Psiquiatra declara Japão Oficialmente Maluco | Alexandre Soares Silva | Digestivo Cultural

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COLUNAS >>> Especial Copa 2002

Sexta-feira, 31/5/2002
Psiquiatra declara Japão Oficialmente Maluco
Alexandre Soares Silva
+ de 16600 Acessos
+ 32 Comentário(s)

Se o Brasil fosse uma pessoa, como seria? Pobre, sem dúvida; burro, ignorante, grosseiro; com gentilezas inesperadas, mas brutal; bonito, mas de um jeito vazio; e mentalmente (ao mesmo tempo) simplório e são.

Mas o Japão, se fosse uma pessoa, seria um maluco. Inteligente, é claro, e maravilhosamente sensível; muito polido, apesar de umas grosserias grotescas de vez em quando; nem bonito nem feio, mas cultuador da beleza; autoritário e subserviente ao mesmo tempo; e inteiramente maluco.

Sempre achei isso, mas agora é científico. O Dr. Javier Zaburra, responsável pela World Psychiatric Association (ligada à WHO.), divulgou no dia 5 de Maio um relatório em que, basicamente, ele e sua equipe diagnosticaram todo o Japão como sendo "portador de distúrbios psiquiátricos". Isso me parece tão maravilhoso, nesta época tão aberta que chega a ser escangalhada, em que não há propriamente malucos, só pessoas diferentes de nós, e na qual nenhuma cultura é inferior à outra (sei, sei), que resolvi comentar alguns detalhes do relatório assinado pelo Dr. Zaburra. Sigam-me, pois: pelo menos aqueles que compartilharem um pouquinho do meu prazer em chamar uma nação inteira de maluca. Que é o prazer, claro, de falar uma bobagem, mas com alguma verdade emaranhada nela.

Oh, é claro que a palavra "maluco" não é usada nenhuma vez no relatório do Dr. Zaburra - como a palavra "morte" nunca é usada num folheto de cemitério. O que o relatório diz é que o Japão, como cultura, é "portador de distúrbios psiquiátricos". Como cultura, note. Friamente, cientificamente, toda essa nojeira de correção política é jogada pela janela e o Ocidente, afinal, confessa que acha o Oriente não só diferente, não só exótico, mas maluco. Que a ilha toda do Japão devia ser internada: ninguém sai. O que vai tornar lugares como Paris e Veneza muito mais agradáveis: imagine o Louvre e a Praça São Marcos sem japoneses. Se os brasileiros também não puderem sair do país, mas eu puder, por algum motivo misterioso, vai ser mais encantador ainda.

O relatório se baseia no DSM-IV, que é uma codificação de diagnósticos psiquiátricos. Vou colocar abaixo, por exemplo, alguns dos diagnósticos apontados pelo relatório, seguidos pelos meus comentários - porque o relatório é um tanto seco (como um protestante falando sobre comida) e precisa de uma voz humana natural comentando isso ou aquilo. Seguindo os critérios do DSM-IV, o Japão, por exemplo, é diagnosticado como tendo características de (pág. 7 do relatório):

* 302.89: Pedofilia - Ao longo de um período de seis meses, fantasias sexualmente excitantes recorrentes e intensas, impulsos sexuais ou comportamentos envolvendo atividades sexuais com uma (ou mais de uma) criança pré-púbere.

Meu comentário: O que presumo que significa "Medo de Mulher". Bom, isso sempre foi evidente pra mim ao ver qualquer anime, que são os desenhos animados, ou qualquer mangá, que são as histórias em quadrinhos. Onde estão as mulheres? Em mangás e animes, em propagandas e catálogos de lingerie, há muitas garotinhas japonesas, muitas escolares com saínha azul e meia branca até o joelho - mas onde estão as mulheres propriamente ditas? Mulheres de trinta, quarenta anos? (Há uma exceção, no anime Evangelion, onde aparece uma mulher de no máximo uns trinta; mas é só, acho.) Tenho a impressão que as mulheres japonesas, quando fazem 23, são enterradas no quintal; de onde são tiradas (corcundas e murchas) quando fazem 80. Sim, porque velhinha japonesa todo mundo já viu, até em animes e mangás. Sempre curvadas, miudinhas, sorrindo. (Mas faço uma objeção ao termo "Medo". Como se sabe, os homens japoneses costumam - ou costumavam - fazer com que as suas mulheres andem alguns passos atrás deles, na rua. Ora, ninguém dá as costas para quem tem medo. "Desprezo", talvez?)

* 301.20: Transtorno de Personalidade Esquizóide - (7) demonstra frieza emocional, distanciamento ou afetividade embotada.

Meu comentário: Ausência de humor. Ah, há humor físico no Japão - lembro sempre de um cachorro fazendo xixi na cara de um guarda num desenho chamado O Judoca - mas não há nenhuma forma de humor mais alto ou mais desenvolvido. Não há witticisms ou bons mots; não há Oscar Wildes. O japonês que mais se aproximou de Oscar Wilde é Yukio Mishima - mas não foi pelo humor, que ele não tinha, e sim pelo decadentismo, que é mais fácil de copiar. Não: se você quiser fazer alguém rir no Japão, vai ter que cair de bunda numa frigideira - o que é a mesma coisa que não ter humor nenhum.

* 301.4: Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva - Um padrão invasivo de preocupação com organização, perfeccionismo e controle mental e interpessoal, às custas da flexibilidade. (8) Rigidez e teimosia.

