Um conselho: não leia Germinal | Andréa Trompczynski | Digestivo Cultural

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Segunda-feira, 8/11/2004
Um conselho: não leia Germinal
Andréa Trompczynski
+ de 70100 Acessos
+ 28 Comentário(s)

Procure em sua estante de livros este escrito em 1881 por Émile Zola: Germinal. Encontrou? Livre-se dele o quanto antes, melhor, queime-o.

Germinal é doente. Feio.

Aquele amontoado de homens-animais, trabalhando como escravos apenas pela fome, os mineiros da Voreux, há gerações. Quando Etienne, o idealista fervilhando de idéias de direitos e leis, chega e pede por um trabalho perguntando quem são os donos da mina-de-carvão, Boa-Morte - chamado assim por insistir em não morrer nos inúmeros acidentes das escavações - aponta um lugar no espaço, desconhecido, remoto, sem saber quem era que alimentava com sua própria carne. As mulheres parindo suas crias para ter mais uns contos, os filhos sempre contabilizados como mais alguns trocados para alimentar a casa. Elas não têm nome, são a mulher de alguém. Se deixam derrubar de costas atrás das árvores com qualquer mineiro que lhes faça esquecer a fome por alguns instantes.

Esquálidos, doentes, quase se pode ouvir os ossos batendo uns nos outros quando se deitam para amar, como Catherine e Etienne em seu leito de lama, ela feliz pensando que era o amor quando era um delírio de fome matando-a. Eles são feios e cheiram mal. Famintos, o tempo todo famintos. As crianças como porcos no chão catando cascas de batatas, uma refeição. E a frase mil vezes repetida: "se ao menos houvesse pão". Uma humilhação insuportável quando a mulher de Maheu tenta pedir cem ducados na casa cheirando a bolo dos Grégoire, donos da mina, bonitos como são os que não precisam pensar se terão o que comer.

Quem quer ver isso, meu Deus? Quem pode acreditar que um homem chegue a tremer ao receber seu salário, pelo pavor de saber que não dará nem ao menos para o pão? Não, este livro é um absurdo.

O fracasso certo dos que tentam "mudar alguma coisa". Etienne começa a greve, incita o povo à revolução contra o que é impossível mudar. Lincham Maigrat, o dono do armazém que cobrava as dívidas impagáveis deitando-se com as filhas dos burros-de-carga. Arrancam-lhe os testículos, as mulheres-bichos, cuspindo e gargalhando, no dia sangrento dos saques. Preferiam matar a pedir esmolas. Qual o problema em ver os filhos pedirem esmolas? Afinal, somos todos tão caridosos e é um prazer dar a esmola e sentir-se regozijado. Fora da caridade não há salvação.

O velho Boa-Morte, senil e louco encontra a filha dos Grégoire, Cécile. Ele, degenerado de pai para filho pelo século de trabalho e fome, seu escarro negro do pó da mina de carvão e ela, gorda e branca, as bochechas rosadas dos que comem. Ninguém na sala, o velho, num desvario, estrangula a garota.

Tudo em vão, Etienne é expulso da vila, por ser o culpado de inculcar nas pessoas aquelas idéias loucas de revoluções e esperanças. Eles voltam à mina, quietos. Dando graças a Deus por terem de novo seu trabalho de bestas.

Por isso, queime-o sem dó nem piedade. Vamos admirar a beleza de um vaso grego. Leiamos os escritores de hoje. Estes sim, com os malabarismos de estilo, frases perfeitamente musicais e lapidadas, brilhantes como os dentes de Cécile, valem a pena serem lidos. Conteúdo? Quem se importa com conteúdo? Conteúdos são feios e esfomeados e tristes. Quem quer realidade? Que venham os concursos de prosa, de contos, de blogs. Que tenhamos vida longa e tempo para ler a todos os ourives da palavra. Temos uma multidão deles, dando o sangue como os mineiros da Voreaux. A multidão de contempladores de vasos gregos. Está aí a Era do Novo Parnasianismo da Prosa. Fora com Germinal e realidades!

