A prática e a fotografia | Eduardo Carvalho | Digestivo Cultural

busca | avançada
55363 visitas/dia
1,9 milhão/mês
Mais Recentes
>>> Pessoas Idosas - Sesc Carmo 2025
>>> Pascoal Meirelles celebra o legado de Tom Jobim no Palácio da Música, no Flamengo
>>> Os Coloridos Cia. Os Crespos
>>> Quizumba Com Indômita Cia.
>>> O que se rouba Com Zumb.boys
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
>>> Left Lovers, de Pedro Castilho: poesia-melancolia
>>> Por que não perguntei antes ao CatPt?
>>> Marcelo Mirisola e o açougue virtual do Tinder
>>> A pulsão Oblómov
>>> O Big Brother e a legião de Trumans
>>> Garganta profunda_Dusty Springfield
>>> Susan Sontag em carne e osso
>>> Todas as artes: Jardel Dias Cavalcanti
Colunistas
Últimos Posts
>>> Um olhar sobre Frantz Fanon
>>> Pedro Doria sobre o 'pobre de direita'
>>> Sobre o episódio do Pix
>>> Eric Schmidt no Memos to the President
>>> Rafael Ferri no Extremos
>>> Tendências para 2025
>>> Steven Tyler, 76, e Joe Perry, 74 anos
>>> René Girard, o documentário
>>> John Battelle sobre os primórdios da Wired (2014)
>>> Astra, o assistente do Google DeepMind
Últimos Posts
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
>>> Transforme histórias em experiências lucrativas
>>> Editora lança guia para descomplicar vida moderna
>>> Guia para escritores nas Redes Socias
>>> Transforme sua vida com práticas de mindfulness
>>> A Cultura de Massa e a Sociedade Contemporânea
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Existe público, sim
>>> O dinossauro de Augusto Monterroso
>>> Decompondo uma biblioteca
>>> 50 Anos de Preguiça e Insubmissão
>>> Caminhada na Olívia Flores
>>> Alceu Penna e as garotas do Brasil
>>> O negócio do livro eletrônico, por Jason Epstein
>>> Minha segunda vez
>>> Wagner, Tristão e Isolda, Nietzsche
>>> Arcádia mineira (série: sonetos)
Mais Recentes
>>> Cria da Favela de Renata Souza pela Boitempo (2020)
>>> Subjetividade e Verdade de Michel Foucault pela Martins Fontes (2016)
>>> A Dinâmica da Cultura de Eunice Ribeiro Durham pela Cosac Naify (2004)
>>> A Ritual Geology Gold and Subterranean Knowledge in Savana de robyn d’Avignon pela Duke (2022)
>>> Decolonizar Valores Ética e Diferença de Thiago Teixeira pela Devires (2021)
>>> Meninos de Altamira de Paula Menders Lacerda pela Garamond (2015)
>>> The Course of Nemur in Search of the Art Myth and Ritual of the Ishir de Ticio Escobar pela Pittsburgh (2007)
>>> Mulheres Raça e Classe de Angela Davis pela Boitempo (2016)
>>> Fluid Signs Being a Person the Tamil Way de E. Valentine Daniel pela Califórnia (1984)
>>> A Tríplice Fronteira Espaços Nacionais e Dinâmicas Locais de Lorenzo Macagno pela UFPR (2011)
>>> O Profeta e o Principal Ação Política Ameríndia de Renato Sztutman pela Edusp (2012)
>>> Vida e Grafias Narrativas Antropológicas entre Biografia e Etnografia de Suely Kofes (org.) pela Lamparina (2009)
>>> Corpos em Trânsito Existências Subjetivades e Representatividades de Aguinaldo Rodrigues Gomes pela Devires (2020)
>>> Finnegans Wake Finnicius Revém Livro 1 capítulos 2, 3 e 4 de James Joyce pela Ateliê (2003)
>>> Raça Etnicidade Sexualidade e Gênero de Cristina Donza Cancela pela Terceiro Nome (2015)
>>> Ritos e Festas em Corinto Arcaica de Alexandre Carneiro Cerqueira Lima pela Apicuri (2010)
>>> Tipo uma História de Amor de Abdi Nazemian pela Harper Collins (2020)
>>> Trânsitos Coloniais Diálogos Críticos Luso-Braileiros de Cristiana Bastos pela Unicamp (2007)
>>> The Sex Thieves an Anthropology of a Rumor de Julien Bonhomme pela Hau (2016)
>>> Papirus de Maria Homem e Contardo Calligaris pela Papirus (2019)
>>> Os Próprios Deuses de Isaac Asimov pela Aleph (2010)
>>> Investido em Opções como Aumentar seu Capital de Gustavo Cerbasi (org.) pela Campus (2010)
>>> Hello Brasil e Outros Ensaios de Contardo Calligaris pela Três Estrelas (2017)
>>> In Search of the Miraculous de P. D. Ouspensky pela Arkana (1965)
>>> O Anel de Giges de Eduardo Giannetti pela Companhia das Letras (2020)
COLUNAS

