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Sexta-feira, 1/2/2013
Olgária Matos
Humberto Pereira da Silva
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O filósofo Walter Benjamin é um dos críticos mais lúcidos e aguçados do mundo moderno. Suas reflexões cobrem questões que passam pela economia, política, fetiche e desejo. Uma das estudiosas mais conhecidas do pensamento de Walter Benjamim, Olgária Matos tem como referência principal em seu livro mais recente, Benjaminianas: cultura capitalista e fetichismo contemporâneo (Editora Unesp, 302 págs.), as indagações desse filósofo a respeito da modernidade, e nos oferece um quadro interpretativo das questões mais marcantes no mundo atual.

Nos ensaios do livro Olgária trata de temas como estado de exceção, a racionalidade científica do mercado, modernidade, fetiche, a experiência do tempo, luxo e imagens de desejo. O tratamento dado por ela a esses temas tem como horizonte um momento em que as relações humanas são cada vez mais fragmentadas e marcadas pelo imperativo do consumo e do espetáculo. De modo que sua leitura de Benjamin visa mostrar o processo pelo qual em décadas recentes o capitalismo de produção foi substituído pelo de consumo. Em suma, Olgária possibilita ao leitor acompanhar as transformações da sociedade atual e entender o processo pelo qual se deu a universalização do fenômeno do fetichismo e a indeterminação do princípio de realidade.

Professora aposentada do Departamento de Filosofia da USP, a tese de doutorado de Olgária foi publicada sob o título
O arcanos do inteiramente outro (Brasiliense), que ganhou o Prêmio Jabuti de Ciências Humanas em 1990. Dela destacam-se, ainda, os livros A Escola de Frankfurt - sombras e luzes do iluminismo (Moderna) e O iluminismo visionário: Benjamin, leitor de Descartes e Kant (Brasiliense), nos quais são abordados o pensamento de Benjamin e a Escola de Frankfurt. Olgária foi presença constante nos ciclos de conferências coordenados por Adauto Novaes e organizados pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas da Funarte, entre as décadas de 1980 e 1990. Merece registro sua participação no ciclo O Desejo, que resultou no ensaio W. Benjamin: desejo de evidência, desejo de vidência (Companhia das Letras).

Na entrevista abaixo ela fala de
Benjaminianas, de questões que sua leitura propicia. A respeito do nexo entre sexualidade e princípio do desempenho nos dias atuais, ela entende que "a sexualidade era o proibido, hoje a repressão é por ela ser obrigatória, como atesta a propaganda oficial na época do carnaval, para que todos usem preservativos, além da sexualização precoce das crianças, como nos programas em que 'bebês' de cinco anos imitam Xuxa etc.". Sobre a convivência entre religião e consumo nos meios televisivos, ela sustenta que "na religião se verifica o mesmo fenômeno que no mercado: não são os fiéis que devem se elevar até o divino, os valores 'santos', o aperfeiçoamento de si nos valores considerados sagrados, mas o contrário, o sagrado desce às necessidades dos fiéis, adaptando-se a eles".

1. Nos seus ensaios "benjaminianos", noto preocupação em puxar os temas e questões de Walter Benjamin para os dias atuais. Uma das idéias fortes está no acento de que, no capitalismo contemporâneo, passou-se do elogio ao ascetismo e à pobreza à affluety society, à abundância e ao culto do excesso: a cultura capitalista estabeleceu o excesso como ideal. Você percebe sinais que apontariam para um esgotamento do culto ao excesso? Em escala global, a se pensar numa expansão sem fronteira do capital, falar em excesso não implica falar em minorias?

Dos gregos à modernidade ocidental, a sociedade se pautou pela idéia de philia, de amizade, fraternidade, compaixão, valores que definiam o campo ético. A divisa grega "nada em excesso" guiou as humanidades no sentido de o homem realizar suas excelências próprias, seja com o "cuidado de si" na Grécia - que previa a moderação dos desejos e impulsos -, seja por meio da "análise da consciência", no cristianismo, ou da ponderação das ações pela razão, na Idade Moderna.

A partir do Iluminismo e do romantismo, tem início o culto às paixões, que por natureza tendem à desmedida. Como o capitalismo se desenvolve não pela satisfação de necessidades, mas por criá-las, ele deve produzir desejos em permanência. Também a ciência não se propõe conhecer dentro dos limites do que o homem pode controlar: ela não quer o "plus ultra" da modernidade baconiana, mas o "cada vez mais longe", sem se perguntar se seus objetivos são úteis ou desejáveis.