"De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia! Dois a dois! Primeira posição! Marcha! Todos para a Central do meu rancor inebriante!"
(Mário de Andrade)

Entreguem suas armas
A Campanha pelo Desarmamento da População é uma piada. As garruchas enferrujadas não valem nada e o governo paga por elas de 100 a 300 reais. A maioria é de armas que foram consideradas obsoletas pela lei anterior, chamadas armas de pólvora preta, e, pela nova lei não são mais. Ninguém entrega uma Walther, Glock ou Beretta para a campanha. Boa oportunidade para colecionadores e atiradores limparem o armário e ganharem um dinheiro extra (dica para colecionadores: pode ser usado para comprar besta e arco e flecha, que não são armas de fogo). Aquele ferro-velho não tem valor nem poder de tiro. Depois da campanha o número de latrocínios em São Paulo aumentou em 80% (o Paraguai é logo ali). Em 2005 haverá um referendo em que a população votará se é possível a comercialização de arma de fogo ou não. Estou até imaginando já a campanha da Globo e as passeatas, com pessoas vestidas de branco, balões e pombas da paz nos cartazes, além da Xuxa fazendo aquele sinal da pomba com as mãos. Os não-conhecedores de armas acham que estão fazendo grande coisa. Alguém está ganhando muito com isso.

O assunto do momento
O governo Bush será um estouro.

As pessoas mudam
Paulo Polzonoff Jr mudou. Foi arrogante, inquieto e algumas vezes fatalista como crítico no passado (e já era bom) e agora escreve melhor do que nunca. Lendo seus artigos, desde os antigos, muitos aqui no Digestivo, até os de hoje, acompanho a evolução intelectual e emocional de um jornalista que tem toda a minha admiração (palavra mais bonita para não ter que dizer a verdade: inveja). Ele não tem mais que mostrar erudição ou necessidade de aceitação, escreve sobre o que quer, o que gosta.

Meu assunto predileto
Algumas críticas superam a obra. Ler A Orgia Perpétua, estudo crítico de Madame Bovary, escrito por Mario Vargas Llosa é melhor que ler o livro de Flaubert.

Para ir além






Andréa Trompczynski
São Mateus do Sul, 8/11/2004

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01. Em defesa da arte urbana nos muros de Fabio Gomes
02. Assim é... de Marta Barcellos
03. Cupido era o nickname dele de Ana Elisa Ribeiro
04. Uma pirueta, duas piruetas, bravo, bravo! de Adriana Baggio
05. Um urro de liberdade de Paulo Polzonoff Jr