Meu comentário: Rigidez mental. Japoneses são linhas retas; chineses, linhas curvas. Basta contrastar os movimentos curvos do tai chi com os movimentos retilíneos do caratê; a suavidade de um e a rigidez do outro. Japoneses sempre me lembram o diamante da parábola de Nietzsche. Vocês sabem, está em Zaratustra: um pedaço de carvão pergunta para um diamante: "Por que você é tão duro? Por acaso não somos irmãos?" E o diamante responde: "E por que tão moles? Ah, meus irmãos, eu vos pergunto: não sois vós ao fim e ao cabo meus irmãos? Por que tão moles, tão suaves e flexíveis?". Pois bem, os japoneses são os diamantes da parábola de Nietzsche, e nisso são loucos como Nietzsche. Os chineses, por outro lado, são carvão - e sorte deles. Foi Lin Yutang que uma vez viu um grupo de japoneses num bonde - "maxilas cerradas, olhar feroz" indicando "mórbida força de vontade" - e deu graças aos céus por ser chinês. A solução talvez fosse essa: os japoneses se tornarem um pouquinho mais chineses?

* 301.22: Transtorno da Personalidade Esquizotípica - A (...) distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico. (2) crenças bizarras ou pensamento mágico.

Meu comentário: Fantasias recorrentes em que monstros gigantescos se erguem do mar, destruindo cidades. Para um povo de ilha, pode parecer natural ter uma certa ansiedade envolvendo o mar e a destruição de todo o país - até que nos lembramos que a Inglaterra é uma ilha e nunca sonhou com Godzilla.

* 301.82: Transtorno da Personalidade Esquiva - (...) sentimentos de inadequação e hipersensibilidade à avaliação negativa. (4) preocupação com críticas ou rejeição em situações sociais. (6) vê a si mesmo como socialmente inepto, sem atrativos pessoais ou inferior.

Meu comentário: Baixa auto-estima. Altas taxas de suicídio. Se pudéssemos ouvir a mente de um japonês andando na rua - especialmente a de um estudante japonês - ouviríamos: "Fracassei, fracassei, fracassei!". Se pudéssemos ouvir a mesma mente logo depois de um sucesso na faculdade, ouviríamos: "Momentaneamente não fracassei! Banzai! Banzaaaaaai!".

No dia seguinte à publicação do relatório, o governo japonês protestou formalmente à WHO; mas o Dr. Zaburra, honradamente, se recusou a voltar atrás. O jornal Asahi Shimbun ignorou olimpicamente o relatório; mas o principal jornal de economia e finanças do Japão, o Nihon Keizai Shimbun, publicou um editorial com o título um pouco ridículo de "Médico basco declara nação maluca - mas ele é que é maluco!". Nesse editorial há um ponto interessante: "Se ele nos acusa de malucos por tratarmos mal as mulheres, que são 50% da população, o que dizer do Ocidente que trata mal a velhice, que é o destino de quase 100% da população?"

Eu não queria dizer isso na frente dos japoneses, mas temos que admitir que, com essa frase, eles acertaram um belo golpe no nosso fígado.

Missa Negra
Esta Copa, suspeito eu, vai ser um tanto parecida com uma Missa Negra: de madrugada, com gritos abafados. Mas também vai ser a mais democrática das copas: pela primeira vez, o gramado vai estar sob os nossos pés, e não só sob os pés dos jogadores.



Alexandre Soares Silva
São Paulo, 31/5/2002

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01. Um escritor na cidade Fantasma de Paulo Polzonoff Jr