Sexta-feira, 25/2/2005
A prática e a fotografia
Eduardo Carvalho
+ de 9900 Acessos
+ 5 Comentário(s)

Viajar muito não significa viajar bem. E viajar também não é, necessariamente, uma experiência positiva. É possível substituir os melhores momentos longe de casa por uma imaginação fértil. E certas pessoas podem atravessar galáxias e continuar provincianas como uma formiga, que vive num planeta restrito ao alcance de suas patinhas. Não é a quantidade de países visitados que faz com que alguém seja mais cosmopolita, porque o limite do nosso provincianismo não é geográfico; é espiritual. Uma pessoa realmente cosmopolita viaja com a mesmo estilo com que vive. Ser cosmopolita é encarar com a mesma postura uma viagem a trabalho para São Bernardo e um mês de férias com a família no Havaí, sem se emburrar ou se deslumbrar antecipadamente com ambientes desconhecidos.

Uma educação cosmopolita não é baseada exclusivamente em referências urbanas, como museus e restaurares, e muito menos limitada a meia dúzia de cidades no mundo. Não basta saber como as coisas funcionam em Nova York, Londres, Paris ou Tóquio, porque o mundo - o resto do mundo - tem muito mais cores e camadas, enquanto, digam o que quiserem, essas cidades estão cada vez mais parecidas umas com as outras. Esse passeio pelas principais cidades do mundo pode ser ilustrativo para quem nunca viu, mas não é o que falta, hoje, para a maioria das pessoas que se pretende educada. Quase todo mundo já fez os roteiros turísticos das cidades mais convencionais. E viajar a negócios ou trabalhar em outro país não é uma experiência extraordinária, em nenhum sentido: é, hoje em dia, muito comum, e para muita gente pode ser também desgastante e desagradável. É bonito, para certas pessoas, visitar ou morar em Manhattan, mas pode ser igualmente interessante, para um espírito curioso, uma temporada em Teresina.

É bobagem transformar uma cidade numa marca, conferindo a ela um status que não existe, porque uma cidade sozinha não faz com que morar nela seja interessante. E não é assim - para carimbar o passaporte e mostrar aos amigos - que se aproveita, por muito ou pouco tempo, lugares diferentes. No Brasil, essa espécie de provincianismo se acentua, porque - tão longe dos Estados Unidos e da Europa - qualquer experiência mais longa nesses lugares ganha um charme artificial, que está longe de como a maioria das pessoas leva a vida cotidiana. Uma cidade ou país supostamente sofisticados não educam por osmose uma personalidade passiva - nem conferem a ela uma elegância que em casa ela não tem. Você não aprende mais sobre ópera morando ao lado do Metropolitan Opera House em Nova York, nem num apartamento no bairro do Hermitage, em São Petesburgo, vai transformar você num expert em cultura russa. Grandes cidades nunca despertam nem desenvolvem curiosidades inexistentes - assim como uma flor, por mais bem cuidado que seja o canteiro, nunca nasce antes da semente.