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* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
11/11/2004
07h38min
Concordo com você: ler "A Orgia Perpétua", do Mario Vargas Llosa, é melhor que ler o livro de Flaubert e enriquece a releitura deste. E está faltando um Émile Zola para registrar a vida dos brasileiros miseráveis. Aqui mesmo, em São Paulo, temos pessoas que tremem ao receber seus míseros salários.
[Leia outros Comentários de José Frid]
12/11/2004
01h09min
Ah, Andréa... há dois mundos, ou eu não tenho idéia e há mais deles por aí... sabe, eu achava que era válida a estética da denúncia, mas quando vejo que há quem se aproveite disso pra se promover, penso que o tempo das revoluções já passou. A miséria existe, e existirá por muito tempo. Quem irá contra ela? De verdade? Eu tenho vontade de esquecer, esquecer tudo. Não sou miserável nem abastado. Apenas tive chance de ir um pouco além do que é meu meio. Mas, a despeito disto, carrego comigo a decepção. Sim, decepção porque eu vi grupos ditos "de esquerda" tornarem-se diferentes do que diziam ser. Prometiam maravilhas e pouco aconteceu neste sentido. Por isso, miseráveis continuam miseráveis. E alguns dos que ainda não eram, tornaram-se. E agora? Nem sei mais o que dizer. Não vou defender Zola nem condenar. Nem mesmo condenarei velhos "esquerdistas". Tudo é diferente demais dos tempos de Germinal. Eu não sei como se dariam certas mudanças (seria ótimo se houvesse uma resposta pronta, não?), talvez devessemos formatar a unidade C: e começar tudo do zero. É triste, mas necessário... se temos mais de dois mundos, há mais tipos de miséria do que podemos imaginar. Bom, é isso... boa noite.
[Leia outros Comentários de Alessandro de Paula]
12/11/2004
10h13min
Obrigado por suas palavras. Mas eu sou mesmo é uma alma atormentada pelo silêncio.
[Leia outros Comentários de Paulo Polzonoff Jr]
13/11/2004
22h24min
Acho que só quem vive com um salário mínimo e tem várias bocas para alimentar, pode dizer se é exagero o comportamento daquelas pessoas. Além disso, o livro mostra um período de revoluções e faz menção a filósofos tais como Marx e Engels. Há todo uma carga histórica e cultural na obra que ajuda a entender melhor.
[Leia outros Comentários de Aline Santos Campos]
7/12/2004
01h36min
Andréa, quando penso em Germinal (que não li, mas confio na sua sinopse), na Cidade de Deus e na forma como a vida daquela gente foi explorada, eu fico um tanto triste com os rumos artísticos e culturais. Eu, como um autor de poesia, tenho às vezes algum drama ao pensar que se não for cuidadoso, ao tratar de certos temas, vou acabar agindo como um vampiro. Mesmo que a vida dessas pessoas, sabendo da minha existência e da minha hipotética apropriação do seu cotidiano ou não, jamais se altere. Bom, apenas cabe tentar sempre dormir bem, e se não posso ser o benfeitor dos oprimidos, também não serei um canalha. Pois se o sonho não acabou, deve ter mudado de alguma forma que ainda não reconheço, perdido entre os vários mundos... será um pesadelo? Bom, o jovem Alessandro partirá, para cuidar de seus 72 papagaios gritando ininterruptamente "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante" e "nos deram espelhos e vimos um mundo doente". Boa noite, moça!
[Leia outros Comentários de Alessandro de Paula]
16/8/2005
13h45min
Leiam Germinal, sim. para conhecer o que se passava na França do século XIX e ver que passamos por problemas semelhantes nos dias de hoje. Aqui no Brasil de 2005, ex-colônia portuguesa, onde o pobre recebe um salário-mínimo e os deputados metem a mão no dinheiro público.
[Leia outros Comentários de Laura]
1/10/2005
19h51min
Minha cara, suas palavras e seu estilo estão finamente sintonizados com o modus de Zola. Boas verdades essas! Nunca li crítica semelhante, tão bem conduzida e certeira. Desejo confrontar-lhe com alguns textos meus, se possível. Até breve.
[Leia outros Comentários de Delor Gramacho]
4/11/2005
00h13min
Sua crítica ao livro só nos incita a conhecê-lo. Achei muito interessante sua forma de instigar as pessoas à leitura do livro que é excelente. Muito expressivo, talvez até um pouco cruel, mas contém muito de realidade nele; realidade que não está muito distante no tempo e no espaço, como se fosse coisa do século XIX apenas; infelizmente podemos observá-la bem próximo de nós. Sejam curiosos! Leiam o livro e depois assistam ao filme com Gérard Depardieu. Abraços.