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* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
30/5/2002
14h32min
De novo você traz assuntos tirados da cartola! Que maravilha! Só quero colocar um ponto: assisti essa semana há um documentário sobre quadrinhos e desenhos japoneses. MUITO interesante, não lembro o canal.. GNT, P+A ou algo assim... O que importa é que mostraram que as mulheres são sempre com ar de menininhas novinhas pois antigamente (acho que ainda é?) era proibido mostrar pelos pubianos nos desenhos... daí virou essa tradição. Explicaram muitas outras coisas no documentário, show de bola. Mas você está certo, são todos uns doidos. Seria bom que fizessem o mesmo estudo com outros países, como o Brasil, a França, a Itália, o Paraguai, etc... Abcs!
[Leia outros Comentários de Juliano Maesano]
31/5/2002
00h31min
Caro Alexandre, o seu excelente texto foi balsâmico para o meu espírito ferido, inquieto e revoltado. Como se já não bastassem as hipocrisias rubras, será que também precisamos engolir as hipocrisias amarelas? Não! Basta de grotescos pets tomagoshis, de lixo tecnológico e das invasões predatórias em nossas florestas. Basta de ver japoneses fantasiados de biólogos matando centenas de baleias (sob pretexto de pesquisa científica, ha ha ha!) e enfurnando-se na Amazônia para esburacar a terra e arrancar nossas raízes com propriedades medicinais. Não são apenas as raízes; são as folhas, flores, frutos, caules, borboletas, taturanas, cipós, pequenas aves raras... tudo eles metem em barricas, lacram e despacham para a Terra do Sol Nascente. E tais furtos são praticados sob as barbas do Governo Federal, que nunca soube proteger nossas riquezas, sejam elas naturais ou artificiais. Nunca soube proteger nada que fosse nosso, eis a triste verdade! Estou "por aqui" com esses sorrisinhos e mesuras asiáticos, que só fazem disfarçar secretas gargalhadas de escárnio. De quem estão rindo? Claro que de nós, os idiotas saqueados, que ainda compram todo aquele tecnolixo, aqueles aparelhos eletrônicos fabricados com prazo exato para quebrar e nunca mais funcionar! Zogo Suzo! Muita Suzeila! Muita Patifalia! Alexandre, obrigado pelo texto.
[Leia outros Comentários de Dennis]
31/5/2002
13h56min
Lembrei-me de um texto do Millor, que dizia mais ou menos o seguinte: trinfará a sociedade que mantiver congelado o último homem que souber fazer conta na ponta do lápis, pois quando todos os computadores entrarem em pane ele será descongelado e será o senhor do mundo. Me parece de uma estupidez imensa a tecnologia-pela-teconologia, o sujeito que quer o último modelo de computador portátil não porque o seu atual não lhe esteja servindo, mas porque o último é o mais recente. E acho que o japonês (não só ele, claro) representa muito bem esse papel do homem hightech, como se a teconologia não fosse apenas um meio, mas o paradigma a ser seguido e, nos casos extremos, incorporado, sob pena de exclusão do mundo dito "avançado".
[Leia outros Comentários de Rogério Prado]
1/6/2002
22h11min
Esse meu general é mesmo um artista! Parabéns, senhor!Mais uma obra prima de humor, jóia do mais fino witticism. Oscar Wilde bateria palmas de prazer! É um texto que merece centenas de exclamações!!!!! E o pior é que é verdade, mas não só para os japoneses. Se olharmos com um pouco menos de ternura para o nosso país, veremos que abundamos também de psicoses. Apenas somos uns maluquinhos mais divertidos que os japoneses, que não conseguem perder a rigidez de manual nem quando são malucos, coitados. Nós, nós somos malucos-beleza, com forte fixação anal, mais um tanto de necrofilia (veja os jornais do Rio/São Paulo), total ausência de senso de ralidade, e quase que total incapacidade de viver em sociedade. A diferença entre os malucos nipônicos e os malucos tupiniquins é que os primeiros trabalham até quebrar, e os segundos descansam até desmanchar... Beijos da Sue
[Leia outros Comentários de Assunção Medeiros]
2/6/2002
00h48min
Onde se lê "senso de ralidade", favor trocar por "senso de REALIDEDA" ops! RAELIDADE... REDALIDADE... ah, vocês sabem! :o)))
[Leia outros Comentários de Assunção Medeiros]
2/6/2002
09h28min
Caríssima Assunção Medeiros: sim, é fato que existe um Brasil festeiro e safado, indolente e descarado, que descansa até desmanchar. Você só não mencionou que esse Brasil indolente é carregado nas costas do outro Brasil, o Brasil responsável e lutador, que trabalha até quebrar, o nosso Brasil Paulista, por exemplo. Este acorda antes do galo e adormece depois da coruja!!! Abraço do Dennis.
[Leia outros Comentários de Dennis]
2/6/2002
10h57min
Meu querido, cuidado com o bairrismo. E eu não disse que TODO brasileiro é maluco, assim como o próprio Alexandre não disse que TODO japonês é maluco. Veja o que ele diz: "Sigam-me, pois: pelo menos aqueles que compartilharem um pouquinho do meu prazer em chamar uma nação inteira de maluca. Que é o prazer, claro, de falar uma bobagem, mas com alguma verdade emaranhada nela." É uma bobagem mesmo achar que todo muno em um país é igual, mas nós sabemos como é o perfil do brasileiro como POVO. Eeu duvido que TODO o paulista ou paulistano seja trabalhador, meu querido, assim como sei que o povo carioca também não é TODO ele indolente. Nem os baianos o são. Enfim, não sendo paulista, mas tendo uma porção de coisas para fazer, eu deixo meu beijo para você. Por favor, pode me chamar de Sue mesmo... :o) Fui!
[Leia outros Comentários de Assunção Medeiros]
2/6/2002
12h33min
