Marçal Aquino: o Rei do Clima | Rennata Airoldi | Digestivo Cultural

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Quarta-feira, 4/9/2002
Marçal Aquino: o Rei do Clima
Rennata Airoldi
+ de 2900 Acessos

O Teatro é um meio muito especial de transformar a realidade, ou, até mesmo, expô-la de maneira nua e crua. Depende sobre e o que se fala. Hoje, tenho a honra de colocar, de maneira direta, uma entrevista com um autor muito especial. Chamado por muitos de "o rei do clima", Marçal Aquino é um autor brilhante e, eu diria, visceral! Ele também teve alguns contos adaptados por Mário Bortolotto e transformados na peça "Faroestes", que está em cartaz toda terça- feira, às 21 hrs., no Centro Cultural São Paulo, como parte da "II Mostra de Teatro 'Cemitério de Automóveis'". Para quem ainda não conhece a obra desse autor, não pense duas vezes em correr a uma livraria e adquirir um dos seus exemplares. Escritor e roteirista, o mais famoso deles talvez seja "O Invasor", que virou roteiro e um filme premiadíssimo, dirigido por Beto Brant. Outra grande obra, sem dúvida, "O Amor e outros objetos pontiagudos", publicado em 1999, lhe rendeu o prêmio Jabuti. Assim, é um enorme prazer poder, de certa forma, apresentá-lo a todos vocês, caríssimos leitores. Além de ser um autor intocável, o Marçal é uma das celebridades mais acessíveis que eu conheço. (Desculpe, caro amigo, mas você já é uma celebridade, no bom sentido...)

Um pedido meu, que se transformou numa boa conversa via Internet. Ah, aqui devo ser grata as altas tecnologias que tornam possível a comunicação direta e irrestrita. Apesar da ausência do olho-no-olho há sem dúvida informações preciosas neste breve bate-papo digital.

Ass.: Rennatíssima (aliás, devo dizer que existem duas pessoas que me chamam assim, isso é sem dúvida uma honra, o Marçal e o editor deste site. Interessante, não? Muito obrigado, mais uma vez, caro amigo Marçal!)

Como você conheceu o Mário Bortolotto?

Conhecia o Mário de nome já, tinha lido um conto dele, antigo. Daí ele apareceu aqui em casa pra me entrevistar. E ficamos amigos. Não lembro o ano. Mas agora parece que eu o conheço (e gosto dele) desde sempre.

Como é ter um texto seu adaptado por outro autor? Há um certo receio, medo ou até mesmo ciúme?

Tranquilo. Olha, a partir da minha experiência com cinema, em que a adaptação é um negócio coletivo, eu tive uma única expectativa quando o Mário falou que ia adaptar os contos: o teatro é diferente do cinema, é vivo, ali, na hora.

Qual sensação de assistir a peça?


Maravilhosa. Assistindo a "Faroestes", percebi nuanças inesperadas nos textos, que se evidenciaram a partir da leitura que o Mário fez deles. Me senti muito feliz.

Já pensou em escrever para teatro?

Minha única incursão no teatro foi um esquete que escrevi para a Renata Melo, incluído na peça Boteco. Tenho um convite da Fernanda D'Umbra e da Jerusa Franco pra escrever outro esquete agora - que seria encenado juntamente com outro esquete, escrito pelo Bonassi. É um desafio pra mim a coisa do teatro. Tudo muito diferente da literatura, que é a minha casa, ou dos roteiros de cinema. E gosto de ser desafiado. O único problema neste momento é que minha vida tá muito complicada, falta tempo de uma forma brutal. Mas vou fazer.

Como é o seu processo para a criação de um roteiro?

Converso muito com o diretor antes. Quero entender como ele vê aquilo que vai ser materializado no roteiro. A partir daí, vamos descobrindo a história à medida em que escrevemos. Um processo difícil, mas delicioso.

Onde o Mário errou e onde acertou na adaptação que fez de seus contos para o Teatro?

Ah, não tenho condição de avaliar isso em relação ao "Faroestes". Aquilo foi um presente que recebi do Mário e da Fernanda. Fiquei emocionado na estréia - fui pra casa andando a uns dois centímetros do chão.

O que, daquilo que você viu em cena, é mais próximo do que você imaginou na hora de escrever os contos?

Clima. A Fernanda sempre me diz que eu sou o "rei do clima" (putz, podia trabalhar na meteorologia do Jornal Nacional; bricandeirinha). Reconheci os climas que imaginei quando escrevi as histórias. Perfeito. E quando falo em clima, estou falando não só da atmosfera proposta cenicamente e dos atores, mas de tudo aquilo que é adicionado e que evidencia ainda mais esse aspecto - falo de trilha, direção de atores etc. Mário foi mil grau, como diz o Sabotage.

Qual texto seu que você gostaria de ver adaptado para cinema ou teatro?

Pergunta problemática. Sempre que penso em algo pra escrever, estou pensando em literatura. É sempre assim. Nunca penso: ah, isso dá um roteiro ou uma peça. São sempre os outros que acham que aquilo pode ser adaptado. E sempre me surpreendo, porque, inicialmente, nunca acho que aquilo pode ser transposto pra outra linguagem, já que foi pensado literariamente.

Onde você mais se realiza profissionalmente: escrevendo roteiro, conto, romance?

Fácil: literatura. Aí o gênero importa pouco, se conto, novela, romance.

Ansiedade, felicidade, o que sentiu o Marçal no momento dos aplausos finais na estréia da peça?

Eu estava muito relaxado, na verdade, relaxado e feliz. No final, me senti muito homenageado. Nunca vou me esquecer da Fernanda se emocionando ao falar de mim. Fiquei arrepiado de honra e felicidade.

Um pensamento, uma frase, um sentimento e um sonho.

Ser humano é assustador.

Qualquer literatura que se preze é feita de riscos. Escritores com medo deveriam aguardar que, mais tarde, alguém se disponha a psicografá-los.

Tesão pela vida e pelas pessoas.

Gostaria de continuar contando minhas histórias. Nada mais. É o que tenho que mais se aproxima de um sonho.

(A todos aqueles que quiserem conferir a programação da "II Mostra de Teatro do 'Cemitério de Automóveis'" é só acessar o site: www.cemiteriodeautomoveis.hpg.ig.com.br. A mostra segue, em grande estilo, até dia 29 de setembro. Ao Marçal Aquino (quase impossível não jogar confete!), muito obrigada pela atenção dispensada! Um grande abraço a todos, Ass.: Rennatíssima!)


Rennata Airoldi
São Paulo, 4/9/2002

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