio o "mês das noivas" e a origem do buquê explicadas.

Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa.

Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebês eram os últimos a tomar banho.

Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível perder um bebê lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja, literalmente "não jogue fora o bebê junto com a água do banho", que hoje usamos para os mais apressadinhos...

Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais se aquecerem; cães, gatos e outros animais de pequeno porte como ratos e besouros. Quando chovia, começavam as goteiras e os animais pulavam para o chão. Assim, a nossa expressão "está chovendo canivetes" tem o seu equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs".

Para não sujar as camas, inventaram uma espécie de cobertura, que se transformou no dossel.

Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimentos oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada - lembremo-nos que os hábitos higiênicos da época não eram lá grande coisa...

Isso acontecia freqüentemente com os tomates, que, sendo ácidos, foram considerados, durante muito tempo, como venenosos.

Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo "no chão" (numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho). Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estava morto, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era então colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão.

A Inglaterra é um país pequeno, e nem sempre houve espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados ao ossário, e o túmulo era utilizado para outro infeliz.

Às vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino.

Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", como usamos hoje..."


Pedro Paulo Rocha
Curitiba, 4/12/2002

Quem leu este, também leu esse(s):
01. Sexo, cinema-verdade e Pasolini de Elisa Andrade Buzzo
02. Píramo e Tisbe de Ricardo de Mattos
03. Um menino à solta na Odisseia de Carla Ceres
04. Retrato do Leitor enquanto Anotação de Duanne Ribeiro
05. A bibliotecária de plantão de Ana Elisa Ribeiro


Mais Pedro Paulo Rocha
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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
4/12/2002
09h10min
Normalmente se associa este período da história como algo tenebroso, sofrido ao extremo e que não vale a pena ser lembrado a não ser como um mote para pilhérias rizíveis do "modo atrasado" de vida. Para aqueles que só "relatam" e enfatizam este lado desta trama complexa que é a vida, o medievo é tão "medieval" que passa a ser um indivíduo pré-histórico; para os "historiadores" não havia nada de bom, muito menos de aproveitável. Concordo com as dificuldades da vida daqueles tempos, o que questiono é que NUNCA vi alguém falar sobre algo diferente disso! Que tal falar da cavalaria? Das universidades? Da produção intelectual? Da Igreja? (com relação a este último ítem, não vale o manjadísimo "instituição opressora": já está muito "manjado"! Para uma salutar desintoxicação sugiro Jan Huizinga com o seu "Outono da Idade Média", qualquer obra de Sto Tomás, São João da Cruz, Sta Tereza D"Ávila ou o "moderno" Chesterton com as suas biografias de São Francisco e Sto Tomás. Antres de rir poderíamos questionar: será que o período moderno, só por ser mais "atual" é o juiz e padrão de toda a história?
[Leia outros Comentários de marcus m l pimenta]
9/12/2002
13h55min
Será que o período moderno, só por ser mais "atual" é o juiz e padrão de toda a história? Sim, é.
[Leia outros Comentários de Bob Dobbs]
10/12/2002
13h22min
"Salvo pelo gongo" me reportava a uma luta de boxe na qual um pugilista, prestes a ser nocauteado era salvo pelo sino que indicava tempo esgotado. Coincidência?
[Leia outros Comentários de Júlio César Ramos]
13/12/2002
18h50min
Caro Bob, só agora encontrei a sua postagem nos comentários ao texto. Peço desculpas pela demora. Com todo o respeito que lhe devo vou lhe fazer uma pergunta: Porque? A "autoevidência" cronotótipa e "umbigocêntrica" de nós contemporâneos no julgamento de tudo e todos não vale! A pretença superioridade "moderna" com algo de "final [ou seria, finada?] de evolução precisa ser melhor explicada. Um "sim" não justifica. Um abraço fraterno; MARCUS PIMENTA
[Leia outros Comentários de marcus m l pimenta]
13/12/2002
5. Ypon
18h59min
Caro Julio, minhas desculpas extensíveis ao outro amigo por só agora ter visto a sua postagem. Os grandes campeões de lutas - principalmente os de artes marciais - estudam as lutas dos "antigos" campeões para aprimorar suas técnicas de combate. Olhando e aprendendo com os "mestres de sempre", isto é, de TODOS os tempos, eles melhoram na Arte da luta. Uma técnica de projeção, uma pegada, uma empunhadura, um ataque, uma defesa, um contra-golpe... tudo pode-se aprender com respeito e humildade para quem tem tanto para nos ensinar.
[Leia outros Comentários de marcus m l pimenta]
23/3/2006
07h21min
Nossa... que história estranha e esquisita! Nós achamos muito engraçada também. Entramos neste site porque estamos na aula de computação de história. É legal sabermos que, na Idade Média, as coisas eram desse jeito. E é bem legal, também, saber que hoje existem pessoas que se preocupam em passar esse tipo de informação... Parabéns!!!
[Leia outros Comentários de Marina e Lizandra]
23/3/2006
10h05min
Colegas da aula de computação, aproveitem bem! Pois, na prova, pode cair este conteudo...
[Leia outros Comentários de maria karoline cris]
23/3/2006
10h08min
estamos em um grupo de estudos, todos gostaram mt! teve horas q rimos tb mt! gostaria de ver mais coisas engraçadas, como essas!thauzim
[Leia outros Comentários de camila e flávia]
23/3/2006
10h11min
Muito legal mas uma nojeira... Achamos que não conseguiriamos viver naquela época. Lorena e Fernanda
[Leia outros Comentários de Lorena e Fernanda]
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