Querida Sue, citei São Paulo, é verdade, mas foi como exemplo, apenas... Questão de Matemática, já que São Paulo representa o maior doador de impostos e taxas, entre os Estados brasileiros. Prometo tomar cuidado para não transformar minhas amarguras em bairrismo. Prometo. Mas as amarguras existem; amarguras e indignações, principalmente quando fica claro que "alguns poucos" estão financiando as Micaretas, Pomponetas, Petapetas, Caranamaios, Carnajunhos, Carnajulhos, Carnagostos e inúmeras outras fentanças populares, geralmente comandadas por brasileiros de turbantes, com trajes e colares africanos... brasileiros que acham "lindju" ser filho de "Mama África" e até trocam o nome José e Raimundo por Alulelê de Orubá e Pomaturé de Alaketo. Pra mim, se quer mesmo saber o que penso, essa gente batuqueira é muito mais maluca do que os inventores dos pets tomagoshis. Você não acha, Sue? Ah, testou cheio de ver tanta festa cretina, comemorando porcaria nenhuma. Mas isto é Brasil: uma escritora como Hilda Hilst, com 50 anos de literatura, tendo escrito prosa, poemas, teatro... é jogada de lado... Uma Dona Zélia Gatai, com uma obra literária muitíssimo menos representativa é "imortalizada" pela Academia Brasileira de Letras, porque foi casada com Seu Jorge. Isso dá nos nervos! 1... 2... 3...4... 5... Abraço, Sue.
[Leia outros Comentários de Dennis]
2/6/2002
14h27min
Querido Dennis: concordo, concordo, concordo! E digo mais: concordo!Mas não fique amargurado,porque isso é apenas sinal de que temos muito o que fazer. Arregace as mangas, menino, e faça bem o que quer que seja que você faz melhor. Se for escrever, escreva. Se for cantar, cante. Crie seus filhos, presentes ou futuros, com cuidado e com valores sólidos. Ensine-os a ler com gosto e com entendimento. Seja um exemplo para as pessoas à sua volta. E deixe que os Alulelês de Orubás se comam entre si. Plante uma semente boa para o futuro, e procure solo bom onde plantar. O que for erva daninha, tenha certeza, vai ser jogado no fogo do tempo e será destruído. E quando o trio elétrico estiver dando nos nervos, pegue o walkman e ouça Bach. Beijos da Sue.
[Leia outros Comentários de Assunção Medeiros]
3/6/2002
10h38min
Acho bom esclarecer essa questão do trabalho no Brasil.É preconceituoso dizer que o brasileiro não trabalha,é preguiçoso e indolente.Isso é falseador da realidade do pais.Na media o brasileiro trabalha muito ,nove, dez horas por dia e não apenas em São Paulo mas em toda a nação.O que não há aqui é a célebre ética do trabalho.A noção de que o trabalho é a medida do carater de que o trabalho é recompensado com a prosperidade e a riqueza e que esta é o índice do valor individual.Essa consciencia tão bem desenvolvida nos paises protestantes como Estados Unidos,Inglaterra e Alemanha é incipiente aqui.Mas por que?Por causa do sol,do calor amolecedor?Por causa da raça?Ou da praia?Eu não creio.Essas ideias são antiquadas.No Brasil não há uma classe média numerosa e há poucas décadas atras ela era ainda menor.A etica do trabalho precisa de uma classe média organizada e numerosa interessada em educar seus filhos para ascender em relação aos pais confiante na educação no trabalho como meio da auto-promoçao.Simplesmente a etica do trabalho não pode surgir entre escravos não por que estes sejem indolentes e sem carater, proprios para a labuta forçada sob o látego, mas por que ela exige homens livres e auto-confiantes.Voces ja ouviram falar de ética do trabalho entre camponeses?Da ética do Jeca Tatu?Ou da etica do lúpem?Por que sera que a etica do trabalho nao surgiu entre os camponeses medievais da Suiça mas entre seus descendentes banqueiros em Zurique.O mesmo para os anglo-saxões e seus descendentes em Michigan ou na Pensilvania.E afinal como ela pode surgir entre pessoas que não tem a menor esperança de emergir de seu ciclo de pobreza.No Brasil nunca se teve a certeza de que a recompensa sempre vem para o trabalho e essa e a nossa herança escravocrata.Mas temos melhorado.O fim da inflação e a estabilidade da economia terminaram com um imposto terrivel sobre o assalariado e a sensação de perder sempre o chão sob os pes que advem numa economia instavel.Por outro lado o governo FHC manteve a ciranda financeira,os juros extorsivos que engendram lucros para os emprestadores de dinheiro e prejuizo para os geradores de riqueza produzindo assim uma economia rentista em que é mais vantajoso comprar papéis e esperar dividendos que construir,investir e suar em um empreendimento no mundo real em contraposição ao mundo surreal e etéreo da especulação.Por isso não sentimos a mudança cultural do fim da inflação e da estabilidade em toda a sua amplitude.Mesmo assim vimos mais pessoas tornando-se consumidoras,financiando bens e prosperando.Se este modelo puder mudar, o Brasil crescer investir em educaçao o pais mudará.
[Leia outros Comentários de carlos caldas]
4/6/2002
00h12min
Meu caro, eu até vejo de onde você está vindo, e sua argumentação tem uma certa razão de ser. No entanto, eu não posso concordar inteiramente contigo. Não sei de onde você escreve, mas eu moro no Rio de Janeiro. Mais especificamente, na Tijuca. Mais especificamente ainda, minha rua faz esquina com a famigerada Alzira Brandão. Bom a tal rua tem uma certa - como direi - bem, tradição na comemoração de copas do mundo. Este ano eles resolveram chutar o pau da barraca. Gastaram mais de cem mil reais na decoração da rua. Montaram um palco na esquina da Alzira com Conde de Bonfim (para quem não conhece o Rio, essa é a rua principal da Tijuca, que recebe TODO o tráfego em direção ao centro da cidade). Para tornar a coisa ainda mais animada, eles pediram à prefeitura - e CONSEGUIRAM!!!- o fechamento da Rua Conde de Bomfim. Nenhum carro passou lá hoje. E montaram um show com a Bateria da escola de samba do bairro, o Salgueiro. A que horas isso aconteceu? Bem, eu lhe digo: da meia-noite de ontem até às dez da noite de hoje. Quase vinte e quatro horas corridas. De festa. Por causa DAQUELE jogo. Agora, eu pergunto a você: a Tijuca por acaso é um bairro popular? NÃÃÃOOO!! É um bairro de classe média e alta, na verdade uma das rendas per capita mais altas do Rio de Janeiro. Nossa querida classe média conseguiu causar um dos maiores engarrafamentos que eu já vi nessa área, e eu moro aqui desde 1981. Isso, é claro, não invalida o trabalho nem a capacidade produtiva de parte da população, mas é um sintoma bem forte de onde os interesses da população, TODA a população, estão. Algumas pessoas reclamam, e são por isso chamadas de "estressadas" e "chatas". Agora me diga você: o que existe de pré-conceito na avaliação de um fato? Beijo da sue.
