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Quinta-feira,
13/10/2022
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Endereços antigos, enganos atuais
>>> Por fora da memória, ando pelas ruas como uma autômata, sem mapas, teleguiada por uma consciência funda e opaca, que encontra distraidamente tudo o que quer: esquinas, ruas, museus, parques, portas, arcos, relógios, monumentos, igrejas. Tudo alcanço nos desencontros e percalços pelas longas caminhadas, na desenvoltura inapropriada com que tento imprimir surpresa e calma.
por Elisa Andrade Buzzo
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Rodolfo Felipe Neder (1935-2022)
>>> Mais do que um publicitário, ou um produtor de conteúdo, quando o conheci, Rodolfo era um humanista, um homem de cultura, na acepção de Lina Bo Bardi: ligado às artes, mas sensível à problemática social (ainda que nem sempre concordássemos politicamente).
por Julio Daio Borges
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A pior crônica do mundo
>>> As crônicas não devem ter a presunção de ensinar algo a alguém. O que elas podem até fazer, é claro, mas por acidente. O verdadeiro compromisso da crônica deve ser com a leveza. Ela é um espaço de lazer para o escritor. O lugar em que surgimos em nossas roupas de banho, com os cabelos desalinhados e cantarolando uma música cafona. É onde mostramos o que realmente somos.
por Luís Fernando Amâncio
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O que lembro, tenho (Grande sertão: veredas)
>>> E o que fica, enfim, é a representação dessa peleja toda, dessa lida, manifesta em experiência, na forma de um romance: seja a experimental linguagem salpicada de centelhas – cheia de neologismos carregados de melodia –, seja a vida em si, emoldurada em palavras que se querem evadir de si mesmas – com mil demãos de sentidos novos & em moto-contínuo.
por Renato Alessandro dos Santos
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Neste Momento, poesia de André Dick
>>> Aproximadamente uma centena de poemas que percorrem um variado grupo de elementos que vão de objetos a seres humanos, a animais, de sensações a sentimentos amorosos, num jogo de contrastes entre afirmações e negações, entre possibilidades e impossibilidades, através de universos materiais e imateriais, como o coração, a luz, o silêncio.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Jô Soares (1938-2022)
>>> Minha polêmica com Jô Soares teve menos a ver com ele, como pessoa, do que com ele, como autor. Foi na época em que comecei uma newsletter, logo depois de “A Poli como Ela é...” (1997), assinando J.D. Borges, e antes do Digestivo. Resolvi comentar, com desassombro e sem nenhum opinião preconcebida, seu romance “O Homem que Matou Getúlio Vargas” (1998).
por Julio Daio Borges
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Casos de vestidos
>>> Vestidinhos da infância, vestido do batizado, do aniversário de um aninho, vestidão de quinze anos, de casamento, de madrinha, do luto e do túmulo - os vestidos, a princípio imaculados e a posteriori enegrecidos, mesmo encarnados, inserem as mulheres na sociedade dos homens. Mas, então, é a mulher quem escolhe o vestido ou o homem, ou a sociedade, quem o alicerça como preferência, se “on ne naît pas femme: on le devient”?
por Elisa Andrade Buzzo
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Elvis, o genial filme de Baz Luhrmann
>>> O intérprete de Elvis é o ator Austin Butler, que encarna perfeitamente sua beleza e presença estonteantes. O diretor Baz Luhrmann conseguiu reunir todo o percurso da vida do cantor. Gostando-se ou não de Elvis, de sua música e seus trejeitos, o espectador está diante de um longa excelente: impactante, por seus elementos plásticos, que não o deixarão indiferente. É uma orgia visual da qual duvido que alguém se recuse a participar.
por Jardel Dias Cavalcanti
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As fezes da esperança
>>> As notícias ruins são tantas e as reações, tão tímidas, que eu jurava que o espírito nacional estava morto. Ou, ao menos, adormecido. Os assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips são ultrajantes. Um horror. Que se soma a um longo histórico de execuções de ativistas que deveria envergonhar até os bebês que nascem no Brasil. Porém, parece que se revoltar com esse tipo de crime é “ser de esquerda”.
por Luís Fernando Amâncio
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Quem vem lá?
>>> Este disco, Adoniran Barbosa, com Elis Regina e outros intérpretes, lançado pela EMI em 1980, com capa prateada e tudo, é uma homenagem que, em cheio, acerta o álvaro. Nada de funilaria nova; o verniz ainda continua o mesmo, isto é, nenhuma demão "dadaísta" a se amparar numa comparação injusta com a original. Em vez disso, artistas esmerando-se a prestar reverência a quem merece.
por Renato Alessandro dos Santos
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80 anos do Paul McCartney
>>> Minhão visão de Paul McCartney, durante muitos anos, foi aquela divulgada por John Lennon - que não era nada bonzinho e que diminuía o papel de Paul na banda sempre que podia (ainda que o próprio Paul fosse mais diplomático e procurasse não polemizar com John). Minha visão começou a mudar quando alugei um CD de Paul na época em que era lançado: “Tripping the Live Fantastic”, de 1990, ano da primeira vinda de Paul ao Brasil.
por Julio Daio Borges
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Gramática da reprodução sexual: uma crônica
>>> Me lembro de uma amiga que foi a uma entrevista de emprego e lhe dei carona até a empresa. No carro ela estava de jaqueta, tênis, e levava uma bolsa no colo. Antes de descer do carro para ir para à entrevista, retirou a jaqueta, deixando os ombros e costas totalmente à mostra, retocou a maquiagem, tirou o tênis e calçou o salto alto que trazia na bolsa. Saiu do carro – outra mulher – encantadoramente sensual, pronta para conseguir seu emprego. E conseguiu.
por Jardel Dias Cavalcanti
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Sexo, cinema-verdade e Pasolini
>>> Lembro do cinema-verdade de Pier Paolo Pasolini, em Comizi d’amore (1964). Vejo assombrada como, com tal segurança, elegância, generosidade, perspicácia e honestidade, ele conduz as entrevistas cujo tema, além do sexo, perpassa o divórcio, a prostituição, a homossexualidade. Temas, aliás, muito sérios em seus desdobramentos e que, mesmo assim, e sendo colocada uma clareza de pensamento em sua abordagem, aparecem no documentário com um lado bem-humorado que me remete à sua posterior “trilogia da vida”.
por Elisa Andrade Buzzo
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O canteiro de poesia de Adriano Menezes
>>> Pois é, o autor de Canteiro Aéreo não está mais aqui. Esse é um livro póstumo. No entanto, a publicação do livro de Adriano Menezes, pela editora Scriptum, nos faz pensar na poesia como resposta ao caráter agônico da vida. A poesia como permanência do ser, como uma revolta contra a impotência ontológica de nossa condição submissa à fluidez destrutiva do tempo e à lei inelutável da morte.
por Jardel Dias Cavalcanti
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As maravilhas do modo avião
>>> Uso meus celulares até que eles acabem. Primeiro porque não tenho dinheiro para ficar trocando a cada ano. Depois, porque acho muito caro. Aliás, cada vez mais caro. O celular é o novo carro. Queria ter escrito a crônica dos meus iPhones 3 (três) e 5 (cinco), que deixei guardados. Quem sabe, no futuro, a Apple possa ressuscitá-los. Também guardo os HDs de meus computadores mortos. Quem sabe.
por Julio Daio Borges
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Julio Daio Borges
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