E também não adianta plantar um jatobá achando que dele brotarão orquídeas. Uma cidade civilizada não transforma uma personalidade bruta num espírito mais fino; esse é um processo geneticamente improvável. A educação dos modos reflete naturalmente a educação do espírito, e isso não é coisa que se adquire com uma, duas, três viagens para uma cidade mais - digamos assim - urbana do que São Paulo. O que uma grande cidade pode fazer, na verdade, é oferecer ambientes adequados a diferentes interesses. Um brasileiro em Berlim, numa terça-feira, pode comer kebabs e ir a uma festinha brasileira - num cafofo tocando samba -, ou pode tomar café da manhã no Wintergarten im Literaturhaus e, à noite, assistir a um concerto da Berliner Philharmoniker. As opções numa cidade como esta - e mesmo em Los Angeles, Toronto, Milão, Cidade do Cabo, Bangkok, São Paulo - são quase inesgotáveis. Você não precisa se preocupar se quiser ser você mesmo - como precisaria, por exemplo, em Teresina, se quisesse ser um punk local. Em Berlim, você pode ser punk tranqüilamente - e assumir as consequências da sua ideologia, vivendo no espaço que a sociedade lhe reservará.

Será uma vida parecida, adianto, com a de milhões de imigrantes brasileiros em Nova York, Londres e Paris, que reclamam da arrogância dos habitantes locais sem conseguir conversar sobre nenhum assunto com eles. É como viver na sarjeta de uma civilização que finge desprezar. Marginalizados culturalmente, muitos brasileiros acham, depois, que são vitimas de uma espécie de preconceito. E adotam um discurso ao mesmo tempo submisso e arrogante. Submisso porque, quando está fora de casa, começa a viver e a aceitar situações que não aceitaria em seu país, como se trabalhar em telemarketing em Barcelona fosse mais agradável do que em Curitiba. E arrogante porque, quando volta para casa, acha que sua experiência internacional foi extraordinária, única - e que, por isso, pode explicar sempre, numa mesa de bar, como é a vida cotidiana na Espanha. Que, afinal, não seria muito diferente, para essa pessoa, se estivesse em Osasco: mas Osasco é feia, chata, pobre... Quer dizer: a cidade acaba se transformando no que essa pessoa tem por dentro.

Um sinal evidente de provincianismo é adaptar o modo e o vocabulário quando se conversa com pessoas de "classes diferentes" - porque isso é coisa de gente que acredita que existam classes diferentes de pessoas. Isso é falta de educação. E bem comum: repare nos paulistas e cariocas quando vão para o sertão e comecam a falar, por exemplo, "não carece", achando que assim estreitam seu relacionamento com "os locais". Ou ainda mais perto: em gente que trata funcionários como idiotas e patrões como deuses. Não há nada mais feio. O maior exemplo de comportamento desta categoria, aliás, é o puxa-saquismo de estrangeiros, que existe no Brasil em sua forma mais explícita. A situação se parece com a da atriz-modelo-para-não-falar-outra-coisa na boate, oferecendo todos os seus serviços para entrar na ala VIP. Só precisa fugir "do povo" quem tem medo de se misturar e acabar como ele. Mas qualquer separação será artificial. Na área VIP ou não, a atriz-modelo-para-não-falar-outra-coisa continuará fazendo o que sabe fazer - a gente sabe o quê... -, e nunca enganará os mais atentos. Sua pulseirinha não lhe conferirá uma educação que ela nunca quis ter, e que poderia ser a sua única diferença "do povo" que ela tenta desprezar.