[Leia outros Comentários de Assunção Medeiros]
4/6/2002
11h16min
Muito interessante seu texto Alexandre. Como todos os outros, alias. Somente algumas ressalvinhas bem pequenininhas. Em primeiro lugar todos nós, pessoas e nações, orientais e ocidentais, do hemisfério norte ou do sul, somos, em maior ou menor grau, pirados. Malucos. Doidos de pedra. É só olhar de perto e... pronto, toda nossa normalidade foi pro espaço. Portanto, chamar os japoneses de malucos me parece algo redundante, no mínimo. Em segundo lugar, fantasias envolvendo monstros gigantes, extraterrestres invadindo a terra, cientistas picados por aranhas transgênicas, jacarés gigantescos invadindo cidades densamente povoadas, não são nem nunca foram exclusividade de japoneses. A única diferença é que os monstros japoneses tinham zíperes nas costas (lembra do Ultra Seven?).Cada povo com sua esquisitice, não? E, finalmente, o karatê não é composto por movimentos lineares, bem como não o é o aikidô, outra arte marcial japonesa. Eu arriscaria dizer que todas as artes marciais (chinesas e japonesas) utilizam os mesmos princípios. Eu, como descendente de japoneses (doidinha de pai e mãe), muitas vezes tenho dificuldade em identificar se alguma coisa (na culinária ou nas artes, por exemplo) teve origem japonesa ou chinesa. O que só prova mesmo que nós, humanos, somos todos doidos varridos: como dois países com culturas tão parecidas, quase irmãs, puderam viver em guerra por tantos anos? Dãããã.... Beijos, Kelly.
[Leia outros Comentários de Kelly Hatanaka]
4/6/2002
13h31min
Kelly: deve ser ignorância minha sobre o karatê. Mas o karatê parece, para quem vê de fora, rígido, linear, e feito de movimentos entrecortados- ao contrário do aikidô. Mas eu bem sei que as artes marciais, como as religiões, são muito diferentes para quem está começando, e muito parecidas lá no topo. Contrariando o meu próprio argumento bobo, todas as artes marciais são lineares e circulares ao mesmo tempo- elas são mais complexas do que Bach...E também estou mais do que disposto a acreditar que somos todos loucos. Mas vamos atacar um de cada vez, não é? Beijos, Alexandre.
[Leia outros Comentários de Alexandre ]
4/6/2002
15h37min
Atacar um de cada vez? Tudo bem, o comandante é você! :))
[Leia outros Comentários de Kelly Hatanaka]
6/6/2002
14h17min
Alexandre, Não concordo com qualquer generalização. Talvez por que eu tenha muita dificuldade em enquadrar pessoas em grupos. Mas seu texto é tão bem escrito, que eu te perdôo. Quer dizer, perdôo depois que vc atacar o próximo "povo" da sua lista... :o) Abraços, Ana. PS: Conheço a Kelly Hatanaka e posso garantir: Ela é COMPLETAMENTE pirada... :o)))
[Leia outros Comentários de Ana Salete Veras]
6/6/2002
14h26min
Ana, que idéia boa!! O Alexandre poderia fazer um especial "Malucos" para o Digestivo, e a marca visual seria o Obelix comentando com o Asterix "Esses ........ são uns loucos!" Ah, faz, Alexandre!... Beijos da Sue.
[Leia outros Comentários de Assunção Medeiros]
13/6/2002
17h14min
Alô vocês todos, Será que não há mais nada de bom e proveitoso para fazer ?? Ora veja !!! Não sei como não meteram o páu ainda nos nordestinos, pretos e crioulos. Esse negócio de exaltar São Paulo é uma grandissíssima besteira. Pois nunca se diz que São Paulo teve durante todo o século XX o inteiro Brasil (150 milhões de pessõas, na média...) como consumidores exclusivos de suas indústrias, alimentadas com as burras do Banco do Brasil e o beneplácito dos governos, muitas vezes a fundo perdido. Exclusividade que se mantinha com as altas taxações aduaneiras, com as quais esses mesmos governos compravam sua permanência no Poder. Deixem de literatices MALUCAS (já que o assunto é maluquices...) e tratem de estudar (ao menos ler com inteligência...) a História do Brasil. Passem a vista na História da Formação Econômica do Brasil. Quando o fizerem, não continuarão a dizer tantas besteiras. E dizer que somente os "japões" são malucos... Ora essa...
[Leia outros Comentários de Flavio]
14/6/2002
10h30min
Sim, senhor Flavio, eu o declaro oficialmente maluco. Ninguém aqui tem nada contra nordestinos, nem contra pretos e nem contra judeus, muçulmanos, japoneses ou marcianos. Estamos criticando idéias e comportamentos. São Paulo é que sustenta as burras do Banco do Brasil, meu senhor, não o contrário. Ou o senhor pensa que a dinheirama que está lá veio do Acre? Onde o senhor pensa que fica a Bolsa de Valores que regula o maior volume de negócios do Brasil? Em Roraima? Em Garanhus? Ora, faça-me um favor, clipe-se num relatório financeiro mais atualizadinho. Eu não moro em New York, mas reconheço tranqüilamente que New York é um centro financeiro bem mais importante do que São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Recife... Qual o problema? Portanto não se trata de exaltação alguma ao Estado de São Paulo, e sim de simples constatação factual. E literatices são infinitamente menos nocivas e tediosas do que chatices e distorções dos argumentos alheios, ora essa...
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14/6/2002
11h20min
