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COLUNAS
Quarta-feira,
11/12/2002
Um Inesquecível Presente de Quinze Andares
Rennata Airoldi
+ de 2700 Acessos
Na última semana, aconteceu na Sala Pascoal Carlos Magno, no Teatro Sérgio Cardoso, dois ensaios abertos de "Um Inesquecível Presente de Quinze Andares", de João Fábio Cabral. A peça é a primeira do autor a ser encenada. João Fábio Cabral, que já é conhecido no meio teatral como ator, lança-se nesta nova aventura: escrever e atuar num mesmo espetáculo. Assim como outros tiveram sucesso nesse acúmulo de funções, os ensaios deixaram claro que talento para tanto ele certamente tem.
"Um Inesquecível Presente de Quinze Andares" conta uma história que pode acontecer numa cidade como São Paulo (aliás, não por coincidência, essa é a cidade que serve de pano de fundo para a trama). As referências e citações da metrópole paulista são recorrentes no texto. Três amigos moram num apartamento: o Arquiteto (Germano Melo), o Muquifo (João Fábio Cabral) e o Samuel (Wander Muniz). Com personalidades, classe social e objetivos bem diferentes, eles mostram seus pontos de vista perante a vida e o mundo ao redor. Enquanto Samuel é um homem inocente e sonhador, coisa rara nos dias de hoje, o Arquiteto é um burguês esbanjador que gosta de gastar o dinheiro dos pais "curtindo" a vida. Drogas, mulheres, festas, bebidas. Já Muquifo é um vendedor de CDs pirata cuja banca, segundo ele, fica no melhor ponto da cidade, na famosa Avenida Paulista.
Outro personagem que compõe a trama é Verinha (Fernanda Catani): uma jovem hipocondríaca, atual "ficante" de Muquifo, embora seja amiga dos três (já que freqüenta o Flat dos rapazes). A última personagem a ser inserida na trama é a misteriosa Lili Sol (Janette Santiago), que o Arquiteto traz ao apartamento para apresentar ao amigo Samuel, no dia de seu aniversário. Aparentemente, nada de muito novo. A partir desse encontro, tudo começa a se transformar nesse círculo de amizades. E, assim, o que foi riso até agora começa a causar um certo incômodo. Verdades a serem ditas, trocas de acusações entre os personagens. O espectador sente um certo "nó na garganta" e, ao mesmo tempo, repensa sua maneira de enxergar a vida e as pessoas.
Durante boa parte da peça, o espectador se diverte com as características marcantes de cada um no apartamento e, aos poucos, a situação risível vai se transformando em constrangimento. O patético Samuel é um ponto chave para essa grande transformação. A direção de Rogério Harmitt é uma das grandes responsáveis por esse acesso direto e imediato à alma dos personagens, que estão sempre defendendo sua posição em cena. Desta forma, os atores têm uma maneira de interpretar muito clara e limpa. É um dos grandes méritos da montagem.
Tudo no palco é muito simples. Cenário, figurinos, etc., nada além do necessário. Tudo é muito funcional. Em relação à dramaturgia, é uma surpresa muito agradável ver que mais um autor desponta em nosso teatro. O autor foi muito feliz na construção e elaboração do texto, que é cômico e, ao mesmo tempo, trágico. Traz o riso fácil ao espectador e, por outro lado, golpeia inesperadamente, no ápice da trama. Assim, é capaz de atingir o grande público sem ser comercial (no mau sentido da palavra), carregando uma mensagem importante.
Será que nós, moradores das grandes cidades, nos tornamos insensíveis uns em relação aos outros? Será que nos tornamos superficiais e medíocres? Será que nos importamos realmente com os sentimentos daqueles que estão ao redor? É piegas ser sonhador e acreditar em sentimentos verdadeiros hoje em dia? Quem de nós assume sua verdadeira identidade, sem medo de opiniões contrárias? Essas são só algumas das questões que o texto levanta.
"Um Inesquecível Presente de Quinze Andares" pretende entrar em cartaz no próximo ano. Ainda não se sabe como, nem onde. Falta patrocínio, falta apoio, falta infra-estrutura. O importante é que, independentemente do que se tem como ideal, o grupo usou da sua criatividade e de muito trabalho para colocar um esboço da peça "de pé". Provavelmente, se esses artistas esperassem a situação perfeita de produção para realizar a montagem, ela poderia não ter saído do papel, infelizmente. Assim sendo, espero que apoios e patrocínios surjam para que a essência desta trama, possa se expandir de maneira grandiosa para um público expressivo. Fiquem atentos, se depender da vontade do grupo, logo a peça estará em cartaz em algum teatro de São Paulo. É só conferir... e tenham todos bom espetáculo!
Rennata Airoldi
São Paulo,
11/12/2002
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