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Sexta-feira,
15/11/2019
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O Vosso Reino
>>> Aposto que o leitor também possui histórias sobre o que fazia durante as manifestações de 2013, onde estava e como aquilo impactou sua vida. O Vosso Reino, romance de estreia de Warley Alves, pode ser considerado uma forma encontrada pelo autor para processar aqueles acontecimentos. Doutorando em História pela UFMG, Warley possui pesquisa sobre a influência de intelectuais na Revolução Mexicana. Tal qual o seu objeto de estudo, O Vosso Reino é um exemplo de como a literatura pode se engajar, amplificando, através de seu potencial de explorar sensibilidades, o diálogo com os leitores.
por Luís Fernando Amâncio
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Domingão, domingueira
>>> Deus teria descansado no domingo. Trabalhou a semana inteira e se cansou (desta lambança). Parou para dormir, respirar, repensar, não sei. E ficou sendo assim. Tiramos a féria durante cinco ou seis dias e paramos no sétimo, em tese, a fim de recobrar as energias. "Em tese" por quê? Porque dependendo do domingo, ele mais suga do que resolve o problema do cansaço. Tem pouca coisa mais cansativa do que uma festa de família, por exemplo.
por Ana Elisa Ribeiro
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Teatro sem Tamires
>>> Teatro é um pouco assim, a gente frequenta, como frequenta a vida. E, no palco, vê ela própria como uma coisa moldável, diante do falseamento, pronta a explodir. É tudo um teste, uma experiência; e nesse tubo de ensaio vigoroso, que nem sempre me dá ganas, o sangue pulsa numa temperatura mais que humana. E agora lembro daquela peça no Viga, em que fomos com o grupo do balé, misturando as falas de tantos Shakespeares pra gerar um monólogo de amor com aquele ator tão carismático?
por Elisa Andrade Buzzo
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A Vida dos Obscuros
>>> Em A Vida dos Obscuros - título inspirado por um poema de Cora Coralina -, meu personagem é uma menina orfã, que segue pela vida à mercê do acaso, da cultura e realidade social do nosso País. Através dela, procurei falar do brasileiro do interior, que vive à margem do poder, distante dos centros de decisão e dos centros culturais. Ou vivia, até há pouco tempo, quando não havia internet, Google, redes sociais etc.
por Marilia Mota Silva
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Rinoceronte, poemas em prosa de Ronald Polito
>>> Fragmentação, isolamento, comunicação antissináptica, redução de sentido, modulações como minas terrestres endereçadas à hermenêutica, redistribuição não cartesiana de séries decididamente paradoxais. A aranha tece uma teia onde as linhas não se encontram. Nada se comunica, numa espécie de mundo explodido. Nesse sentido, o que importa é mais a forma que o conteúdo. Não simplesmente o que se diz, mas como se diz.
por Jardel Dias Cavalcanti
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A forca de cascavel — Angústia (Fuvest)
>>> Muitos leitores preferem Angústia a qualquer outro livro de Graciliano Ramos. Não é meu caso. Ainda. Mas até agora Vidas secas é pra mim aquele monolito de 2001: uma odisseia no espaço. Por quê? Se o MacGyver, com um arame, dava vida a um carro, Graciliano, com meia dúzia de personagens, cria um monumento. Mas Angústia, diante do que exige do leitor, pode realmente tornar-se o Graciliano preferido justamente por sua escrita minuciosa e circular.
por Renato Alessandro dos Santos
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O reinado estético: Luís XV e Madame de Pompadour
>>> Em 1742 acontece a grande reviravolta na vida de Luís XV, ao conhecer a mulher que ficaria ao seu lado por pelo menos vinte anos: Madame de Pompadour. Ela exerceu forte influência sobre a arte francesa e contribuiu para a criação do famoso estilo Luís XV. Mesmo vindo da petite bourgeoisie, absorveu os costumes da corte. Talentosa, dançava, cantava, representava, sabia pintar, fazia gravuras e acompanhava a manufatura da porcelana de Sèvres.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Outros cantos, de Maria Valéria Rezende
>>> Outros cantos foi lançado pela editora Alfaguara em 2016. No ano seguinte, foi logo arrematando vários prêmios, como o terceiro lugar do Jabuti, o internacional Casa de Las Americas e o São Paulo (melhor romance). Nem por isso, consegui alcançá-lo quando o comprei, não me lembro em que livraria, talvez numa tenda da Flip 2017, quando também encontrei a autora pelas ruas de Paraty.