Sr DENIS,, ] Dizer desaforos não é rsponder a argumentos. Quando faltam argumentos, néscios vociferam desaforos. É isso aí. O sr DENIS ainda não destratou, ao menos em público, pobres, nordestinos, pretos e crioulos, mas não tardará em fazê-lo, em face da sua lógica caôlha. Que São Paulo se beneficiou históricamente dos subsídios dos governos é uma verdade que nem O SR DENIS pode destruir. Que o Brasil, por mais de um século, foi o mercado exclusivo da produção paulista é outra verdade que o sr DENIS NÃO QUER RECONHECER. Mas em quê isso fere ou atinge o sr DENIS ???!!! O forum de debates não existe para que pessõas com diferentes pontos de vista possamexterná-los democraticamente ??? e por que o SR DENIS se sente mal em um debate franco e democrático ??? Muito estranho esse SR DENIS... Dissertar sobre a "loucura" do povo japonês, buscando alicerçar argumentos falaciosos e pseudocientíficos, é, no mínimo, desrespeitoso a esse povo. O SER DENIS JÁ ESTEVE NO JAPÃO...??? Ora, SR DENIS, respeite o povo japonês, e respeite a todos nós também. E habitue-se a aceitar os pontos de vista alheios. Principalmente, SR DENIS, me respeite, não desrespeitando seus leitores. O meu enfoque, se considerado com mínima intelegência, era instigante ao DEBATE, que é o objetivo do forum. Vai ver que há algum resquício nazista na formação do SR DENIS... Louco era HITLER, que V. deve cohecer muito bem, pelo jeito... Desculpem ao SR DENIS... Abraço a todos. , Flavio
[Leia outros Comentários de Flavio]
14/6/2002
11h43min
Caríssimo Her Flávio, eu lhe agradeço pela miríade de adjetivos que o senhor me dedicou. Todos os leitores poderão ler a sua ponderadíssima e democrática argumentação e depois julgar, por si mesmos, se a suástica está pendurada no meu ou no seu peito.
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14/6/2002
15h53min
Cheguei tarde, mas achei divertida a briga...Flavio, foi você que começou chamando "vocês todos" de desocupados, burros, bestas; eu realmente gostaria que todos os leitores que queiram mandar um comentário irritado para o Digestivo respirem fundo antes, e façam de conta que estão entrando numa roda de amigos - discorde, que é divertido, mas mantenha a polidez. Você não entraria numa roda de desconhecidos dizendo "Será que não há mais nada de bom e proveitoso para fazer?", entraria? Nem "Deixem de literatices MALUCAS e tratem de estudar!" Muito rude, Flavio, muito rude! Respire fundo, entre de novo como se fosse a primeira vez, diga bom dia, sente, e discorde do texto e dos comentários, se quiser - será bem vindo...Um abraço- Alexandre.
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15/6/2002
11h23min
Alexandre, Você não chegou tarde não. Entre e sente-se, aceita um uísque ? Mas não ponha na minha boca as palavras que Vc não tem coragem de pronunciar contra seus próprios colegas .Portanto, Alexandre, fica quietinho aí no teu cantinho e se comporte.. Quem os chamou de "burros,bestas e desocupados" ?? Estas expressões não sairam do meu teclado. Sairam do seu. Toda discussão é esclarecedora. Apenas eu me referi ao tema em discussão: um punhado de gente a diagnosticar as patologias do psiquismo do Japão. Ora essa, não tem assunto melhor para conversar ? De estarrecer é ler aquele DENIS distratar a cultura nacional, quando ela se apresenta nordestina. Sei que externa a frustação por não ter São Paulo nada parecido com a riqueza folclórica do Nordeste. Olhe as expressões que ele usou "PETAPETAS, CARANAMAIOS, CARNAJUNHOS,CARANAJULHOS,CARAGOSTOS E INÚMERAS OUTRAS FESTANÇAS POPULARES, GERALMENTE COMANDADAS POR BRASILEIROS DE TURBANTES, COM TRAJOS AFRICANOS...BRASILEIROS QUE ACHAM ''LINDJU'' SER FILHO DE ''MAMA AFRICA'' E ATÉ TROCAM O NOME JOSÉ E RAIMUNDO POR ALULELÊ DE ORUBÁ E POMATURE DE ALAKETO. PARA MIM, SE QUER MESMO SABER O QUE PENSO, ESSA GENTE BATUQUEIRA É MUITO MAIS MALUCA DO QUE OS INVENTORES DO TAMAGOCHI. ESTOU CHEIO DE VER TANTA FESTA CRETINA COMEMORANDO PORCARIA NENHUMA.'' Pois é, Alexandre, grosseria é isso aí. Veja como o SR DENIS se refere ao povo : ""ESSA GENTE""". É uma expressão que, escapulindo por entre seus dentes, carrega toneladas de desdém, desprezo e ojeriza ao povo nordestino. E ainda o SR DENIS galopa seu ROCINANTE pela literatura nacional, desdizendo JORGE AMADO, este ícone literário que perpassa todo um século. Como talvêz não goste de bater em morto, dá um chute nos traseiros da mulher do escritor, e, ainda por cima, chama os imortais da Academia Brasileira de Letras de analfabetos e irresponsáveis. Isto porque não elegeram sua escritora predileta HILDA HILST para a cadeira da imortalidade literária. E você, meu caro XANDUBA, não protesta contra essa calamidade ??? SR DENIS dê graças a DEUS por não ter ainda encontrado um bom BAIANO ( aliás, todos são bons...pois o que seria da música popular brasileira sem os BAIANOS...???) Quando apedreja os Baianos por usarem no Carnaval suas fantasias chegadas ao espirito africano, está deixando escapulir seu RACISMO, seu horror contra os negros. Um zeloso Procurador encontraria elementos de sobra para levá-lo ao banco dos réus por discriminação racial. Esse DENIS deve ser um infeliz. Em poucas linhas que escreveu, olha sá quanta barbaridade e como revela seus sentimentos :HORROR às festas populares, HORROR às fantasias carnavalescas, HORROR à Jorge Amado, HORROR aos baianos e nordestinos de uma manera geral, HORROR à cultura popular, HORROR à alegria do povo, HORROR à HISTÓRIA DO BRASIL,HORROR aos inventores do TAMAGOCHI, HORROR a tudo e todos. Infeliz esse DENIS... Alex ( ou XANDUBA, como é que o DENIS o trata ??), aceita outro uísque ?? Vc parece triste hoje. Outra dose lhe fará bem... Ah!! Vc diz que está começando a refletir sobre o que disse o seu amigo DENIS ?? Mas eu lhe peço, ALEX, perdõa o Denis, ele só quer aparecer. Se Vc mora perto dele, por favor, diz a ele que não existe HER HITLER, mas sim HERR HITLER. Esse Denis...incorrigível. Ele que aguarde os baianos... Bem, hojé é sábado, e eu vou à praia, ver e sentir o povo. Mas Alex, não vá ao teclado agora , para não voltar a dizer tolices... Flavio
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15/6/2002
16h23min
(Xanduba?) Flavio, quando você tiver terminado de sentir o povo na praia, volta, vamos conversar. Mas não insulte os meus convidados. Isso é um faux pas pior do que corrigir o alemão deles ao mesmo tempo que escreve "intelegência", "perdõa", "pessõas". Como disse um grande sábio baiano (como era mesmo?): "Quando faltam argumentos, néscios vociferam desaforos". Não gosto muito da prosódia da coisa, mas o sentido é esplêndido./ Então se acalme, e será bem recebido - a menos que não controle esse excesso de familiaridade ("Xanduba" é indesculpável). Me deixe até começar a conversa, dando o tom civilizado que, peço, deve ser mantido at all costs: você realmente gosta de Zélia Gattai? Por quê? Abraços de longe, meramente simbólicos- Alexandre.
