ESPECIAIS
Segunda-feira,
3/7/2006
Copa 2006
Colunistas
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A Copa do Mundo é sua!
>>> Nosso país é vivo, ele é o que são seus habitantes, suas cidades, seus bairros, escolas, idéias. A todo momento, somos nosso país, estamos a fazer algo por ele, porque viver no Brasil é sempre fazer algo pelo Brasil. O Brasil sem você não existe! A sensação de vitória numa Copa é algo palpável, reprodutível até, que você mesmo pode ter. Porque você é o astro da sua própria Copa... Já pensou nisso?
por Ram Rajagopal
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Mentiras diplomáticas 1: a Copa do Mundo é nossa
>>> Vejo os jogos do Brasil como mais uma oportunidade que as pessoas encontraram para beber caipirinhas, esquecer seus problemas cotidianos e paquerar: a festa do jogo é quase um carnaval e não importa muito o placar. É uma versão moderna da política do pão e circo, ou do que o regime militar fez durante a Copa de 70, só que somos nós mesmos que a conduzimos e nem reparamos nisso.
por Marcelo Maroldi
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O dia em que a Terra parou
>>> Do alto dos meus 23 anos de idade, eu retirei do meu campo mental a possibilidade de ver o Brasil ganhar mais uma Copa. Afinal, a última vez tinha sido em 1970, isto é, um ano antes do meu nascimento. E minha última esperança havia morrido na Copa de 90. Mas a seleção tornou-se campeã em 94. Graças a meu isolamento de biblioteca, só assisti a um pedaço da semifinal e à horrorosa final. Juro.
por Yuri Vieira
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Pra frente, Brasil, salve a seleção!
>>> Grande parte do que a gente pode lembrar de lances de tirar o fôlego e gols inesquecíveis, vem da Copa de 1970. Já vi Romário e Robinho jogando, assisti aos dois últimos títulos, que muito me emocionaram e encheram de orgulho, mas sei que jamais verei uma Copa como a de 1970 no México. Gostaria de ter vivido nos anos 70 para ter presenciado esse momento mágico do futebol.
por Tatiana Cavalcanti
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Copa do Mundo: agonia e êxtase
>>> Nós, os campeões em desigualdade social, o país da miséria, do crime, da profunda injustiça, do racismo camuflado, dos políticos salafrários e inconseqüentes, durante a Copa do Mundo, assistimos encantados àquele menino magrinho, nascido na periferia, driblar os grandalhões bem alimentados pela glória e pela riqueza historicamente assentada. Freud explica esse nosso prazer.
por Jardel Dias Cavalcanti
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A favor do Brasil, contra a seleção!
>>> Não me conformo como os brasileiros podem torcer a favor de uma seleção de "estrelas", que não joga nunca a bola que todos esperamos, que tem como grande mestre um senhor ultrapassado como Zagallo e como técnico um homem com fama de retranqueiro, que só se preocupa com o antiespetáculo em que se transformou a Copa do Mundo... Burocratizou-se até a arte do futebol!
por Lucas Rodrigues Pires
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Mané, Mané
>>> Houve realmente um rei, que eu saiba, mas eu procuro agora pelo mago da côrte. Com ele não havia barreiras em campo, não haveria Parreiras que o disciplinassem, não haveria, como nunca houve, esquemas táticos sendo que ele encarnava sua própria tática, solto no corredor estreito que demarcou como seu território exclusivo: o lado direito ao longo da linha que limita o campo adversário.
por Guga Schultze
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Devaneios sobre Copa do Mundo
>>> Sou um fanático por futebol. Acontece. Há quem seja aficionado por sapatos, bolsas, revistas em quadrinhos, voyeurismo, selos, chantili. Eu sou por futebol. Não sou daqueles “almanaques”, mas basta passar qualquer joguinho na TV que eu assisto. Por isso, pra mim Copa é uma alegria, assisto tudo o que posso. Vejo também pelo Brasil, mas mais pelo futebol e, sim, pelo escapismo (quem não precisa de um?).
por Rafael Fernandes
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Você se sente mais brasileiro por causa da Copa?
>>> No tempo do meu avô, brasileiros foram para a Guerra defender sua pátria e sua bandeira. No tempo do meu pai, brasileiros foram mortos e exilados por não amarem sua pátria e sua bandeira. Hoje, cantamos o hino nacional em frente à TV onde estão os onze heróis que defenderão nossa pátria e nossa bandeira. Mas que pátria é essa? A Copa do Mundo se tornou o melhor palco para a exibição do espírito nacional.
por Marcelo Spalding
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A Copa de 1982
>>> O futebol no Brasil é uma espécie de obrigação nacional. E, embora eu não goste do esporte, assisto a todos os jogos da seleção brasileira durante a Copa do Mundo. Na última, eu acordava de madrugada e ficava lá, torcendo e gritando de alegria quando um jogador marcava um gol. Esse comportamento anômalo tem uma origem remota, a Copa de 1982. Nunca uma Copa foi tão emocionante quanto aquela.
por Gian Danton
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Verde-amarelo tardio
>>> Ganhamos a Copa de 1994 com umas das finais mais chatas de todos os tempos. Basta lembrar dos jogos que Brasil e Itália fizeram em 1970 e em 1994. Pense em um só grande lance desse segundo jogo. E de quem você lembra além do Romário? Provavelmente o Dunga. E de quem você lembra de 1970, além de Pelé, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto, Gérson, Jairzinho...? Quanto aos lances, até os quase gols em 1970 foram mais bonitos.
por Vitor Nuzzi
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Eu não me importo com a Copa
>>> O que acontece comigo? Sou uma anomalia dentro do universo porque não consigo ser seduzido pela Copa. Isso começa no meu desinteresse em futebol. Ou seja, já não tenho paciência em acompanhar um bando de jogadores tentando marcar gol no campo adversário. Obviamente vou torcer pelos nossos irmãos em campo. Mas daí a pedir que eu me anime, assopre apitos, compre bandeirinhas, é querer demais.
por Marcelo Miranda
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Poesia para os ouvidos e futebol de perebas
>>> Tática para o seu time fazer gol no meu: "meu quarto-zagueiro/ mineiro/ maneiro// deixa a defesa/ e vem pro ataque// não dá moleza/ banca o craque// faz um charme/ toca a bola pelo meio// centro-avante/ atirado, sem floreio// tá na minha área/ com a canhota/ nem me importa// bate firme/ não me solta/ nem relaxa// toca forte/ e entra rasteiro// mira a rede/ gol de placa/ sem goleiro".
por Ana Elisa Ribeiro
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Eu e as Copas
>>> Desta Copa, não sei o que esperar. Nunca achei as pessoas tão por fora... Jornalisticamente falando, vi blogs pipocarem no mundo todo – e no Brasil, ainda, nada. (Apesar de uma revista, que recebi na semana passada...) Sinceramente, não acredito que vamos ter de engolir o Parreira de novo (e o espírito de porco do Zagallo). E o Galvão Bueno. E o Pelé. Talvez o Dunga...! Se o Brasil ganhar, vocês me chamam?
por Julio Daio Borges
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Julio Daio Borges
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