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Quinta-feira,
1/2/2018
Digestivo Blogs
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Felicidade
Descascar uma laranja numa só fieira sem deixar partir a casca
Estourar bolha a bolha as bolhinhas de um plástico bolha
Desgrudar por inteiro um adesivo mau grudado
Concluir de cabo a rabo um poema bem rimado
Acordar de um pesadelo de madrugada e postar uma piada
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Postado por Metáforas do Zé
1/2/2018 às 10h32
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Palavras por reticências
Se reler um livro possa nos parecer algo enfadonho
quiçá uma mesma oração ao longo de toda uma vida
Isso nos mostra que as palavras não morrem...
Assim como um jardim, enquanto lido as sementes são semeadas
E continuam ramificando-se em silêncio e se expandindo aos ventos,
e com o mesmo formato
Sendo suas pencas, nosso verdadeiro regalo
Os livros velam eternidades...
Ora estantes vicejam como criadouros de tartarugas
Tantos livros resguardados em suas capas duras
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Postado por Metáforas do Zé
31/1/2018 às 15h55
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Curtos-circuitos
Quanto mais discrepante os paradoxos
mais profundas as raízes
ou os precipícios
Mais pétrea a metafísica
Mais alto o voo de águias e urubus...
Mais longínquos os picos
Mais densas as nuvens
Mais agudo o repicar dos sinos
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Postado por Metáforas do Zé
31/1/2018 às 11h30
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Relâmpagos (num piscar de olhos)
Num só instante todo infinito lhe é revelado
o qual logo se desfaz ao se querer perpetuá-lo
Minha obsessão minha sede pelo infinito
Sede de minha prisão
Portas abertas não abrem caminhos pois caminhos hão de ser abertos
Revelações sempre são reveladas
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Postado por Metáforas do Zé
29/1/2018 às 09h54
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Lápis Lazúli
Alço Equilíbrio No Traço
Simples Assim, Como Respirar
Os Dedos Cuidam Dos Passos
Gaivotas Acalantam O Mar
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Postado por Metáforas do Zé
28/1/2018 às 10h29
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Olhar de Monalisa (sala de espera)
Encarar os momentos sem necessidade de subterfúgios
É uma dívida
Uma dádiva
Uma dúvida
Sentado no sofá sem dizer coisa alguma
Chacoalhou almas e corpos em arrepios
Passou-se então, a ecoar o tic-tac da máquina do tempo
Ensurdecedor estupro do silêncio...
Dai-me forças meu pai!
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Postado por Metáforas do Zé
28/1/2018 às 09h06
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Paradoxos
Do confronto de idéias,
o brilho da filosofia
Pedras filosofais
Preciosas pedras
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Postado por Metáforas do Zé
28/1/2018 às 07h00
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Casal polêmico
Há mais de trinta anos juntos
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Postado por Metáforas do Zé
28/1/2018 às 06h15
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Quando os verões acabam
Chega o tempo em que os verões acabam.
Meses de sol forte, chuvas fortes, sorrisos fortes, emoções fortes. Não.
O verão climático sinaliza a chegada das férias, da praia, das cores mais brilhantes, das roupas leves, da comida menos carregada, dos amores surpreendentes, das emoções e das travessuras. Vai repetir-se a cada ano, com maior ou menor intensidade para uns e para outros, nem todos.
Os que podem muito, chegam a ter dois verões no mesmo ano. Vão nadar na Grécia, na costa Amalfitana, na Cote d’Azur, em Positano. Depois o Caribe, as ilhas do Pacifico.
A turma do meio vai para o nordeste ou Floripa. Para o litoral sul de São Paulo, ou o norte do Rio. E vem argentinos, chilenos, até americanos e alemães, sem esquecer os franceses e italianos.
O pessoal da geral vai para as praias das suas cidades, dos seus bairros, enfim, dentro do raio de ação do transporte publico e do bolso para o pastel ou o milho.
Em paralelo, um enorme contingente de trabalhadores só nota que é verão por conta do aumento das vendas de cocos, refrescos, sorvetes de palito, cangas e chapéus de palha.Vendem de tudo. Sanduíche natural queijo de coalho, batidas tenebrosas onde o amendoim reina soberano ou aquela caipirinha "valha-me deus", apoiada na certeza de que o álcool liquida qualquer preocupação com a higiene. São os marcadores do verão. Surgem e se multiplicam tal como desaparecem, com o tempo ruim, baço e triste dos outros meses.
Os verões ao quais me refiro se extinguem sem importar o mês ou o hemisfério.
O sol brilha lá fora, mas a tristeza resplandece. A memória para o que interessa falha, agigantam-se as culpas,saudade, solidão em si mesmo.O outono emocional,perene, continua, por mais que se tente abrir as cortinas das boas lembranças. A realidade é cruel.
O brilho das alegrias sempre fica meio empoeirado com as verdades duras e frias da vida vivida. Os dias eventuais que se parecem com aqueles do bom verão são escassos, mas acontecerão trazendo alguma energia, um pouco do sabor e cheiro de outros tempos quando tudo parecia fácil, não havia erros, equívocos, culpas.Tudo certo. Sucesso, vitória, paz de espírito. Verdade.Era assim. Se, por acaso, alguém ficasse despedaçado ou despedaçada pelo caminho, era parte do jogo, estava escrito. Só que não era. Aquele imenso verão acabou. Os êxitos se apequenaram diante dos remorsos, desilusões, derrotas, equívocos.
O outono impiedoso segue mais longo do que seria provável, sinalizando o inverno tenebroso que começa a ser esperado com alguma ansiedade.
Acabaram-se os verões.
Agora, dias ou momentos com gosto e cara de verão são episódicos, eventuais. Não estão conseguindo mais enganar como o faziam há bem pouco tempo.
Só resta a constatação um tanto cínica:
“Não se fazem mais verões como antigamente”
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Postado por Contubérnio Ideocrático, o Blog de Raul Almeida
27/1/2018 às 16h12
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Fio de Eros III
Nos meandros do tear, tessituras
abrindo-se em rendas. Ao acolher
olhar e visitante, saciados repousam
enlaçamento e intervalos.
E, molhadas, as nervuras teceram-me
novelos de pelo e gozo.
(Do livro Teia dos labirintos. Escrituras, 2004)
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Postado por Blog da Mirian
27/1/2018 às 09h16
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Julio Daio Borges
Editor
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