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15/6/2002
17h43min
Alexandre, Gostei de seu regresso. Educado, mas um pouco pretencioso. Deixa meu português em paz . Ele não é pior ou melhor que o seu. Olhe o que aconteceu com D. Sue. Não se pode dizer que qualquer resdposta minha tenha sido desrespeitosa. O que acontece é que muita gente não gosta da contardição . Deixe-me perguntar: Você já leu RAMALHO ORTIGÃO ( AS FARPAS ) ? É um livro exemplar para esse tipo de conversa crítica. Sei que V. saber, mas deixe-me dizer-lhe que Ortigão foi o mais célebre polemista da literatua de Portugal. Mas era absolutamente irônico. E nisto reside a raça da polêmica, que é um gênero literário excelente. O que eu quiz dizer e provocar, desde o início, era justamente isto: o debate, a contradição. Cada qual tem seu estilo: o meu é este. Agora lá vêm VV a quererem consertar os estilo e o português da gente, quando não se está a escrever para a posteridade. Se, for apurar, encomtram-se erros em todas as manifestaçõews desta página do Digestivo. às vezes isto representa uma maneira de fugir ao debate do conteúdo. Esquece. Gostei de seu regresso. Abraço Flavio
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15/6/2002
18h04min
Alexandre, Como V. está vendo, a digitação saiu péssima. Somente quero fazer uma correção para não mudar o sentido de uma determinada frase: E NISTO RESIDE A GRAÇA DA POLÊMICA... E NÃO :A RAÇA DA POLÊMICA. Cansei. Abraço. Flavio
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17/6/2002
13h20min
Impressões que surgiram depois da leitura dos posts (importante dizer, sou cearense e moro no Ceará) 1. A carga horária oficial de trabalho no Brasil é igual em todos os Estados da Federação, logo todos os brasileiros no mercado formal trabalham muito, o que torna nossa miséria um objeto no mínimo misterioso (pelo menos para quem não quer enxergar a voracidade estatal). 2. Se não me engano, metade dos trabalhadores brasileiros vive na informalidade. E esse número aumenta nas regiões menos desenvolvidas. Talvez isso cause a ilusão de que o nordestino trabalha pouco. Eu julgo essa fuga para a informalidade como um ato heróico de quem, forçado pela impossibilidade de ser inserido no mercado de trabalho e por incapacidade técnica (na maioria das vezes por analfabetismo mesmo) quer arriscar seu dinheirinho em pequenas empreitadas ao mesmo tempo em que foge da histórica e voraz regulamentação trabalhista e da burocracia estatal que costuma cobrar altos preços (as sinecuras são bem remuneradas, sabemos), inibidora maior da iniciativa privada. 3. Como se pode depreender facilmente da leitura dos dois posts anteriores, não sou nenhum economista, mas minha tibieza nesse assunto não valida automaticamente as idéias inversas às minhas. 4. E onde quero chegar: vejo como uma falácia da exclusão a associação que se faz entre "povo festeiro" e "povo preguiçoso". Acho que o povo nordestino é festeiro, mas não é preguiçoso. Um povo preguiçoso não abandonaria sua terra e sua família para se meter na grande empreitada que é formar o grande exército da construção civil que ajudou a erguer o Sudeste. O trabalho braçal pesado não é coisa de preguiçoso. 5. Isso não quer dizer que o nordestino não seja festeiro. E que mal há em ser festeiro? Nenhum. Mas o nordestino é festeiro DEMAIS. Há cinco milhões de carnavais por ano aqui. Por mim não haveria nenhum. Tradição por tradição, nordestina mesmo é a festa junina (ontem, nas nuvens, comi bolo de batata doce). E tem a vantagem de ocorrer somente em Junho, ao contrário dos malditos carnavais. 6. O Dennis está errado quando faz essa associação (talvez involuntária) 7. O Dennis está certo quando diz que as festas aqui são cretinas. 8. Que Jorge Amado é um ícone literário, não resta a menor dúvida. Mas isso não transforma sua literatura em texto sagrado nem seu autor em paradigma literário. Pode até ser que seja (não posso afirmar nada, pois li somente um livro, e logo da fase cacaueira), mas não apostaria nisso enquanto não lesse as outras obras (a acreditar na opinião de quem diz que quem leu uma obra da fase cacaueira leu todas, até poderia arriscar um veredicto). Dizem que as obras de início de carreira eram boas, depois passou a patinar eternamente na pasta de cacau. 9. Não vou dizer que os membros da Academia sejam analfabetos. Mas que a ABL é bizarra, não há a menor dúvida! Escrever e ler são, por natureza, atos solitários, opostos a reuniões e sessões de rapapés. 10. A música popular brasileira sem os baianos perderia e ganharia ao mesmo tempo. O mesmo aconteceria com a música brasileira sem os gaúchos, sem os paraenses, sem os maranhenses, sem os mineiros, etc. O mesmo aconteceria com a música mundial sem o Brasil: perderia e ganharia ao mesmo tempo. O mesmo aconteceria com a música interplanetária sem a Terra: ganharia e perderia ao mesmo tempo. Agora, a filosofia brasileira sem o Caetano Veloso muito ganharia. 11. Eu sou que nem político: também gosto de sentir o povo. De preferência de mini-saia e peitinho empinado.
[Leia outros Comentários de Rogério]
17/6/2002
15h31min
Bem, o Rogério foi muito lúcido, justo e sereno em seu comentário. Quero apenas deixar bem claro que sei perfeitamente que nordestinos não são preguiçosos, e nunca disse que os membros da ABL eram analfabetos. Mas reafirmo que a Academia Brasileira de Letras desfigurou a sua própria razão de ser, vendeu-se a vaidosos sem talento, e hoje abriga um pouco de tudo, até escritores de verdade lá existem. Rogério, tenho muito a aprender com você, acredite!
[Leia outros Comentários de Dennis]
16/7/2002
11h19min