por Ana Elisa Ribeiro
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7 de Setembro
>>> No colégio em que eu estudei, estar na quinta série, atual sexto ano, era ter um compromisso cívico: participar do desfile de 07 de Setembro. Para nós, crianças de 10, 11 anos, era uma responsabilidade que recebíamos com indignação. Afinal, era feriado, mas tínhamos que vestir uniforme e ir para a escola. Não era um bom negócio. Alguns colegas, mais fáceis de se agradar, se davam por satisfeitos com o pão com presunto e queijo que recebíamos antes de ir para o centro.
por Luís Fernando Amâncio
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Notas confessionais de um angustiado (VII)
>>> Recebi do meu orientador o Breve manual de estilo e romance, de Autran Dourado, em cujas primeiras páginas há um conselho que poderia depor contra ele mesmo: "Só aceite opinião de quem sabe fazer bem e já fez um bom texto literário." Teria escrito o professor algum bom romance? Se não, como poderia ele opinar sobre minha obra? Ou estaria errado o mestre autor de Ópera dos mortos?
por Cassionei Niches Petry
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Eu não entendo nada de alta gastronomia - Parte 1
>>> Comer bem, cultivando a alta gastronomia, é um prazer, mas nem todo mundo pode participar desse clube. Restaurantes badalados não entram no meu dia a dia, da mesma forma que muitos brasileiros não entram no dia a dia de grandes restaurantes. Uma pena. Ainda bem que nem toda boa comida precisa de grife.
por Renato Alessandro dos Santos
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Treliças bem trançadas
>>> Lembro-me de sentir um pouco de inveja ao ouvir um amigo dizer, para todo lado a que ia, que tinha em casa, quando criança, um cômodo chamado “biblioteca”. E eu logo imaginava um lugar lindo, atrás de um portal meio mágico, que era possível atravessar e sentir-se bem e inteligente lá dentro. Para compensar, certa vez ouvi uma amiga dizer, com o maior orgulho, que jogava todos os livros que encontrava em casa fora.
por Ana Elisa Ribeiro
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Meu Telefunken
>>> Surpreende hoje ouvir música num toca-disco, numa época em que Spotify, Youtube e arquivos de MP3 estão no centro das coisas, não? Não. Todos já sabem que o vinil voltou com toda força. Mas surpreende, mesmo assim, trocar o cristalino som do CD ou do MP3 pelos chiados, pulos e traças que os LPs carregam e que, por alguma razão, elevam ainda mais o apreço que muitos audiófilos têm por eles. É que há uma certa nostalgia embutida aí.
por Renato Alessandro dos Santos
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Dor e Glória, de Pedro Almodóvar
>>> Os sentimentos em Dor e Glória são os espaços fortes do filme, onde as experiências-limite traçam a linha do desenvolvimento de sua narrativa. A história da redenção precária dos personagens, envolvidos em dramas que os congelam em espaços sem saída, é o motor que fará com que os mesmos passem por um processo de realimentação criativa para voltarem a cumprir seu ofício.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Leminski, estações da poesia, por R. G. Lopes
>>> A Biblioteca Pública do Paraná acaba de nos presentear com a publicação de um excelente ensaio sobre o poeta Paulo Leminski. O autor do ensaio é o paranaense Rodrigo Garcia Lopes, que é nosso conhecido como poeta, tradutor, romancista, músico e ensaísta. Por muitos classificado como um poeta fácil, devido a sua ligação com os signos da comunicação social, ou por suas tiradas ligeiras e de fácil entendimento, Leminski recebe por parte de Rodrigo G. Lopes o tratamento que merece.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Julio Daio Borges
Editor
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