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Terça-feira,
4/4/2023
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Seis vezes Caetano Veloso, por Tom Cardoso
>>> O público que não acompanha a carreira de Caetano vai se entusiasmar com as descobertas que fará lendo o livro, desde a satisfação da curiosidade sobre a letra de música endereçada a uma musa até sua relação afetiva com a família, sua irmandade com Gil, seus casos amorosos (Regina Casé, Sônia Braga etc.), a oposição Chico-Caetano criada ela mídia (será?), a guerra com a imprensa. E não para por aí...
por Jardel Dias Cavalcanti
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O batom na cueca do Jair
>>> A origem da expressão é machista. E bastante visual. É inevitável imaginar uma mulher boquiaberta ao encontrar, no cesto de roupas sujas, a cueca do marido manchada por um batom que não é seu. Uma cena bem anos 1950, convenhamos, com a esposa provavelmente se calando a respeito do flagra. Os tempos mudaram, a despeito da vontade de alguns. E essa dinâmica de poder na vida doméstica, quero acreditar, encontra-se em extinção.
por Luís Fernando Amâncio
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O engenho de Eleazar Carrias: entrevista
>>> Eleazar Venancio Carrias nasceu em 1977 no interior do Pará. Mestre em educação pela UnB, atualmente faz doutorado em educação na UFPA. Trabalha como pedagogo no Instituto Federal do Pará — Campus Tucuruí, e vive em Breu Branco, sudeste do Pará. Publicou três livros de poemas: Quatro gavetas (2009), Regras de fuga (Editora e-galáxia, 2017) e Máquina (Editora Urutau, 2021).
por Ronald Polito
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As fitas cassete do falecido tio Nelson
>>> Além dos presentes fonográficos que recebemos sem que o doador deles saiba, há ainda aqueles que recebemos propositalmente, no calor das amizades dos anos ginasiais ou pré-universitários. Eles se incorporam em nossa vida com maior intensidade em alguns momentos, embora se tornem imprescindíveis com o passar do tempo.
por Elisa Andrade Buzzo
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Casa de bonecas, de Ibsen
>>> Você não precisa saber que essa peça já tem 144 anos, mas precisa ter em mente que, como Nora, há milhares de pessoas por aí ― e não apenas mulheres, mas toda espécie de gente ― que, sem ter consciência, age como se o mundo fosse o de outrora, quando maridos e esposas passavam incólumes por um casamento de fachada. Se eu fosse mulher, daria a mim esse livro.
por Renato Alessandro dos Santos
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Modernismo e além
>>> Vale a pena conferir a exposição A afirmação modernista: a paisagem e o popular na Coleção Banerj, com entrada gratuita, em cartaz no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, até o dia 5 de fevereiro de 2023, com curadoria de Marcus de Lontra Costa e Viviane Matesco, uma bela homenagem à Semana de Arte Moderna de 1922. Anteriormente, A Afirmação Modernista foi exibida no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, e no Museu do Ingá, em Niterói.
por Ronald Polito
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Pelé (1940-2022)
>>> Sem Pelé, não haveria Maradona, nem Ronaldo, nem Neymar. Arrisco dizer que não haveria Fifa - como ela é hoje - e nem o maior evento esportivo do planeta. Apenas lamento que Pelé não tenha ficado bilionário em euros - como tantos outros ficaram -, pela riqueza que gerou e que vai continuar a gerar... Também que não haja uma biografia à sua altura, como é a de Garrincha, assinada por Ruy Castro.
por Julio Daio Borges
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Obra traz autores do século XIX como personagens
>>> O fabuloso Dr. Palhares, como você já sabe, tem, como pano de fundo, a cidade montanhosa que, no passado, recebeu celebridades que, por ali, foram em busca do mais revigorante ar da região, aquela brisa das montanhas capaz de curar enfermidades associadas à alma e ao corpo. Machado de Assis, Casimiro de Abreu, Olavo Bilac e Rui Barbosa estiveram por lá e, aqui, nestas páginas, os encontramos também.
por Renato Alessandro dos Santos
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As turbulentas memórias de Mark Lanegan
>>> Conhecer um pouco mais sobre esse personagem, que nos deixou em 2022, é muito interessante. É, também, uma forma de compreender melhor o que foi a cena musical de Seattle nas décadas de 1980 e 1990, tendo a dimensão do quão avassaladora foi a epidemia de uso de heroína no noroeste dos Estados Unidos. E, após a leitura, é inevitável querer conhecer melhor a obra musical de Mark Lanegan.
por Luís Fernando Amâncio
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Gatos mudos, dorminhocos ou bisbilhoteiros
>>> Já devo ter insistido em chamar a atenção de certos gatos, coisa inútil; e agora, se calha de a vista os atingir em cheio, é quando, em caminhos tortos de esquilos e espinhos, por vezes descubro numa janela alta e iluminada uma silhueta macabra. Ou então, em noites aparentemente tranquilas em ruas estreitas, vejo-os com considerável distração e distanciamento, como quando um sagrado da birmânia felpudo, de olhos lânguidos e pelagem clara, competia por espaço com uma estrela natalina.
por Elisa Andrade Buzzo
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Guignard, retratos de Elias Layon
>>> O que temos nesse catálogo com as 25 pinturas de Elias Layon é a recriação do universo existencial de Guignard, suas atividades artísticas e privadas, numa homenagem em que as cores dão vida ao grande pintor, à sua paixão pela pintura e pelas paisagens que tocaram o seu coração ― e que retornam, na paleta de Layon, em um diálogo onde a poesia que habita as telas desses dois grandes mestres fala mais alto.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Entre Dois Silêncios, de Adolfo Montejo Navas
>>> As dificuldades são enormes, acachapantes, sobretudo desanimadoras, porque o barulho ensandecido do mundo é maior e mais poderoso que um iceberg. Gritar é fácil, raro é abster-se de dizer o que realmente não importa ser dito. Afinal, difícil é saber ouvir, particularmente o próprio silêncio, lugar do espanto, da dúvida, mas também do encontro mudo, motor para outra forma de vida.
por Ronald Polito
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Home sweet... O retorno, de Dulce Maria Cardoso
>>> Em tempos tão peculiares como o nosso, quando uma pandemia veio acelerar ainda mais a vida que já se levava digitalmente, ter um livro como esse em mãos é uma experiência reveladora e capaz de explicar a qualquer um porque o romance nunca vai deixar a literatura morrer, suplantada por outros meios de conhecimento que a internet é pródiga em oferecer.
por Renato Alessandro dos Santos
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Menos que um, novo romance de Patrícia Melo
>>> Os grandes escritores têm essa prodigiosa capacidade de nos mostrar um mundo que jamais veríamos, de nos mostrar o que de horrível a humanidade criou para si mesma, nos tornando partícipes dessa tragédia a partir do próprio terreno onde ela existe e se manifesta, seja com seu mau cheiro, com sua podridão, com sua solidão, sua miséria, seu desespero, seu crime e sua morte.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Gal Costa (1945-2022)
>>> Mesmo associada ao Tropicalismo, Gal Costa, quando apareceu, era chamada de “João Gilberto de Saias”. Reza a lenda que, quando a conheceu, João pediu que Gal o acompanhasse em um série de canções, que entoava com seu violão. Sem falar nada, emendava uma canção atrás da outra, e apenas observava a novata. Depois de um tempo, deu o veredito: “Você é a maior cantora do Brasil”.
por Julio Daio Borges
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Julio Daio Borges
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