É uma maldade dizer que o único baiano que trabalha é motorista de trio elétrico. Pois agora temos Popó, que "trabalha" a cara dos adversários, e Bala, que "trabalha" na piscina. Ô dureza!
[Leia outros Comentários de Félix Maier]
23/9/2002
01h53min
Ao citar um anime como referência não pode usá-lo como motivo para uma generalização. No anime passado no Brasil, Sailor Moon, não teve a chance de passar sua continuação que dá ênfase a mulheres mais adultas, de mais de 30 anos. A mãe da personagem principal é uma perfeita dona de casa, com seus trinta e tantos anos. Há muitos personagens assim, se nào conhece todos, não conhece nenhum. Não acredito que só por que um certo doutor cita o Japão como um "louco" se fosse um ser humano, tenhamos todos que vir a acatar tal opinião, o que somos? Papa-baba de um doutor que nem ao menos vive no país que critica? Ele haveria muito mais de ir até o local, vivenciar, presenciar os costumes locais e ter contato com o local antes de fazer uma definição dessas sobre um país. A tara por garotinha parece ser o único defeito que os outros paises vêem no Japão já que não conseguem achar outro, para que possam atacar com garras e dentes o pais, que se desenvolveu, não só por criatividade, que admitamos, nào é uma grande coisa, mas pela criatividade e genialidade de melhorar os produtos inventados. Muitas coisas eles pegam dos paises estrangeiros, e de seu modo melhoram, até chegar a uma perfeição admissivel, ao contrário dos paises de onde eles se originaram, que fazem os produtos com certa qualidade, mas não pensam em melhorar, fazendo isso somente ao ver que o Japão é capaz de fazer o mesmo produto de uma forma melhor, para que possam concorrem com eles. A produção em larga escala do pais nipônico e seu sistema de produção propicia um preço acessivel, além da qualidade. As pessoas acabam tendo muito a ganhar com isso, ao invés de comprarem produtos de outros países. Ao falar mal de um local ou algo, informar-se é a prioridade, pois uma coisa dita errada, ou uma coisa errada sendo dita é como uma mancha em uma carreira. Este doutor deveria realmente repensar no conceito que deu ao país, e ver se isso não é apenas uma crise de nacionalidade mesclada com inveja de uma pais desenvolvido.
[Leia outros Comentários de Yui ]
23/9/2002
30. Susto
03h22min
Ah, a mãe da personagem principal é uma mulher adulta. Que alívio, Yui!
[Leia outros Comentários de Alexandre Soares]
13/10/2002
21h25min
É engracado como alguns leitores levam tao a sério que interpretam de forma negativa. Divido o apartamento com um cidadao de Toquio, ele nao tem familia brasileira e o primeiro contato com um sulamericano foi aqui comigo. Eu, tipico brasileiro, ele, tipico niponico... é um contraste cultural tao grande, que eu nao diria que japones é maluco, mas PIRADO, DOIDO VARRIDO, INSANO, etc.... .. mas voltando ao contraste cultural.. Em uma de nossas conversas, ele disse que chegou a ter medo de mim. Uma vez, numa brincadeira com uma zarabatana (q´eu fiz com um tubo de bomba pra encher pneu de bicicleta e um prego de 12cm), eu atingi o enconsto da cadeira onde ele estava sendado, fiz isto bem de perto(pra nao acertar por engano a nuca no infeliz), mas logo em seguida dei uns passos para tras e disse com espanto..."Veja como eu tenho boa pontaria".. Ele ficou 1 semana sem falar comigo. Por volta do oitavo dia, eu encostei ele na parede e perguntei.."Qual é?.. se vc tem algum problema? Fale comigo, discutiremos, e se eu puder te ajudar, nao tenha duvida que te ajudarei..".. entao ele me contou que estava com medo, porque eu tentei matá-lo.. e que eu sou agressivo. Pra vcs terem uma idéia, eu sou do tipo que com o maior empenho, expulsa uma mosca do apartamento para nao matá-la.. mas tudo bem, disse pro niponico que eu nao queria matá-lo, só fazer uma brincadeira.. e uma hora depois ele disse que acreditava. Na cabeca dele, o louco sou eu.. é só uma questao de ponto de vista :-) .. Depois que tudo voltou ao normal, continuamos a trocar informacoes.. ele me disse da dificuldade que esta sendo pr´ele se adaptar por estas terras austriacas, que a cultura japonesa nao serve pra viver fora do japao. Me disse mais... que existe a contra cultura japonesa(animes com mulheres, por exemplo), mas que isto ainda é raro e só é praticado por quem tem muita raiva do conservadorismo japonico, e que ainda é praticada a masturbacao pedofilica mental, sair da cabeca é dificil, afinal, nipones tem medo até da própria sombra. Japones é MALUCO SIM .. assim como os russos sao bebuns, ingleses arrogantes, brasileiros tarados e agressivos(se vc nao é nem um nem outro, tudo bem.. nao me chingue.. to falando em geral), alemaes tem cara amarrada(aquele papo que alemao é o povo que mais ri, é só entre amigos), norte americanos sao prepotentes.. etc.. e assim vai.. Ainda bem.. imagine se todos os povos fossem iguais?? A diferenca cultural é a riqueza da humanidade(tá certo que algumas positivas outras negativas, mas isto já é papo pra ser discutido com uma cervejinha, nao aqui). .. ah .. já ia me esquecendo.. o joponico chegou aqui sem o menor senso de humor.. mas.. depois de 4 meses aqui, convivendo diariamente comigo(teve que aprender na marra), traduzi o texto do Alexandre pr´ele e ele deu rizada, disse que levando em conta a sátira (que faz o texto ficar mais leve e engracado, na minha opiniao)brasileira, é por aí mesmo. um abracao a todos.. Cahue
[Leia outros Comentários de Cahue]
4/11/2003
15h51min
Sou brasileira e namoro com um japonês, e as vezes sofro muito pela frieza e a mania de ser perfeito e melhor em tudo. Gostaria de saber do senhor se os japoneses sofrem de algum tipo de complexo de inferioridade e se ter paciencia com eles resolve alguma coisa. Aguardo anciosamente pela sua resposta. Gostaria de saber se o senhor possui algum livro específico neste assunto.
[Leia outros Comentários de Fernanda Avelar]
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