[Leia outros Comentários de Ana Claudia Alves]
10/4/2006
13h08min
Vou ler Germinal. Vc fez uma grande propaganda da obra...!
[Leia outros Comentários de felipe ]
5/10/2006
08h52min
Seus questionamentos são válidos. Li o livro e assisti ao filme depois, é verdade quando você diz que ele é horrivel, "quem quer ver isso meu Deus". Mas te digo que muitos ficaram impressionados diante de tanta miséria e da decadência humana. Acredito que devemos analisar uma obra no seu conjunto, sua história é muito rica do ponto de vista social. Transpor os valores contidos nela, conhecer as verdadeiras belezas, pois a beleza está em abstrair a essência das coisas internas e não externas.
[Leia outros Comentários de Sarah]
9/10/2006
17h15min
Achei a crítica de uma natureza tão pueril quanto bizarra! Como pretender que as pessoas não devam ler aspectos sombrios da realidade humana, ou entender que isso é "nojento" ou "repugnante"!?! Confesso que fiquei surpresa diante de uma confissão dessa magnitude; publicar em alto e bom tom uma opinião tão avessa à realidade quanto corajosa. Pois não é qualquer um que é capaz de "colocar a cara para bater" e dizer absurdos de uma obra dessa importância. Talvez tenhamos que refletir diante dessa análise da seguinte maneira: existem realidades paralelas que devem ser compreendidas de forma igualitária. Devemos entender a realidade de Oz e a realidade de Zola como se fossem a mesma! De qualquer forma, foi uma crítica bem redigida em sua integridade e merece ser levada em consideração.
[Leia outros Comentários de Lívia]
11/3/2007
11h01min
minha amiga, essa é a realidade, Zola não teve outra intenção além dessa, de escancarar a dura realidade daqueles pobres trabalhadores. Acho que a leitura do livro é muito válida tanto para se conhecer as vicissitudes das relações trabalhistas ao longo de sua evolução, e para lembrar que em locais muito mais próximos que nós possamos imaginar essas situações continuam ocorrendo...
[Leia outros Comentários de iury]
14/5/2007
16h26min
Andréa, só hoje tive acesso a esse seu texto... Exibo o filme baseado nesta obra há pelo menos uns dois anos para meus alunos na disciplina de sociologia. Eu mesma custei a ter coragem de assistí-lo. Mas ainda não encontrei nenhum filme que possa substituí-lo para mostrar a desigualdade social, e exploração do capitalismo e inúmeros conceitos da teoria de Karl Marx. O livro, creio que você tem razão, é quase insuportável, porque a adaptação do filme foi suavizada. Mas infelizmente, a culpa não é do livro nem do Zola é da realidade.
[Leia outros Comentários de Aurea Thomazi]
25/6/2007
14h38min
Andréia, só hoje abri e li seu texto, de fato é repugnante o livro, mas, em verdade, nos dias de hoje temos muitos Monsieur Hennebeau e Paul, etc., aqui no Brasil, é o que a mídia nos mostra, trabalho escravo nas fazendas, nas carvoarias, nos canaviais, etc, essa desigualdade social não a encontramos só em Germinal, mas neste Brasil tido como um país rico e feito de igualdade social (só de aparência). É um contraste entre ricos de pobres.
[Leia outros Comentários de Guizelia Dunice]
19/7/2007
20h05min
Li Germinal há uns 40 anos atrás. Foi indigesto sim, mas me esforcei por concluir a leitura, porque é um dos livros que todos deviam ler. É um clássico. Fiquei na dúvida se você não estava usando de sarcarmo ao recomendar que admiremos vasos gregos. Você deve estar de gozação. Mas, valeu! Valeu mesmo ter despertado o interesse pela obra.
[Leia outros Comentários de Carlos Barbosa]
26/7/2007
15h31min
Acessei o google digitei Germinal. Tenho buscado uma cópia do filme para trabalhar com alunos da administração. Como aspirar mudanças se esquecemos o que fomos e vivemos, o germinar de uma luta por dignidade, na qual ainda continuamos. Ou não fazemos todos parte de tudo isso, de toda uma história da humanidade repleta de atrocidades, grandes gestos, sonhos, aspirações e magníficos "vasos gregos"? Li pela primeira vez um texto seu, como não conheço seu estilo, prefiro crer que seus comentários sejam motivados pela intenção de instigar à leitura desse formidável clássico de forma irônica e certeira. Continuarei a leitura de outros textos seus.
