Eu podia estar matando, podia estar roubando | Adriane Pasa | Digestivo Cultural

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Segunda-feira, 7/4/2014
Eu podia estar matando, podia estar roubando
Adriane Pasa
+ de 5500 Acessos

Mas não. Estou aqui, escrevendo este texto. De acordo com as leis dos "Dez Mandamentos Bíblicos" - para quem é católico - "Não matarás" é o quinto mandamento e "Não roubar" é o sétimo. Para as demais religiões muda um pouco a ordem, mas essas duas grandes leis estão lá, junto das outras. Aliás, na Bíblia estão algumas das histórias mais dramáticas sobre homicídios, como a de Davi, filho de Jessé, que matou o gigante Golias.

Matar é contra os princípios morais, sociais e a gente pode ser preso. Mas todo mundo já pensou nisso na vida. Poucos assumem, é verdade. O peso na consciência e o conflito interno de alguém que comete um homicídio (não sendo um psicopata, claro), deve ser de matar. Ops, de doer.

Acho que todo ser humano tem um pouco de Raskólnikov, de Norman Bates, de Sharon Stone em Instinto Selvagem, de Dexter, de Hannibal Lecter (quem já não desejou comer e mastigar alguém? Super normal). Se não tem, gosta de ver esse povo em ação e se realizar um pouco.

Segundo uma matéria da revista Super Interessante, "no maior estudo realizado sobre fantasias homicidas, 91% dos homens e 84% das mulheres admitiram já ter pensado (em minúcias) como se livrar de outra pessoa. A esmagadora maioria dos cinco mil entrevistados (entre os quais 375 assassinos) confessaram esse fato, o que levou o coordenador da pesquisa, David Buss, chefe do Departamento de Psicologia Evolutiva da Universidade do Texas, a concluir que a capacidade de tirar a vida é uma característica comum a todos os seres humanos, resultado da seleção natural". Vejam só, minha gente. As pessoas matam por dinheiro, amor, ciúmes, vingança, prazer, medo, defesa, guerra, engano e muitas vezes por quase nada. Em nosso país então, o Brasilzão, matar é tão comum quanto escovar os dentes. Aliás, acho que aqui se mata mais que nas guerras do Oriente Médio. Apesar da TV espirrar sangue na hora dos telejornais, infelizmente a coisa já virou paisagem por conta de tanta repetição e as pessoas fecham os olhos e têm náuseas só quando vão ao cinema mesmo. Só sei que o dia em que o mundo acabar e o juízo final acontecer, o Brasil tá ferrado. Quero ver explicar isso aí.


Roubar também é mais velho que andar pra frente. E como os homicídios, têm muitas variações, tipos, intenções. Assim como o psicopata é o doente dos assassinos, o cleptomaníaco é o doente dos ladrões. Quem não se lembra dos vexames da Winona Ryder? Aliás, como tem gente famosa cleptomaníaca ou que usa essa desculpa. O fato é que quase tudo no mundo dá pra ser roubado. Precisa de cara de pau, coragem, um bom esquema logístico, vocação e competência. Jóias, ideias, pessoas, dinheiro, tempo, pontos, cartas, órgãos vitais, trens, aviões, carros, obras de arte, senhas, beijos, textos, imagens, sonhos, comida, nossa, tanta coisa. Literal ou metafórico, desse pecado acho que ninguém escapa.

Ladrões ousados e assassinos em série acabam ficando famosos. Confira aqui uma lista dos 10 maiores roubos da história e dos maiores assassinos em série que já existiram. A coisa é para o mal, mas não é para qualquer um. É uma pena que mentes malignas sejam também muitas vezes tão inteligentes e corruptas. Mas no cinema está tudo liberado (no Brasil também).

Há também os ladrões atrapalhados ou que roubam por motivos "nobres" ou passionais como o personagem de Al Pacino em Um Dia de Cão (Dog Day Afternoon, 1975, de Sidney Lumet), bandido bonzinho e pouca prática que acaba virando celebridade. Com roteiro baseado em fatos reais, é um filme obrigatório, numa das mais impressionantes atuações do cinema. Acho que Al Pacino já nasceu bom ator. No filme ele faz o papel de Sonny que, junto com um colega, rouba um banco no Brooklyn numa desastrosa tarde de muito calor e acaba chamando a atenção da mídia, transformando-se em notícia nas redes de TV. Era para ser um assalto de dez minutos, mas dura muito tempo e acaba por causar uma empatia do público pelos assaltantes. O filme venceu o Oscar de melhor roteiro original em 1976.

Separei mais alguns filmes que considero muito bons dentro destes temas, excluindo terror e máfia (que aí já considero outro departamento).

Esse papo de pecado me fez pensar nos personagens bíblicos. Acho que o mundo mudou pouco.


Não matarás


Psicose, de Alfred Hitchcock, 1960.

Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, 1971.

Pixote, a Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco, 1981.

Nascido para Matar, de Stanley Kubrick, 1987.

Louca Obsessão, de Rob Reiner, 1990.

Nikita - Criada para Matar, de Luc Besson, 1990.

O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme, 1991.

Instinto Selvagem, de Paul Verhoeven, 1992.

Assassinos por Natureza, de Oliver Stone, 1994.

Seven - Os 7 Crimes Capitais, de David Fincher, 1995.

Fargo, Ethan Coen e Joel Coen, 1996.

O Livro Secreto de um Jovem Envenenador, de Benjamin Ross, 1996.

Monster, de Patty Jenkins, 2003.

O Corte, de Costa-Gavras, 2005.

Dexter, série de TV americana, de James Manos, Jr., estreou em 2006.

Zodíaco, de David Fincher, 2007.


Não Roubarás


Ladrões de Bicicleta, de Vittorio De Sica, 1948.

O Grande Golpe, de Stanley Kubrick, 1956.

Bonnie and Clyde, de Arthur Penn, 1967.

Golpe de Mestre, de George Roy Hill, 1973.

Um Dia de Cão, de Sidney Lumet, 1975.

Não Tenho Troco, de Bill Murray e Howard Franklin, 1990.

Caçadores de Emoção, de Kathryn Bigelow, 1991.

Cães de Aluguel, de Quentin Tarantino, 1992 (também poderia estar em "Não Matarás").

Cova Rasa, de Danny Boyle, 1994 (também poderia estar em "Não Matarás").

Thomas Crown - A Arte do Crime, de John McTiernan, 1999.

O Assalto, de David Mamet, 2001.

Vida Bandida, de Barry Levinson, 2001.

Onze Homens e um Segred", de Steven Soderbergh, 2002.

De qualquer forma, se for para ter um comportamento meio "Psycho Killer", melhor ficar com este:


Adriane Pasa
Curitiba, 7/4/2014

Quem leu este, também leu esse(s):
01. Stalking monetizado de Luís Fernando Amâncio
02. Senna de Paulo Polzonoff Jr
03. Livros e Saúde de Ricardo de Mattos
04. A questão do fim do livro de Marcelo Spalding
05. France, mode d'emploi de Pilar Fazito


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