Uma educação cosmopolita está nos modos - na forma desafetada como uma pessoa se comporta em diferentes lugares - mas também no conteúdo. E para continuar em viagens: é preciso saber combinar os lugares mais exóticos com os destinos mais comuns. Manhattan e Teresina foram dois exemplos, mas há também Marrakech e Tallin, Mongólia e Tonga - para ficarmos em quatro exemplos cobertos por dois guias bem diferentes, Hg2 e Lonely Planet. Um pretende cobrir o que há de mais sofisticado nas cidades da moda (Lisboa, Estocolmo, Praga, etc.); outro abrange o mundo inteiro, trazendo o mochileiro para o mais próximo possível da vida local (do Camboja a São Francisco). Usei Hg2 para Madrid e Praga e o Lonely Planet em vários países, de Cuba à Bélgica. O Hg2 descobre bares e restaurantes escondidos e imperdíveis, que você não acharia sozinho; o Lonely Planet costuma indicar a você o sanduíche mais barato do bairro. Servem como orientacão. Mas o que eu ia dizendo: mesmo esses guias - qualquer guia - é normalmente escrito por jornalistas provincianos. Isso se percebe em quase todos os comentários: quando um australiano de Darwin, por exemplo, reclama da explosão dos Starbucks em Londres, sem perceber que esses cafés são práticos e inofensivos como o McDonald's - e que, portanto, essa tendência pode ser positiva. Mas não são os guias apenas que devem orientar um viajante com interesses variados - nem no destino nem no estilo da viagem. Afinal, é tão bobo comer apenas nos lugares mais descolettes, listados e explicados no Hg2, como querer viver como "um local", da forma como pretende ensinar o Lonely Planet.

E essa ilusão de que é possível "viver como um local" afeta viajantes - e especialmente brasileiros - nas mais diferentes cidades. Não é com um chapéu de palha que você se parecerá chinês em Chengdu; assim como uma gravata do Stefano Ricci não fara você mais elegante em Nova York. Normalmente é o contrário e que acontece: a gravata lhe cairá mal e o chapéu - num lugar onde os chineses usam boné - o transformará num palhaço involuntário. Por mais que você viaje, por mais tempo que more em outra cidade, você nunca viajará ou viverá como alguém que nasceu nela. Para começar, porque só essa vontade de viver naturalmente em Roma, como se fosse romano, é muito pouco natural; e, para acabar, não é nem bom que essa vontade exista, porque ela encobre uma curiosidade normal que se tem quando visitamos outro país. E esconder essa curiosidade acaba limitando novas observações e comparações entre pessoas e países. E se há, afinal, uma postura cosmopolita durante viagens, ela se baseia justamente nisto: nesta curiosidade por variações sociais e culturais em diferentes lugares. Ser cosmopolita é saber calibrar essas expectativas e não maquiar a personalidade de acordo com os costumes locais. Porque nenhuma cidade se revela na prática como ela promete ser na fotografia.


Eduardo Carvalho
Berlim, 25/2/2005

Quem leu este, também leu esse(s):
01. Apresentação: Ficção e Sociedade de Heloisa Pait
02. 90125: o renascimento do Yes de Diogo Salles
03. Quatro autores e um sentimento do mundo de Marilia Mota Silva
04. Bailes & Festas de Guilherme Pontes Coelho
05. Os dez mandamentos do leitor de Ram Rajagopal


Mais Eduardo Carvalho
Mais Acessadas de Eduardo Carvalho em 2005
01. Por que eu moro em São Paulo - 8/7/2005
02. Minha formatura - 5/8/2005
03. A prática e a fotografia - 25/2/2005
04. Uma conversa íntima - 11/2/2005
05. De volta às férias I - 17/6/2005


* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

ENVIAR POR E-MAIL
E-mail:
Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
4/3/2005
08h14min
Gostei muito do texto. Expressa bem o que encontramos em locais turísticos: pessoas (os turistas) querendo ao máximo se inserir no cotidiano local, sem perceber o alien que estão se tornando e o quanto isso só dificultará seu objetivo. Fui a Cusco este fim de ano e é engraçado ver que só os turistas usam aquelas roupas e acessórios coloridos de lã de alpaca e lhama. Os "nativos" usam roupas ocidentais normais como jeans e jaqueta de couro, bem discretos, o que, nas palavras de uma brasileira, "é decepcionante!" Quanta ilusão as pessoas criam de lugares e de culturas!
[Leia outros Comentários de Giovani Tomazoni]
15/3/2005
14h45min
Eduardo, otimo texto. A unica coisa que eu acrescentaria e que em certas cidades e mais facil comer comida indiana (que amo), do que em outras :). Para maioria das pessoas que eu conheco, mesmo as que viajam como turistoes ou se deslumbram com Nova Iorque e esquecem de vistar o centro de sua propria cidade, viajar acaba mostrando que no mundo existem pessoas e ideias muito diferentes das suas... Talvez este seja um dos maiores beneficios, que com um pouco de sorte e com mais vontade pode ser absorvida lendo livros e viajando pela internet. Por outro lado, tambem e' compreensivel o medo de descobrir a verdade: que nao existe "casa", e que o lugar onde estamos mais a vontade e mesmo aquele onde temos o maior medo de descobrir como ele e', nossa propria cidade/casa/bairro. Medo de talvez descobrir que nunca a vida vai ser a perfeicao que nossa imaginacao encena. Numa viagem longe de casa, podemos viver como a imaginacao encena... Ao inves de antropologia, pode ser escapologia...
[Leia outros Comentários de Ram]
29/3/2005
01h30min
Excelente texto Eduardo. Apesar de não ser tão "viajada" como você, adorei! Gostaria muito de ler algo mais aprofundado por você sobre o "puxa-saquismo de estrangeiros, que existe no Brasil em sua forma mais explícita". É um tema que me incomoda muito e pouco comentado.
[Leia outros Comentários de Kate Kloster]
5/4/2005
22h14min
Du, parabéns pelo texto. Se mais pessoas ao menos se preocupassem em tentar abrir a cabeça como vc o fez, concordando ou discordando de suas idéias, certamente teríamos um mundo efetivamente mais cosmopolita. Vale recordar um dos dizeres de nosso DNA: “The real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes.” Marcel Proust (1871-1922), French writer
[Leia outros Comentários de Luis Vairo]
1/9/2011
14h31min
Lendo seu texto, me deu até vontade de fazer uma viagem astral...
[Leia outros Comentários de Rebeca]
COMENTE ESTE TEXTO
Nome:
E-mail:
Blog/Twitter:
* o Digestivo Cultural se reserva o direito de ignorar Comentários que se utilizem de linguagem chula, difamatória ou ilegal;

** mensagens com tamanho superior a 1000 toques, sem identificação ou postadas por e-mails inválidos serão igualmente descartadas;

*** tampouco serão admitidos os 10 tipos de Comentador de Forum.




Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Livro Agosto Romance
Rubem Fonseca
Companhia Das Letras
(1990)



Desenho de Perspectiva
Robert W. Gill
Desenho de Perspectiva
(1980)



o brasil monarquico 6
sergio buarque de holanda
bertrand brasil
(1997)



Film Posters Of The 60s: The Essential Movies Of The Decade
Edited by Tony Nourmand and Graham Marsh
Taschen
(2005)



Assinei O Diploma Com O Polegar 612
Hamilton Werneck
Vozes
(2000)



Justin Bieber - First Step 2 Forever - My Story
Justin Bieber, Robert Caplin
Harpercollins
(2010)



Para Além da Política
William C. Mitchel e Outro
Topbooks
(2003)



Mineiros na Copa
Eduardo Ferrari
Scrittore
(2014)



Livro Literatura Estrangeira Hothouse Flower Lila Nova
Margot Berwin
Arrow Books
(2009)



A Lampâda Flutuante
Woody Allen
L&pm
(1982)





busca | avançada
55363 visitas/dia
1,9 milhão/mês