Nesse sentido, as novas tecnologias ditas de informação disponibilizam dados que proliferam cada vez mais, mas o tempo para as assimilar ou compreender permanece o mesmo do passado, de modo a que fiquemos saturados de informações. Por isso, não creio que o comedimento possa vir substituir, no momento, o ingresso da China como produtor universal e também consumidor que promete lucros crescentes para o capital se manter em funcionamento.

2. Consideremos então o culto ao excesso. Apoiada em Herbert Marcuse, você observa que na sociedade da abundância o princípio do desempenho é acompanhado de mais "repressão" ou "dessublimação repressiva", como o "erotismo programado" da sexualidade. Sobre "erotismo programado", que papel você atribuiu à indústria pornô, à avalanche de sites de sexo na internet, aos sex-shops? Como eles se articulam ao princípio do desempenho?

No passado a sexualidade era o reprimido, no sentido de ser controlada: o sujeito se circunscrevia no âmbito do permitido e do interdito. Então a sexualidade era o proibido, hoje a repressão é por ela ser obrigatória, como atesta a propaganda oficial na época do carnaval, para que todos usem preservativos, além da sexualização precoce das crianças, como nos programas em que "bebês" de cinco anos imitam Xuxa etc. A pornografia é a maneira contemporânea de viver a sexualidade porque não há mais erotismo, pois este exige simbolização, adiamento do prazer, um quantum de frustração etc. Como a cultura hoje é pulsional - sem pensamento -, não temos mais o sentimento do pudor - fonte do erotismo: tudo é permitido e pode se mostrado, falado, exibido; nada mais pertence à esfera da intimidade e do confidencial.

3. Na contemporaneidade, os próprios indivíduos compõem um mercado para o consumo. A modelação dos comportamentos a partir do mercado implica uma destruição programada do savoir-vivre. Entendo que no capitalismo tardio o indivíduo se entrelace aos objetos de consumo, mas o "melhor dos mundos" para se "saber viver" não é uma utopia?

A utopia da felicidade pelo consumo de bens materiais só pôde se estabelecer quando a sociedade perdeu qualquer projeto, do que decorreram o tédio e a desmotivação. Além disso, a idéia de felicidade, por mais indeterminada que seja, requeria conhecimento e autoconhecimento, o que não é mais preocupação dos saberes que deveriam ser transmitidos pela escola, pela família e instituições, de que o ensino das literaturas e dos grandes romances, bem como a história da arte, era o testemunho eloquente. Ou seja, tudo isso depende de tempo disponível para pensar, o que não se tem mais, dado o estado de mobilização permanente em que todos se encontram: da infância à velhice, todos atarefados com coisas irrelevantes do ponto de vista do bem-viver no sentido moderno: o estresse como ideal cultural é pós-moderno.

4. O capitalismo tardio é o da obsolescência das coisas e do homem: tudo recai na dimensão do cálculo e do interesse. Certo, com isso pode-se entender que se para os gregos os escravos eram "instrumentos animados" no capitalismo tardio todos de algum modo seriam escravos do cálculo e do interesse?

Os gregos consideravam escravos todos os que não dispõem de tempo para a "contemplação", para os saberes que elevam a alma das questões imediatas de sobrevivência biológica para as questões propriamente humanas - quer dizer, questões ligadas a valores e, portanto, a conflitos subjetivos. Com a pós-modernidade a economia se tornou um modo de pensar que invadiu todas as esferas da vida. Não há mais autonomia da vida do espírito, que fica atrelada às questões da autoconservação como um absoluto que não pode ser transcendido.

Os gregos diziam: "é uma infelicidade viver na necessidade, mas não é necessário viver na necessidade". Essa frase significa que o homem prudente sabe dirigir o pensamento para outro lugar, o da skholé, se entregar a outras meditações e fazer exercícios espirituais para isso, podendo vencer as dores da alma e as do corpo porque olha em "outra direção", não permanece paralisado na necessidade do corpo ou da alma.

Além disso, no que diz respeito às coisas que não dependem de nós, que são necessárias, que não podemos contornar - como as doenças, a morte etc. -, nos ensinam que devemos nos ater àquelas que dependem de nós, são as verdadeiras necessidades. Para Epicuro, sabe-se quais são elas porque podem ser satisfeitas facilmente, as que são difíceis de serem providas são falsas.

5. Retomo essa questão do cálculo na dimensão do jogo. Você observa que na perspectiva de Benjamim a aposta visa ao ganho, mas nele menos o dinheiro e mais o confronto do destino. No caso de um jogador de sorte, que opera instintivamente como se estivesse em perigo, está embutida mais a dimensão do infortúnio, do acaso, do que propriamente a do cálculo?