[Leia outros Comentários de Cinthya]
6/11/2008
18h20min
Li "Germinal" há cerca de um ano, após muitos professores da faculdade falarem a respeito dessa obra. Fiquei curiosa e um belo dia descobri-o na estante de minha casa. Não sei se você está sendo irônica ou se expressa realmente sua opinião, porque, ao ler a obra, senti-me completamente envolvida e apaixonada por ela, justamente por retratar a realidade dos fatos que ocorriam na época da revolução industrial, toda a sujeira da sociedade, a luta de classes, a banalização do ser humano e por Zola citar Marx, o que demonstra um vasto conhecimento do autor. Digo com toda a certeza que "Germinal" foi o MELHOR livro que já li em toda minha vida. Gostei muito de seu texto, pois acredito que você estéja utilizando uma certa ironia. Realmente, muito bom.
[Leia outros Comentários de Fernanda]
21/11/2008
21h57min
Excelente texto. Não li o livro, mas assisti ao filme, que expressa uma dura realidade. Sua ironia e talento ao escrever foi genial. Parabéns!
[Leia outros Comentários de Carlos]
25/4/2009
21h36min
Mas que conselho estúpido! Leia "Germinal", sim! Veja o filme de Claude Berri (1993) com Gérard Depardieu. E veja também o excelente documentário "Misère au Borinage" (1933!) de Joris Ivens e Henri Storck. É obrigatório saber!
[Leia outros Comentários de Marinus Luyks]
25/4/2009
23h44min
Andréa, fico impressionada como tanta gente que parece se considerar "entendida, crítica e consciente" não entende o sarcasmo, a ironia da sua mensagem, e se mostra indignada. Tem pessoas que acreditam que "pensam", mas só compreendem o óbvio. Parabéns pelo seu texto, mas da próxima vez talvez você tenha que ser mais "óbvia", para que a maior parte das pessoas possa compreender sua mensagem.
[Leia outros Comentários de Áurea Thomazi]
26/4/2009
19h44min
Se não houvesse a realidade, então qual seria a graça da arte?
[Leia outros Comentários de Renato]
2/6/2009
16h03min
Leia o livro.
[Leia outros Comentários de Nina]
5/7/2009
10h02min
Brilhante o seu texto. Fina ironia. Germinal. Zola já está colhendo novos apreciadores.
[Leia outros Comentários de Luiz Carlos Bordoni]
2/8/2009
09h23min
Eu acho que você não entendeu nada! "Germinal" é um dos melhores livros da literatura universal!
[Leia outros Comentários de Goulart Gomes]
26/9/2009
17h00min
Andréa, "Germinal" foi escrito com um único propósito: mostrar a condição de vida do mineiro. Se Émile Zola apelasse a uma linguagem de um mundo feliz, onde todos viveriam bem, o livro não teria graça. Trata-se de mostrar a real situação dos operários numa mina de carvão. Não pense que o autor sentiu na pele trabalhar três meses numa mina para escrever um livro e fazê-lo de uma meneira que fuja da realidade. Se tu ressaltasses as ligações anarquistas, evolucionistas e sentimento de irmandade, estaria batendo palmas para ti.
[Leia outros Comentários de Luis Fernando ]
11/11/2009
19h31min
Depois dele, todos vão ler Zola. Temos vários mundos. Em muitos deles estão o ambiente e os personagens de "Germinal". Aqui, em Fortaleza, há um lixão chamado de "jungurussu", onde, diariamente, os feios, parecidíssimos com os de "Germinal", se batem com os animais, disputando o lixo... E tem gente que ainda acha que não vale a pena lutar... Será melhor admirar os vasos gregos e nada mais?
[Leia outros Comentários de ana tavares]
21/2/2010
15h36min
Émile Zola foi simplesmente brilhante! "Germinal" aponta com a crueza típica do naturalismo realista a vida miserável de milhares de trabalhadores nas minas carboníferas da França. Uma boa obra para quem é interessado em conhecer pormenorizadamente o tema. Boa leitura!
[Leia outros Comentários de Marcelo Torres]
13/10/2010
00h25min
E o detalhe é que ele viveu essa brilhante obra. Esteve cerca de dois anos em uma mina de carvão. A sua obra é a realidade nua, crua e injusta! Felizmente há homens como Zola, para denunciar nossa vergonhosa realidade.
[Leia outros Comentários de Márcia]
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