ENSAIOS
Segunda-feira,
22/7/2002
Ensaios
Ensaístas
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O Mal em debate nas latrinas de Buchenwald
>>> Imagine que, no inverno de 1944, com a Segunda Guerra Mundial chegando a seu desfecho, certo interno no campo de concentração de Buchenwald tenha sido escalado para viver o resto de seus dias usando o nome de um moribundo com quem passara sua última noite, dele ouvindo as últimas palavras em meio aos suspiros finais de uma multidão de mortos-vivos: "post mortem nihil est ipsaque mors nihil...".
por José Nêumanne
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Como fomos tratados pela bíblia dos cinéfilos
>>> A bíblia, naturalmente, é o Cahiers du Cinéma. Ou melhor, era. O cinema e a cinefilia mudaram tanto nos últimos tempos, que nenhuma revista de cinema pode, atualmente, arvorar-se em oráculo ou sagrada escritura como nos tempos em que as únicas reais concorrentes do Cahiers eram a inglesa Sight & Sound e a também parisiense Positif. As três, por acaso, continuam aí, vivas.
por Sérgio Augusto
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Os críticos se divertem
>>> Mas o que deseja o crítico? Não se compraz em publicar o folhetim de sua sensibilidade para o leitor eventual; quer mais, ser mais eterno que o leitor profissional e não resiste ao contemplar suas crias recicladas em volumes. A coletânea de comentários dá ao crítico a ilusão da glória, a embriaguez de que suas palavras ficarão para a posteridade, pelo simples fato de figurarem num volume.
por Luís Antônio Giron
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A eternidade nos labirintos de Borges
>>> “Amamos o que não conhecemos, o já perdido./ O bairro que foi arredores./ Os antigos que não nos decepcionarão mais/ porque são mito e esplendor./ Os seis volumes de Schopenhauer que jamais terminamos de ler./ A saudade, não a leitura, da segunda parte do Quixote./ O Oriente que, na verdade, não existe para o afegão, o persa ou o tártaro./ Os mais velhos, com quem não conseguiríamos/ conversar durante um quarto de hora.”
por Pedro Maciel
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United States of Brazil
>>> United States of Brazil era como, na década de 40, Orson Welles e outros americanos chamavam o país do mulato inzoneiro. Ou, simplesmente, Brazil, que é como hoje os gringos grafam a nossa república federativa, a "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, e aquele filme do Terry Gilliam. Claro que muito antes de 1939 já se escrevia Brasil com z, mas só naquele ano descobrimos que a nossa mais profunda aspiração era que o Brasil fosse mais Brazil do que Brasil.
por Sérgio Augusto
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Retrato de corpo inteiro de um tirano comum
>>> Ditadores como o dominicano Rafael Leonidas Trujillo Molina encarnam à perfeição vícios entranhados na organização social, econômica e política de nossos países e, por isso, são entronizados no poder. Mas seu desaparecimento, seja por morte natural, seja a tiros, não leva necessariamente à súbita substituição desses vícios por uma nova ordem mais justa e mais igualitária.
por José Nêumanne
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A Bienal e a Linguagem Contemporânea
>>> Os meios de comunicação se equivocam, quando pretendem impor à Bienal de São Paulo erros que pertencem aos artistas, ao curador e até aos visitantes. A Bienal é uma fundação que, a cada dois anos, é o suporte da arte produzida no mundo, mantendo relação diplomática com os países convidados. Pelo regulamento, os participantes são convidados pelo Itamaraty. Isto implica em uma relação política alheia à própria arte.
por Alberto Beuttenmüller
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Tinhorão desvenda origem da música urbana
>>> A satanização da obra do sociólogo da música, pesquisador, colecionador e jornalista José Ramos Tinhorão vem da época em que ele fazia crítica no Jornal do Brasil e achincalhava a Bossa Nova. O fato é um: mesmo tendo abandonado a crítica no início da década de 80 e mesmo tendo descoberto fatos inéditos no âmbito da história da cultura brasileira e portuguesa, todos odeiam, mas pouquíssimos lêem Tinhorão.
por Luís Antônio Giron
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Assim rasteja a humanidade
>>> Não tenha dúvida: a mídia é a maior responsável pela patética e jeca vassalagem a celebridades que, a partir da década de 90, virou um flagelo mundial. O jeca é uma cortesia de Paulo Francis, que sentia furibundo desprezo pela fama imerecida, por celebridades forjadas pela mídia, criaturas que-são-famosas-porque-são-famosas, que nada fizeram de meritório para o destaque que a imprensa lhes dá.
por Sérgio Augusto
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A arte como destino do ser
>>> Beuys, um dos artistas modernos mais controvertidos nos anos 70 e início de 80, conhecido como perfomático, místico, guia, xamã, criou uma obra semeada de obstáculos, realizada sob vaias, assobios do público e incompreensão da crítica. Suas “ações” ganham o sentido de verdadeiros rituais, que mostram Beuys em um estado de concentração e de intensidade cuja força comunicativa, freqüentemente qualificada de fascinação, é atestada por todos os presentes.
por Pedro Maciel
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Julio Daio Borges
Editor
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