Até a modernidade, a idéia de risco era ligada ao fato de nossa finitude e vulnerabilidade, à precariedade de nossa condição mortal. Segue-se daí todas as reflexões éticas sobre as ações humanas, o que está em nosso poder e o que nos escapa, o que recomendava a prudência. Na pós-modernidade o risco se associa ao cálculo de perdas e ganhos no mercado futuro, quer dizer, a dimensão de utopia que se vinculava às representações imaginárias da sociedade foi substituída pelo status quo: sonha-se com o que já é pré-dado, porque ninguém sabe mais o que deseja realmente.

6. No livro você nota que para Walter Benjamin há uma continuidade da religião no culto contemporâneo às imagens e na adoração das mercadorias. No capitalismo tardio a ética cristã (católica ou protestante) foi substituída pela do consumo? Nas TVs abertas à noite, misturam-se diversos programas religiosos e de televendas. Como você vê essa osmose entre religião, strito sensu, e mercadoria?

Como o fetichismo é inversão entre sujeito e objeto, também na religião se verifica o mesmo fenômeno que no mercado. Não são os fiéis que devem se elevar até o divino, os valores "santos", o aperfeiçoamento de si nos valores considerados sagrados, mas o contrário, o sagrado desce às necessidades dos fiéis, adaptando-se a eles, como de resto acontece o mesmo na educação: não são as crianças que devem ser "elevadas" para ter acesso ao patrimônio cultural da humanidade, mas é a escola que deve se adaptar ao meio social da criança, etc., quer dizer, ela permanece prisioneira do realismo de sua condição social e este passa a ser a medida de sua compreensão do mundo.

7. Ainda sobre o culto contemporâneo às imagens, você ressalta que para Benjamim o cinema apresenta na tela a alma do moderno: a cidade como sujeito histórico de decisão e humanidade. E uma metrópole, para Benjamim, é o sujeito histórico moderno, com os subúrbios se constituindo no "estado de sítio das cidades". Da perspectiva benjaminiana, como você vê filmes brasileiros recentes, como "Cidade de Deus", "Tropa de Elite", "5 Vezes Favela"?

O cinema brasileiro contemporâneo não é propriamente cinema, pois pratica uma espécie de pseudosociologia. As pessoas não vão ao cinema para assistir a um comício ou a uma aula de sociologia. O cinema brasileiro tem muita dificuldade de lidar com as complexidades e contradições: a "subjetividade" se reduz ao social. Se a direita explica a violência inteiramente pelo psíquico, pelo "caráter" ou pela "natureza", a esquerda explica tudo pela sociedade. Ninguém enfrenta o que escapa a essas determinações, o enigma da vida, como foi o caso singular e comovente do filme documentário "Ônibus174", dirigido pelo José Padilha. A questão do destino e do acaso que rege muito de nossa condição.

8. Acho particularmente interessantes as análises que você faz das pinturas de De Chirico, Hopper e Yves Tanguy. Por meio delas você fala de solidão, tédio, angústia. Mas o capitalismo tardio é o da obsolescência das coisas, do homem...; que lugar as artes, a pintura, o cinema ocupam num mundo obsolescente? Como pensar as artes fora das regras do mercado? Um Hopper, pois, também é mercadoria.

A arte que tem força interna - como Hopper, Tanguy, De Chirico, Beuys, Kiefer, etc -, não são dirigidas pelo mercado, determinadas diretamente pelo que o mercado vai consumir, por isso guardam sua autonomia. Esses grandes autores nos permitem perceber por que não é a sociedade que explica a arte, mas é a arte que explica a sociedade, que para ela é opaca e vive o cotidiano de maneira dispersa e sem reflexão.

9. Uma dos problemas centrais da modernidade: poucos trabalham muito e muitos estão desempregados ou semiempregados. A desocupação e o workaholismo implicam num déficit na ordem simbólica coletiva e compartilhada. Nos dois casos o tempo livre é experimentado como tempo vazio. O contraponto seria o flâneur, o dandy, para os quais a vida é uma obra a ser admirada a todo instante. Você entende que num mundo marcado pela desocupação e o workaholismo personagens como o flâneur e o dandy caminham para o desaparecimento?

Em um mundo onde nada mais é realmente proibido, nada é, no entanto, realmente possível. Quer dizer, é difícil para os indivíduos discernir entre o que é significativo e o que é insignificante, por isso, os refinamentos, a singularidade, etc., não têm lugar, tudo já está pré-catalogado por um mercado. Ou seja, não se consome algo porque se o deseja, mas porque alguém falou quer aquilo é "bom". O mesmo para o mercado de arte, algo tem valor artístico porque alguém falou que tem, não se trata mais de nada intrínseco às coisas mesmas.


Humberto Pereira da Silva
São Paulo, 1/2/2013

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